Prólogo-2

1025 Words
Seus pés pararam na beira do lago. Já estava escuro, a noite havia caído durante sua longa e solitária caminhada até o lago. Nem o Alfa nem o Beta tinham entrado em contato com ela para contar o que havia acontecido. Parecia que estavam envolvidos demais em sua bolha de amor do vínculo do Acasalamento para sequer pensar nela. Aquela música triste ainda a chamava, 'Nade até mim, minha garota.' aquela doce e sedutora voz veio para Luci em sua mente. Kali e ela não eram nadadoras fantásticas e hesitaram na beira da água. "Luci?", ela se virou ao ouvir a voz de um homem. Um guarda de fronteira a olhava e ela viu piedade em seus olhos. "Você está bem?" 'Entre no lago, minha criança. Eu vou te salvar.' aquela voz suave praticamente ronronou de sedução em sua mente e os olhos de Luci se moveram do homem de volta para o lago, a água, ela estava chamando-a, tão fortemente. Ela desejava seu conforto, qualquer coisa que estivesse lá dentro, parecia que queria ajudá-la, salvá-la, e ela desejava isso desesperadamente. "Eu só vou nadar um pouco." Luci disse ao guarda "Está tudo bem." seus olhos voltaram-se para ele, estavam vidrados, se comunicando mentalmente com alguém ou recebendo algo. Então ela também sentiu, a conexão com seu Alfa e sua voz profunda e sexy em sua mente, suas palavras quebraram cada parte dela, enquanto ele anunciava para a Alcateia que encontrou sua Luna, assim como o Beta, que na próxima lua cheia, daqui a poucas semanas, haveria uma grande celebração, a Cerimônia da Luna. Lágrimas escorreram dos olhos de Luci e ela viu o guarda de fronteira suspirar ao olhar para ela. "Está tudo bem." Ela disse a ele, até mesmo conseguiu sorrir um pouco, nem sabia como fez isso, de onde veio. Ele estava olhando-a preocupado agora. "Não vou fazer nada e******o, prometo." "Ninguém nada aqui, Luci; eles não vão gostar." Eles, sendo seu Alfa e Beta. Eles não vão gostar, ela pensou distraída, eles não se importavam mais, nem mesmo tiveram a decência de ligar ou contar a ela, de dizer-lhe quando souberam. Não a procuraram quando voltaram para a alcateia para contar a ela antes de contar a todos os outros, não, ela foi informada assim como todos os demais. Ela os amava, achava que eles se importavam, pelo menos o suficiente para contar a ela em particular, mas não. Ela era apenas a concubina deles e nada mais. 'Venha, minha criança, é hora de finalmente nos conhecermos.' aquela voz sedutora em sua mente chamou-a 'Nós pertencemos uma à outra agora.' Luci tirou suas roupas e entrou no lago, ignorou os apelos do guarda de fronteira para voltar, sentiu no momento em que passou além da fronteira territorial e entrou no mundo humano, estava com a água na altura do peito quando aconteceu, não parou e continuou indo até que m*l tocava o fundo 'Mergulhe profundamente, minha criança. Todo o caminho até o fundo, é lá que estou.' Ela entrou, afundou sob a água, nadando até o fundo do lago, seguindo aquela voz, nada mais importava, nem mesmo a água gelada em sua pele. Estava completamente escuro aqui embaixo, aquela música ressoava mais alto nela, puxando cada fibra de seu ser, seduzindo-a ainda mais nas profundezas do lago. Ela precisava respirar, tentou voltar à superfície, mas algo a agarrou e a arrastou ainda mais para baixo 'Não lute contra mim. Eu sou sua e você é minha agora.' aquela voz feminina lhe disse. Sentiu a água ao seu redor, como se estivesse girando e girando sob a água, sendo capturada por algo que estava desesperadamente tentando reivindicá-la para si. Queria lutar, mas então aquela voz cantava uma triste canção de amor dentro de sua mente e aqui embaixo na água era alta e tão clara. Uma triste história de solidão e traição, era exatamente como Luci se sentia, 'Entregue-se a mim, criança, e eu vou salvar a todos nós. Você, eu, Kali e os filhotes dentro de nós. Entregue-se a mim.' Luci podia sentir seus pulmões queimando, ela precisava desesperadamente respirar e abriu a boca instintivamente 'sim'. Aquela voz de repente rugiu de excitação em sua mente conforme ela inspirava, puxando água para seus pulmões. Doeu e todo o seu corpo convulsionou, água não era ar. Ela estava se afogando e sabia disso. Tinha sido seduzida para a água para se matar. 'Não está morrendo, criança boba, está nascendo para o que somos.' aquela voz em sua mente, forte e no comando. Todo o seu corpo estava lutando e se debatendo para respirar, então houve luz, tão brilhante que cegou, e ela estava girando furiosamente abaixo da superfície, mergulhando nas profundezas do lago e se movendo rapidamente através da água, de alguma forma respirando, uma sensação gloriosa inundando todo o seu corpo. Até que ela se acomodou no fundo do lago, sem mais controle sobre seu corpo, mas de alguma forma capaz de respirar, deitada lá. 'Quem é você?' Luci perguntou suavemente.‘Alari e nós finalmente somos um agora. Durma, minha menina, eu cuidarei de nós.’ Então ela ouviu aquela música triste ressoar de dentro de seu próprio corpo. Kali estava desperta em sua mente, feliz, quase risonha em sua mente, e então sua loba uivou em sua mente. ‘Completa.’, sussurrou para Luci um momento depois, e então deitou-se para dormir. Sentiu lágrimas quentes enquanto sua mão se movia para seu estômago, seus filhos ainda não nascidos, desconhecidos para qualquer um além dela, Kali sua loba e Alari ‘Sereia, nós somos uma Sereia.’, ouviu aquela voz em sua cabeça. ‘Nós somos uma mutante dupla, muito especial. Durma agora.’ Suas lágrimas quentes se dissiparam na escuridão fria do fundo do lago, não mais queimando seu rosto em filetes, mas foram levadas embora sem mais serem sentidas. Permitiu que a música de Alari a embalasse para dormir, consolada por sua tristeza que coincidia com a própria, se eram um, não a surpreendia que a música de Alari fosse uma balada triste e solitária de amor. Era a expressão de todos os seus sentimentos por terem perdido seu Alfa e Beta.
Free reading for new users
Scan code to download app
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Writer
  • chap_listContents
  • likeADD