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Vidas Secretas

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Blurb

Ana é uma mulher difícil de lidar, egoísta e que nao acredita que em seu mundo possa haver amor ou Romance.

Na infância Ana foi violada por um dos muito funcionários de sua casa, negligênciada pela família desde o nascimento, morou praticamente só com os empregados desde que nasceu. Ela é de uma família rica e com boa colocação social, depois de todo o sofrimento na infância Ana desenvolveu traumas profundos e talvez até irreversíveis.

Ana sempre teve poucos amigos, e conseguiu mesmo assim afastar a todos que um dia lhe foram importantes.

Ana se tornou uma mulher ambiciosa e solitária, que só olha para sim mesma e que a todo momento só quer satisfazer os seus desejos carnais e ter dinheiro.

Até o dia em que Cruzou o caminho de Daniel, ele apesar de ser novo não é bobinho, não é um homem fácil ele também tem seus traumas e seu lado obscuro, esconde os seus segredos.

Ela sempre teve os homens que quis aos seus pés, o que ela não imaginou foi se apaixonar, muito menos pelo homem que ela julga não ser o tipo que lhe faria feliz ou o tipo que não é certo para ela.

Para quem vê de fora Daniel é um homem tranquilo , mas ninguém imagina o lado obscuro que Daniel carrega consigo.

Será que esse dois conseguiriam um dia se entender e talvez viver uma aventura de amor juntos?

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O Início de tudo
Ana Clara Menezes Eu sempre tive tudo, mas ter tudo nunca foi suficiente. Meus pais nunca estavam em casa e não se incomodavam com nada que eu fizesse ou deixasse de fazer, mas mesmo com toda a falta de afeto da parte deles eu ainda os amava. Nunca perceberam minhas mudanças, e eu passei por muitas coisas sozinha. Talvez por isso sempre tenha gostado de chamar atenção para mim e por um tempo eu consegui mas uma hora a gente cresce e as regras mudam. Com a minha ganância por atenção eu acabei esquecendo de cultivar as boas relações e afastei de mim as únicas pessoas que realmente se importavam comigo. Devido a minha vida desregrada e a um desejo incontrolável por me exibir eu conheci pessoas que me apresentaram um novo mundo. Putaria eu sabia que existia, vemos muito em filmes, mas nunca havia presenciado. Fui com uma amiga a uma boate a alguns anos atrás, lá mulheres e homens procuram apenas prazer, se exibem, tocam uns aos outros e se satisfazem suas vontades mais sujas. E eu confesso de início estranhei muito, mas aquilo me chamou atenção e eu voltei lá alguns dias depois, passei por cima de tudo que me foi ensinado e comecei a frequentar diariamente a boate. De início eu apenas dançava, me exibia, mas isso já não era mais suficiente depois de algumas semanas e foi aí que eu comecei a participar dos swings e a fazer programas. Aliso frequentavam os homens mais ricos e poderosos da grande São Paulo, era um lugar escondido e só convidados poderia entrar. Depois de um tempo eu resolvi não me envolver mais com pessoas tão conhecidas e do meio em que convivo, procurei outro lugar para satisfazer minhas vontades. E foi aí que eu conheci Sophia, ela é uma menina doce e um tanto ingênua. Sua vida não é fácil, cria um irmão sozinha, sua mãe faleceu e o pai cretino sumiu no mundo. Nessa época eu já tinha meus 20 anos e Sophia tinha o sonho de fazer uma faculdade de Arquitetura, eu a ajudei a realizar o seu sonho e embarquei junto a ela nesse sonho que também se tornou meu. Mas eu tava doente, eu estava a cada dia mais sedenta por sexo, luxúria e por dinheiro e isso nos afastou, e eu aprontei todas que pude. Sophia se envolveu com Murillo, meu primo, ele sempre me ajudou a sabe de tudo o que passei, mas não imagina a vida que levo. Dessa vida eu só carrego mágoas, dores e a sensação de que eu sou a culpada de tudo o que me fizeram e de tudo o que sofri e sofro. Talvez um dia eu me arrependa das coisas que faço, mas hoje a única coisa da qualquer eu me arrependo é de não ter matado o desgraçado que me roubou a única coisa boa que eu tinha. A minha inocência! Depois daqueles episódios deploráveis com Sophia e Lívia eu fui ao fundo do poço, Théo que havia jurado estar junto a mim em qualquer circunstância além de me maltratar e agredir me colocou em situações deploráveis das quais nem gosto de lembrar. Voltei para o Brasil em busca de ajuda, já que meus pais nem sequer me olham na cara já faz um bom tempo, corri para Murillo mas nem ele quis saber de mim. Apenas me mandou o documento do apartamento em que morei já em meu nome e um cartão com um valor considerável e um bilhete me avisando para que nunca mais chegue perto dele ou de quer que esteja próximo a ele. Estou como sempre estive, largada e sozinha. Consegui um emprego em uma empresa de pequeno porte, mas que paga até que bem. O chefe, dono da empresa é alguém que nunca foi visto. Só se sabe que o nome dele é Daniel Medeiros, deve ser um ninguém já que eu nunca ouvi falar nesse nome. Me pergunto todos os dias de minha vida ao acordar, por que de minha vida ser assim? O por que de eu ser rejeitada desde o meu nascimento. Até hoje nunca obtive respostas e talvez eu nem queira realmente saber. Estou bem confortável como estou, sem ninguém e me tornando cada dia mais forte e independente de tudo e de todos. Os homens que aparecem em minha vida são apenas para diversão e nada além disso. De tudo o que fiz em minha vida a única coisa que até hoje eu me arrependo é de ter feito o que fiz com minhas amigas, e quando tiver e se tiver oportunidade irei me redimir com elas e se me deixarem tentarei fazer da forma correta como deveria ter sido desde o início. Hoje o dia amanheceu daquele jeito, peguei um putaa trânsito para chegar a cafeteria onde tomo café todas as manhãs, ela fica próximo ao prédio onde trabalho e assim fica mais fácil para mim todos os dias. Entro na cafeteria e me sento no balcão, no lugar de sempre e peço o meu café descafeinado e um quiche de queijo que eu adoro e que só tem aqui. Logo sinto um perfume adentrar em minhas narinas, sinto alguém se aproximar e ouço uma voz grossa e firme fazer seu pedido logo ao meu lado. me mantenho seria e me curvo para minha bolsa para pegar meu celular e o bendito cai da minha mão, e eu vejo o homem ao meu lado o pegar e me entregar. - Aqui está! sorte não ter quebrado! - diz ele sério. E assim que seus olhos cruzam com os meus sinto um arrepio na espinha que nunca senti antes, ele te o olhar frio e eu no consigo decifra-los. - Ah, obrigada! - Digo e pego meu telefone. mas aí da não consigo quebrar o nosso contato visual, vejo ela dar um leve sorriso que me deixa de coração acelerado e com a pele toda arrepiada por sentir novamente aquele arrepio na espinha. - Eu te conheço de algum lugar? - Digo tentando de lembrar de onde conheço esse rosto, será que foi algum cliente que já atendi? se foi é por isso que não me lembro. - Pode acreditar que não, eu me lembraria de você! - diz ele que corta o nosso contato visual e caminha até uma mesa próxima de onde estou. Meu pedido chega e eu tomo o meu café ainda com aqueles olhos em minha mente, nem perguntei seu nome mas sinto que eu o conheço de algum lugar. Assim que termino meu café eu me levanto e assim que viro vejo que ele já não está mais ali, dou de ombros e sigo para o meu trabalho a pé mesmo para não correr o risco de não ter onde estacionar. Assim que chego sou informada de que vou ser trocada de setor e que a partir de hoje serei secretaria do CEO. Que inferno quanto menos eu quero chamar atenção mais o universo me ferra, vamos lá então se aprensetar para o chefe e saber quem é esse misterioso. Me encaminho a sala do CEO, assim que chego coloco minha bolsa sobre a mesa e bato a porta. logo escuto uma voz dizendo que posso entrar, entro e quando fecho a porta e me viro para olhá-lo fico surpresa ao ver que se trata do carinha da cafeteria. - Bom dia senhor Daniel! Meu nome é Ana Clara e eu sou a sua nova secretaria. - Digo tentando manter o profissionalismo. - Bom dia Ana Clara! Preciso que organize minha agenda e que se coloque a par de tudo o que puder ainda hoje. No mais pode se retirar. - Diz ele sem me olhar. Mas que babaca, não se deu nem ao trabalho de olhar para mim ao falar. Já vi que vai ser difícil a convivência sendo que logo no primeiro dia o cara já não se dá ao trabalho nem de me olhar na cara. Que eu tenha paciência!

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