Capítulo Quatro — Sentimento Deslocado

1798 Words
Capítulo Quatro — Sentimento Deslocado Ponto de Vista do personagem principal — Henry Reymonds Diante de uma confusão pela estranheza presente, eu cerro os meus olhos com algumas desconfianças para a barreira luminosa e quase transparente que está a poucos metros na nossa frente. Por um momento, eu cogito que a imagem possa se tratar de algum problema na minha visão, ou pertencer a algum estranho sinal da natureza. Mas eu não n**o que este é um fenômeno que me causa uma curiosidade, e que me faz dedicar uma enorme atenção para a sua aproximação. Após isto, eu cogito em pesquisar e estudar sobre este fenômeno que tanto está a chamar o meu interesse. Porém, assim que nós atravessamos a barreira luminosa, estranhamente como um passe de mágica, uma boate surge no caminho a nossa frente. No mesmo instante, este aparecimento repentino me causa um sobressalto em meu banco com o susto pelo inacreditável. Na intenção de eu não surtar com os meus próprios pensamentos assustados pela situação repentina, eu cogito que talvez eu não tenha reparado no local com uma melhor análise, por isto eu não devo ter percebido a presença da boate anteriormente. Porém, apesar de esta ser a corrente mais lógica para o ocorrido, a minha cogitação sobre isto está bem difícil de conseguir me convencer, uma vez que pelo o que eu me recorde, nós estávamos diante de um campo limpo, sem o qualquer mínimo sinal de algo a nossa frente. Isto me faz questionar a mim mesmo. — Você reparou que a boate surgiu de repente? — De prontidão, eu direciono o meu questionamento ao meu irmão, diante de minha extrema confusão e sede por respostas plausíveis e cientificamente comprovadas. Porém, Simon destina o seu olhar a mim em uma nítida confusão para a minha dita, a poucamente demonstrar que eu acabei de pronunciar algo que seria surreal. Pensando por este lado, eu noto o quanto ele pode estar correto, o que me faz voltar a tomar as rédeas de minha própria consciência e de meus próprios pensamentos, os quais estão muito em desordem. De prontidão, eu volto para a minha realidade científica na qual o que eu acabo de relatar realmente não faz sentido algum. Isto me faz me arrepender de ter o dito, uma vez que Simon deve estar me achando um louco a este momento, e talvez, ele tenha razão sobre isto desta vez. Na intenção de acalmar todos os meus pensamentos que estão em uma euforia insistente sobre o ocorrido, eu solto fortemente um suspiro pesado tentando me manter no meu auto controle. Em seguida, eu pisco os meus olhos por repetidas vezes na intenção de não deixar com que a descrença elevada pelo ocorrido me consuma. De fato, eu não compreendo em como há a possibilidade de um estabelecimento inteiro possa ter surgido tão repentinamente diante de meus olhos. Mas para um teoria mais lógica, isto me faz até mesmo cogitar a possibilidade de que a fome em meu organismo possa estar sendo a responsável por causar uma dificuldade no meu discernimento para a minha realidade em minha mente. Versão esta, a qual realmente possa vir a cientificamente ocorrer, e com estes motivos plausíveis, eu enfim acalmo a minha mente sobre o ocorrido. Por um momento, eu tento retirar todos os pensamentos confusos em imediato de minha mente, seguindo a minha atenção para o estabelecimento em que nós estamos a nos aproximar. Caso eu não queira surtar novamente diante do surgimento de uma falha no meu discernimento perante a minha realidade, eu preciso controlar a minha consciência e as minhas emoções. Mas de qualquer forma, a minha maior necessidade para o momento atual ainda se foca com uma grande exclusividade para o simples ato de poder me alimentar. Este mesmo o qual é o único motivo por eu estar prestes a frequentar o local a minha frente. Este mesmo local que possui um grande movimento de pessoas seguindo para as grandes letras piscando em luzes neon, deixam nítido o reconhecimento positivo que esta boate detém. Eu noto que o imenso estabelecimento esbanja luxo e carrega um ar de elegância maior. Este certamente é perfil de lugares que somente a alta sociedade consegue frequentar, contendo o seu luxo de uma forma bem evidente. Por um momento, eu me recordo da fala do amigo de Simon ao informar que a entrada será gratuita. Assim eu espero, pois certamente eu não tenho condições financeiras suficientes para que eu consiga pagar por tal ingresso. Por fim, o Impala velho adentra o estacionamento da boate, local este que detém de uma elegância ainda maior diante da presença de diversos carros luxuosos. De imediato, eu não consigo conter a admiração presente em os meus olhos diante de tamanha beleza nas latarias, o que me faz imaginar estar em um show dos mais belos carros que existem no mundo inteiro. Mas ao contrário de mim, as pessoas ao meu redor não parecem se importar com isto, como se todo este luxo não passasse de uma naturalidade comum para os seus modos de vida. Eu confesso que eu estou a me sentir um peixe fora d'água. — Vê se você se diverte desta vez. — Simon chama a minha atenção ao dizer com um sorriso sapeca, enquanto se retira do carro. De imediato, eu realizo o mesmo, mas eu confesso que a minha atenção continua focada com admiração para os diversos carros de beleza estupenda em o nosso arredor. Não é possível que só eu esteja parecendo uma criança empolgada com doce? Mas de fato, sim, somente eu contenho esta euforia crescente, uma vez que os amigos de Simon, bem como este mesmo, apenas focam as suas respectivas atenções sobre as mulheres elegantes que passam por nós. Não me entenda m*l, elas também são bonitas, mas eu estou na presença de carros que eu não verei novamente na minha vida inteira, diante de algumas edições limitadas. Isto sim é um verdadeiro show, que surpreendentemente já me fez ganhar a noite. Apesar da minha euforia diante do descrito acima, é nítido que a minha necessidade em saciar a minha fome está a falar cada vez mais alto em meu organismo, ainda mais depois da pequena alucinação que eu tive no caminho até aqui. Desta forma, nós não demoramos muito para guiar os nossos passos até a entrada do grande local. De prontidão, eu noto que há um g***o de meninas muito bem vestidas que tentam seduzir os musculosos seguranças para tentar entrar gratuitamente, porém, os mesmos são tão ríspidos que parecem nem as notar. Por um momento, eu tento cogitar o que eu poderia falar para que eu consiga esta entrada gratuita, se nem estas belas moças estão a conseguir. Mas assim que nos aproximamos, a autoridade de Dimitre é tão evidente que nem ao menos nos faz precisar nos identificar, e como um dos "integrantes" de seu g***o, eu consigo adentrar o ambiente sem que nada seja me cobrado. No interior do local, diversas luzes piscam diante de alguns efeitos especiais, o que me causa uma certa dificuldade em poder enxergar com uma clareza entre o intervalo de cada feche de luz, uma vez que eu não sou acostumado com ambientes do tipo. A música alta ecoa de uma forma vibrante por os meus ouvidos, enquanto as diversas pessoas em vestes bem elegantes se entregam em diversos movimentos de dança ao som eletrizante. Por um momento, eu adquiro uma pequena vergonha por as minhas vestes não estarem tão adequadas para o local. Estranhamente, apesar deste se tratar de uma boate, todas as pessoas presentes estão com roupas bem sociais, como se viessem a um baile de formatura. Na realidade, eu não me surpreenderia de algo diferente, ao imaginar o tamanho do luxo presente em seus carros no estacionamento, quem dirá em suas respectivas contas bancárias. Apesar deste momento não fazer parte do meu ciclo normal de interesse, esta não é a primeira boate em que piso os meus pés, porém, eu nunca tinha adentrado em um estabelecimento de patamar que detenha de uma ostentação financeira tão exuberante como este. Eu não n**o o quanto eu estou me sentindo fora de órbita neste ambiente. Mas ao mesmo tempo, eu procuro me manter por aqui para ao menos realizar a minha verdadeira intenção, sendo esta: saciar a minha fome. De prontidão, Dimitre guia o nosso caminho a nossa frente ao adotar uma firmeza maior em seus passos, bem como uma notória expressão fria. Eu não posso deixar de notar que muitas pessoas presentes no local param o que estão a realizar para guiar as suas totais atenções em nossa direção. De imediato, eu estranho a reação presente, ainda mais ao notar que algumas pessoas possuem um olhar de admiração para o g***o do qual eu estou integrando, mas em outros olhares há a presença de um certo medo. De todas as formas, por onde Dimitre passa, todos abrem o caminho, como se este fosse alguma celebridade ou autoridade por aqui. Apesar da minha confusão para a situação, há a evidência de que o g***o de Dimitre é reconhecido e até mesmo temido. Por um momento, eu cogito que esse título de temor possa ter um significado mais sombrio, o que não me surpreenderia, uma vez que Dimitre já é alguém contrário às leis. Porém, isto me causa uma certa apreensão por o meu irmão, a quem pertence oficialmente a este g***o. De prontidão, eu destino o meu olhar a este, a quem está sob a mesma expressão séria e tão fria quanto a de Dimitre. No mesmo instante, eu sinto algumas sensações ruins diante desta possibilidade de Simon estar envolvido com pessoas realmente barra pesada. Infelizmente, diante de tantos olhares, eu aparento ser o novo integrante do g***o, algo que de fato nunca ocorrerá. Por um breve momento, eu noto que algumas pessoas ao nosso redor possuem os seus olhos completamente escurecidos como pérolas negras, o que me causa um susto imediato. Mas no mesmo instante, na intenção de não transparecer o meu delírio que possa estar sendo causado pela fome em excesso no meu organismo, eu procuro manter a teoria mais lógica para isto. Eu cogito que a ilusão de ótica possa estar sendo causada diante da minha dificuldade em enxergar com uma maior clareza perante os diversos jogos de luzes presentes no local. De imediato, eu respiro fundo, na intenção de manter a minha lucidez em meio dos supostos efeitos alucinógenos que são causados pela fome em meu organismo, que por sinal, está também a me causar uma fraqueza intensa em meu corpo ao ponto de me fazer ter que concentrar as minhas forças em me manter em pé. Eu m*l vejo a hora de eu poder solucionar com uma rapidez este meu problema atual. Continua...
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