Capítulo Três

1652 Words
Willow Consegui terminar o café da manhã antes das sete e ainda não tinha visto ninguém até agora e eu estava grata por isso, tinha terminado de limpar tudo na cozinha quando ouvi pessoas chegando para o café da manhã. Um pequeno medo se instalou rapidamente em mim e saí pela outra porta, caminhando pelo corredor estreito, cheguei à lavanderia querendo começar cedo. Talvez eu pudesse terminar mais cedo. Estava me sentindo exausta após a minha péssima noite de sono, meu corpo estava pesado enquanto eu me movia em direção às lavadoras que sobraram do dia anterior. Peguei uma e enchi a lavadora, depois me aproximei e retirei as roupas limpas da secadora, fiquei ao lado da mesa e comecei a dobrá-las em pilhas. Percebi que eram as roupas da Ashlyn e suspirei silenciosamente, sabendo que teria que levá-las ao quarto dela. Ashlyn é a melhor amiga da Kaitlyn, ela é filha dos Betas e também está namorando o Milo, irmão da Kaitlyn, ela é tão má quanto a Kaitlyn. Todos acham que ela é companheira do Milo, mesmo que ele seja velho o suficiente para saber se ela é ou não, ele não diz nada e simplesmente aceita. Elas fazem dezoito anos na próxima semana, o Milo já tem vinte. Houve um anúncio de uma grande festa para ambos, já que eles compartilham o mesmo aniversário, a Luna já está pressionando todos para que isso seja a tarefa mais importante. O Alfa está radiante porque isso significa que a Kaitlyn terá seu lobo nesse dia. A Luna já ordenou tantas coisas e um organizador de festas virá neste fim de semana para planejar tudo, nos disseram que teremos que trabalhar na festa. Uma coisa nesta Alcateia é que, se você é um simples Ômega, você não é nada além de um servo. Continuando a dobrar, eu estava tão perdida em meus pensamentos que não ouvi ninguém se aproximando por trás de mim. De repente, dois braços me prenderam contra a mesa e soltei um grito, que foi abafado por uma mão pressionada sobre meus lábios e um corpo encostado nas minhas costas. — Você deveria prestar mais atenção aos seus arredores, Willow. Franzi o rosto, era o Milo? O que ele estava fazendo? Ele nunca falava comigo, só se estivesse com sua irmã e seus amigos. Ele se aproximou mais de mim e eu apoiei as mãos na mesa, tentando evitar que me machucasse com a força com que ele estava se apoiando em mim. Milo era muito mais alto do que eu, com seus seis pés ou talvez até mais, ele era forte e treinado todos os dias, o melhor guerreiro. Ninguém conseguia derrotar ele, exceto seu pai. Ele passou o nariz ao longo da minha mandíbula, até minha orelha, e eu pude sentir algo duro nas minhas costas. Comecei a me debater, não gostando de onde isso estava indo. Ele soltou um gemido, empurrando ainda mais seus quadris contra mim. — Eu não faria isso se fosse você, eu gosto de sentir seu corpo se debatendo contra mim. — ele sorriu, me fazendo senti-lo ainda mais agora. — Mas eu gosto ainda mais de te ouvir gemendo meu nome. — eu senti ele lamber minha bochecha e quis vomitar, o que ele estava fazendo comigo? — Você gostaria disso, não é? Aposto que você é tão apertada, já que provavelmente nunca esteve com um homem. Quem gostaria de te tocar, afinal de contas? — Ele apoiou uma mão logo abaixo dos meus s***s e eu senti o polegar dele subindo e fazendo carinho pelo lado de baixo de um deles. O medo me rasgou por dentro e comecei a balançar a cabeça, empurrando mais contra a mesa, precisava me afastar dele. — Milo?— Ouvi a voz da Ashlyn e ele se aproximou ainda mais. — Um dia, Willow. Ele me soltou, virou-se e saiu do cômodo. Eu me apoiei na mesa, tentando recuperar o fôlego e não chorar. — Querida, por que você está aqui embaixo? Preston disse que te viu descendo aqui.— A voz dela era como unhas em um quadro-n***o. Não fiz nenhum som, claro, se ela sabia que eu estava aqui e que o Milo estava aqui agora, ela vai me bater ou sair correndo para contar para a Kaitlyn que eu estava tentando ir atrás do Milo ou inventar alguma mentira estúpida, ela é tão possessiva com ele. — Nada querida, eu só estava tentando encontrar aquela empregada i****a, preciso que ela lave a minha roupa e ela estava sempre pulando isso. Eu conseguia ouvir eles se beijando e ela gemendo. — Bem, você deveria dizer ao seu pai, ela será punida. — Não, eu só vou pedir para outra pessoa fazer isso, talvez eu pegue a Mia. — Ok, querida, se você diz, eu prefiro que a Mia faça de qualquer maneira, não gosto daquela garota suja mexendo nas suas coisas. Ouvi os passos deles ficando mais distantes, e quando soube que eles tinham saído, finalmente desabei, deixando lágrimas silenciosas escorrerem. Minha mente voltou para o momento em que cheguei aqui, o motivo pelo qual meus pais foram mortos e por que eu fui mantida aqui como uma serviçal. No começo, eu não entendia quando eles me levaram, junto com os outros, naquele dia em que nossa Alcateia foi atacada e meus pais foram mortos. Marie cuidou de mim durante um ano. — Nunca diga a eles quem você é, Willow. — Marie costumava me dizer o tempo todo, guardando isso longe deles era mais seguro para mim, isso é, até o dia em que eu fui levada para a casa da Alcateia. Eu tinha acabado de completar sete anos, eles me levaram para um quarto e foi então que vi o homem assustador, o mesmo homem que matou minha mãe e meu pai. Ele estava sentado na cadeira atrás da grande mesa, com uma mulher em seu colo. Ele me olhou com tanto ódio que eu queria virar e fugir. Se levantando do colo do homem, a mulher veio em minha direção, seus saltos clicando contra o chão enquanto ela ficava na minha frente, olhando para mim com nojo. — Você! — ela apontou o dedo para mim — Você vai aprender a ser uma serva nesta casa. Terá que ganhar seu espaço para ficar nessa Alcateia. Eu não disse nada, apenas olhei para ela sem dizer nada. O homem que levou meus pais embora estava sentado ali como se nada tivesse acontecido. Ela soltou uma risadinha e olhou por cima do ombro, — Querido, acho que essa aqui está quebrada. Talvez devêssemos arrumar outra, porque vieram muitas com ela. — Não. — Ele disse, se levantando e indo ficar ao lado da mulher, olhando para mim. — Ela vai servir muito bem, quanto mais silenciosa, melhor. Ela acenou a mão para ele, — Tanto faz, apenas mantenha essa sujeira longe dos meus filhos. — ela disse enquanto saía do quarto, me deixando com o homem assustador. Meu coração batia forte no peito, eu tinha medo dele e ele sabia, ele me deu um sorriso de canto. — Eu sei que você me reconhece, e sei quem você é e quem eram seus pais. — Ele disse, se aproximando de mim. — Você tem os olhos da sua mãe. Minha esposa pode não saber quem você é e nós nunca diremos a ela. — Ele usou seu comando de Alfa em mim quando eu era criança, me machuquei, apesar de eu não ser um m****o da Alcateia e ser jovem, ele era poderoso. Assim que ele disse, ele se endireitou rapidamente. — Gamma Daniels!— Ele gritou e a porta se abriu. — Sim, Alfa. Eu vi o homem que me encontrou no meu armário entrando na sala e olhando para mim, seus olhos amaciaram por um momento. — Leve ela para Nancy, ela precisa aprender as regras e responsabilidades de uma serva. — Alfa?— Ele olhou sem entender, — Ela é apenas uma criança. — Gamma Daniel, você está negando uma ordem do seu Alfa?— Sua voz era profunda e rouca, Ele abaixou a cabeça, — Não, Alfa. Ele rapidamente me pegou no colo e me levou embora daquele homem, mas meus olhos continuaram fixos nele enquanto ele me observava. Quando ouvi passos, Mia entrou com outra garota que eu não reconheci, ela me viu no chão. — Willow, o que aconteceu? — Ela se aproximou de mim, Mia é da minha Alcateia, éramos apenas crianças quando viemos e desde então fomos servas. Eles não são tão maus com os outros como são comigo. Ela afastou o cabelo do meu rosto e respirou fundo, me olhando depois, — Isso tem a ver com o Milo? Eu o vi vindo por aqui quando estava indo levar o café da manhã para a Kaitlyn. Eu assenti, — Não conte a ninguém, eu não preciso que a Ashlyn me acuse de nada, todos nós sabemos que ela está com o Milo. — Ela vai saber, Willow. Consigo sentir o cheiro dele em você, então ela também conseguirá sentir o seu nele. Droga, mesmo sem termos os nossos lobos, ainda conseguimos sentir o cheiro uns dos outros, apenas nada se destacaria até nossos lobos aparecerem e pudermos sentir o cheiro de nossos companheiros. Revirando os olhos, apoiei as costas na perna da mesa. — Essas são as roupas dela, tenho que levar para o quarto dela. Mia olhou para a mesa, — Eu levo para você, para que você não cruze o caminho dela, fique aqui embaixo e termine a lavagem. Vou te cobrir, hoje eu tenho ajuda da Maddy. — Você tem certeza? Não quero que você se meta em encrenca. — Sim, vai dar tudo certo, agora vamos terminar de dobrar e eu posso levar essas roupas para ela antes que ela venha procurar e te ache. — Tudo bem.
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