Capítulo Trinta e oito — as conversas que a escola está a me proporcionar

4999 Words
Capítulo Trinta e oito — as conversas que a escola está a me proporcionar Ponto de vista da personagem principal #Ligação On -Oi Jus! Sua empolgada voz falou do outro lado da linha, eu amo a voz da minha pequena, me acalma, é tão suave, e vocês tem que ouvir ela cantando, ela é incrível, tem uma ótima voz. -Oi minha pequena! Por que não tinha atendido? Tentei não falar meio desesperado, mas foi meio impossível e acho que ela percebeu isso já que a mesma deu uma leve risada. -Eu estava no banho bebê. Graças a Deus! Ela não está com aquele i****a! Posso ter a Mel só pra mim hoje! Digo, tê-la ao meu lado, não pensem besteiras, afinal somos só melhores amigos. - Uffa! Acho que eu fiquei empolgado de mais com a ideia de passar um tempo ao lado dela que nem controlei a minha voz ao falar com ela. Ótimo, Ela começou a gargalhar, eu sou um i****a mesmo, o que ela deve está pensando? -Achou que eu não iria te atender por que? O que eu falo? "Porque eu achei que você estaria com o i****a do Daniel, e eu quero você só pra mim hoje" Não! Claro que eu não ia falar isso! Ela iria me dar aquele discurso i****a de como o Daniel era legal e que se eu quisesse eu poderia ficar fazendo companhia para os dois e assim iria até o conhecer melhor e ver como ele é legal, bando de idiotice, eu já disse que não gosto dele e não vou voltar com a minha palavra atrás! E também não quero discutir com ela agora. Continua... XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx Pov. Shopia Emmy Hummel Acordei cedo hoje, com uma disposição impressionante, empolgada para começar mais um dia. Ryan não estava mais aqui, provavelmente já deve ter ido para seu quarto. Bom, como disse, hoje estou com uma ótima disposição, então posso pensar como: "Ninguém estragará meu dia hoje!". Levantei empolgada com meu pensamento indo em direção ao banheiro. [...] —Bom dia! – Disse animada assim que entrei na cozinha. —Bom dia querida. – Margarette disse vindo em minha direção, dando-me um abraço gentil. Retribui ao abraço e Margarette logo voltou ao que fazia no fogão. —Hoje está um dia lindo, né Margarette?– Disse encantada ao olhar admirada para a bela paisagem na grande janela da cozinha. O céu está um azul bem clarinho. O sol brilhando muito, clareando o dia gentilmente. E daqui posso ouvir o belo canto dos pássaros. Seria um dia perfeito para aproveitar na piscina, ou em um belo jardim. —Com certeza, querida. – Margarette concordou sorrindo encantadora, logo me servindo com suas deliciosas panquecas. A agradeci gentilmente com um beijo em sua bochecha, e com a fome em mim presente não demorei para atacar as panquecas, após enchê-las com a calda de chocolate. —Margarette, onde eu deixei o meu relógio, você viu? – ouvi a voz rouca do Justin a perguntar. Justin rapidamente adentrava a cozinha. Justin adquiriu uma expressão surpresa ao me olhar, provavelmente por me ver ali cedo, normalmente ele sempre está na cozinha antes de mim. Justin está com uma camisa regata branca, com uma toalha de rosto nos ombros e um calção. Mas diferente das outras vezes, ele ainda não está suado. —Está no criado-mudo ao lado de sua cama querido. – Margarette disse olhando gentilmente para Justin. —Obrigado. - Justin disse ao dar um beijo na testa de Margarette, o que me pegou totalmente de surpresa, nunca pensei que ele conhecia essa palavra, ironicamente. Justin parece estar de bom humor. Bom saber disso! —Justin. – O chamei e ganhei a atenção do par de olhos caramelos a me olhar. —Sabe, eu estive pensando... – m*l consegui pronunciar e sou interrompida. —Nunca é bom quando você pensa. – Justin disse com seu tom rude. E lá está o Justin chato de volta. Ignorei sua fala e continuei: —Já faz muito tempo que eu não vou à academia, e eu não quero ficar com tudo pra baixo. Será que eu não poderia ir com você? – Perguntei presumindo que seja exatamente para onde ele irá agora, porém minha pergunta tinha um pouco de receio. —Assim já está de bom tamanho. –Justin sussurrou. Corei ao perceber que ele passeava seu olhar maliciosamente por meu corpo. Olhei a mim mesma conferindo que não havia nada de errado em minhas roupas. Eu estou com uma blusa regata, e um short curto. Mas nada inapropriado. —Por favor. – insisti. – eu amo fazer meus treinos. Pelo menos amava. —Acredite, você está gostosa assim. –Justin disse sério após parar seu olhar no meu, deixando-me envergonhada, desviando meu olhar. –Não precisa de treinos. Justin pegou uma garrafa na tonalidade azul, provavelmente com água, na geladeira. E andou em direção à saída da cozinha, parando na mesma e dizendo: —Você não vem? –Justin não estava com a voz rude, o que me fez sorrir automaticamente. —Claro! –Disse animada, o seguindo para fora da cozinha. Caminhamos um pouco pela imensa casa até Justin parar em frente a uma grande porta de correr. Assim que Justin a abriu, meus olhos se arregalaram surpresa. Isso é perfeito! Uma academia super moderna com todos os equipamentos que você imagina. Eu estou em um sonho? Seria perfeito para todos os meus treinos. Justin colocou a garrafa e a toalha em cima de uma mesa ali existente. Meus olhos se arregalaram assim que ele tirou sua camisa, fazendo eu ficar privilegiada por estar vendo aquela perfeição de Deus grego na minha frente. Posso me referir assim sobre o Justin? —Tá babando. – Justin disse com um tom debochado. Corei ao perceber com sua fala, que eu já estava encarando fixamente seu definido peitoral por alguns segundos. —Ah.. – cocei a garganta, envergonhada. –Eu vou colocar uma roupa mais confortável para o treino e já volto, tudo bem? Justin apenas assentiu, caminhando em direção a um dos equipamentos. Sai dali e corri pro meu quarto, rapidamente colocando uma roupa mais confortável para malhar, um tênis e peguei uma toalha de rosto. Amarrei meu cabelo em um r**o de cavalo, e por fim saí do quarto. Assim que entrei novamente em sua academia, quase enfartei ao ver essa cena. Justin estava boxeando um saco preto de boxear. As gotas do seu suor escorriam pelo seu corpo, fazendo minha visão acompanha-las, passando por cada detalhe de seu corpo, que parecia ser esculpido por Deuses. A cada golpe que ele dava seus músculos se contraiam, deixando-os mais fortes e suas veias visíveis, evidenciando o quanto ele se esforçava. Mordi meus lábios disfarçadamente, tentando controlar-me. Andei cautelosa até a mesa que o Justin tinha deixado suas coisas e coloquei minha toalha de rosto. Olhei em volta, admirada. Tem tantos equipamentos, por qual eu começo? Preferi começar por algo mais simples como a esteira. Tenho muito tempo pra experimentar o resto, afinal pelo que parece eu vou ter que ficar na casa do Justin pro resto da vida. Espera um momento! Está certo isso? Eu terei que ficar realmente uma eternidade por aqui? Meu olhar procurou por Justin, logo o achando sentado em uma cadeira, bebendo em sua garrafa de água ao me encarar fixamente. Me desequilibrei ao me concentrar em seu olhar, quase levando uma queda da esteira, seu olhar é tão intenso. Justin deu uma risada rouca. Franzi a testa, surpresa ao ouvir sua risada, que para mim parece bem verdadeira. —Do que ta rindo? –Perguntei o acompanhando no riso. —Do jeito que eu te deixo. – Justin disse em um tom convencido, deixando-me envergonhada. Nervosamente desliguei a esteira, descendo da mesma, antes que realmente leve uma queda. Caminhei envergonhada até minha toalha em cima da mesa ao lado de Justin, logo pegando-a. Passei a toalha levemente em meu rosto, porém sem necessidade já que não deu tempo o suficiente de exercícios para que eu fique suada. Sentei-me na cadeira ao seu lado, nervosa ao perceber que Justin acompanhava atento cada movimento meu. —Justin.. eu não sei qual vai ser sua reação, mas eu preciso lhe perguntar isso.. – disse receosa. –Até quando eu vou ficar aqui? — Por que essa pergunta agora? – Justin disse adquirindo sua expressão séria. —Não vou ficar aqui a vida toda, vou?- Respondi sua pergunta com outra pergunta. —Não gosta daqui? –Ele perguntou sério, olhando-me. Franzi a testa ao perceber que ele de alguma forma tentava me compreender. —Eu não posso ficar trancada aqui pro resto da minha vida. – Disse como se fosse óbvio. – Eu quero iniciar minha vida de verdade, quero ir pra uma universidade, me formar e ser uma grande profissional. Justin bufou irritado, desviando seu olhar. Sua irritação me deixa indignada, pois ele age como se eu fosse algum tipo de m*l agradecida, o que é totalmente fora de contexto. Eu não tenho nada a agradecer a ele. Justin levantou sério da cadeira, pegou suas coisas em cima da mesa e saiu pela porta a fora. Fechei meus olhos com força, frustrada, eu sabia que ele ficaria assim, mas eu tinha que perguntar. Porém agora vejo que a resposta dessa pergunta possa ser um "para sempre", o que me deixa totalmente assustada com essa possibilidade. — Seus treinos estão mesmo em seu sangue. –Abri rapidamente meus olhos empolgada com essa voz brincalhona conhecida. —Sou a capitã das líderes de torcida, Ryan. –Disse como se fosse óbvio, sorrindo de orelha a orelha, orgulhosa por minha conquista. – É lógico que meus treinos estão em meu sangue. —Era uma líder de torcida. –Meu sorriso desmanchou rapidamente ao ouvir sua fala, destacadamente o verbo flexionado no passado. Eu sinto falta da minha antiga vida. —Hey! Desculpa. – Ryan disse ao perceber suas palavras. – Eu não quis te deixar assim. Ryan sentou-se, preocupado, na cadeira ao meu lado, me puxando para um abraço confortante. —Está tudo bem Ry. – Disse lhe dando um leve sorriso. – eu só.. sinto falta. —Então.. – Ryan coçou a garganta, parece nervoso. – Como convenceu o Justin a te deixar entrar aqui? Franzi a testa com sua mudança de assunto, mas pensando bem acho até melhor mudarmos de assunto mesmo. —Tenho minhas técnicas. – Disse me gabando ao sorrir convencida, gerando um riso contagioso de Ryan. Ficamos conversando por bastante tempo, me deixando feliz novamente. Ryan sabe fazer eu me sentir em casa, ele me faz tão bem. —É sério Ryan! –Eu disse, o acompanhando no riso. – Eu ainda sonho com o gato do Zac Efron. —Não acredito! – Ryan ria. – Ele é gay! —Não é não! – Disse dando uma leve batida em seu braço. Nós dois riamos feito crianças, eu estava contando a ele sobre o meu último sonho com o Zac, o que costumava ser bem frequente em minha adolescência. —Ryan! – A voz rude de Justin da-nos um susto. – Não acredito que você ainda está aqui! Anda logo p***a! —Já vou cara! – Ryan disse levantando-se apressado ao ver a impaciência de Justin.–Tchau Sho, se cuida! —Volta logo Ryan, por favor. – Disse quase que em uma súplica, já sendo atingida pela saudade antes mesmo dele ir. —Não se preocupe logo estarei de volta Sho. – Ryan disse após uma piscadela, logo indo em direção à porta, onde Justin ainda espera impaciente. Porém antes de Ryan atravessar a porta, corri apressada em sua direção, o pegando de surpresa com um abraço apertado. Ryan retribuiu o abraço de imediato. —Eu te amo Ryan. – Disse, o apertando mais no abraço. —Eu também te amo Shopia. – Ryan disse após dar um beijo em minha testa. Ryan se despediu logo saindo da sala, fazendo-me levar minhas atenções para Justin que me encara com desdém, me deixando incomodada. —O que foi? –Franzi a testa confusa ao perguntar o porquê de sua reação. —Você é tão tola! – Justin disse rude, adquirindo uma postura superior. O encarei perplexa por sua fala. Justin soltou um riso debochado e saiu em seguida. O que eu fiz pra este traste? O que ele tem de beleza tem de arrogância. Que i****a! (...) Estou agora deitada na cama, assistindo um filme chato de comédia, o que é meio irônico porque deveria ser engraçado mas não é. Já está no fim da tarde, e desde aquela hora na academia não vi mais nenhum dos dois, pra falar a verdade acho que eles ainda nem voltaram pra casa, nem sei também, passei a tarde toda aqui. Desliguei a televisão,entediada, e me ajeitei na cama, fechando os olhos. Um tempo se passou apenas aproveitando o silêncio, e posso até jurar que eu adormeci. —Shopia? – meus olhos se arregalaram com susto ao ouvir essa voz rouca. Sentei-me rapidamente na cama e olhei em direção ao som da voz. Justin estava fechando a porta. O quarto está meio escuro por isso não consigo vê-lo direito. —Justin? – Perguntei apenas para confirmar que é realmente ele. —Ele mesmo. – Justin sussurrou, fazendo-me sentir a cama afundar com seu peso, que obviamente senta ao meu lado. Procurei o interruptor da luz que se localiza ao lado da minha cama, porém assim que o achei senti uma mão grande tocar minha mão. —Não.– A voz baixa e rouca do Justin entrou nos meus ouvidos de um jeito que me fez arrepiar. – deixa assim. Senti sua respiração em meu rosto, curiosamente fazendo meu coração acelerar, nervosa. Sua mão forte tirou calmamente minha do interruptor, colocando-a sobre minha perna. Em seguida essa mesma mão, acariciou delicadamente meu rosto, deixando-me mais nervosa ainda. Justin puxou cauteloso meu rosto para próximo ao seu, colando lentamente nossos lábios. Uma surpresa me atingiu, porém cedi aos seus encantos assim que Justin passou a língua sensualmente pelo meu lábio inferior. Começamos assim um beijo calmo. Um beijo ótimo mas.. Eu posso jurar que sinto gosto de sangue. Afastei-me do Justin rapidamente assim que não tive dúvida que aquele gosto de ferrugem com sal era sangue. Rapidamente liguei a luz, temendo o pior. Meus olhos rapidamente se arregalaram, minha boca ficou em um círculo quase que perfeito, com o espanto. Justin está com alguns cortes no rosto e na boca, e com um olho fechado e inchado com a tonalidade roxa, evidenciando uma surra certeira. —Justin, o que houve com você? – Perguntei com a voz trêmula, preocupada. Por mais que pareça idiotice, eu me importo com ele, vê-lo desse jeito me deixou com o coração na mão. Justin iria falar algo mas assim que abriu a boca tudo que saiu foi sangue. JMeu coração disparou de uma forma que pensei estar tendo uma parada cardíaca de susto e preocupação pela situação que me encontro. Justin caiu no chão fraco, respirando fortemente pela boca como se tentasse recuperar o ar. Assim que saí do transe causado pelo susto, joguei-me no chão ao lado do Justin e segurei seu rosto com as duas mãos. Minhas lágrimas já desciam descontroladas. —Justin.. – engoli em seco vendo-o ficar roxo devido à falta de ar. — Respira, pelo amor de Deus, respira. O desespero me consumia, Justin me olhava com uma expressão dolorosa, praticamente implorando por ajuda. —SOCORRO! – Gritei desesperada. –ALGUÉM ME AJUDA, Por favor! Mal conseguia pronunciar as palavras, me embolava nas frases, completamente desesperada ao pensar no pior. Tentei massagear seu peito tentando fazer com que ele volte com a respiração mas nada dava jeito, piorando meu desespero. —Justin respira por favor! - Supliquei em meio aos soluços. —Eu.. –Justin tentou falar algo mas foi interrompido por outra jorrada de sangue que saiu da sua boca. —Justin, aí meu deus. – me engasguei com meu próprio choro. – SOCORRO! POR FAVOR ALGUÉM AJUDE! Levantei-me rapidamente tentando achar um celular para ligar pra ambulância ou alguém que possa ajudá-lo. Senti meu braço sendo puxado, Justin puxava-me com uma certa dificuldade. —Justin, eu preciso l-ligar para alguém... Tentei explicá-lo que eu tinha que ligar pra emergência mas ele me interrompeu passando seus dedos melados de sangue delicadamente pelos meus lábios. —Justin... –Tentei falar algo de novo mas ele novamente me interrompeu, só que dessa vez com um selinho. Não temos tempo pra isso! Justin precisa de ajuda! —P..or.. fav.or –Justin sussurrou em minha boca. —Você precisa de ajuda. –Disse nervosa, o afastando e pegando o celular em seu bolso. Tentei digitar o número da emergência, mas com minha visão embaçada pelas lágrimas quase não enxergo. Minhas mãos tremem tanto. Eu estou com medo! Muito medo de perdê-lo! Assim que consegui discar corretamente os números, Justin retirou o celular da minha mão. —Justin, não... –Ele me calou mais uma vez com um selinho. Afastei-me rapidamente do Justin assim que percebi que uma voz bem baixa se pronunciava no quarto. O celular! —Justin, onde você colocou o celular? – perguntei nervosa. Justin abriu a boca mas em vez de sair algum som de sua boca, ele caiu com tudo no chão, completamente fraco. —JUSTIN!– gritei desesperada, o colocando rapidamente em meu colo. –Justin pelo amor de Deus não fecha os olhos. Justin tentava manter seus olhos aberto, porém ele está fraco, m*l conseguia mexer sua pálpebra. —SOCORRO! – Gritei desesperada novamente, implorando por ajuda. – ALGUÉM ME AJUDA PELO AMOR DE DEUSS! Por que ninguém escuta? Não tem ninguém nessa casa não? Onde está aquele batalhão de seguranças quando se precisa deles? —Justi-in.. – engoli em seco, sacudindo-o levemente assim que ele fechou os olhos. – Justin! Abre os olhos, por favor! Desespero, muito desespero! Era isso que se identificava em minha voz e em meu ser. Rapidamente procurei por pulsação e o que eu temia aconteceu, Justin estava sem pulsação. —Não! - Disse desesperada, nervosa, amedrontada. Fiz todos os tipos de massagens cardíacos e respiração boca a boca, tudo que eu havia aprendido vendo aqueles diversos programas de medicina. Mas não via nenhum resultado, absolutamente nada! Desesperada comecei a me beliscar e me bater, todos os modos pra tentar acordar desse pesadelo. Isso só pode ser um pesadelo, certo? Justin n******e estar mor... Morto? Não, isso não! —NÃO JUSTIN! - Gritei desesperada abraçando fortemente o seu corpo em meu colo, e fechando meus olhos com força, me entregando às lagrimas e ao sentimento r**m que me atacavam sem dó nem piedade. Rapidamente abri meus olhos assustada. Eu estou suada e muito assustada. Olhei em volta, completamente assustada ao perceber que eu estava deitada na cama. Procurei rapidamente pelo coro do Justin no chão mas não o achei. Então aquilo foi realmente um pesadelo? Sentei-me rapidamente na cama, totalmente atordoada, tentando controlar minha respiração que estava ofegante e meus pensamentos que estavam em total desordem. —O que houve Shopia? –Justin entrou no quarto como um furacão, apressado e assustado. Justin abotoava rapidamente as calças, sem camisa e com os cabelos bagunçados. Sua feição demostrava preocupação. Não pensei duas vezes, só sai correndo em sua direção, o abraçando o mais forte que eu conseguia. Justin estava assustado e completamente confuso com minhas reações. Porém a única coisa que me importa é que ele está bem. Demorou um pouco mas ele finalmente retribuiu o abraço. Abraçando-me de uma forma protetora. —O que aconteceu Justin? – Ouvi a voz da Elizabeth, fazendo Justin afastar-se rapidamente de mim. Meus olhos se arregalaram assim que se encontraram em Elizabeth, com uma camisa do Justin e seus cabelos todos bagunçados. Então assim caiu a fixa, ligando os fatos de como os dois estão, acho que eu acabei interrompendo algo. Afastei-me consideravelmente sentindo minhas bochechas arderem e meus olhos marejarem. m***a! Preciso segurar as lágrimas!Mas também o que eu achava? Que depois que tivemos aquele quase momento especial o Justin iria ficar só comigo? Fala sério! Eu sou muito burra por achar que o Justin algum dia poderia ser APENAS de uma pessoa, e mais burra ainda por achar que essa pessoa poderia ser EU! Estou me sentindo um lixo. Eu pensei que aquele momento entre nós tinha sido especial, pois pra mim foi. —Eu também quero saber. – Justin respondeu a pergunta dela, sem tirar os olhos de mim, direcionando a pergunta a mim. —Nada.. – engoli em seco. – Foi só um pesadelo. —Comigo? –Justin perguntou surpreso e confuso. —Não. Eu.. –Disse rapidamente, engolindo em seco sem saber o que falar. —Mas você gritou o meu nome! – Justin disse, fazendo minhas bochechas formigarem de vergonha. —Eu sei, É que... –Tentei me explicar mas perdi a fala, nervosa, quando Justin se aproximou. Justin me olha com aquele mesmo olhar diferente, do qual eu nunca intendi, acompanhado também de um sorriso torto nos lábios. —Que...? –Justin tentou me incentivar a continuar minha fala, mas eu estou perdida, perdida nos seus lindos olhos caramelos. Eu tive tanto medo de nunca mais poder vê-los! —Eu tô aqui. Não precisa ter medo. –Justin disse como se lesse minha mente, acariciando minha bochecha. Por mais que eu estivesse completamente surpresa com sua fala, deixei-me levar pela sensação de segurança que ele me passa. Por esse tempo me esqueço de toda raiva e magoa, ou medo, pois ele está aqui, na minha frente, ele vai sempre estar aqui. Ouvi o coçar de garganta de Elizabeth, me despertando do transe. Afastei-me do Justin e a encarei. Elizabeth está encostada na porta nos olhando com tédio. —Será que podemos voltar ao que estávamos fazendo? –Ela perguntou irritada, olhando diretamente para o Justin. —Não tô mais afim. – Justin respondeu em seu tom costumeiro, rude. —Justin, o quê voc...– Elizabeth tentou dizer algo, com raiva, porém Justin a interrompeu. —Tá tá tá Elizabeth! – Justin disse ríspido. – Eu não quero ouvir! Elizabeth guiou rapidamente seu olhar a mim, olhando-me de forma ameaçadora. Bufou alto e saiu do quarto em seguida. Levei meu olhar para o Justin, desviando rapidamente em seguida ao perceber que seu olhar estava sobre mim, já sentia novamente minhas bochechas queimarem com a vergonha e nervosismo. —Desculpe. –Sussurrei envergonhada. —Pelo o que? –Justin perguntou confuso. —Por ter interrompido seu momento com ela. –Sussurrei cabisbaixa, me sentando na cama. —Tranquilo. – Justin disse dando de ombros. –Conseguir uma transa não é tão difícil para mim. Desviei novamente o olhar, incomodada, e Justin cautelosamente sentou-se ao meu lado na cama. —Nenhuma resiste a mim. –Justin sussurrou no meu ouvido, assim que se aproximou. Automaticamente me arrepiei. – Amo como o seu corpo reage ao meu. Justin começou a distribuir pequenos e molhados beijos pelo meu pescoço. Fechei meus olhos, aos poucos sendo dominada pelo prazer que seus beijos estavam proporcionando. —Justin.. – engoli em seco, tentando voltar a ter controle.– Para! —Por quê? – Justin perguntou em um movimento rápido me puxando pro seu colo. – eu sei que você quer. Eu quero.. Mas a cena dele transando com Elizabeth me veio em mente. Não serei mais uma! —Não! – Disse o impedindo de subir minha blusa. Justin bufou irritado, e eu rapidamente saí do seu colo. Justin deitou-se com tudo na cama, apenas jogando seu corpo para trás, fechou seus olhos e respirou profundo. Fiquei apenas observando-o. Justin pode não ter uma boa personalidade porém é realmente muito lindo. Justin abriu os olhos, encarando o teto por um tempo, suspirou e levantou da cama. —Justin. – O chamei antes de ele passar pela porta, fazendo ele me olhar como se pedisse pra eu prosseguir. —Dorme aqui comigo? – Perguntei receosa. Eu sei que foi uma pergunta muito estranha, mas com ele aqui do meu lado eu vou me sentir mais calma, sem medo de algo acontecer. Ta bom, eu confesso, talvez eu perguntei isso só porque eu gostaria de sentir seu abraço novamente. Esqueça isso, ok?! —Como? –Justin perguntou surpreso. — Nada não.. – engoli em seco. – Deixa pra lá. —Você pediu pra eu dormir aqui? –EJjstin possuía uma de suas sobrancelhas levantadas, me passando a ideia de que ele estava duvidoso do que tinha ouvido ou até mesmo me desafiava a falar novamente. —Sim. –Sussurrei baixinho ao confessar, nervosa, olhando agora para minhas mãos. —Eu? – Justin riu sem humor. –Dormir aqui? Com você? Ta de brincadeira, né?! Olhei nervosa para Justin, vendo sua expressão de deboche. Estou super arrependida te ter feito aquela pergunta. Sinto-me uma i****a profissional! Ao perceber que eu não ia dizer nada, Justin bufou irritado após soltar um "inacreditável!", e saiu do quarto. Deitei-me com tudo na cama, completamente arrependida por eu ter feito papel de boba. Fala sério! Eu me odeio! Onde eu estava com a cabeça de ter perguntado aquilo pra ele? É lógico que ele não iria aceitar! Balancei a cabeça tentando afastar esses pensamentos e voltei a desligar a luz, e tentar dormir, ou pelo menos um cochilo. XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX ―Oi? ― disse receosa, sem entender muito bem o que a pessoa pretendia com aquilo. ― O que... Quem está ai? Eu não sabia nem ao certo o que perguntar. —Sophia. – ouvi meu nome ser pronunciado antes da porta ser aberta. —Ryan? Estou surpresa em vê-lo entrar no quarto. Seus olhos estão inchados e vermelhos. Ele tem a expressão tristonha de alguém que se desmanchou em choro. Levantei-me da cama num pulo, completamente preocupada, e caminhei em sua direção. —O que houve, Ry? – Perguntei preocupada em vê-lo tão frágil desse jeito. Segurei seu rosto, delicadamente, com as duas mãos, analisando-o. —Estlava com slaudade. – Ryan disse embolado. Senti imediatamente seu bafo de bebida alcoólica. —Você bebeu? – disse em um tom repreensivo, sabendo que para ele estar nesse estado provavelmente ele tomou mais que um copo. —Não. – ele disse em um tom alto, depois gargalhou. – Só um plouquinho. —Não parece que foi só um pouco. – disse, repreendendo-o. —Mas floi. Ryan se desequilibrou, não sustentando o próprio peso, porém o segurei, apoiando seu corpo ao meu. —Ryan, você precisa de um banho bem gelado. – disse preocupada com seu estado. O estado do Ryan está péssimo. —Anda logo e não me olha assim. – Disse autoritária, segurando o riso de seu biquinho desengonçado. Rapidamente o coloquei dentro do banheiro presente no quarto, logo fechando a porta, deixando dar inicio ao seu banho. Em seguida, saí atentamente do quarto, intencionando chegar ao de Ryan, o qual teria roupas para ele vestir após seu banho. Cautelosa, caminhei até seu quarto. Rapidamente o adentrando, temendo encontrar alguém acordado pelo corredor. Logo em seguida, fui em direção ao seu closet, pegando uma de suas roupas intimas e uma camisa branca com uma calça moletom. Saí apressadamente do quarto, com as roupas em minha mão. Assim que virei-me para voltar ao quarto que eu me encontrava anteriormente, me esbarro em um forte peitoral. —Desculpe. ― disse nervosa, encarando aqueles olhos na tonalidade caramelo. Nicholas estava sem camisa, apenas com uma calça moletom preta. Rapidamente se conseguia perceber o curativo branco em seu braço atingido no ocorrido anterior. Nicholas parecia estar vindo do andar de baixo. Nicholas ignorou minha fala, apenas guiando seu olhar confuso e ríspido para as roupas em minha mão. Ele possuía interrogações em sua expressão. ―O que você estava fazendo no quarto do Ryan, e por que está segurando as roupas dele? ― Nicholas perguntou adotando uma postura ríspida. ―Ah.. ― engoli em seco, nervosa. ― Eu apenas fui pegar uma roupa para Ryan. —Ele não está no quarto dele? ― Nicholas perguntou confuso. O tom de sua voz estava incrivelmente rouca, meio sonolento. —Ele está tomando banho no banheiro do quarto que me encontro. ― Tentei pronunciar a frase de uma forma que não pareça algo estranho, porém meu nervosismo não colaborou. —Como é? O banheiro dele está com problemas por acaso? ― Nicholas perguntou ríspido, olhando-me em desconfiança. ― Não estão planejando outra fuga, não é mesmo? ―Não. ― disse rapidamente. Logo continuando a tentar explicar-me. ―Ryan chegou bêbado e precisava tomar um banho para melhorar. —E por acaso ele não podia tomar banho no banheiro dele? – Nicholas voltou a questionar, ríspido. Engoli em seco, tentando encontrar uma resposta melhor e que de preferência seja coerente. Mas eu não sabia exatamente o que dizer. O olhar superior e desconfiado de Nicholas estava a me intimidar. Eu sei o quanto ele não gosta que eu esteja perto de Ryan, por desconfiar de nossos planos para fuga ou qualquer coisa que poderia nos dar eternamente nossa liberdade. —Depois o avise que eu quero falar com ele. – Nicholas disse autoritário. Sem esperar qualquer tipo de resposta, ele voltou a continuar seu trajeto ao seu quarto, logo o adentrando. Caminhei apressadamente de volta ao quarto que me encontro, adentrando-o. Ryan estava sentado na cama, encarando o chão, com uma toalha branca em volta da cintura. —Pegue, vista, e venha dormir. – disse assim que cheguei perto dele, entregando-lhe suas roupas que estavam em minha mão. Ryan me olhou por uns segundos e pegou a roupa, entrando no banheiro, sem dizer nada. Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx Desliguei a televisão,entediada, e me ajeitei na cama, fechando os olhos. Um tempo se passou apenas aproveitando o silêncio, e posso até jurar que eu adormeci. —Shopia? – meus olhos se arregalaram com susto ao ouvir essa voz rouca. Sentei-me rapidamente na cama e olhei em
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