Capítulo quarenta e sete

4999 Words
Capítulo quarenta e sete Ponto de vista da personagem principal -Justin? Ele agora parece que despertou, balançou a cabeça e levantou suas mãos deixando-as perto de seu peitoral e ... Agora que eu percebi tem um buquê de rosas vermelhas em suas mãos. Ok eu amo rosas mas isso é estranho. Olhei em volta ... Minha varanda... Está totalmente transformada. Isso é muito estranho! Tinha uma decoração vermelha com branco e tem uma mesa com a toalha de mesa branca e uma outra por cima com um formato de coração vermelha, na mesa também tem um pequeno arranjo de flores, e duas cadeiras uma de frente para a outra e tinham velas acesas e também tocava uma música no tom baixo, e ... OMB! Eu conheço essa música.. Violin do Amos Lee. Eu amo essa música e também foi a música da nossa dança em uma festa que nós fomos no ano passado. #Flashback On Eu estou no meu quarto, sentada na minha poltrona, lendo The Vampire Diaries- o despertar. Eu amo The Vampire Diaries, e tenho que dizer que sou Delena, amo o Stefan mas sou completamente apaixonada pelo Damon, se bem que seria bom se a Elena escolhesse o Stefan e deixasse o Damon só pra mim... Estava pensando nisso quando um furacão rosa entra no meu quarto. Continua... -Ah te achamos! - ouvi a voz da Shopia e olhei pra trás. - Estávamos te procurando, ela disse que tinha se perdido de você!- Shopia disse a Sarah. O que Shopia estava fazendo procurando a mãe da garotinha? p***a eu mandei ela não sair da praça de alimentação! -Muito obrigada. - Sarah disse. - eu estava a procurando! -Justin? - Shopia disse assim que percebeu minha presença. Olhei sério pra mesma e ela se encolheu. - Eu sei que não queria que eu saísse de lá, mas eu tive que ajudar a Bianca e você estava demorando muito. -Volte pra praça de alimentação e me espere lá! - disse autoritário. - Ainda tenho que resolver uns assuntos! Shopia assentiu. -Shopia espera! - disse assim que a mesma já estava saindo de minha visão. Shopia virou pra me olhar. - Leve a garotinha! -Não! - Sarah disse assustada. -Precisamos resolver uns assuntos pendentes! - rosnei para Sarah. - Ou vai querer que sua filha escute tudo? Ela olhou para a filha e cautelosamente assentiu. Shopia pegou na mão da garotinha, logo saindo de nossa vista. -Então quer dizer que você tem filha agora? - perguntei debochado. Sarah está quieta, olhando para suas mãos. -Estou falando com você p***a! - rosnei. -Tenho Justin! - ela disse ainda sem me olhar. -Suponho que a garotinha tenha 4 anos? - disse. -Fez 3 anos semana passada. - ela disse. -Exatamente 3 anos atrás do ocorrido. - rosnei. -O que está insinuando? - ela disse, engolindo em seco. Me olhando por fim. -Que seja exatamente por você estar grávida que Ryan te poupou, não é mesmo?- disse indiferente. Sarah desviou novamente o olhar. A empurrei com tudo na parede, com minha mão apertando seu pescoço, a elevando do chão. Fazendo a mesma se debater sem ar. -O que eu tinha dito Sarah? Se lembra? -ri sem humor. - Não queria que você se envolvesse com nenhum outro homem! Você era apenas minha escrava s****l, apenas minha! Sarah levou suas mãos pra cima da minha tentando afroxar o aperto que dou em seu pescoço. Olhei furioso em seus olhos, vendo que a mesma me implorava com o olhar, para parar. Apertei com mais força seu pescoço, fazendo com que a Sarah ficasse mole. Fechei meus olhos com força ao imaginar que a garotinha ficaria sem mãe. p**a m***a! Eu não me importaria com isso, mas como disse antes, Shopia tem mexido comigo. Soltei seu pescoço, fazendo com que Sarah caia com tudo no chão. Olhei pra ela, a vendo tossir e passar a mão pelo pescoço, onde tinha uma enorme marca de meus dedos. -Vou chamar sua filha! - disse me virando pra sair do local. -Nossa filha! Suas palavras me pegaram de surpresa. Olhei pra mesma, que aos poucos tentava se levantar. -Do que está falando? - rosnei. -Eu não me envolvi com outro homem naquela época Justin! - ela disse. - Bianca é sua filha Justin! ..... Pov. Justin Drew Bieber. -Eu não me envolvi com outro homem naquela época Justin! - Sarah disse. - Bianca é sua filha Justin! Sabe aquelas cenas de filmes onde o cara descobre algo inédito que marca sua vida e como reação fica com sua visão turva e tenso, completamente perdido. Sabe tudo isso? Isso é só coisa de boiola. Algo que eu não senti! Se eu acreditei nas palavras de Sarah? Óbvio que não! Isso é sem cabimento, já estamos bem grandinhos pra saber o que é um p**********o e ela um anti-concepcional. Se eu me lembro de ter usado p******o? Vamos contar quantas transas eu tive? Não me lembrava nem dela, quem dirá se me protegi. Mas agora uma filha? Já é muito pra assimilar! A p*****a v*******a do inferno tá blefando! Agora pra quê? Pra mim poupar sua vida? Eu já ia fazer isso se ela não percebeu. Mas agora mentir, ainda mais com uma bomba dessas? Isso só faz o ódio reinar em mim. Estralei o pescoço como uma forma de tentar me acalmar um pouco, mas tudo que consegui foi um revirar de olhos de mim mesmo e minhas mãos em punho. Calma? Quem disse que essa palavra existe no meu vocabulário no momento? Me aproximei lentamente de Sarah, que me olhava com sua cara de "não tenho medo!". Que i****a! Eu sei que no fundo ela se borra de medo. Ela tem medo de mim! Isso é uma coisa que posso comprovar no fundo de seu olhar. Me aproximei mais, fazendo com que ela se afaste bruscamente, batendo sua costa na parede em seguida. Ela olhou em volta, constatando que não teria como fugir e engoliu em seco. Sorri debochado e me aproximei até nossos rostos ficarem muito próximos. -Você sabe que nunca foi boa em mentiras Sarah! - rosnei. Sarah virou o rosto. Eu já conseguia sentir seu medo. Ouvir seu coração batendo fortemente. Sentir seu corpo tremer, consumido pelos sintomas do medo. Levei minha mão ao seu rosto, o segurando fortemente entre o dedão e o indicador, o virando e obrigando-a a olhar pra mim. Bingo! Como disse antes, a garotinha está morrendo de medo. Seu olhar me denuncia muita coisa, e o que grita é o medo. Medo de mim. Franzi a testa ao perceber que seu medo não se trata apenas de mim. Ela tem medo pelas minhas ações em r*****o a sua.. Filha. Ela acha mesmo que eu vou machucar uma criança indefesa? Por mais que a criatura dos infernos seja a mais irritante das crianças, nunca teria a capacidade e covardia de cometer tal ato. -Justin.. Por favor me solta. - ela sussurrou trêmula. Sussurro? Ou devo dizer que soou mais como uma súplica? Sorri debochado. -Eu não gosto que mintam pra mim Sarah! - disse calmamente, acariciando seu rosto e balançando a cabeça negativamente. -Eu não menti Justin! Eu juro! -ela disse em desespero. Balancei novamente a cabeça negativamente e me afastei da mesma. A v***a necessitada se encontra em um estado tão apavoroso que nem ao menos consegue aguentar seu peso corporal, fazendo-a cair trêmula com tudo no chão. -Pensei que você me conhecesse o suficiente pra saber que detesto mentiras. - disse pegando meu revolve e o analisando calmamente. Calmamente? É só um modo de a deixar com medo. Sarah sabe que quando fico nesse estado ninguém saberá qual minha próxima reação. Geralmente a coisa toda já tá fudida, e ninguém me convence do certo a se fazer. Nem mesmo eu. Apenas faço o que meus sentimentos me levam a fazer. E sabe qual o sentimento que se apodera nesse momento do meu corpo e da minha alma? O-D-I-O Ao certo não sei direito o motivo por ter ficado tão raivoso com apenas aquelas míseras palavras. Uma filha? O que eu iria fazer com um treco desse? Eu sou o cara mau da parada não tenho tempo pra brincar de cavalinho. Tenho uma história, uma vida que não envolve coisas doces de crianças. Isso absolutamente não está nos meus planos. Casar, ter filhos, uma família..? É a maior boiolagem que eu já ouvi em toda a minha vida. Minha vida não tem espaço pra isso. Meu trabalho exige muito mais de mim, exige a segurança de todos a minha volta. Ter uma filha só complicaria tudo. O que acham que meus inimigos fariam com isso? Perguntar se poderiam ser o padrinho e enche-la de mimos é que não seria! Isso é muito idiotice! Eu tenho dado duro pra proteger minha família das enrascadas que eu e Jeremy os botamos. E agora Sarah me aparece jogando uma notícia dessas? Não! Ela não poderia ter inventado uma mentira como essa. Isso passou dos limites! E isso me cega de ódio! Quando dei por mim escutei o barulho estridente de tiro. Meus olhos faltam soltar literalmente fogo de tão fervendo raivoso eu estou. Encarando agora Sarah gritando de dor pelo braço atingido. -É melhor rezar Sarah. Pois o próximo será na cabeça! - Rosnei, mirando a a**a por fim no local desejado. -Justin.. - ela disse com a voz embargada pelo choro. - Não faz isso! Eu tenho uma família! Ri debochado. -Vamos pular o drama? - perguntei sarcástico. - Não gosto dessas merdinhas, você já deveria saber Sarah! - Disse raivoso destravando a a**a. -Por favor Justin! Eu te imploro! Não me mata! -Ela disse completamente desesperada e consumida pelo pavor e choro. - Eu não quero nada de você, eu só quero que me deixe viver com minha filha. -Revirei os olhos ao ouvir seu discurso meloso e i****a. - Justin, você acha que foi fácil quando descobri que estava grávida daquele ato imundo que você me obrigou a fazer? Você acha que foi fácil lutar contra todas as alucinações que tive em r*****o aquilo? Eu te via em todos os lugares, era como se eu revivesse aquilo milhares e milhares de vezes. Cheguei até em pensar em me m***r, m***r a Bianca e por um fim naquelas dolorosas alucinações. Mas.. Eu não tive coragem, pelo menos não de fazer isso com minha filha! O sorriso dela me mantém viva, me faz acordar cada dia e ver um motivo de viver, ver que ainda preciso viver pra cuidar dela. Ela me ensinou muita coisa em tão pouco tempo, ela é tudo pra mim. Eu sei que você é ocupado com o seu "trabalho" e eu juro que não te incomodarei. Eu sumirei pra longe com Bianca e você nunca mais ouvirá sobre nós! Só me deixe ficar com ela! Por favor não seja um monstro em separa-la de mim! Não seja o monstro que foi comigo naquela época. Eu sei que algo está diferente em você. Eu posso ver isso, você está mais... Sentimental. E aposto minhas certezas que é por causa da garota. Você consegue sentir um amor tão intenso como se pudesse morrer pela outra pessoa? Eu sei que você sente isso, eu também sinto, pela Bianca! Eu sei que você no fundo vai entender meu amor pela Bianca. Amor de mãe é o mais puro e intenso. Bianca é sim sua filha, por que eu brincaria com algo sério como isso? Olhe bem pra ela, ela herdou seus lindos olhos caramelos, seus cabelos cor de mel, e mesmo com apenas 3 anos, herdou seu jeito destemido de ver a vida, encarando todas as dificuldades. Se você não acredita que ela é sua filha tudo bem, você não precisa acreditar nisso mas.. Mas não a tire de mim! Ela é tudo que eu tenho! Bianca é minha vida, meu amor, minha filha! Engoli em seco tentando me controlar da confusão que atingiu minha mente com suas palavras. Eu.. p**a que pariu! Eu não sei o que sinto. Estou confuso. Vozes gritam em minha mente, umas me dizendo que o melhor é acabar com a cretina, mas outras dizem que devo concertar as coisas com Sarah. Afinal eu não gostei e me senti péssimo com tudo que Shopia passou nas mãos de Bryan. Pensar que eu causei quase o mesmo sofrimento a alguém não é algo tão legal. Revirei os olhos, tentando me manter forte e firme. Tentando não me deixar levar pelos sentimentos que procuram de alguma forma me atingir, me deixando fraco e vulnerável. Fechei os olhos com força mas quando voltei a abri-los, já não ouvia mais as estridentes vozes de meus sentimentos. Sorri diabólico com isso. Agora eu estou no meu próprio comando. Espero que esses sentimentos de merdas nunca mais voltem a me incomodar. -Sarah, eu não faço o tipo de caras que dão chances para aquele tal desabafo meloso de últimas palavras e suspiros. Portanto, Adeus! Minhas palavras foram ditas mais rápidas do que a bala que saiu do revolve indo de um encontro certeiro à testa de Sarah, fazendo seu corpo cair sem um sinal de vida no chão. Encarei seu corpo jogado no chão por um momento e engoli em seco. Passei a mão pelo rosto tentando raciocinar o que eu fiz. Matei Sarah em um dos maiores shoppings de Toronto? Sarah Correia, a garota cujo fora minha escrava s****l no passado e agora.. Mãe da minha filha? O que estou pensando? Óbvio que a garota não é minha filha! Sarah só falou aquilo pra mim ter piedade ou algo do tipo. Ela não devia ter brincado com algo sério! Pois você se enganou sobre a piedade Sarah! E para aqueles sentimentos estúpidos, digo que: -Justin Drew Bieber voltou a reinar! Sorri vitorioso. Olhei novamente pro corpo sem vida de Sarah. Eu tenho que me livrar disso! Como, eu não sei! O shopping está lotado de pessoas, não tem como sair com esse corpo daqui sem que alguém note. Não me restando opções arrastei o corpo de Sarah pra um armário aqui perto e a joguei no mesmo. Depois mando alguém pra limpar essa bagunça. Entrei em outro corredor me levando em direção ao banheiro masculino. Adentrei o mesmo meio desnorteado. Não sei se fiz o certo matando a Sarah! -Vaza! - rosnei para um cara que lavava as mãos na pia do banheiro. -O que? - ele franziu a testa confuso. -TÁ FICANDO s***o p***a? - Esbravejei, fazendo o cara se assustar. - EU MANDEI VAZAR c*****o! - gritei raivoso apontando a a**a em sua direção. O homem rapidamente saiu do banheiro, completamente assustado e tropeçando nos próprios pés. Coloquei a a**a na pia e apoiei minhas mãos no mármore gelado da pia, encarando agora meu reflexo no espelho. Eu estou pálido. c*****o, preciso melhorar isso! Caso contrário Shopia desconfiará de algo. O que é isso agora? Pensei que essas bostas de sentimentos tivessem ido embora! Essas porcarias inventam de me seguir, já estou farto disso! Soquei fortemente o espelho, fazendo o mesmo trincar. Eu quero me livrar dessas merdas, não posso ser prisioneiro disso! Não posso continuar com essas merdas de sentimentos, com esse meu trabalho! Meu trabalho exige muito mais de mim, exige com que eu abra mão de muitas coisas. E uma delas é de ter momentos duradouros com minha família. Eu não posso colocar a vida das pessoas que me importo em risco. É isso a m***a que sei fazer. Acabar com as vidas dos outros! Começando com a da minha mãe, que tem que conviver todo dia com a decepção do filho ser um dos maiores criminosos já existentes. Bruce e Diane sempre reclamam de eu não estar presente nos momentos em família. Meus irmãos, Jaxon e Jazzy, estão crescendo e eu estou perdendo esses passos dados por eles. O que acontece se por acidente eles assistam algum noticiário e vêem o rosto do irmão na televisão? Acho que as coisas mais horríveis passariam por suas pequenas cabeças. Ryan, Chaz e Chris, meus camaradas.. Tenho que dizer o quanto que eles sofreram nessa vida do crime? Que pra lembrar foi eu que fudi com tudo os arrastando comigo nessa confusão. E finalmente voltamos pra preciosidade da coisa. Shopia! Eu me sinto tão culpado por tudo que a aconteceu. Foi tudo minha culpa, e tenho a plena consciência disso. Shopia corre perigo ao ficar do meu lado, mas talvez eu seja egoísta de mais para deixá-la partir. Não conseguiria continuar se isso acontecesse. Por que isso tudo? Me diz qual o propósito de essas porcarias de sentimentos de merdas estarem fazendo isso comigo? Pra me ensinar uma lição por todo mau que causei? Talvez, só sei que estão me deixando maluco. Liguei a torneira da pia, levando minha mão a gelada corrente de água que escorre da mesma. Levei minhas mãos ao meu rosto, o molhando. Preciso despertar disso tudo! Não posso ficar tendo esses momentos estranhos comigo mesmo! Fala sério! Sentimentos? Já passei por coisa pior! Ou será que não? No momento, sentimentos parecem serem meu pior pesadelo, do qual presencio na vida real, me deixando devastado, confuso, vulnerável, fraco, destruído... Em geral, essa m***a não presta! É uma porcaria em forma de m***a. Um caminho só de ida para o inferno! Mas... Por ironia do destino, me sinto viciado nas sensações que Shopia me causa. E adivinha qual sentimento está por trás disso? Um dos mais poderosos já conhecidos por mim, que até mesmo me faz ter calafrios ao pensar. O AMOR. Um sentimento que parece ser um mar de felicidades, mas é bem disfarçado, pode até ser que cause sensações boas, mas ele não é bem apenas pra te fazer sonhar no mundo das maravilhas com a pessoa amada. A flecha do cupido também tem um veneno fatal. O amor também dói. Uma das dores mais dolorosas já sentidas, que te faz implorar pra que tudo pare. Mas aí a pessoa percebe que não tem como parar, isso é irreversível, pois geralmente ela já está completamente envolvida e viciada na pessoa amada. O amor também é estranho, pode atingir até mesmo relações de ódio, fazendo com que seu poderoso poder acerte em cheio o coração dos pombinhos. O amor inclusive pode mudar alguém, mudar sua personalidade, suas ações... O amor de fato é um sentimento assustador e ao mesmo tempo adorável, com seus doces benefícios mas amargas dores. O amor é algo que nunca entenderei, mas talvez seja assim mesmo. Talvez o amor não seja para entendermos e sim para senti-lo. Eu me considero acertado pela flecha do cupido. E sabe o que dói? Saber que estou me afundando nesse mundo de crime, estou acabando com minha vida e estou levando Shopia junto! Ela não deveria conviver com isso. Ela é jovem, nem 18 completou ainda. O que eu fiz a ela foi completamente sem perdão. Shopia nunca mais poderá ter uma vida normal. Passará a vida sempre se escondendo de meus inimigos, agora dela também, que estão loucos por vingança. Acredite, não são poucos. Talvez, apenas talvez, eu esteja me sentindo culpado por ter matado Sarah. Não só acabei com sua vida, mas com a vida de sua filha. Pra onde levo a garotinha agora? Ela está sem mãe! Por minha culpa! Pelo meu ódio i****a e jeito manipulador de querer controlar tudo. Eu acabei com a vida de uma garotinha de 3 anos. O que me diz do monstro agora? Eu. Sou. O. Monstro! Peguei minha a**a na pia, a colocando na minha cintura. E por fim saí do banheiro, com a visão meio turva. O que é isso agora? p**a que pariu! Pisquei várias vezes tentando voltar minha visão ao normal. Mas tudo que consegui foi uma tontura forte, fazendo-me me apoiar na parede. Caminhei cautelosamente pelo corredor, me apoiando na parede. Não sei por que estou tonto desse jeito. Minha mente grita me dizendo que sou um monstro destruidor de vidas, acabei com a minha vida e agora com a vida das pessoas que realmente se importam comigo, as decepcionei. Por que isso dói tanto? Por que esse sentimento de culpa está me deixando louco? Parei de andar, fechando os olhos e levando minhas mãos aos meus ouvidos, os apertando fortemente, tentando parar de escutar as vozes estridentes. Abri os olhos rapidamente, me deparando com um homem. Ele olhava trêmulo o armário com a porta aberta. Franzi a testa ao perceber que se tratava do mesmo armário que eu havia jogado o corpo de Sarah. -Hey! - Chamei a atenção do cara, fazendo o mesmo me olhar. - Se afasta daí p***a! - esbravejei, piscando fortemente os olhos, me sinto fraco e tonto, como se pudesse apagar a qualquer momento. -Foi você.. - ele disse raivoso, com lágrimas ardentes descendo pelo seu rosto. Franzi a testa com suas palavras. - Eu vi. Só.. Só não sei por que não tive coragem de interrompe-lo. -Ele engoliu em seco. - Mas não importa agora, você vai pagar por isso! Levantei uma sobrancelha, tentando assimilar o que ele me disse. Que eu vou pagar pelo que fiz a Sarah? Esse boiola só pode estar biruta! Sorri debochado. Mas meu corpo voou com uma velocidade rápida no chão. Quando raciocinei direito o que havia acontecido, eu já estava no chão, levando socos do tal i*****l. Tentei desviar dos golpes mas como disse antes me sinto fraco, tonto.. Como posso lutar nesse estado? d***a! Eu preciso agir, já sinto minha visão ficar turva e o gosto de sangue em minha boca, provavelmente meu rosto deve tá uma m***a. Juntei minhas forças e consegui deferir golpes no i****a, poucos mas com a intensidade suficiente pra conseguir afastá-lo. Me sentei dolorosamente no chão, tossindo sangue enquanto encarava o cara se levantar e apontar um revolve pra mim. Filho da p**a desgraçado! -Vai em frente! -Rosnei. - Mostre que você é homem o suficiente pra apertar o gatilho! Ele riu debochado. -Você falando de quem é homem o suficiente? - ele disse raivoso. - Isso é uma coisa que você não é! Como teve coragem de m***r alguém indefesa? Ela tinha uma filha pra cuidar! Você sabia disso? Creio que não, não é mesmo? Caso contrário você mesmo assim a mataria? Pois digo que o homem aqui não é você! Você é um monstro! Engoli em seco com suas palavras. Ao fundo sei que eu sou o monstro. E me sinto culpado pelo que fiz. Isso é uma m***a do c*****o! -Ah qual é? Que discursinho mais meloso! - rosnei, tentando mostrar que não me abalei. -Você é um i****a mesmo! - ele disse. - e precisa ter o que merece! Não é mesmo, Justin Bieber? - levantei minhas sobrancelhas ao ouvir ele dizer meu nome. - Acha que eu não assisto os noticiários? Estão loucos atrás de você! Eu ganharia uma grana muito boa te entregando. Mas sabe, acho que fazer justiça com a própria mão é muito mais proveitoso! Ele riu debochado, me fazendo trincar o maxilar de ódio. Tentei cautelosamente levar minha mão para o revolve que estava em minha cintura, mas ele percebeu, o fazendo dar uma longa e alta risada debochada. -Você acha que eu não me livrei de sua a**a? - ele debochou apontando para a a**a no chão um pouco afastado atrás dele. -Então, como é que vai ser? -Perguntei com tédio. - Vai me m***r logo ou vamos sentar e contar as novidades? - debochei. Ele abriu a boca pra falar algo mas tudo que ouvi foi um barulho estridente de tiro, fazendo com que o cara caia com tudo no chão. Sem vida. Encarei a pessoa a minha frente e arregalei os olhos. -Shopia? - disse assustado. Ela encara estática o homem morto no chão. Percebi que ela iria desabar no choro a qualquer momento, então levantei rapidamente indo pra perto da mesma e retirando o revolve de sua mão. -Eu o matei! - ela desabou no choro e desespero. -Calma amor. - disse a abraçando fortemente, tentando conforta-la. -Eu o matei Justin! - ela disse se agarrando mais a mim. -Não foi sua culpa amor. - disse beijando o topo de sua cabeça. - ele iria me m***r, você só me defendeu. Não foi sua culpa! Shopia se afastou um pouco pra olhar em meus olhos. Um olhar profundo e confuso. -Eu acho que foi! - ela disse. franzi a testa. - Eu vi ele apontar a a**a pra você e.. e eu não sei ao certo o que senti, só.. só me ceguei e quando vi já tinha atirado. Foi minha culpa! -Amor, me escute. - disse segurando seu rosto delicadamente com as duas mãos. - Você fez pra me proteger. Não foi sua culpa! Shopia balançou a cabeça negativamente e se afastou lentamente, limpando as lágrimas que escorriam por seu rosto. -Vou buscar a Bianca. - ela disse atordoada, parecia estar em outro mundo. - Onde está a mãe dela? Engoli em seco com sua pergunta. O que eu digo agora? Que sou um monstro em ter matado a mãe da garotinha e agora ela não tem pra onde ir? -Teve que resolver uns problemas. - disse rapidamente. Shopia assentiu lentamente e saiu da minha visão. Suspirei aliviado por ela não continuar fazendo perguntas. Olhei pro homem morto e olhei pro armário. Arregalei os olhos ao ver que a porta do armário estava aberta e que Shopia poderia ter visto o corpo de Sarah jogado sem vida lá dentro. Ela deve estar tão atordoada por ter matado alguém que nem ao menos percebeu isso. Não a culpo por ter matado o cara, isso não é culpa dela. É tudo minha culpa! Me diz que tipo de i****a eu sou que mato alguém em um shopping sendo que estou sendo procurado por tudo que é tipo de polícia? Sem falar que fui mais burro ainda por colocar a vida de Shopia em risco. Bryan está louco atrás dela, se alguém souber dessa bagunça que fiz no shopping ele com certeza saberá que fui eu, ele conheceu Sarah e sabe do caso que tive com ela. Se ele souber que ela está morta, ele saberá que fui eu, e com isso saberá meu paradeiro, botando assim a vida de Shopia novamente em risco. Que i****a eu sou! Arrastei rapidamente o corpo morto do homem e o joguei no armário, juntamente com o corpo de Sarah. Não posso me esquecer de mandar alguém limpar essa m***a toda. -Justin.. - Assim que fechei o armário escuto a voz suave de Shopia, me fazendo levar um susto por ser por pouco que ela não viu o armário aberto com o corpo de Sarah jogado lá dentro. Me virei pra mesma, a encarando juntamente com a pequena garotinha grudada em sua perna. Meu olhar parou com o da garotinha e foi quase que impossível de desviar. Ela tem os mesmos olhos que os meus, isso não posso discutir. Muito menos sobre seu cabelo cor de mel. O que estou pensando? Ela não é minha! Eu não posso ter uma filha! Tá vendo pelo que eu acabei de passar? Veja tudo que eu e Shopia já passamos! O quanto já botei a vida de Shopia em risco! Não posso botar mais alguém em risco! Não posso acabar com a vida da garotinha mais do que eu já fiz! Ela n******e ficar comigo! -Vamos! - disse autoritário andando pra saída do local. Olhei pra trás percebendo que Shopia me seguia. Ela estava com Bianca em seu colo. Shopia ainda parecia perdida, completamente longe desse mundo. Depois de andar um pouco pelo espaçoso local, finalmente chegamos ao estacionamento. -Justin.. - Shopia me chamou, me fazendo a olhar. - Bianca vai com a gente? Onde está a mãe dela? Engoli novamente em seco. Não sei por que diabos me sinto tão pressionado. c*****o! -Ela teve um problema e me pediu pra cuidar da Bianca. - inventei rapidamente. - Amanhã a levo de volta! Shopia assentiu olhando encantadora pra garotinha adormecida em seu colo. "Amanhã a levo de volta!" O que eu disse? Vou levar a garotinha pra mãe, aonde? No inferno? p**a que pariu! Ainda não decidi o que faço com a garota! Só sei que ela n******e ficar comigo! d***a! Entrei no carro e logo Shopia fez o mesmo, se ajeitando no banco com Bianca adormecida em seu colo. Fechei os olhos e suspirei. O que eu faço com a garota? -Justin.. - Shopia me chamou, me fazendo olhá-la.- Você está bem? -Estou sim. - disse coçando a garganta e dando partida no carro. Não demorou muito para que já estivéssemos na estrada, a caminho de casa. Amanhã decido pra onde levar a garota. Agora eu só quero descansar. A escuridão no céu já é visível, sendo iluminado por apenas algumas estrelas. O vidro está aberto por onde entra um vento frio. Fechei o vidro e liguei o aquecedor assim que percebi que Shopia se tremia de frio. Sorri ao perceber que ela já estava adormecida, com a cabeça encostada na Bianca que está em seu colo também adormecida. O próximo a dormir sou eu, estou morto de cansaço. Desviei o caminho de casa ao me lembrar das medicações de Shopia. Se lembram quando o médico me entregou uma receita com os remédios que Shopia teria que tomar? Eu já deveria ter comprado mas com tudo isso acontecendo na minha vida, acabei esquecendo. Eu não deveria ter esquecido. Parei no estacionamento da farmácia mais próxima e olhei pra Shopia, ela continua dormindo. Prefiro não acordá-la, por isso saí do carro sem chamá-la. Não vou demorar. Tranquei o carro e caminhei pra dentro da farmácia. A mesma estava totalmente em clima de páscoa, isso me lembra que ainda tenho que comprar o ovo de páscoa da Shopia e da minha família. Mas farei isso apenas amanhã, como disse estou cansado agora. Fui em direção ao balcão de atendimento e entreguei a receita, comprando todos
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