Passou a mão pelo cabelo e encostou-se na parede, encarando fixamente os azulejos brancos do chuveiro e se perguntando o que eles estavam procurando. Sua matilha era grande demais para tentarem tomar o controle. Seria um m******e sangrento para qualquer um. Não, essa pessoa queria algo. Mas o quê?
Saiu e colocou um velho par de jeans e uma camiseta. Não se preocupou com sapatos, desceu as escadas para pegar comida, encontrou Jack, Allen e Ian já lá, junto com vários de seus guerreiros classificados. A maioria iria para casa ficar com suas famílias, no entanto.
Jack empurrou comida para ele. Os três pareciam tão cansados quanto ele, Allen estava todo limpo, assim como Rafe. "Quantos morreram, Allen?" ele perguntou para seu Gamma. O homem sabia exatamente do que ele estava falando. Do encanto protetor de suas Companheiras.
"Um par de dúzia. Todos eles, ou a maioria deles, sabiam para não se aproximarem de mim. Tem que ter sido informado, então alguém que conhecemos, eu suponho, está por trás disso."
"Hmm." Rafe realmente esperava que não fosse isso, mas parecia ser assim. "Eu não acho que nenhuma das nossas matilhas aliadas seria burra o suficiente para nos atacar, elas são todas menores em número e nos precisam."
"Talvez tenhamos ofendido alguém." Jack suspirou. O homem estava sentado à mesa observando os homens comendo.
"Quem? Essa é a questão. E como?" Rafe suspirou da mesma forma.
Eles geralmente não saíam por aí ofendendo outras matilhas, ou seus Alfas. Isso era apenas estupidez. Seja educado e respeitoso, e a maioria, mesmo os insatisfeitos, te deixará em paz. Encontre outra pessoa para conseguir o que eles queriam ou fazer o que queriam. Ele e Jack faziam o melhor possível para não ofender. Droga, eles faziam o possível para nem se associarem àqueles que eram notórios e mergulhados em sangue. Eles sempre tentavam manter sua matilha feliz e saudável.
Rafe terminou sua comida e bebeu um copo cheio de água, então levantou-se, era hora de ir interrogar aquele rebelde, esperançosamente ele teria algumas respostas. Diferente dos dois últimos, que não diziam nada, estavam praticamente famintos e meio insanos, eles apenas falavam muito, na maioria das vezes. Tinham alimentado aquelas malditas criaturas na tentativa de ganhar confiança, mas aquilo também não havia funcionado.
Eles tinham um mestre e só falariam com ele, possivelmente sob alguma ordem, mas conseguir uma Ordem de Alfa em um rogue era praticamente impossível, a menos que eles estivessem dispostos a estar sob uma. Alinhados a um Alfa, mas não ligados a eles, não eram parte da matilha.
Ele caminhou da casa da matilha até as celas, que ficavam na parte norte da floresta, parecia apenas algumas portas para um abrigo contra tempestades, estava na parte mais escura da floresta e tinha meia dúzia de guardas no interior. Qualquer um que tentasse entrar não sairia vivo, se encontrasse aquele lugar. Era protegido por suas bruxas; a maioria passaria por ali sem nem saber que estava ali.
Abriu a porta e desceu a escada até o abrigo subterrâneo. Estava bem iluminado aqui embaixo, e cada cela tinha uma câmera. Dois dos seus guardas estavam sentados conversando sobre suas famílias no fim da escada, eles se levantaram e o cumprimentaram "Alfa."
"Ele disse alguma coisa?" ele perguntou mais por curiosidade.
"Muita coisa." Edgar assentiu e negou com a cabeça, "Não calou a boca pelo que eu posso dizer."
Aquilo era um bom sinal. Talvez Emmit já tivesse arrancado todas as informações dele. Ele olhou para o homem dentro da estação de guarda e recebeu um aceno, em seguida passou direto até as celas reais. Havia duas dúzias de celas aqui embaixo. Algumas delas tinham seus próprios homens, pareciam ressacados, tinham sido presos por brigas bêbadas, eram três deles, Rafe balançou a cabeça, habituais em suas celas, ele percebeu. Mais dois de seus guardas do lado de fora da porta acenaram para ele.
Passou por todos eles e seguiu até o fundo, a última cela onde o rogue ficaria. Emmit estava sentado em uma cadeira, ele era o irmão Beta anterior da matilha, tio de Jack. Eles acenaram um para o outro.
"Bem, nós conseguimos um tagarela." Ele sorriu para Rafe.
"Alguma coisa útil?"
"Nada, só palavrões na maioria das vezes, ele tem uma coisa por homens, continua me dizendo que gosta do meu belo traseiro.”, ouviu o homem rir em divertimento.
"É mesmo?"
Emmit sorriu. "Bom, se ele gosta, eu posso dar. Não estou mais acasalado.", havia um pouco de tristeza nele, ele perdeu seu acasalado há anos e estava livre para f********o com quem quisesse. "Espero que ele goste de selvageria." Emmit riu um momento depois.
O rebelde na cela estava parado, olhando para ele, um sujeito magro, que não parecia desnutrido ou m*l alimentado, também não tinha aquele aspecto de sujeira. Sim, aquela criatura tinha um mestre, não estava acorrentado nem algemado com prata, ele percebeu."Você esteve lá dentro, Emmit?"
"De fato, estive. Ele é resistente, mas não muito forte, consigo segurá-lo com uma mão. Eu consigo."
"Abra a porta." Rafe assentiu.
O trapaceiro estava apenas observando-o, não havia dito uma única palavra desde que entrara. Esqueça a conversa, recebera uma lâmina de prata assim que entrou, viu-a dar um passo para trás enquanto ele e toda a sua equipe entravam na cela. O coitado estava prestes a passar uma tarde gritando, se não colaborasse.
"Quem é seu mestre?"
"Não tenho um.", respondeu rapidamente. "Trapaceiros não têm mestres."
"Quem te contratou então?"
"Ninguém, vi uma luta e entrei na onda.", contou.
"Você tem um nome?"
"Sim, é 'vai se f***r'."
Ele virou os olhos para Emmit, questionando.
Emmit deu de ombros. "Você vai ouvir muito isso. Ele fala palavrão pra caramba, se quiser, eu vou calar a boca dele, me garanto."
Rafe balançou a cabeça, não achava que Emmit realmente fosse f********o com essa criatura, mas, quem sabe, talvez fosse a melhor opção para fazê-la falar, caso ela curtisse, é claro. Quem sabe.