Delegado Sanders

1° Capítulo.

Laura Miller:

Eu congelei, e deixei cair o papel que estava nas minhas mãos com a

palavra POSITIVO em letras gigantes eu comecei a chorar, e fiquei desesperada porque eu não queria que isso tivesse se confirmado, no fundo eu tinha esperança que seria só um alarme falso.

Kate pegou o papel do chão, depois que ela leu o resultado do exame, ela me abraçou e foi aí que

chorei mais ainda.

Não bastava eu está namorando com um cara que me espanca sempre que pode e que eu não amo mais, e agora um filho dele?

Como vou cuidar de uma criança, eu só tenho 20anos, ainda tenho um

trabalho que não paga muito, pais que depende de mim, o que farei meu Deus? O que farei.

Minha vida já era bastante conturbada, e agora um ser inocente no meio dessa bagunça toda.

-Laura, em primeiro lugar você precisa se acalmar, senta aqui nesta

cadeira que vou pegar uma água pra você.

Meu mundo está desabando sobre minha cabeça maia uma vez.

Kate volta com a água e eu tomo em pequenos goles, ela senta perto de mim e ficamos abraçadas até eu me acalmar um pouco, um tempo depois uma enfermeira chama pelo meu nome, estamos num hospital particular aqui de Nova Jersey, onde Kate me trouxe depois que passei m*l outra vez dentro do banheiro da faculdade.

Foi a doutora Bailey, que solicitou o pedido de exame de sangue para confirmar a gravidez.

Kate entrou comigo no consultório médico e entrega o papel para a

doutora que leu o resultado que eu já sábia, foi quando ela pediu para que eu tirasse minhas roupas, vesti uma camisola hospitalar, depois deitar na maca e foi isso que fiz praticamente no automático.

—Nós iremos fazer um ultrassom transvaginal para ver o quão avançada está a sua gravidez. A julgar por sua expressão de choque, suspeito que você tenha pouco tempo de

concepção, entre quatro a cinco semanas de gravidez, você tem sentido algum sintoma?

Sacudo a cabeça afirmando que sim

-Tenho tido muitas náuseas, e vômito bastante. Digo para a doutora.

-Isso é muito normal, mas deve passar depois do quarto mês de gestação.

Ela colocou uma camisinha num aparelho que parecia um pênis, depois colocou um lubrificante e enfiou na minha i********e, e uns minutos depois a tela ganhou vida, e lá estava ele ou ela, meu potinho, um filho indesejado e inesperado, que veio num péssimo momento e também com um pai que não vale nada e que é violento, tudo o que eu não queria era ter esse laço com o Jordan.

A Dra. Bailey aparece no final da mesa,

puxando a máquina de ultrassom um pouco mais perto da maca para que eu pudesse olhar meu filho.

Era um amontoado de computadores de alta tecnologia, com certeza essa consulta ficaria muito cara, mas Kate não me deu outra escolha ao me trazer para esse hospital, além do mais ela disse que fazia parte do presente de madrinha que ela já estava dando para o seu afilhado.

A doutora se sentou perto das minhas pernas, ela posicionou a tela outra vez de modo que ela pudesse ver também e corre o cursor sobre o teclado, e a tela ganhando vida.

— Aqui está, — ela murmura, depois aperta um botão, congelando a

imagem para que eu visse a imagem, ela aponta para um bebê minúsculo no meio de uma tempestade sépia.

Ele é tão pequeno, há um bebê minúsculo dentro da minha barriga, por um momento eu esqueço de quem é o pai do meu filho e do inferno que vivo ao lado dele, para focar somente neste momento.

— É muito cedo para ouvir os batimentos cardíacos do seu bebê, mas, sim, você

está grávida senhorita Miller, mais ou menos quatro ou cinco semanas, eu diria. A médica diz me tirando do transe que eu estava.

Fui tomada de um amor tão grande, assim que o vi na tela, era meu filho ali, e mesmo não estando pulando de alegria pelo momento que estou vivendo, eu vou ser tudo o que meu filho irá precisar, eu serei pai e mãe para o meu filho e o protegerei com a minha vida se preciso for.

Saímos do hospital assim que Kate pagou a conta, eu estava tão anestesiada com essa notícia inesperada que estava aérea demais, estava fazendo tudo no automático.

Kate chamou um táxi e me levou para sua casa.

Fiquei no seu quarto e eu chorei tanto que acabei dormindo.

Acordei assustada pensando que tudo não passou de um pesadelo,

mas infelizmente era a mais pura realidade, chorei novamente e

Kate adentrou o quarto e me abraçou forte, eu solucei nos braços da

minha única amiga.

-Kate eu quero muito cuidar deste pequeno ser indefeso, mas não sei

como vou conseguir fazer isso sozinha, porque não quero que Jordan saiba que estou gravida de um filho dele, mas como vou cuidar dos meus pais e também de um bebê? Pergunto imaginando onde irei morar sem que Jordan me encontre.

A porta se abre e mãe de Kate entra no quarto e fica um tempo olhando pra nós duas, depois me abraça forte.

-Laura, me desculpa, mas eu escutei tudo que você falou sem querer, como você irá esconder essa gravidez desse seu namorado?

-Mãe agora não é hora, por favor, vamos deixar a Laura assimilar melhor a notícia antes de falar sobre aquele i****a.

-Está tudo bem Katelyn, eu quero explicar para a sua mãe, o que está acontecendo.

-Dona Meg eu não planejei de engravidar do Jordan que só sabe me agredir quando está com ciúmes, na verdade tudo o que queria era ir embora para ficar longe dele, mas eu não tenho para onde ir com meus pais, provavelmente eu engravidei quando ele transou comigo sem camisinha e eu estava tomando antibióticos que deve ter cortado o efeito do anticoncepcional, eu não queria ter feito sexo com ele, mas ele não aceitaria um não como resposta.

-Oh, minha querida eu sinto muito, mas você ou a Kate podia ter falado comigo e eu te ajudaria a colocar esse homem na cadeia, porque não contou nada pra ninguém?

-Desculpa senhora, mais eu não quero que Jordan descubra que vocês tentaram me ajudar, Deus me livre que ele fizesse alguma coisa contra vocês por está do meu lado, Jordan é um problema só meu, não dar para envolver outra pessoas nisso tudo, eu só preciso fugir para longe dele, só assim poderei ficar em paz para criar meu filho.

-Laura, você é a melhor amiga da minha filha Kate, saiba que eu tenho muito carinho por você, eu te ajudaria com maior prazer.

-Eu sei disso dona Meg, mas eu prefiro resolver as coisas sozinha, Kate é minha melhor amiga, mas não quero trazer meus problemas para vocês.

-Tudo bem Laura, mas mesmo você sendo tão cabeça dura, me deixa pelo

menos te ajudar com esse seu bebê, amamos você e tudo que queremos é o seu bem e da sua família também, se você não me deixar cuidar de vocês vou ficar muito chateada, alem do mais eu posso falar com meu sobrinho que é delegado para dar um jeito

nesse covarde batedor de mulher.

-Por favor tia, não faça isso porque ele pode querer se vingar e eu não

quero colocar a vida de vocês em risco também.

Voltei pra casa um tempo depois, dei um beijo em meus pais que estavam na sala assistindo televisão, queria falar com eles sobre minha gravidez, mas não tive coragem.

Fui para o meu quarto, tomei um banho e deitei pra descansar um pouco, tentei não ficar pensando muito no turbilhão de problemas que eu tenho para resolver.

Na manhã seguinte eu decidi me mudar com minha família para longe da periferia, mesmo sem graça, eu aceitaria a ajuda da mãe da Kate, depois eu pagaria ela por tudo.

E foi isso que fiz, após contar para os meus pais sobre a gravidez, eu conversei com a dona Meg que me ajudou a alugar uma casa no bairro vizinho ao dela, também pedi conta no meu trabalho, e com o dinheiro do meu acerto, eu pude nos manter até eu arrumar um trabalho, claro que a mãe de Kate me deu um dinheiro, afinal eu tive que largar a casa que nos morávamos antes com a roupa do corpo, ou Jordan descobriria o que iria fazer e me mataria.

Meus pais apoiaram em tudo, e graças ao carinho que eles sempre me deram, eu tive uma gravidez tranquila, apesar de viver constantemente com medo de encontrar Jordan por aí, mas soube que um tempo depois que eu fugi dele, ele estava me procurando, quando foi preso por tráfico de drogas em uma blitz, o que me deixou mais sossegada para cuidar do meu filho que em breve nascerá.

(...)

Chorei de emoção no momento que peguei meu príncipe pela primeira vez depois que ele nasceu.

-Oliver Miller.

2 anos depois. . .

Continua......