CAPÍTULO QUARENTA E UM

1040 Words
Aisha Estou sentada olhando o Guilherme, e ele ainda não acordou... já são 4 da manhã e eu ainda não conseguir pregar o olho. - Aisha - escuto ele falar bem baixinho, levanto e vou na direção dele. - Calma meu amor, eu vou chamar uma enfermeira - na cama dele tem aqueles botões de acionar a enfermeira, mas daqui que elas aparecam, ja vou logo ir la, ainda mais que são 4 da manhã, devem esta tudo jogada dormindo por ai. Vou no corredor e esta vazio, procuro por todos os lugares e não vejo ninguem, entro em uma sala que nem sei se eu poderia entrar e a médica qua atendeu o Guilherme esta saindo do banheiro. - Doutora ele acordou - falo ja ofegante de tanto andar. - Meu plantão esta terminando, vou pedir uma enfermeira pra ir lá. - Doutora é uma vida, eu sei que a senhora esta cansada e tambem não desmerecemdo o trabalho das enfermeiras, mas a senhora atendeu ele mais cedo a senhora sabe da situação... porfavor é so uns minutinhos, so pra senhora ver como ele esta -Eu sei que sou bem convincente usando um pouquinho de drama, ela suspira fundo, e vai na direção de uma sala, assim que ela abre a porta vejo muitas enfermeiras mexendo no celular e outras tirando aquele velho cochilo, agora entendi porque não ouvem nada. A Doutora coloca o seu jaleco e sai da sala... vamos em direção a sala onde o Gui esta e o mesmo esta de olho fechado agora. - Senhor Guilherme? - ela o chama e ele abre o olho - como esta se sentindo? - fala analisando os aparelhos que tem lá, que eu não entendo nada. - Com dor - ele responde arrastando a voz quase sussurrando. - Esta sentindo dores aonde? não tenha pressa, fale devagar. - Meu... corpo... e ... minha ... cabeça. - Isso é bom - ela diz e eu fico com uma interrogação, tentando entender o porque isso é algo positivo - Esta sentindo essa dor pelo impacto que sofreu, vou colocar uma luz no seu olho rapidinho so pra checar uma coisinha - ela pega tipo uma mini lanterninha que parece mais uma caneta e analisa o olho dele. - Estou... com... sede - ele diz. - É normal, o remedio vai aliviar - ela tira uma siringua não sei de onde e aplica um medicamento em um tubinho que esta enfiado nele - pronto você vai acordar melhor, ainda não recomendo beber agua. Ela fala e vai saindo da sala... - Doutora? - chamo ela que para e me olha - não é preoucupante ele está sentindo dor? - Seria preoucupante se ele não estivesse sentindo dor, isso seria sinal que ele morreria nas proximas 24 horas... sabe aquele famoso "Melhorou do dia pra noite e depois morreu?" - confirmo com a cabeça - Então, e isso não deve acontecer... porque seria erro nosso por dar o diagnostico errado e pegaria m*l pra minha otima reputação - eu não sei se ela esta sendo ironica ou falando serio - não podemos esquecer que ele sofreu dois impactos, o do acidente e da queda... assim como foi relatado, e convenhamos que seu marido não é pequeno e muito menos leve, então gera um impacto grande na queda, mas não se preoupe os sinais vitais dele estão otimos, e esse medicamento vai fazer ele dormir e amanhã ele estara melhor, até se comunicando melhor, assim esperamos... volto mais tarde pra fazer outra avaliação, pode dormir tranquila - da um tapinha no meu ombro e sai... ela realmente queria ir embora. Viro e o Guilherme esta relutando pra dormir, o homem é teimoso ate quando não precisa. - Pode dormir meu amor, eu estou aqui - dou um beijo na testa dele - não vai acontecer nada... esta tudo bem - fico alisando a cabeça dele até que ele fecha o olho. Depois que ele dorme, vou deitar no sofazinho de acompanhante para tentar dormir... literalmente tentar, porque conseguir é outra historia. (...) Acordo com a erfermeira entrando no quarto. Olho e vejo que o Guilherme ja esta acordado, ela ajeita a cama colocando ele sentado. - Você esta melhor? - pergunto a ele. - Estou - sento na cama dele e vou dar o café que a enfermeira trouxe - eu consigo fazer sozinho. - Eu te ajudo. - Não precisa - ele pega o garfo da minha mão. - Realmente o remedio fez efeito, a cabeça passou? - Passou um pouco - fala comendo. - Você lembra do que aconteceu? - Ultima coisa que eu lembro é de brigar com minha mãe e depois não lembro mais. - Você brigou com sua mãe? - pergunto surpresa. - Sim - pela cara dele, a m***a foi grande. - Bom dia - a mesma medica aparece, ela não tinha saido do plantão? - pra sorte de vocês vou cobrir o outro medico por algumas horinhas, e iai como você esta se sentindo? - Estou bem - o Guilherme responde. - Vejo que o remedio fez muito bem. Ela avalia ele e depois sai; - Quando ele vai ter alta doutora? - pergunto indo atrás dela. - Precisamos de mais 24 horas, se ele responder corretamente as avaliações ai ele sai. - Ai que bom, obrigado - falo e dou um sorriso e ela da um meio sorriso. - Tá liberada patroa, bom dia - um médico aparece e passa por nos e ela revira os olhos. - Não se case nunca - ela diz depois que o médico passa. - Meu casamento é daqui a alguns... meses - falo. - Ainda da tempo - fala sussurrando e dou risada. - Seu casamento é tão r**m assim? - pergunto. - Quando você esta de plantão a 12 horas, cansada e morrendo de sono, e ainda tem que pegar mais horas por causa do irresponsável do seu marido... sim é insuportável. - Ah ele é seu marido - falo me referindo ao médico que passou, então por isso que ela virou o olho daquele jeito. - Infelizmente sim, agora finalmente vou descansar... e você deveria fazer o mesmo - diz passando a mão no meu braço.

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