Nas mãos de um CEO vingativo

Cap 1

Athos Galanis

Iris _ Filho levanta, vai se atrasar para a faculdade.

Athos_ Já vou levantar mãe, estou cansado, esse trabalho de vigia a noite está acabando comigo.

Falo me sentando na cama.

Íris _ Você tem que arrumar um serviço durante o dia que possa ir depois da faculdade.

Athos _ Não se preocupe, ontem foi o meu último dia como vigia, o tio Leônidas conseguiu um serviço de limpar piscina na casa de uns ricaços, era para o Andreas, mas ele não quis, então peguei a vaga começo lá hoje.

Iris _ Esse seu primo, não sei o que ele quer da vida, já vai fazer vinte e três anos e não, quer saber de trabalhar.

Athos _ Deixa ele mãe, isso é o Tio Leônidas e a tia kassia quem tem que resolver.

Iris _ Tem razão, mas me revolta ver todos se matando de trabalhar e ele v******o o dia todo.

Athos _ Por isso que eu queria arrumar um lugar só para nós dois morarmos, mas a senhora não quer.

Íris _ Não, de jeito nenhum, família tem que permanecer unida.

Athos _ O fato de morarmos em casas separadas não quer dizer que deixaremos de ser família, ainda seremos unidos, sempre se ajudando mutualmente.

Íris _ A não, não quero me separar da minha irmã, e esse assunto já está encerrado.

Athos _ Tudo bem, mãe, não está mais aqui quem falou.

Digo me levantando.

Athos _ Vou tomar um banho rápido, e só avisar hoje saio da faculdade e vou direto para o meu novo emprego, então só estarei em casa a noite, planejo aproveitar a praia nos fundos da mansão e pegar umas ondas.

Íris _ E pode? Quer dizer, essas praias não costumam ser particulares?

Athos _ Sim, aquele lado da praia pertence à mansão, mas ninguém vai lá, então pensei em perguntar aos outros funcionários se posso surfar lá depois do expediente.

Iris _ O bom, se é assim, tudo bem.

Sigo para o meu banho e a minha mãe vai se preparar para trabalhar, ela é costureira com a tia Kassia as duas são muito conhecidas na região e ajustam roupas até para as mulheres da parte rica da cidade, elas são costureiras tradicionais, pois abriram a sua lojinha a vinte e um anos atrás logo que nasci.

Naquela época, a minha mãe, a tia Kássia e o marido dela, tio Leônidas, haviam acabado de chegar da Grécia em busca de uma vida melhor.

O meu primo Andreas já era nascido, ele tinha dois anos, a tia Kassia estava grávida dos Gêmeos, os meus primos Hector e Gaia que assim como eu, nasceram em solo americano.

O meu tio Leônidas tinha umas economias e abriu um pequeno mercado na vizinhança que é onde o Hector trabalha também, já a Gaia fica em casa e faz as tarefas domésticas, todos ajudam em alguma coisa menos o Andreas.

A minha tia sempre passa a mão na cabeça dele para justificar sua falta de colaboração, ela diz que ele está esperando uma oportunidade melhor, mas essa oportunidade nunca chega, até porque ele não faz por onde já que passa os dias v******o com os amigos tão inúteis quanto ele.

Em compensação o Hector e eu somos mais como irmãos do que primos, ele é além de tudo o meu melhor amigo o cara em quem eu mais confio, a Gaia também é legal ela é uma garota linda e muito atenciosa que sonha em fazer uma faculdade, ela até tentou uma bolsa de estudos como eu, mas não rolou, ela conseguiu apenas uma porcentagem mesmo assim a família não daria conta de pagar, a minha bolsa é de cem por cento ao que parece, sou um tipo de gênio ou algo assim segundo o reitor, acho que isso explica a minha facilidade para aprender as coisas.

Prometi a Gaia e ao Hector que quando me formar e tiver um bom emprego darei um jeito de pagar os estudos deles, porque é isso que família faz, um cuida do outro.

Depois do banho tomado passo rapidamente na cozinha e encontro todos tomando café da manhã, sem tempo eu pego apenas uma maçã.

Athos _ Bom dia a todos.

… _ Bom dia.

Minha família responde.

Kássia _ Não toma café querido?

Athos _ Não, tia, já estou em cima da hora.

Hector _ Vou com você, hoje é meu dia de abrir a loja.

Meu primo diz se levantando.

Gaia _ Leve um sanduíche para o lanche Athos.

Andreas _ Não só tem um e eu vou comer ele.

Gaia _, Mas você já comeu dois.

Athos _ Não tem problema Gaia só a maçã já está bom.

Falo dando um beijo na testa da minha prima.

Que sorri tímida.

Andreas _ Você sabe que ele não está afim, não é Gaia?

Leônidas _ Andreas! Respeite a sua irmã e...

Saio da cozinha antes que eu quebre a cara do meu primo e o Hector me segue pela rua.

Hector _ E então, vai na festa do Mason hoje?

Athos _ Vou nada, você sabe que aqueles playboys vão estar tudo lá, e eu quero distância desse povo.

Hector _ Para alguém que batalha tanto para mudar de vida, você tem muita aversão a rico.

Athos _ Eu não tenho aversão a rico, prova disso é que sou amigo do Mason desde criança, eu só não gosto de gente esnobe.

Hector _ E aquelas gatinhas da faculdade que você pega são o quê?

Athos _ A para, elas não são esnobes, se fossem não passariam nem perto de mim, pois todo mundo sabe que sou bolsista.

Hector _, Mas a sua boa aparência conta né, além do que vocês só estão trepando não e como se fossem se casar.

Athos _ E quem disse que muitas delas não querem algo a mais? Eu não que não quero compromisso com ninguém.

Hector _ Sei, você é do tipo pega e não se apega.

Athos _ A questão não é essa, eu só não quero nada sério porque não tenho nada para oferecer a essas garotas.

Hector _ Quero ver se numa dessas você se apaixona para valer.

Dou uma risada de deboche antes de respondê-lo.

Athos _ Isso nunca acontecerá.

Hector _ Nunca diga nunca, é o que a tia Íris sempre diz, não vê o meu caso? Estou caidinho pela Penélope e ela nem me dá bola.

Meu primo fala olhando a garota que vem em direção ao ponto de ônibus.

Athos _ Você sabe que ela quer um desses ricaços, por isso conseguiu uma bolsa de estudos na escola particular mais tradicional da cidade.

Hector _ Eu sei, mas o meu coração não.

Athos_ A para de bobeira que eu sei você anda pegando geral nessas festas que o Mason dá.

Falo dando um safanão na cabeça dele que sorri animado.

Hector _ Sabe como é, se ela não me quer ter quem queira, eu é que não ficarei chorando na minha cama.

Ele diz olhando a garota que para ao nosso lado.

Hector _ E aí gatinha, topa ir em uma festinha comigo hoje?

Penélope _ Já disse para você só falar comigo quando tiver um cartão sem limites, de pobre basta eu.

Ela responde sem nem se dar ao trabalho de olhar para o meu primo.

Hector _ Sei, e vai me dizer que está namorando um daqueles filhinhos de papai.

Penélope _ Não, mas estou quase.

Athos _ Você vai acabar virando o segredinho sujo de um deles, caras como os que você anda, só assumem garotas da mesma classe que eles para a família e a sociedade.

Penélope _Isso é o que veremos, graças a Deus, o Ônibus está vindo.

Athos_ Até mais primo te vejo a noite.

Me despeço do Hector e entro no ônibus depois da Penélope.

Hector _ Até mais.

Ele diz e segue para abrir a mercearia.

Em trinta minutos estou na faculdade, e vou direto para a minha primeira aula.

… _ Bom dia a todos, hoje estou animado, tenho uma ótima notícia para vocês.

O Professor de algoritmo e programação fala empolgado.

… _ Uma das maiores empresas de tecnologia do país está a procura de um software inovador, e para isso criou um concurso onde os alunos do último ano de Ciências tecnologias das faculdades de todo o país podem participar, o ganhador tera o seu software comprado e comercializado recebendo não só um prêmio milionário como uma alta porcentagem nas vendas, mas dependendo do potencial do software as negociações podem ser mais vantajosas ainda para o ganhador.

… _ E como fazemos para participar?

Um dos alunos pergunta.

… _ É Simples, vocês podem montar equipes ou trabalhar sozinhos vai da preferência de cada um, eu só preciso do Software pronto com uma gravação de apresentação dele explicando a ideia e o funcionamento, meus colegas professores e eu analisaremos tudo e escolheremos os melhores para enviar para o concurso, e aí é só esperar o resultado.

Athos _ E quanto ao prazo para entrega?

… _ Vocês têm dois meses para me entregar tudo.

Todos começam a falar ao mesmo tempo, empolgados com a oportunidade, mas eu não, na minha cabeça já estou concentrado no que farei, sempre acreditei nas chances que a vida dá e essa é a minha…