DONA DO TRÁFICO 2

03 - TUDO NORMAL

Mada: Não posso! Quero ficar agarrada com você! 

Cobra: Vai ficar agarrada lá com quem você ia perguntar se você faz gostoso! - ele começou a fazer alguma coisa pra ele comer - Desencosta Maria Eduarda! 

Mada: Te amo, você me ama? - beijei as costas dele 

Cobra: Aham! - falou seco 

Mada: Aham não é resposta! - abracei ele forte 

Cobra: Show! - começou a comer 

Mada: Me dá um pedaço? 

Cobra: Vai pedir pra quem você ia perguntar se você faz gostoso! - debochou 

Mada: Lucas! - ele me encarou - Eu faço gostoso? - ele riu - Me dá um pedaço? 

Cobra: Sim e não! Só pra deixar de ser otária - virou e deu um tapa no meu rosto e comeu 

Mada: Para de bater no meu rosto - falei p**a 

Cobra: Bato mesmo! - deu outro tapinha 

Mada: Para! - encarei ele 

Cobra: Sai de cima de mim então c*****o! - eu ri - Sai! - deu outro tapinha no meu rosto 

Mada: Para com essa p***a! - apertei o p*u dele com força e soltei 

Cobra: Filha da p**a! - se abaixou de dor - p***a, acabou com meus filhos! 

Mada: Já tem dois! Não precisa de mais não! - comecei a rir e sai da cozinha 

As crianças não estavam nem mais lá embaixo, mas deixaram tudo espalhado. Guardei o material deles, subi com a mochila dos dois é fui deixar no quarto de cada um e tava os dois com uma cara de b***a enorme sem fazer nada. Fui pro meu quarto e fiquei lá deitada mexendo no celular e não tem nada de bom, só mil Facebooks de fofoca desse Morro e tinha nada de bom lá também, o Cobra entrou no quarto me olhando de r**o de olho e se deitou na cama, mas logo se jogou em cima de mim. 

Cobra: Você me machucou - bateu com a mão no meu celular 

Mada: Problema! 

Cobra: Você queria me machucar? 

Mada: Queria! - olhei ele sínica - E você nem me deu um pedaço do que você tava comendo 

Cobra: Problema! - riu e virou por outro lado 

Mada: Agora eu tô com fome - deixei o celular no canto - O que a gente faz agora? - abracei ele 

Cobra: A gente nada! Eu já comi - riu

Mada: Poxa! Você já cuidou mais de mim sabia? 

Cobra: A falsa! - virou pra me olhar e me abraçou - O que você quer? 

Mada: Um pedaço do que você tava comendo! - ele riu 

Cobra: Sabe nem o que eu tava comendo! 

Mada: É, mas eu queria um pedaço disso que eu não sabia - ele começou a rir 

Cobra: Bora descer que eu vou fazer pra você comer - eu sorri 

A gente desceu e fomos pra cozinha, eu fiquei em pé lá vendo o Cobra fazer sei lá o que é o Bernardo entrou em casa faltando arrancar a porta e foi subindo. 

Mada: Ei! - chamei ele com o dedo 

Bernardo: Que? - chegou perto de mim 

Mada: Qual o problema dessa vez? 

Bernardo: Nenhum! - respirou fundo - Eu sou i****a né? Já viu um cara não consegui terminar com uma pessoa? Sou eu! 

Cobra: Normal né! - olhou pra trás - Tão junto a quanto tempo mesmo? 

Bernardo: Seis anos! 

Cobra: Tá vendo - entregou meu lanche e parou perto da gente - Vai ser difícil mesmo você conseguir terminar do nada! 

Mada: Isso daqui tá muito bom - disse comendo - Eu acho que você é frouxo mesmo! Você não ama ela, quem ama não trai e você traiu! 

Bernardo: Uma vez! E nem foi nada sério! 

Mada: Que seja! Tá com medo de magoar a cobra e ta infeliz com ela! Adianta? 

Bernardo: Você é horrível dando conselho! 

Cobra: Péssima é a palavra certa, mas tenta conversar com ela numa boa! Se não for pra terminar pra se ajeitar, fica suave! 

Bernardo: É eu vou tentar fazer isso! Cadê os pequenos? 

Mada: Castigo! Rebeldes demais! 

Bernardo: Seus filhos - riu - Esperava algo diferente? 

Mada: A você tá me chamando de rebelde? 

Bernardo: Não - disse rindo - Cunhado como a Mada fala com os outros? 

Cobra: "Ou c*****o!”, "Filho da p**a”, "Mandei você fazer alguma coisa?" - disse me imitando e começou a rir 

Mada: Ridículos! - ri 

Bernardo: Tá rindo porque sabe que é verdade! 

Mada: Vão pra casa do c*****o - meu celular começou a tocar - É a Vitória - levantei-me e fui pro quintal pra conversar com ela.

VITÓRIA NARRANDO  

Eu fiquei trabalhando e pensando na proposta, pensando na saudade dá Mada, dos meus afilhados e em tudo, acho que por dentro eu tava era cheia de vontade de voltar pra casa. Esperei só o meu intervalo e bati na porta do meu diretor. 

Vitória: Licença! - entrei 

Xxx: Espero que venha pra trazer boas notícias - sorri 

Vitória: Eu pensei! 

Xxx: E? 

Vitória: Eu vou assumir o hospital! - ri 

Xxx: Que notícia boa Vitória! Sei que não vou me arrepender de te indicar pra essa vaga! 

Vitória: Obrigada pela confiança! E sabe quando eu assumo? 

Xxx: Como eu já sabia que você ia aceitar - riu - Você vai amanhã! Boa sorte - me entregou uma passagem 

Eu fiquei meio louca né, mas ainda bem que tava acontecendo tudo rápido mesmo e só assim pra eu tomar coragem e ir pra casa. Liguei pra minha mãe e a própria ficou super feliz!

Minha mãe não estava mais no morro também, depois de anos me acompanhando pra eu melhorar ela acabou encontrando uma pessoa que fazia bem pra ela e eu estava feliz pela minha Coroa, ela me desejou toda sorte do mundo e disse que assim que desse iria lá no Morro me visitar. Eu me despedi de todos os meus colegas de trabalho, dos meus pacientes e fui pra casa, arrumei as minhas malas porque não era pouca coisa não e liguei pra Mada.

 Liguei pra doida pra dizer que iria embora e ela ficou doida, disse que era pra eu avisar que ela iria me buscar no aeroporto e eu já tava empolgada só de pensar em vê a minha maluquinha, dormi na ânsia e acordei ansiosa, passei o dia ansiosa e de tarde minha mãe apareceu com o marido pra me levar no aeroporto, quando a gente chegou lá ela chorou tanto, falou tanto que dava até vontade de ficar, me despedi vendo a minha linda chorando de felicidade e antes de entrar no avião passei a mão na aliança. 

Vitória: Me dá sorte tá? - sorri - Eu sempre fazia isso era tipo (F3 meu anjo dá guarda) e parecia que ele realmente me escutava.

7 anos pra voltar pro Morro, eu realmente preciso de força.

MADA NARRANDO

A Vitória tinha me ligado avisando que iria chegar e eu fiquei completamente doida né, fui dormir perturbando o Cobra falando disso. Acordei toda feliz lembrando disso também, fui pra minha rotina com os meus bebês e depois eu fui pra boca, passei a tarde lá de boa e tava quase chegando na hora de buscar a Vi e o Bernardo entrou na salinha. 

Mada: Tá fazendo o que aqui? 

Bernardo: Temos um problema! 

Mada: Qual? 

Bernardo: Sumiu uma grana, total de 30 mil dá casa de uma tia! 

Mada: Falou com ela? 

Bernardo: Não! Resolvi falar com você primeiro! 

Mada: Aí! Logo uma hora dessas - Respirei fundo - Bora lá! 

A gente foi na casa da tia, umas das que escondia o dinheiro pra mim. 

Xxx: Oi minha filha - me abraçou 

Mada: Tudo bom tia? Vou ser breve! Sumiu 30 mil daqui quem foi? - ela me olhou assustada 

Xxx: Daqui não! - arregalou maior olhão 

Mada: Daqui sim! Meu irmão faz a conta! Ele só tem um segurança, ele e o segurança são de confiança, então quem entrou aqui depois? 

Xxx: Eu não sei! - eu respirei fundo 

Mada: Be faz um favor pra mim? Pega a Vi no aeroporto? A conversa aqui vai ser longa! 

Bernardo: Vou pegar as crianças e pego ela lá! - beijou meu rosto e saiu 

Eu mandei chamar o BG e o Cobra e eles tentaram negociar porque eu não tenho muita paciência pra pergunta as coisas mil vezes não, a velha não abria a boca de jeito nenhum. 

Mada: Se você não me contar quem foi eu vou te matar! - ela arregalou maior olhão - Vou fazer picadinho e a pessoa ainda vai ficar com a grana! 

Xxx: Foi um loirinho bonitinho! Disse que se eu contasse eu morria - eu virei o olho 

Mada: GB - encarei ele 

GB: Deixa comigo! - foi saindo da casa 

Cobra: Toma cuidado tia! Olha bem pra quem a senhora abre essa porta! 

Xxx: Eu sei meu filho! 

Mada: Aham sabe! 

BG foi resolver e conseguiu achar o moleque e 25 mil, matou o moleque e levou a dinheiro pra boca e com isso eu não consegui ir buscar a Vitória, nítido que eu já tava p**a.