Capítulo vinte e oito — Mostrando um pouco da minha vida.

4987 Words
Capítulo vinte e oito — Mostrando um pouco da minha vida. Ponto de vista da personagem principal "Ae? E qual seria essa surpresa meu querido Jus? *---* MelXX" Respondi sua mensagem já com inúmeras ideias do que poderia ser essa surpresa. Estava muito curiosa. "A noite está toda estrelada, igual a noite do nosso primeiro beijo. Vem cá dá uma olhada! JustinXX" Sorri de orelha a orelha lendo isso, ele ainda se lembrava do nosso primeiro beijo. Fechei os olhos lembrando daquela noite fria que fazia em Londres. #Flashback On Hoje é meu aniversário, estou fazendo 13 anos, nem acredito como o tempo passou rápido. Nesse momento estou deitada na cama, já com o meu pijama, estou pensando no dia que tive hoje. Meus pais me deram uma festa gigante, meio exagerada por parte da minha mãe que estava super empolgada com os preparativos da festa, e tenho que admitir foi incrível, tinham diversos tipos de aperitivos, pista de dança, piscina, tudo rosa (eu amo rosa) e a melhor parte pra mim foi na hora do bolo, eu estava pegando uns docinhos na mesa, e comecei a ouvir a voz da minha mãe começando a cantar parabéns, e logo em seguida todos a acompanharam cantando também, um sorriso se formou em meus lábios e me virei ficando de frente pra eles, vendo meu pai com a câmera me filmando e minha mãe trazendo nas mãos um grande bolo rosa com enfeites de flores e com velas bem delicadas e acesas, com a ajuda da tia Pattie,mãe de Justin e melhor amiga da minha mãe, meu sorriso só aumentou de orelha a orelha, e uma roda de gente se formaram ao meu redor cantando parabéns também, eles estavam quase acabando de cantar quando Justin se aproximou e sussurrou no meu ouvido pra mim fazer um pedido, no mesmo momento eu me arrepiei, e olhei para Justin que me deu um lindo sorriso, fiquei olhando pra ele e nem percebi quando acabaram de cantar, recebendo uma leve batida no meu braço do Justin, e um sussurro perguntando se eu estava bem, olhei em volta e todos me olhavam atentamente esperando eu apagar as velas, corei violentamente, e rapidamente apaguei as velas, mas antes fazendo um pedido. Me diverti muito. Com certeza esse foi o melhor aniversário de todos que eu já tive! E em r*****o ao pedido espero que Deus me ouça, eu pedi qu... Toc toc.. Continua... Não consigo acreditar.. Que i****a! Ao invés de parar ele fica gemendo! Afastei-me do computador perplexa ao ver Eli chupando-o, ao qual só geme alto. Deixando-me mais machucada ao vê-lo segurar em seus cabelos e controlar a velocidade. #FLASHBACK ON AUTORA E LEITORES: •ATO DE JUSTIN: CAPÍTULO 21 •AMEAÇA DE BRYAN: CAPÍTULO 32 #FLASHBACK OFF AUTORA E LEITORAS. Não consigo acreditar no que meus olhos veem.. Me sinto sem chão.. Me sinto destruída.. Pov. Justin Drew Bieber. Enquanto Bianca assiste seu desenho animado, tento criar coragem para enfim fazer o Pedido. Encaro o relógio, percebendo já ter passado muito tempo que Shopia estava fora do quarto. Ela não demoraria tanto só para pegar um livro. Levantei da cama, ajeitando a caixinha do anel no bolso de minha calça. O ato mais simples são os melhores. Vou pedi-la agora. É algo simples não vou ficar nervoso. Bufei ao perceber que assim que caminhei para fora do quarto o nervosismo rapidamente me atingiu. Respirei fundo, ao chegar na porta do escritório. Minhas mãos soam. "Aja naturalmente", minha mente alertava. —Quanta demora pra achar um livro...— disse brincalhão ao entrar no escritório porém me auto interrompi ao ver Shopia desmanchando-se em choro. —Amor.. — corri em sua direção preocupado. — o que... Fui interrompido um grande empurrão, fazendo-me encara-la confuso. Shopia me olha com raiva e ao mesmo tempo desesperada. Ela parecia incrédula. —o que aconteceu amor? — perguntei cauteloso, tentando me aproximar mas levando um t**a no rosto em resposta. Toquei em meu rosto onde ardia, incrédulo com seu ato. —o que você está fazendo? — perguntei incrédulo, me aproximando, recebendo em troca vários tapas violentos. —mas que p***a Shopia! — gritei exaltado, imobilizando seus movimentos. —O que você acha que está fazendo m***a?! Sacudi seu corpo bruscamente, raivoso com seus atos. Imediatamente parei meus movimentos ao perceber o que fazia, Shopia desabou no chão com choro e desespero. Meu coração se quebrou ao vê-la tão frágil assim. Ela está com raiva/magoada comigo e eu não sei o que fiz. Mas seja o que for, só de vê-la nesse estado sinto-me muito arrependido. Assim que me abaixaria para levanta-la, ouvi a voz de Elizabeth: "—Justin.. Tá .. Doe..ndo!" Levei um susto com a voz de Elizabeth que ecoava do computador. Assim que meu olhar caiu na cena de s**o que ecoava no computador, senti minha espinha gelar. Shopia descobriu. Eu deveria ter apagado essas mensagens.. O que eu fiz? Eu sabia que uma hora ou outra ela descobriria, porém com Bryan morto achei que talvez esse dia nunca chegaria.. p**a m***a que burro que i****a! Bryan jurou que mostraria esse vídeo a Shopia, que mostraria a verdade, ele só pode ter voltado dos mortos para cumprir sua palavra. Que filho da p**a! Não ele não tem culpa disso, eu sou o filho da p**a, eu que tive culpa nisso! Sou um i*****l! Olhei para Shopia sentindo tudo girar, e minha respiração pesar. —Shopia... — fui interrompido. —SEU CANALHA! — Shopia gritou se engasgando com o próprio choro. —Me desculpa amor. — disse me entregando ao desespero. — por favor me desculpas. Agora quem desaba no choro sou eu. A burrada já foi feita, e juro que se eu pudesse voltar atrás voltaria e desfazeres tudo isso. Hoje, com a Shopia, eu me tornei um homem. Eu não sou mais capaz de fazer qualquer coisa do tipo. —Amor, eu não vou fazer isso de novo. — me desesperei. — pelo amor de Deus me perdoe. Por favor, me perdoa! Joguei-me no chão ao seu lado. Shopia apenas chora. —Amor por favor, me perdoa! – implorei com a voz embargada pelo choro. – eu era um moleque, pelo amor de Deus me perdoe, eu mudei amor. Você me mudou, por favor me perdoe. Por favor. Amor pelo amor de Deus, eu estou arrependido por isso. Eu não pensava direito amor. Por favor, me perdoe. Eu amo você, você é a mulher da minha vida. Por favor, me bata me espanque mas não me largue. Amor eu te amo, me perdoa. Eu sei que sou um i*****l, mas não deixe isso acabar com nosso amor. Amor nosso amor é eterno lembra? Por favor lembre é eterno. Não termine-o. —NÃO FUI EU QUEM BOTOU NOSSO AMOR EM RISCO! — Shopia gritou. — FOI VOCÊ! —Eu sei amor. Me perdoe por favor. — implorei desesperado, desabando no choro. — Eu estou muito arrependido por favor me perdoa amor. Eu... —Por qlue estlão cholando? — Bianca entrou chorando, interrompendo-me, correndo pros braços de Shopia. Shopia tentou se acalmar e se levantou rapidamente com Bianca em seu colo. Me deixando sozinho desolado no chão, chorando em desespero arrependido pelos meus erros. Até quando minha vida vai continuar assim? Quando penso que está indo bem sempre acontece algo r**m. Minha vida é um desastre. Eu sou um m***a. Eu transformei minha vida em um desastre, eu transformei minha vida em uma tremenda m***a. Nessa época eu já namorava com Shopia. d***a! Mil vezes d***a! c*****o! Eu pensei que se pudesse esconder ninguém saberia daquilo. Mas essa m***a está me seguindo agora! Eu me sinto um burro, um inútil. p**a que pariu! O que eu fiz? Como eu fui capaz de fazer isso com a Shopia? Tão inocente, tão frágil! i****a, é isso que eu sou! Um tremendo i****a! Não sei o que eu estava pensando naquele dia. Que seria apenas mais s**o? Fala sério! O que eu queria? Magoar a Shopia? Pois é isso que eu fiz, a magoei profundamente, quebrei sua confiança em mim. E agora? Como será? Parabéns Justin boboca! Vai fazer suas merdas! p**a que pariu! Faço as coisas e não penso! Senti um incômodo em minha perna, retirando a pequena caixinha vermelha de meu bolso. Logo no dia que iria fazer o Pedido. Mas que m***a! Nada dá certo! Abri a caixinha, revelando o lindo anel com seu brilho intenso. Talvez eu possa reverter essa situação. Eu iria pedi-la em casamento, pois sei que ela é a mulher com quem eu quero passar o resto da minha vida, minha vida não tem sentido sem ela, ela é o sentido, eu a amo muito e não sei mais viver sem sua presença, tudo nela me completa, eu preciso da Shopia. Me acalmei, enxugando as lágrimas de meu rosto. Levantei do chão, com a caixinha em minhas mãos caminhei para o quarto. Talvez ela possa me perdoar por ver o quanto eu estou arrependido? Eu preciso que ela me perdoe! Eu não sou mais aquele cara, eu sou outro. Ela me moldou. Ela sabe que eu mesmo não seria capaz de fazer isso. Ela é minha vida, eu preciso que me perdoe. Caminhei um tanto hesitante ao quarto, abrindo cautelosamente a porta, sentindo minha visão ficar um tanto embaçada com as lágrimas ameaçador novamente cair. Engoli em seco vendo-a deitada com Bianca em seu colo, ambas adormecidas. As duas possuem seus rostos inchados e vermelhos, denunciando sua exaustão. Me apoiei na porta, fechando-a cauteloso, e respirei fundo tentando me acalmar. Mas meu corpo e minha alma gritam o medo que sinto em perdê-la! Eu não posso perdê-la! Isso n******e acontecer! d***a! Em que eu fui me meter? p**a m***a! Novamente respirei fundo, balançando minha cabeça na tentativa de afastar esses pensamentos. E cautelosamente puxei Bianca de seu colo, com muito cuidado pra não acorda-la, a colocando deitada do outro lado de Shopia. Nervoso ao olhar o rosto frágil de Shopia, desejando nunca ter feito aquilo, e me amaldiçoando por tê-la deixado dessa forma. Calma Justin! Shopia ainda está aqui, e ainda dormindo em nosso quarto. Acho que talvez ela possa me perdoar, caso contrário nem aqui estaria, certo? Talvez ela possa me dar uma segunda chance. Ela precisa me dar uma segunda chance. Levei a caixinha vermelha, guardando-a na gaveta da cômoda. Amanhã, pela manhã, farei um lindo e romântico café da manhã, e a dizerei tudo o que ela significa para mim. E assim farei o pedido. Eu preciso que ela saiba o quanto eu a amo. O quanto eu preciso dela. O quanto eu estou arrependido pelo que fiz. Um pouco hesitante deitei na cama ao seu lado, puxando cautelosamente Shopia pra perto de mim. Ela deu umas medidas me fazendo ficar estático, muito nervoso dela acordar e gritar para que eu me afaste dela. Porém ela apenas virou para o outro lado, assim consegui abraça-la fortemente sentindo seu cheiro delicioso entrar pelas minhas narinas. A aperto com uma força como medo dela se afastar de mim, com medo de nunca mais poder sentir isso, com medo de perdê-la. Eu tenho muito medo. Ela n******e me abandonar. Eu não posso permitir isso! (...) Me remexo na cama, incomodado. Abri meus olhos assustado, sentando-me de imediato na cama. Me encontro suado e assustado com o pesadelo que tenho. Respiro fundo, procurando acalmar meus batimentos cardíacos, e controlar minha respiração. Até parece que Shopia me aban... Paralisei meus pensamentos, meus corpo e minha alma ao ver que apenas Bianca dorme ao meu lado. Nervoso, tateei o abajur, quase o derrubando porém ligando-o. Confirmando que Shopia não estava na cama. Dei um pulo de susto, nervoso, com medo. À luz ligada do banheiro me chamou a atenção. Ah.. Suspirei aliviado.. Ela está no banheiro.. Acalmei meus batimentos e sentei-me novamente na cama. Deitei-me com tudo, fechando os olhos, tentando acalmar-me do susto que eu levei. Voltei a abrir os olhos ao me dar conta que eu não ouvia nenhum barulho vir do banheiro. Levantei cauteloso, caminhando ao banheiro. Um susto novamente. Coração acelerado. Respiração ofegante. Desespero consumindo-me. O banheiro está vazio.. Sem nenhum sinal de Shopia.. Sentindo minha visão pesar, cambaleei para trás esbarrando na cômoda, chamando minha atenção um papel. Tenho certeza que quando fui dormir ele não estava aqui.. Então só pode ser da... Peguei o papel trêmulo, deixando-me sem reação. "Eu pensei que pudesse confiar em você.. Eu pensei que seu amor fosse verdadeiro.. Não imaginaria que você fosse capaz de algo tão baixo. Mas eu já deveria desconfiar, é claro que você estava mentindo esse tempo todo. Você não me ama, apenas queria brincar com meus sentimentos. Eu pensava que te conhecia, pensava que você realmente gostava de mim, mas vejo que eu estava errada. Está doendo muito agora mas realmente não te escrevo isso como um lamento.. Apenas para te parabenizar.. Porque você conseguiu.. Despedaçou meu coração em milhares de pedaços.. Parabéns, você queria ser o fodão e conseguiu.. Eu só não serei mais a idiota.. Procure outra para ficar no meu lugar, pois eu não consigo suportar.. Adeus.. Shopia" Cambaleei, sentindo um aperto forte em meu peito. Minha respiração a cada segundo mais forte deixando-me com dificuldades de respirar. Minha visão turva, fazendo-me ver tudo em dobro. Meu corpo sua e carrega uma leve tremedeira. —Isso n******e ser verdade.. — sussurrei arrastando minha voz para fora. Apoiei-me na cômoda, sentindo os movimentos de minhas pernas serem limitados. Já não consigo ao menos permanecer com a cabeça em pé, quanto menos meu corpo. —Shopia.. — arrastei minha voz ao cair no chão e enfim deixando ser consumido por minha extrema ansiedade, ficando assim tudo preto. Eu perdi a batalha. As dificuldades em minha vida ganharam. Sou um tremendo perdedor. Pov. Shopia Emmy Hummel Caminho hesitante pela calçada. Eu me lembro de hoje mais cedo ter visto a localização da rodoviária. Não é muito longe daqui. Abracei meu corpo, aconchegando-me em meu casaco, tentando aquecer-me do grande frio que sinto. Carrego uma pequena maleta, onde possui apenas as coisas mais essenciais. Eu peguei também um pouco de dinheiro que o Justin guarda sempre na gaveta de sua escrivaninha em seu escritório, será o suficiente para minha passagem. Tenho certeza que isso não o fará falta, e depois do que ele me causou seria o mínimo que ele pode fazer por mim. Engoli em seco, sentindo as lágrimas ameaçando descer pelo meu rosto novamente. "Seja forte Shopia! Não vale a pena chorar por ele!", minha mente tentava acalmar-me, mas não funcionava, sempre acabava em diversas lágrimas. Apressei meus passos ao me dar conta de uma pessoa me seguindo. Em plena 3h da madrugada nessas ruas desertas não acho que seria algo bom. Tentei acalmar-me e agir naturalmente, mas ele realmente me segue. A cada rua que dobro e também dobra. Levei um susto ao vê-lo aumentar seus passos em minha direção. Não pensei duas vezes antes de correr. Para minha surpresa ele corria atrás de mim. Larguei minha maleta e corri mais rápido. Prefiro minha vida ao invés disso. Depois posso me virar pra conseguir essas coisas novamente. Pelo menos o dinheiro da minha passagem está em meu bolso. —Para onde acha que vai? — ouvi sua maliciosa voz embargada pela bebida assim que eu dobrei em uma outra rua. Engoli em seco, amedrontada ao ver que dobrei em um beco sem saída. Virei-me nervosa para o cara que aos poucos se aproximava. Afastei-me porém ele em um movimento ágil, prendeu-me ao seu corpo. —Me solta! — gritei, socando-o, porém ele parecia bem forte ao me imobilizar. —Não me bata! — ele disse exaltado, fazendo-me sentir seu bafo de cachaça. Ele deferiu um murro forte em meu rosto, fazendo-me rodopiar no ar ao cair no chão. Ele se aproximou, arremessando-me um chute, acompanhados de outros. Gemendo de dor, tentei me defender mas foi inútil, m*l conseguia enxergar um palmo a minha frente. Com um milagre de Deus, vi um clarão de uma luz em cima de mim. Isso deve ser a morte que veio me pegar.. Mas percebi que o homem saiu correndo cambaleando. E a luz forte continuava em minha direção. Com minha visão turva, fraca, m*l conseguia manter meus olhos abertos. Uma silhueta de um homem chegou até mim, que ao se abaixar minha visão n******e suportar para ver o resto, apenas apagando.. (...) Abri meus olhos lentamente, sentindo-me incomodada com dores em meu corpo. Ajeitei-me melhor, percebendo estar em um banco de carro, o qual está em movimento. Como vim parar aqui? Olhei para meu lado, levando um susto. —Ainda bem que acordou. Achei que teria que te levar ao médico. —O que eu estou fazendo no seu carro Guilherme? — perguntei confusa, encarando-o. Guilherme, meu amigo, a quem a pouco tempo eu reencontrei. —Eu estava voltando para casa depois de uma longa festa. — ele começou a explicar, sem tirar a atenção do volante. — e vi uma movimentação estranha no beco, logo percebi que se tratava de você que estava sendo violentada. Franzi minha testa, lembrando-me do ocorrido. —Eu.. Obrigada. — agradeci-o por ter me salvo. —Não a de que. — ele disse com um sorriso gentil. — e como está? —Dolorida. — disse incomodada com a dor em meu corpo. —Estou indo à farmácia, tomará um remédio bom. — ele disse. Suspirei, agradecendo-o. —Me digas o que estava fazendo a essa hora sozinha? — Guilherme perguntou cauteloso. — não sabe que é perigoso? —Eu.. eu.. — engoli em seco. — estava indo à rodoviária. — não poderia esperar até amanhecer? — ele questionou. — Ou até mesmo pedir pro seu namorado te levar? —Eu.. — suspirei. — eu não tenho namorado! —Mas e o tal de Justin?— Guilherme voltou a questionar, confuso. —Ele não é mais meu namorado! — respondi, tentando adotar uma postura séria, porém já sinto as lágrimas novamente ameaçarem. —Que pena! — Guilherme disse. — ele não sabe o que está perdendo. Olhei para Guilherme, confusa com sua frase, porém ele logo desviou o olhar. —E qual é o seu destino? — ele voltou a perguntar. —Ainda não sei. — respondi confusa. — qualquer cidade perto daqui, talvez o interior. —E por que mesmo? — questionou. —Eu.. — engoli em seco. — só estou cansada, preciso recomeçar minha vida. —Se quiser eu mesmo posso te levar. — Guilherme disse, fazendo-me olhá-lo desconfiada. — Digo, eu estou indo de volta para o interior, estou morando por lá, e para você economizar dinheiro com a passagem, eu posso te levar. —Não quero incomodar. — disse envergonhada. —Não será incomodo. — ele disse gentil. —Acho melhor não... — fui interrompida. —Vamos? É a chance que eu tenho de te agradecer por ter sido uma grande amiga para mim no tempo de escola. — ele disse, fazendo-me ficar tentada a aceitar. Minha maleta no banco de trás me chamou atenção, fazendo-me ficar confusa. —Como achou minha maleta? — perguntei confusa. —Eu vi quando o homem ao tentar fugir saiu levando a maleta, presumi que era sua. — ele respondeu. — estou certo? —Sim. — respondi. — é minha sim, obrigada. —Por nada. — ele disse. — mas ainda não me deu uma resposta. Aceita ou não? Respirei fundo, nervosa. —Sim, eu aceito! — respondi firme. É a minha chance de viver minha própria vida agora, minha vez de escrever minha própria história! .... CAP.42-SEGUINTE......... ELIZABETH NO FINAL: A elegância permanecia nela de forma curiosa. Veste um longo vestido de malha fina, o vermelho do tecido é tão intenso. Sua maquiagem era algo diferente: a sombra marcada em suas pálpebras é vermelha, seus olhos azulados possuíam longos cílios vermelhos e sua boca marcada na mesma cor intensa. Apesar da estranheza não transmitia a ideia de feiura, mas de alguma forma ela ainda conseguia transmitir a pura elegância. XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX —Mais uma vez o banco central de Atlanta foi alvo das tentativas de roubo dos mafiosos. Não só uma tentativa como uma missão completa. O governo tinha reforçado a vigilância desde o último roubo, ainda no começo desse ano, mas isso não foi o suficiente para detê-los. Nessa madrugada, o banco central de Atlanta foi invadido discretamente por um g***o de mafiosos que levaram quase todos os estoques de dólares e alguns objetos preciosos. O g***o, segundo alguns investigadores eram formados por sete integrantes, entre eles estando o maior Serial Killer de Atlanta, Nicholas Schmutz. Serial Killer? Meu corpo estremeceu, meus olhos se arregalaram e um arrepio percorreu todo meu corpo, me fazendo ficar completamente imóvel e sem nem mesmo piscar assustada com o nome pronunciado. Eu sabia que Nicholas estava dentro do mundo do crime, mas não imaginava que ele seria o maior serial killer de Atlanta. Talvez eu apenas esteja confundindo os nomes, posa haver duas pessoas com o mesmo nome. Atenta, continuei a prestar atenção ao que a jornalista informava. Meu coração bateu muito mais forte, nervosa, assim que uma imagem de Nicholas apareceu. ―Schmutz já é bem temido pela crueldade em seus atos, e muito bem conhecido por suas missões muito bem executadas. Um g***o de investigadores especializados tenta há anos buscar por alguma pista ou algo que possa levar ao seu paradeiro, mas não estão tendo resultados favoráveis. Cada passo seu, é muito bem calculado. Segundo informações repassadas cinco policiais que faziam rondas próximo ao banco ouviram o barulho suspeito e foram até o local. Mas infelizmente nenhum policial sobreviveu, todos foram fuzilados, cada um com os olhos arrancados, características marcantes de Schmutz. Segundo relatos os assaltantes fugiram do local em alguns carros e uma moto. Algumas horas depois esses mesmos veículos foram abandonados em uma mata quilômetros de distância. A ação aconteceu por volta das 7h da manhã e durou cerca de 30 minutos. Algumas explosões foram realizadas com dinamites no local para ajudar na fuga. Segundo a polícia, o banco teve a estrutura física parcialmente danificada. A polícia não soube identificar a quantia roubada. Nesta quarta, o banco permanece isolado e uma equipe do Instituto de investigação Criminalística (FBI) deve ir até o local para realizar perícia... Desviei meu olhar e atenção, não aguentando ouvir mais aquilo. Minha cabeça gira, nervosa e temerosa com as descobertas. Guiei meu olhar para a caixa que possuía os recortes de jornais, lembrando-me do maníaco nas manchetes. Caminhei cautelosa até a caixa, pegando uma das notícias. Meus olhos buscam temerosa pelo nome do psicopata. Soltei rapidamente o recorte de jornal, completamente assustada e apavorada. Meu corpo paralisa, completamente em choque com o que minha descoberta. Nicholas Schmutz As letras que li na manchete eram bem destacadas, e causam um grande arrepio em extremo temor. Eu sabia que o trabalho de Nicholas não era algo certo, sabia que ele mexia com coisas erradas, mas não imaginava quão sério e assombrador ele poderia ser. Em minha mente, o que passava era um homem a*******e que só quer ser melhor que os outros, mas que nada passava de alguém que não tinha o controle da própria vida, e por isso apenas vivia de ameaças. Achava que Nicholas ao se meter no mundo do crime seria apenas um assaltante de caixas registradoras.. Mas o que descobri vai muito além. Sua maldade, crueldade.. como pode existir alguém tão r**m? "Maior Serial Killer de Atlanta... Nicholas Schmutz... Psicopata maníaco que t*****a e mata suas vítimas com crueldade.." As palavras gritam em minha mente acompanhadas das diversas manchetes de jornais descrevendo seus pavorosos atos, com o pavor do alerta. Fui sequestrada por um maníaco, e sou obrigada a morar em sua casa? Tudo parece muito confuso. Como eu cheguei a esse ponto? Pareço estar em um filme de terror, mas isso é a vida real, é o que a minha vida se tornou, é a minha realidade! Nunca poderia imaginar que algo do tipo um dia viesse acontecer comigo. Não podia. Minha vida estava toda planejada, cada ato com segurança e nos caminhos certos; mas agora estou na mão de um psicopata! Não, isso n******e ser verdade, meu entendimento deve estar errado, ou apenas estou tendo um terrível pesadelo. Minha vista está turva. Foi muita informação para um único dia. Tentei abrir a porta, dessa vez tendo sucesso ao passar por ela. Caminhei trêmula ao quarto que fico, adentrando-o. Uma forte tontura me atinge, as coisas parecem girar. Respiro fundo, dando passos com dificuldade em direção ao banheiro. Apoio-me na pia, tentando acalmar-me. Guio meu olhar ao espelho, observando minha desastrosa aparência, eu pareço um zumbi. Meu estado está lamentável de pavor. Liguei a torneira, e com as mãos trêmulas levei a gelada água corrente que escorria, até o meu rosto, intencionando melhorar minha aparência apavorada. Tentativa inútil, meu coração em nenhum segundo para de bombear fortemente causando-me apertos. Estou absolutamente nervosa, assustada, confusa, amedrontada e muito apavorada. Respiro diversas vezes profundamente, em busca de uma calma inexistente. Como eu posso me acalmar? Além de eu estar nas mãos de um psicopata, ainda fiz o favor de nutrir sentimentos secretos por ele. Como isso foi acontecer? Eu estou com medo, não consigo assimilar com pleno raciocínio as coisas descobertas. O medo se apodera do meu corpo. ―Shopia, você está bem? Achei que tinha escutado seu grito. Levei um susto ao ouvir a voz de Nicholas, fazendo-me rapidamente virar-me, guiando meu olhar a ele, a quem entra cauteloso no quarto. Sua expressão parecia mudar para assustado, assim que seu olhar se focou em mim. ― O que houve? Nicholas se aproximou cauteloso, causando-me desespero. ―N-não se aproxima de mim. ―disse com a voz trêmula carregada de medo. Nicholas parou seus movimentos, confuso com minhas reações. ―O que houve? Ele voltou a perguntar. Engoli em seco, nervosa. Rapidamente corri em direção a porta do banheiro, intencionando fecha-la. Porém Nicholas impediu meu ato colocando seu pé entre a porta, logo empurrando-a. Afastei-me rapidamente, apavorada com sua presença. Nicholas adentrou o banheiro, olhando-me com pontos de interrogações em sua expressão, confuso. Minha respiração encontra-se tão ofegante e meus batimento cardíacos tão acelerados que m*l consigo puxar o oxigênio para meus pulmões. ―Me deixa em paz... Por favor.. ― sussurrei com o resto da voz que ainda me sobrava, totalmente embargada pelo medo. ―O que está acontecendo? Por que você está agindo assim? Nicholas realmente parecia não estar compreendendo o que acontecia. Mas a mim, as palavras rodavam minha mente e o desespero mais me consumia a cada passo que Nicholas ousava dar em minha direção. Meu corpo tão trêmulo não se sentia mais o equilíbrio, ameaçando-me a perder os sentidos. Apoiei-me na pia fria, sem querer derrubando algumas coisas que estavam nela presente. Minha visão está turva e minhas pernas bambeiam. Senti meu corpo pesar e a gravidade leva-lo ao chão, ocasionando em seguida um apagão em minha visão e raciocínio. XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX ―Percebi que a porta daquele cômodo onde guardo aquelas coisas estava aberta. ―Então, enfim, ela descobriu a verdade sobre você. ―Mas ela sabia que eu estou envolvido com crimes. ―Mas ela não sabia a gravidade disso tudo. ―Tenho que concordar que eu não sou considerado um criminoso qualquer. ―Qualquer um ficaria assustado ao saber que está no controle de um louco. ―Não louco. Só sei me divertir. ―Você tem um entendimento diferente e assombroso do significado de diversão... Ouvia leves sussurros, mas não conseguia identificar as vozes. Apenas ouvia como se estivessem quilômetros de distância, e aos poucos se aproximassem. Tentei abrir meus olhos, mas a claridade existente fez com que eu voltasse a fecha-los rapidamente, incomodada com o clarão. ―Ela acordou. Abri meus olhos novamente, tendo agora a visão de Nicholas e Ryan me encarando atentos. Percebo que o clarão vem da janela, denunciando os raios do sol do belo dia. Tentei me sentar na cama, mas assim que me esforcei ao me mexer, senti uma forte dor na cabeça. ―Ai. ― murmurei. ― minha cabeça doe. Engoli em seco, nervosa, quando meu olhar se encontrou com o de Nicholas. Eu me lembro exatamente do que descobri a seu respeito. ―Quer que eu vá atrás de um remédio para aliviar a dor? ―Ryan perguntou preocupado. ―Não. ― disse rapidamente, temendo que ele me deixe sozinha com Nicholas. ―Vai já passar. ―Shopia.. ―Nicholas chamou-me, fazendo-me novamente engolir em seco, nervosa. Ele pronunciaria algo, porém seu celular tocou estridente, interrompendo-o. Nicholas pegou-o, atendendo-o rapidamente. ―Que é? Nicholas franziu o cenho confuso após escutar o outro lado da chamada. Ele pronunciou surpreso “mãe?”, e logo se retirou do quarto. ―Você está bem? ―Ryan perguntou. ―Precisamos ver um médico para tratar essas suas crises de pânicos, essas crises estão te causando muito m*l. ―Não são as crises. É a minha realidade que está me causando muito m*l. ―suspirei. ―Shopia.. ― ele hesitou em sua fala. ― O que exatamente você descobriu? ―Que eu estou morando na casa de um psicopata. Que minha liberdade está no controle de um psicopata. ― engoli em seco. —No fundo eu pensei que poderia confiar nele, mas eu estava errada. Todas as coisas que ele fez.. Nicholas é um monstro. ―Agora você me entende quando eu não apoiei você ter alguns sentimentos a mais por ele. Eu só queria te proteger. ―Ryan disse. ―você n******e esquecer-se de quem ele é, caso contrário isso poderá te custar muito. ―Não me envolverei mais com ele. ―sussurrei. ―Apenas preciso ir logo embora daqui. Eu achava que eu só deveria temer a Bryan, mas percebo que Nicholas é quem é o verdadeiro perigo.
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