Capítulo 14

1049 Words
Mestre Narrando... -Quando eu ouvi que a Helena tinha viajado com o Pedro fiquei sanguinário, irado, pirado, só queria descontar toda minha raiva. -Como ainda tava na favela encostei na boca porque Fera queria falar comigo,decidi que hoje quem ia fazer as cobranças era eu, não costumo botar a cara mas precisava de um pouco de adrenalina. -Cheguei lá indo direto pra sala do meu irmão os caras nem questionam,só baixam a cabeça e gosto assim, têm que ter respeito. Fera: -p***a irmão, tempão que nem cola pelo favelão!-diz vindo fazer o toque. Mestre: -E aí parceiro, suave?-falo Fera: -Namoral quem te vê aqui falando gíria de cria e te vê na tua vida de empresário lá na pista falando certinho nem reconhece.-diz já rindo. Mestre: -Dormiu com o Patati por acaso?-falo. Fera: -Ihhh qual foi? Meu negócio é mina e não fico pra dormir, sou bicho solto!-fala rindo. Mestre: -A hora que te colocarem na coleira vou rir muito, papo reto!-falo. Fera: -Ihhh eu hein, deseja coisa r**m pra mim não, te fiz nada!-diz debochado. Mestre: -E aí, qual é o B.O. da vez?-pergunto. Fera: -O fornecedor de armas tá vindo ao Brasil,quer uma reunião, pelo que entendi renegociar valor e tá esperando uma resenha de qualidade pra quando chegar. Mestre: -Já providencia tudo então, só me passar o dia, naquele pique, chama só as top. -digo. Fera: -Agora solta a voz!-fala sério. Mestre: -Tá maluco Roger? Que onda é essa irmão?-digo. Fera: -Parceiro, te conheço a 20 anos,conheço todas as tuas caras de b***a e essa tá logo me dizendo que o B.O. é grande. Mestre: -Mãe Diná é você?-desconverso. Fera: -Vem me enrolar não, fala seu p***a!-diz e respiro fundo. Mestre: -Tu é f**a,por isso é meu irmão. Falei daquela mina que não saía da minha cabeça, a que vi um dia subindo a favela, lembra?-falo. Fera: -Teu Anjo de Fogo? Achou ela?-pergunta. Mestre: -Achei têm tempo, casei com a mãe dela, transei com ela ontem e hoje ela viajou com o meu afilhado o Pedro! Viu merda que eu tô?Gostou do resumo?-digo sarcástico. Fera: -Caralhooooo, quando pega pra fazer merda tu capricha!-fala espantado. Mestre: -Tô precisando de ninguém me julgando não, meu plano era só ficar perto, cuidar dela mas foi muito além, não deu pra controlar irmão, aquela menina é minha cura e minha loucura. Fera: -Não tô te julgando porque te conheço e sei o quanto tu tenta fazer os bagulhos de forma justa, mas se não deu só o cara lá de cima sabe dos planos pra vocês. Me conta direito desde o início.-fala. -Contei tudo pra ele pois têm minha confiança máxima, realmente não me julgou e ainda veio com o papinho debochado que é time Helena. -Tentou me acalmar, quase conseguiu falando um monte de besteira, disse que chipava o casal #Melena. -Já tava até rindo quando meu telefone toca é o Xangai me passando a localização do casal de pombinhos, vontade de levar umas pedras pra tacar nos dois, traíras do c*****o. -Saio da favela pegando o rumo pra encontrar com aqueles dois, cabeça fervendo, a raiva vai tomando conta e meto o pé no acelerador só quero chegar lá. -No caminho a consciência vai voltando, tento respirar, por mais que eu seja um cara calmo, compreensivo, sou bandido p***a, o instinto tá em mim, vontade de cobrar os dois. -Por outro lado minha mente diz que o errado sou eu, Helena é minha enteada, Pedro não sabe de nada e é um cara bom, trabalhador, o ideal pra ela. -Mas quem disse que consigo deixar ela ir, me distanciar,fazer o certo, qual é o certo afinal, quando todo teu corpo, tua mente, até a p***a da tua alma só quer uma pessoa? -Bosta de vida, namoral nem tô preparado para o que vou encontrar lá,se pegar eles de love ou transando nem respondo por mim. -Bati na porta com vontade, queria mesmo é por a baixo, Pedro abre e vejo meu anjo de fogo, a raiva até diminui, mas a carinha dela não tá boa. -Isso só me dá mais motivo pra tirar ela daqui, o outro tentando fazer parecer que tá tudo bem, logo pra mim. -Juro que se ele fez algo com a minha menina não vai ter consideração nessa p***a, agora só quero tirar ela daqui,tô nem aí para nada. -Dei nem papo,vem ou vem e já era,Pedro ficou lá bufando, caguei pra isso e por incrível que pareça Helena não foi contra e veio numa boa. -Nessa atitude dela saquei na hora que tinha algo de errado, teve greve de palavras até o Rio, ela só manifestou quando estranhou o caminho que estava fazendo Helena: -Eu quero ir pra casa da Tia Bete na favela Daniel!-diz irritada. Mestre: -Mas nem fodendo! Tu vai sentar essa b***a gostosa e conversar comigo!-digo sério Helena: -Tenho nada pra falar com senhor ninguém!-Diz seca. Mestre: -Ahhhh então tudo bem passar a noite na minha cama, acordar e ir fazer viagem bem romântica com outro?-pergunto irritado e ela enche os olhos de lágrimas. Helena: -É o que?Você também vai me chamar de vagabunda?-pergunta soluçando. Mestre: -Aquele p*u no ** te chamou de vagabunda?-falo irado fazendo a volta com o carro. Helena: -Tá indo onde? Tá doido?-pergunta. Mestre: -Vou voltar naquela merda e quebrar aquele mimado do c*****o na porrada.-Digo. Helena: -Não Daniel! Tá maluco você?-diz. Mestre: -Tá defensora dos fracos!-debocho. Helena: -Só quero ir pra casa, dormir, esquecer essa merda toda, é muito difícil?-fala gritando. Mestre: -Difícil pra c*****o, quem ele pensa que é pra te ofender?-falo puto já. Helena: -Para o carro! Para ou eu me jogo!-diz. -Paro no acostamento e quando vejo ela pula no meu colo e começa a me beijar, nem penso em nada só na saudade dessa maluca. Mestre: -Cada vez te entendo menos.-digo quando paramos o beijo. Helena: -Amo o jeito que você me defende e cuida de mim! Agora cala a boca e me leva embora.-fala ofegante. Mestre: -Vou te levar para o meu apartamento a gente precisa conversar.-digo sério. Helena: -A gente precisa matar essa vontade, depois vem a conversa.-diz com um sorriso que me desmonta. -Nem penso duas vezes e meto o pé, quero mesmo é só ficar com o meu anjo de fogo e esquecer do mundo lá fora.
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