Cheguei na Rússia hoje pela manhã, vim, pois amanhã é aniversário da minha futura esposa e quero fazer uma surpresa, acredito que não seja agradável para ela, mas preciso começar a domar a fera antes do casamento. Já tenho problemas demais para resolver na máfia e não posso perder tempo com essa besteira de casamento e esposa.
Estou tomando meu uísque e fumando meu charuto quando meu fiel segurança entra.
– Senhor, temos problemas. – Bebo um longo gole de uísque.
– Que problema teríamos na Rússia, Tom? – Pergunto, mas no fundo eu já sabia a resposta.
– Sua noiva está em uma boate com mais duas amigas.
Essa peste está determinada a me trazer problemas, cadê os pais dela para impor limites? Não sou o pai dela para educá-la.
– Vamos para essa boate.
Pego meu terno e vou ao encontro da pequena diabinha.
Minutos depois chego à boate e percebo que havia um tumulto lá na frente, próximo ao palco.
Vou me aproximando mais e escuto alguns gritarem "gostosas" "delícias", quando abro espaço e olho mais à frente fico vermelho de ódio. O que essa peste pensa que está fazendo dançando desse jeito na frente de todos?
"Se eu pego essa gostosa de branco acabo com a vida dela na cama, que mulher gostosa" – Um imbeciI fala próximo de mim.
Pego ele pela camisa e aviso – Da próxima vez que falar da minha mulher ou olhar para ela, você nunca mais vai enxergar nada, porque cegos não enxergam. – Jogo o garoto no chão e vou pegar o que é meu. Ela vai aprender uma lição.
Me aproximo do palco, aproveito que ela está mais na beirada e puxo ela com tudo, ela cai nos meus ombros gritando, meus seguranças vão abrindo espaço e eu saio com ela da boate.
Abro a porta do carro e jogo ela lá dentro, vejo que está com os olhos arregalados.
– O que você faz aqui? – Ela pergunta.
– CALA A BOCA! – Grito e ela estremece no banco.
Ficamos todo o trajeto assim, sem falar nada, estou com tanto ódio dela que para não fazer uma merda prefiro ficar quieto.
Chegamos no apartamento onde estou hospedado e ela está cochilando, pego ela em meus braços e vou para o elevador. Quando entro no apartamento ela acorda.
– Hum, me trouxe no colo que romântico senhor Rocco. – Ela fala e cai em uma gargalhada.
Coloco ela sentada na cama e pergunto.
– Você está bêbado Luara? – Estou com raiva, muita raiva.
– Bêbada não, que coisa feia de se falar, estou alegre, alegre – Ela joga os dois braços para cima e grita – Fica feliz por mim Rocco, estou comemorando meu aniversário antes da minha morte.
– Não suporto gente bêbada – Falo
– E eu não suporto você, não suporto esse casamento, não suporto meu pai, não suporto a máfia, eu odeio todos vocês! – Ela grita, mas quase não dá para entender o que ela fala, está falando tudo embolado.
– Levanta – Ordeno – Levanta agora Luara, não me faça perder a cabeça com você – Ela me olha de um jeito diferente agora, não sei decifrar.
– E se você perder a cabeça Rocco, o que vai acontecer? Você vai me f***r aqui – Ela passa a mão pela cama – Nessa cama?
– Proposta tentadora, mas não irei fazer isso.
– Porque? Eu não sou gostosa o suficiente para você? Eu não sou gostosa como a sua amante é? – Ela fala com raiva
– Luara, eu não converso com gente bêbada e só por isso irei te dar um desconto hoje, agora vai dormir vai – Saio do quarto deixando ela ali sozinha.
Só de me imaginar f*dendo ela, fiquei de p*u duro, agora terei que resolver esse problema sozinho enquanto tem uma bêbada que futuramente será minha esposa deitada na minha cama. Inferno!
Olho ela por um tempo e tenho que admitir, ela é linda. Tem um rosto angelical, uma pele suave e os olhos azuis como o mar. O corpo então, nem se fala, ela é jovem, mas tem o corpo de um mulherão, acho que isso se deve ao fato de que ela faz aulas de danças.
Acompanhei algumas aulas que ela fez, de longe, claro. Ela dança lindamente. Parece que está flutuando.