Milana Sartori.
Assim que eu voltei para a festa, entrei e fui procurar o Lorenzo, mas assim que eu o avistei ainda conversando com a garota, decidi deixá-lo sozinho com ela.
Me sentei em um banco e aguardei a festa terminar. A festa estava tediosa, principalmente por eu não ter outros amigos comigo.
Algum tempo depois, uma garoto alto se aproximou de mim e sentou ao meu lado.
— Chato, não acha? — perguntou o garoto.
— Um pouco.
— Prazer, Damiano — estendeu sua mão.
— Prazer, me chamo Milana — apertei sua mão.
— Um nome muito bonito, Milana.
— Obrigada, é israelense — sorri.
— Nomes israelenses são muito bonitos.
— Exatamente.
— Está aqui sozinha?
— Não, mas o meu único amigo foi conversar com uma garota e agora estou sozinha, e você?
— Estou na mesma situação.
— Podemos fazer companhia um para o outro então.
— Achei que já estivéssemos fazendo isso — sorriu.
— Você tem razão, já estamos fazendo isso — ri levemente.
O Damiano era um rapaz muito bonito. Era alto, seus cabelos eram loiros e seus olhos azuis escuros, e o seu sorriso era o que mais chamava atenção. O Damiano era muito simpático e divertido, era bom conversar com ele, pois o mesmo puxava muitos assuntos e não deixava-o terminar.
Matteo Ricci.
Assim que eu retornei para a casa do Mattia, entrei e avistei a Milana conversando com um garoto, confesso que isso me deixou um pouco frustrado, mas tentei ignorar o sentimento.
Eu pensei em chamar o Dylan para irmos até a Milana e o garoto, mas decidi não fazer isso, mesmo que eu estivesse irritado em vê-los juntos.
Estava me sentindo m*l por ter tocado em assunto delicado com a Milana, então decidi esperar a festa terminar para eu ir conversar com ela.
Milana Sartori.
— Então, você é parente do Mattia?
— Eu sou amigo da escola.
— Sério? Eu nunca te vi por lá.
— Eu sou um ano mais velho e há tantas pessoas na escola, que nós passamos despercebidos.
— Você tem razão.
Algum tempo depois, me despedi do Damiano e caminhei até o Lorenzo, que agora, ele já estava desacompanhado.
— Vocês conversaram muito — falei.
— Até demais. Ela é incrível! O nome dela é Arianna.
— Ela é muito bonita também.
— Sim, muito mesmo.
A Arianna era uma garota muito bonita. Ela tinha a pele parda, seus cabelos encaracolados e seus olhos castanhos. A Arianna era alta, então sua altura a deixava mais esbelta.
Assim que Lorenzo e eu estávamos saindo da casa do Mattia, Matteo me chamou.
— Milana, espera — exclamou Matteo.
— O que foi?
— Eu queria lhe pedir desculpas pelo o que eu disse sobre a dua mãe.
— Como já não bastasse atormenta-la até na escola, agora isso — disse Lorenzo revirando os olhos.
— E você poderia ficar quieto! O assunto aqui é entre ela e eu — respondeu Matteo aborrecido.
— Você não tem respeito ao próximo mesmo, impressionante! — falou Lorenzo em um tom baixo, mas que ainda sim podíamos ouvi-lo.
— Tá bom... agora chega!
Matteo caminhou rapidamente até o Lorenzo, lhe dando um soco. Lorenzo o olhou furioso e avançou no Matteo, começando uma briga.
Tentei entrar no mei e separar, mas não consegui. Assim que o Mattia percebeu que estava acontecendo uma briga, ele chamou o Dylan e ambos correram rapidamente até o Matteo e o Lorenzo, os separando em seguida. Dylan estava segurando o Matteo, enquanto o Mattia segurava o Lorenzo.
— O que estão fazendo? — exclamou Mattia.
— Foi esse i*****l que começou! — respondeu Lorenzo.
— Eu? Foi você que começou a provocar!
— Não interessa quem começou ou deixou de começar! Eu não quero briga na minha casa.
— Não vale a pena Matteo — disse Dylan em voz baixa para o Matteo.
Matteo olhou fixamente para Lorenzo, com irritação em sua fisionomia e em seguida, ele foi embora com o Dylan.
Assim que bos for embora, Mattia soltou Lorenzo e ele e eu fomos embora.
— O que foi aquilo? Não vale a pena brigar com o Matteo.
— Eu sei e eu sinto muito por isso, mas foi ele que me atacou primeiro e eu jamais ficaria de braços cruzados.
— Eu sei e eu entendo você, mas você não deveria te discutido primeiro.
— Vai defender ele?
— Eu não estou defendendo ninguém, só estou dizendo que o Mattel não vale a pena para nada!
— Eu sei, me desculpa.
— Está tudo bem, não precisa se desculpar.
Assim que chegamos até minha casa, paramos em frente a pequena cerca.
— Você quer estrar? — indaguei.
— Não precisa, eu já vou indo.
— Tufo bem então. Obrigada por ter me acompanhado hoje.
— Imagina — sorriu. — Até amanhã.
— Até.
Assim que o Lorenzo se afastou por completo, entrei em casa. Deitei no sofá e fechei os meus olhos.
A festa para mim havia sido entediante e ao mesmo tempo, um excesso de emoções. Pelos assuntos sobre a minha mãe, pela briga e por eu ter percebido que o Matteo gostava de mim.
Algum tempo depois, ouvi a porta destrancar. Rapidamente me levantei do sofá e peguei o abajur da pequena mesa que havia ao lado do sofá. Assim que as luzes se acenderam, suspirei aliviada e abaixei o abajur.
— O que está fazendo? — perguntou Matteo.
— Eu que o pergunto! Como entrou aqui? Você arrombou a minha fechadura?!
— É claro que não! O seu pai deu uma cópia da chave para a minha mãe, para qualquer emergência.
— Não acredito que ele fez isso! — revirei os olhos. — E o que você quer?
— Como eu não consegui falar com você na festa, decidi vir até aqui, mas agora estou achando que foi uma péssima ideia.
— Está achando? É claro que foi uma péssima ideia Matteo!
— Me desculpa, mas foi por culpa daquele seu "amiguinho" inconveniente!
— Vocês dois foram inconvenientes hoje.
— Que seja! Olha Milana, eu sinto muito por ter tocado no assunto da sua mãe, eu não queria ter te chateado e depois que você foi embora, eu me senti muito m*l.
— Não queria ter me "chateado"? Por favor Matteo, não seja tão hipócrita a esse nível! Você me chateou vária vezes na escola, principalmente com as falas sobre os meus olhos. Você se afastou de mim por nenhuma razão e isso também me chateou muito, então você não acha que já muito tarde para dizer que "não queria me chatear"?
— Tudo bem, eu admito, eu fui muito b****a com você e te chateei a beça, então me desculpa por todas essas vezes.
— Tá legal, mais alguma coisa? — perguntei indiferente.
— Sério que vai se comportar assim? Indiferente, como se já não ligasse mais?
— Mas eu já não ligo mesmo! Eu já não me importo mais nem com o afastamento da Alessa, então porque eu esquentaria a minha cabela com isso? Não vale a pena. Se você não quiser conversar comigo, então que seja!
Matteo suspirou fundo e caminhou até mim. Ele retirou o abajur da minha mão e o colocou novamente na mesa. Em seguida, Matteo me olhou fixamente, deixando-me sem saída, me pondo contra as costas do sofá. Agora ele estava mais perto do meu rosto, seu hálito quente batia em meu rosto.
— Eu sei que você acha que eu a odeio, mas não é verdade. Muito pelo contrário Milana, eu ainda gosto bastante de você.
— Se v-você gostasse, não faria tudo o que fez — respondi gaguejando, sem reação.
— Eu sei o que parece, mas um dia eu te explico e quem sabe nós não passamos de "colegas" de classe, para algo a mais.
Matteo se afastou e se retirou da minha casa, levando a cópia da chave consigo novamente.
Eu ainda estava sem reação e envergonhada com a situação. Matteo parecia que iria me beijar, mas isso não aconteceu. Ele havai deixado-me sem saída, encurralada e eu não conseguia mais respondê-lo. E o que ele quis dizer com "podemos ser algo a mais"? Eu estava intrigada e confusa, eu já não sabia se ele setia algo a mais por mim, ou sentia apenas um carinho de amizade.