Fabi: Ela se perdeu p***a! Porque eu mandei ela subir e me descuidei.
JR: Culpa tua! Tu paga as coisas dela.
Fabi: Só se eu der meia hora de cu e b****a para o teus machos. –Olhei para o Pezão e ele estava rindo bebendo sua cerveja. A Fabi não iria ceder e eu não estava afim de me encher com ela.
JR: Vai que daqui a pouco eu dou uma chegada na sua casa pra falar com essa mina.
Fabi: Isso ai Júnior. –Ela sorriu e me deu um beijo estalado no rosto-. Tchau maninho. –Ela saiu rebolando, que morena mano!
Pezão: Sabia que ela não ia deixar isso quieto.
JR: Falou em treta quem tem que ta no meio?
Pezão: Ela é assim mesmo e acho bom não vacilar.
JR: E por que tu não tira do seu pra dar pra mina?
Pezão: Quem colocou a arma na cabeça da Babi? Quem mandou queimar as coisas dela? Aproveita e paga a conta ai que eu vou dar um pulo na casa da Cacau. –O filho da p**a saiu rindo do bar. Terminei minha gelada, troquei ideia com os moradores ali, paguei a conta e sai do bar.
Subi na minha moto, passou umas piranhas já rendendo e eu já pisquei pra uma das cachorras. Mulher fácil é bom pra c*****o.
Passei de moto no meu morro no estilo, chamando atenção mesmo. Ter nome é isso mesmo p***a! Conquistei na humildade, honrei meu nome, dei uma moral para os moradores e estamos vivendo na paz. Cheguei em casa, fui direto para o meu quarto, só tirei a camisa e joguei em qualquer canto. Peguei um malote de dinheiro, tirei dele 13 bolinhos de dinheiro, coloquei dentro de uma sacola e sai de casa. Subi na moto e desci pra casa da Fabi.
JR: Tô entrando. –Falei entrando na casa e fui direto pra cozinha.
Patrícia: Bonito não é Gabriel? –Ela me olhou com uma cara feia e eu até abaixei a crista. Minha tia é tipo mãe ta ligado? No momento difícil da minha vida ela quem esteve do meu lado e me acolheu.
JR: Pow tia, malzão.
Patrícia: Péssimo.
JR: Cadê a Fabi?
Patrícia: Vieram chamar ela, saiu ai agora.
JR: E a mina?
Patrícia: Não quero você perto dela. –Ela endureceu o olhar pra mim.
JR: Vim me desculpar, na humildade. Trouxe uma parada pra fortalecer e ela arrumar as coisas dela.
Patrícia: Não faz mais que sua obrigação. –Ela me deu uma dura e já vi que ela não ia ficar de boa comigo tão cedo-. Ela está no antigo quarto do Pedro.
JR: Beleza.
Já fui no quarto na humildade, bati na porta e ela se abriu. A mina estava parada na janela olhando para o morro. Cheguei de fininho por trás.
JR: Admirando a vista? –Senti que ela se estremeceu toda e virou assustada.
Babi: Por favor, não. –Ela se assustou e foi se afastando.
JR: Calma p***a! Fica suave que eu estou de boa. –Fui pra encostar nela e ela se esquivou.
Babi: Não me toca.
JR: c*****o p***a! Eu não vou te machucar. –Ela fitou os meus olhos e seus olhos se encheram de lágrimas. Ela desceu os olhos até minha cintura onde estava minha arma e eu me afastei dela. Tirei a arma da cintura e coloquei em cima da mesinha-. Tranquilo agora c*****o?
Babi: O que você quer comigo? –Ela foi até a cama e sentou.
JR: Vim trazer essa parada aqui pra você. –Estendi a sacola de dinheiro.
Babi: Não quero nada seu.
JR: Trouxe aqui pra tu, não rejeita porque eu não sou papai noel pra ficar dando presentinho. Então tu pega se não vou fazer você engolir.
Babi: Vai queimar sua língua se pedir desculpas?
JR: Desculpas o c*****o! Meu morro, minhas regras.
Babi: Eu só errei o local!
JR: Aceitando ou não, a parada ta aqui. Depois não vem fazer cara de cu para o meu lado. Se você vai usar não me interessa, minha parte ta feita. –Joguei o saco de dinheiro na cama ao lado dela, peguei minha arma e sai do quarto.
Não tenho paciência pra menina dramática, comigo é só no quente e no grosso. Se ela quer mimimi que procure no asfalto.
Sai da casa da tia sem nem me despedir, hoje é dia de baile e o morro estava fervendo. Cheio de p*****a nova subindo pra ver como que funciona e as de casa sempre fortalecendo jogando a b****a pra mim.
Subi pra boca pra ver como que tava o funcionamento, só fazendo meu trabalho, os nóias enchendo meu cu de grana e os meus fiéis trabalhando pra c*****o. Assim que gosto, tudo do meu jeito e no talento de malandro.
A Rata entrou na minha sala e sentou na cadeira na minha frente.
Rata: Qual foi da menina lá?
JR: O que tem?
Rata: Já to sabendo que foi levar grana pra ela. Vai ficar sem moral no morro.
JR: O que eu faço com a MINHA grana é da minha conta, não da tua já é? Você recebe o que é teu e cala a boca. O resto é comigo.
Rata: Só to te dando um toque de irmã.
JR: Toque? Toque meu piru. Não sou touch c*****o –Ela me olhou e ficou quieta bolada.
Rata: Já é chefe.
JR: Então vaza que hoje não to afim de neguinha na minha cabeça.
Rata: Vacilão mesmo. –Ela saiu bolada da sala e eu já puxei um charuto pra fumar. Fiquei suave.
Narração por Raelly.
Eu sou viciada na adrenalina. Amo testar meus limites e vê aonde eu posso chegar. Me juntei no mundo do crime aos 17 anos e tomei gosto. Disso não largo mais. Assim eu tenho o que eu quero, vou e volto a hora que eu quiser. Ascendi ao lado do JR quando ele assumiu e era uma das mais consideradas por ele. Não sou qualquer coisa e quem topa comigo sabe muito bem. Dou um boi para não entrar numa briga e uma boiada para não sair dela. Essas vagabundas do morro já sabem do meu nível, já deixei muita p*****a careca ou com partes do corpo queimado. Não sou mamãezinha de ninguém pra aturar desaforo de m*l comida.
Sai da boca bolada por causa do jeito que o JR falou comigo. Pra ser sincera essa semana geral ta bolado por conta dos ataques do Playboy. Mas como hoje é dia de baile vou procurar ficar de boa e procurar um macho pra me fazer gozar gostoso.
Parei minha moto em frente a casa da minha mãe, desci e entrei. Desde quando entrei pra essa vida, sai de casa. Não queria que minha mãe ficasse “vigiando” meus passos. Antes ela já não conseguia me acompanhar, agora menos né?
Minha irmã, infelizmente gêmea, estava largada no sofá vendo TV.
Rata: Qual foi vagabunda, não vai levantar para cuspir não?
Rafa: Qual foi Rata, me erra hoje que eu acordei montada no mau humor.
Rata: Era melhor ter acordado montada em um macho. –Larguei minha arma em cima da mesa e me joguei no outro sofá. Levantei minha blusa e fiquei mexendo no meu piercing do umbigo.
Rafa: Era melhor você ter ficado socada na boca hoje.
Rata: Vim aqui te atualizar e você nessa.
Rafa: Qual é a atual?
Rata: Moradora nova, maior treta.
Rafa: Ah isso? Já fiquei sabendo. –Ela rolou os olhos-. JR deu que fim nela?
Rata: Fim nenhum, foi lá levar uma grana pra mina.
Rafa: Ta de s*******m com a minha cara? –Olhei minha irmã levantar rápido do sofá e me olhar p**a.
Rata: Papo reto! Mas ó nem vai atentar a cabeça dele, ele não está bom hoje não.
Rafa: Comigo ele sempre está. Quero saber que p***a é essa dele ficar fortalecendo p*****a.
Rata: Dedo da Fabi claro.
Rafa: Claro! Tinha que ter o dedo daquele projeto de vagabunda no meio. –Ela saiu andando pela casa e foi para o quarto. Ri e fui atrás dela.
A Rafa trocava de roupa e ia se arrumando.
Rafa: Mas o que sabe dessa garota? –Ela me olhou pelo espelho.
Rata: Tenho cara de quem fala as coisas sem nada em troca?
Rafa: Sabia. –Ela debochou-. O que você quer?
Rata: Faz uma parada pra mim.
Rafa: Depende do que você quer.
Rata: Vou fazer uma missão em dois dias, preciso de você.
Rafa: Vou ganhar quanto nisso?
Rata: Isso a gente decide depois.
Rafa: Ok, me conta da p*****a!
Rata: Nome dela é Bárbara, chegou aqui hoje. Parece que a tia que cuidava dela está quase morrendo, ai pra não gastarem dinheiro com a coitada a jogaram aqui. Ela é prima do Pezão e da Fabi. Ai ta morando lá com a Fabi e a mãe. Tem 18 anos. Bonitinha até. Versão da Barbie da roça.
Rafa: Vou trombar com essazinha na rua.
Rata: Longe da Fabi, se não ela te arrebenta de novo.
Rafa: Cala a boca Rata! Já não plantou o veneno e conseguiu o que queria? Agora vaza!
Rata: Calma gatinha. –Ri e sai do quarto. Passei na sala, peguei minha arma.
Sai da casa, subi na minha moto e subi o morro voada pra boca.
Fiquei lá ajudando a fortalecer nosso negócio e dando uma moral para os meus parceiros.
Narração por Babi.
Depois da visita do JR eu abri a sacola e vi a quantidade de dinheiro que ali tinha. Era muita loucura! Parei pra contar e tinha 13 mil. Eu nunca havia tido esse dinheiro todo na minha mão. Fiquei até com dificuldade pra contar. A Fabi entrou no meu quarto, antes mesmo que eu guardasse o dinheiro.
Fabi: Ainda bem que o JR passou aqui. Bora logo para o shopping comprar suas coisas, que eu quero você toda montada no baile.
Babi: Baile? Não vou pra baile nenhum.
Fabi: Não quero mimi e nem choro, vai sim e chega! Levanta e vamos logo.
Babi: Tudo bem. –Ou eu me acostumava com o jeito da Fabi ou eu ia continuar fazendo a “sofrida”. Mas queria ver ela passar pelo o que eu passei. Tudo isso em um dia.
Fabi: Ótimo! –Ela me emprestou uma muda de roupa, ela se trocou e fomos para o shopping.
Eu fiquei encantada! Nunca havia estado em um shopping tão lindo e tão grande como esse. O shopping da minha antiga cidade era muito caidinho. Ninguém merece.
Fabi: Olha, você aproveita que o JR te deu essa moral. Se ele fez é porque está arrependido.
Babi: Um pedido de desculpas estava ótimo.
Fabi: Olha uma coisa, o JR não é desses e nem vai ser. Aceita o dinheiro e fique bem feliz com isso. Você nunca que ia conseguir repor seu guarda-roupa assim tão fácil.
Babi: Verdade. Então, por onde eu começo? –Ri.
Fabi: Isso ai minha garota. –Ela deu um tapa na minha b***a-. Vamos ser felizes. –Rimos. Ela é meio doidinha, gostei.
Compramos apenas o básico, porque amanhã iríamos continuar. Não iria dar pra comprar tudo. Passamos em frente a uma loja de celulares e a Fabi parou.
Fabi: Bárbara! –Ela cantarolou meu nome e eu fui ao seu encontro.
Babi: Oi Fabi. –Ela olhou para um Iphone 6s Plus gold maravilhoso.
Fabi: Amiga diz que sim.
Babi: Fabi ficou louca?
Fabi: Você está sem celular! –Ela deu pulinhos e me puxou para dentro da loja. A atendente já nos olhou com uma carinha de desdém.
Atendente: No que posso ajudar?
Fabi: Viemos comprar um celular.
Atendente: E qual modelo estão procurando.
Fabi: Eu quero o Iphone 6s plus gold, por favor.
Atendente: Não querem ver outro modelo?
Fabi: É esse mesmo meu bem. –Eu estava louca para rir por dentro.
Atendente: Ok. –Ela foi buscar a contragosto e demorou uma eternidade pra voltar. Ela testou ele na nossa frente e estava perfeito. Eu não via a hora de colocar as mãos naquela maravilha. Era mais do que eu já havia tido na vida.
Atendente: E qual vai ser a forma de p*******o?
Babi: A vista. –Jogar na cara dessa m*l amada não mata né? Ou mata? Ela olhou surpresa, paguei pelo meu novo cel e sai divando com a Fabi.
Fabi: Cara como eu estava louca pra ter alguém de boa fé pra sair. –Ela me abraçou de lado, o que foi complicado porque nós duas estávamos cheias de sacolas.
Babi: E eu achando que ficaria sozinha aqui.
Fabi: Olha você esquece aquela manhã desastrosa e foca nos próximos dias. O morro é maravilhoso, só questão de acostumar.
Babi: Aqui é muito diferente de onde eu morava.
Fabi: É uma nova era para a Babi. –Ela riu.
Passamos o restante do dia no shopping, foi tão bom passar por esse momento. Ela me fez rir tanto, conversamos sobre tantas coisas que eu já me sentia amiga dela de longa data.