CAPÍTULO 01

604 Words
Marjorie, Acordo mais um dia toda dolorida, sinto que por dentro já estou morta a muito tempo. Perdi meus pais nova e minha guarda ficou pra maldita da minha madrasta Nathana, ela e sua filha Natiele faz a minha vida um inferno. Descobrir faz pouco tempo que mulher até 21 anos tem que ter um tutor legal, o que me faz ter que aguentar mais 3 anos esse inferno de vida. Moramos aqui no complexo de Lins, mas conhecido como o morro do amor e o nome é tão irônico, afinal quem conhece a realidade daqui, sabe que amor é o que tem de menos. Levanto do chão, dessa vez ela deixou pelo menos um pedaço de papelão pra eu deitar em cima. Todas as noites ela me prende igual a uma c****a em uma coleira de ferro, diz ela que é o jeito pra eu não fazer nenhuma besteira. Já tentei fugir diversas vezes, mas oque vou fazer, acabei de completar 18 anos, o dinheiro que consigo na lanchonete onde trabalho ela pega tudo, m*l consigo comprar uma calcinha. Balanço a coleira e a Natiele vem me soltar me xingando, todas as manhãs preparo o café das quengas. Antes até tinha o colégio pra passar um tempo em paz, mas agora só me resta o trabalho e eu só fico lá das 12:00 as 15:00 horas, que é o horário que está servindo o almoço. Dona Quitéria me paga apenas 300 reais por mês, ela mente pra minha madrasta que eu ganho 250,00 reais e me dá 50 reais escondido. Comecei a guardar minha parte, mas a Natiele descobriu e pegou toda a minha economia, vou começar literalmente do zero agora. essa mulher tem um salão, mas é tão r**m que quase não tem cliente. Vou até o banheiro, se é que posso chamar esse buraco de banheiro e faço minha higiene pessoal, tomo um banho rápido, afinal ela só me deixa ficar 5 minutos em baixo do chuveiro é um chuveiro que tem no quintal de trás da casa com água gelada. Vou pra cozinha e começo a preparar o café, pego o leite e começo a esquentar, como já compramos pão ontem e sobrou, faço pão torrado e torço pra sobrar pelo menos um pedaço, só tenho direito de comer oque sobra delas, ou seja quase nada. Dona Quitéria me ajuda bastante, a única refeição que tenho é o almoço e é oque me sustenta sempre. Trabalho lá apenas de terça á sábado, segunda e domingo é fechado e é quando fico basicamente sem comer o dia inteiro. Espero as duas tomarem o café e pra minha surpresa sobrou metade de um pão, chego mais perto e vejo que a desgraçada cuspiu nele, limpei a parte com o pano e como, isso tudo me deixa com uma exaustão muito grande. Ela poderia ter me deixado em algum abrigo ou ofarnato seria mil vezes melhor para ambas as partes. Quando dá 10:00 horas as duas vão para o salão e a paz começa a reinar. Começo a limpar a casa, aqui não é muito grande , tem um cômodo que é metade sala e metade cozinha, o quarto que é divido com um guarda roupa e é das duas, banheiro, o quintal é até grandinho se ela fosse esperta construiria mas cômodos. Lavo as roupas que tinha e já coloco no varal, espero que não chova hoje. Olho e já são 11:40 coloco meu uniforme, faço um coque no cabelo, pego minha bolsa que tem apenas meu RG dentro e desço o morro, a lanchonete fica na entrada. Bom dia pessoal ?
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