1° Capítulo.
Bella Stuart:
-Mandou me chamar senhor Roach?
-Mandei sim senhorita Stuart, sente-se por favor, obrigada Karen, pode ir e nos traga um café. Ele dispensa sua secretária.
-Sim senhor Roach, com licença.
-Agora somos só nós dois, preciso
que dê uma olhada nisso aqui. Pego o papel que ele me entrega e dou uma olhada rápida.
-Mas isso é minha última matéria
que eu fiz, não está bom? Pergunto já apreensiva.
-Bella, eu gosto do seu trabalho, desde quando você veio fazer estágio aqui no Diário de Noticias, por isso eu apostei no seu trabalho, tanto que te efetivei aqui antes mesmo que você terminasse sua faculdade de jornalismo, mas ultimamente suas matérias tem sido pífias demais, e desse jeito não irei conseguir segurar seu emprego aqui. Era tudo o que eu não queria ouvir, já que batalhei muito para trabalhar aqui.
-Senhor Roach, por favor eu não posso perder meu emprego já que eu ainda estou pagando meu financiamento estudantil, eu não irei conseguir emprego nesta área com facilidade, já que minha única experiência vem da DN.
-Eu sei disso tudo Bella, mas se não estamos tendo lucros com o trabalho de um dos nossos funcionários, os sócios não aceitará pagar seu salário.
-Eu vou me esforçar mais, só não
me dispensa, por favor. Começo a implorar.
-Eu farei o seguinte, eu te darei um mês para conseguir uma matéria espetacular, mas tem que ser algo realmente bom ou será demitida mesmo que isso me doa.
-Tudo bem senhor Roach, eu darei o melhor de mim, mesmo não tendo a menor ideia de como começar.
-Já que estamos no fim do expediente, e já que hoje é sexta-feira, vá para casa, e pense no que conversamos neste fim de semana.
-Boa noite senhor Roach, bom fim
de semana.
Saio da sala do meu chefe extremamente nervosa e chateada, afinal nem sei por onde começar para conseguir uma grande reportagem e não perder o emprego.
-Pelo jeito a sonsa está perto de perder o emprego dessa vez. Emily fala atrás de mim, mas eu nunca vou entender porque ela me odeia tanto, desde que eu entrei aqui que ela me persegue.
-Escutar conversa atrás da porta é um defeito muito feio, Emily, sua mãe nunca ensinou isso a você? Digo sem paciência nenhuma.
-Isso não é da sua conta, mas fico feliz que finalmente me livrarei de você, já que não quero que você atravesse meu caminho.
-Você está louca, quando eu fiquei no
seu caminho, pirou de vez?
-Acha que não sei que você se insinua para o senhor Roach tentando obter uma promoção?
-Aqui a única que abre as pernas para os sócios do senhor Roach para obter alguns benefícios próprio é você Emily, não me compare porque não sou da sua laia. Tendo ir para minha sala, mas ela continua no meu caminho.
-Se você fosse esperta como eu faria a mesmo coisa, afinal em breve o cargo de editora chefe será meu, já você estará no olho da rua, acha mesmo que em um mês conseguirá fazer o que o senhor Roach quer?
-Isso não é da sua conta, mas se eu for demitida sairei com a minha dignidade intacta, já você continuará como a v***a do jornal, se me der licença, eu tenho mais o que fazer da minha vida, tchau pra você. Empurro ela para fora do meu caminho, mas escuto ela gritar atrás de mim.
-Vamos ver quem irá rir por último, Stuart.
Deixo a loira de farmácia falando sozinha, enquanto vou até minha mesa para pegar minha bolsa e meu casaco para ir embora.
Saio da DN bem desnorteada com tudo que aconteceu hoje, corro para o ponto, já que o ônibus está chegando, subo nele comprimentado o motorista, p**o a passagem e me sento no banco perto da janela, fecho os olhos e começo a pensar em como irei salvar meu pescoço no jornal, não seria surpresa que Emily pode ter algo a ver com os meus fracassos, já que senhor Barry babaca, tem dado as melhores matérias para ela, me deixando com as piores, já que ela vive dando para o cara. p*****a maldita.
Assim que chego em casa, tiro meus saltos, os jogo em um canto qualquer junto com meu casado e minha bolsa.
Corro para o meu quarto, já tiro toda minha roupa, tomo um banho demorado, tirando a tensão do meu corpo, começo a pensar que talvez era melhor eu começar a procurar um novo trabalho, já que não estou vendo uma ideia para manter meu emprego no Diário de noticias, talvez seja melhor deixar o caminho livre para aquela loira aguada.
Visto uma roupa confortável, vou para a cozinha onde começo a fazer meu jantar, acabo optando por fazer um macarrão com queijo, que eu amo.
Encho a panela com água, levo para o fogão para ferver, enquanto pego o restante dos ingredientes e os coloco em cima do balcão, quando meu celular começa a tocar.
Pego sem olhar para o identificador de chamada, mas atendo assim mesmo.
-Alô, quem fala?
-Até que enfim consegui falar com
você filha, esqueceu que tem um pai e uma mãe, menina ingrata? Minha mãe é tão dramática.
-Oi mamãe, eu não esqueci não, só estou atolada de trabalho, mas está tudo bem com vocês dois?
-Estamos bem, só com saudades do
nosso bebê.
-Mãe, eu farei 24 anos daqui uns meses, não sou mais nenhum bebê há muito tempo.
-Pra mim você sempre será um bebê, mas agora me conta como está no trabalho, tá namorando?
-Não, sem namorado ainda mãe, ainda não achei ninguém que me interessa, já no trabalho estou por um fio, por isso namorar não é prioridade no momento.
-Filha porque você ainda insiste em trabalhar naquele jornal, já que até agora tudo que você tem colecionado é dívidas e aborrecimentos, em falar nisso seu pai fez um depósito em dinheiro na sua conta hoje, não queremos que atrase seu aluguel, mas bem que você podia voltar aqui para Phoenix, seu quarto continua do mesmo jeito que você deixou, sabe que eu nunca quis desfazer dele que você se mudou para Illinois, por favor filha, volte para casa.
-Mãe, eu já disse que não vou voltar, a senhora sabe que eu nunca quis morar no Phoenix, muito menos no Arizona , foi escolha sua e do papai se mudarem pra ir, eu sempre quis morar em Illinois, e aqui que ficarei, mesmo que eu perca meu emprego, eu darei um jeito, mas não voltarei a morar com vocês, eu os amo, mas não quero ficar mais na casa dos meus pais, mas agradeça ao papai pelo dinheiro, mas não precisava mesmo, mas obrigada mãe.
-Tudo bem filha, eu vou respeitar sua decisão, mesmo não concordando, mas se precisar de mais dinheiro nos avise, jamais deixaria minha filha passando aperto.
-Obrigada mesmo, mãe, mas agora tenho que desligar, tenho que terminar de fazer meu jantar, eu amo vocês dois.
-Também te amamos filha, se cuida.
Desligo o celular e volto para a cozinha a tempo de colocar o macarrão na água fervente, enquanto vou até a geladeira para pegar o queijo e ralar, mas começo a pensar na minha vida até aqui, eu sempre me orgulhei da mulher que me tornei.
Embora esteja com apenas 23 anos, eu lutei sozinha pelos sonhos, mas no momento eu só conquistei um carro usado, um apartamento alugado, e um diploma de jornalista, achei que meu emprego na DN me traria estabilidade, mas pelo visto meu emprego está prestes a ir pelas cucuias.
Minha única e melhor amiga se foi para a Califórnia, e acabei não tendo tempo para fazer novas amizades e nem vontade, Marisa me faz muita falta, talvez se ela estivesse aqui ela poderia me dar uma ideia genial que me tirasse desse sufoco, como sempre ela fez.
Ela tem a minha idade, e nos conhecemos na faculdade de Illinois e foi amizade à primeira vista, não perdemos contato mesmo ela morando longe, mas na última vez que nos falamos ela tinha me contado que ficou noiva de um cara chamado Nicholas Sotero, que trabalha na Fórmula 1.
Mas já faz mais de três semanas que nos falamos pela última vez, já que ela estava muito ocupada viajando para acompanhar o noivo durante as competições, mas agora tudo o que eu queria era ouvir sua voz ou sentir seu abraço para me dizer que eu daria a volta por cima.
Amanhã vou ligar para ver se consigo falar com ela, talvez ela me dê uma luz sobre o que fazer para não perder o meu emprego.
Continua.............