Logan Ferrari
A pior dor da vida de um ser humano é a da perda, mas eu era apenas uma criança, eu não sabia que doía tanto, na verdade, eu só descobri que doía quando eu sentir a falta dele, eu sabia que por mais que eu chorasse, que sangrasse, gritasse ou até mesmo chamasse por ele em pensamento nada adiantaria, pois ele não pode voltar, não pelo fato dele não querer, mas sim por não existir mais vida para ele.
Na verdade, não era permitido fraqueza, eu não posso ser um fraco, não posso chorar, não quero amar, eu aprendi da pior forma possível a se tornar um homem implacável e sem piedade, não existia um coração batendo no meu peito e se ele existe com toda certeza é de pedra, eu não posso dar espaços a nada nem a ninguém. Eu cresci repetindo isso para mim mesmo e tenho sido fiel aos meus mandamentos.
Foram 22 anos de frieza e escuridão, eu ainda me lembro quando eu entrei no automático, eu tinha 5 anos de idade, isso foi 1 ano após a morte do meu pai, não respeitaram o fato de eu ser uma criança, na verdade, tudo que eles queriam era um homem que pudesse assumir com louvor o lugar do meu pai, por isso eu fui treinado, foram 22 anos de treinamentos e hoje eu estou preparado para ser o melhor líder que essa organização pode ter.... Penso enquanto visto uma camisa social azul marinho de botões, ela marca bem os meus músculos e fica em um perfeito contraste com a calça social cinza e o sapato social marrom, eu ajeito os meus cabelos e dobro a camisa até próximo ao cotovelos, coloco meu relógio de ouro e no peito o meu crucifixo, esse é o símbolo de que mesmo sendo esse homem m*l, eu ainda acredito na divindade.
Desço as escadas pegando a minha carteira e vou direto para a garagem, lá tem muitos carros e me dá a possibilidade de cada dia estar com um diferente. Hoje escolho a Lamborghini Veneno na cor azul, pego as chaves e vou até ela, entro e dou a partida. Pelas ruas da Itália eu passo em alta velocidade, ligo o rádio (i feel like i'm drowning) (Na midia). Sigo batucando no volante e logo na minha mente vem a Angélica, eu confesso, não tenho sentimentos por nenhuma mulher, mas a Angélica é uma linda mulher, seus s***s fartos e seus longos cabelos loiros chamam muita atenção, ela é bem safada e topa tudo, com ela o sexo é maravilhoso... Penso sorrindo e logo estaciono meu carro na minha vaga. Na verdade, para esconder as nossas verdadeiras fases na máfia, foi preciso criar uma empresa do ramo Civil.
Nessa construtora eu ocupo o cargo de Presidente e o meu tio Otávio é o vice presidente, na verdade eu não suporto a convivência com ele, eu me esforço para manter as máscaras ali, só que não tem como esquecer tudo que ele fez comigo quando eu era apenas um menino vulnerável... Penso enquanto saiu do carro e me dirijo até o elevador, eu aperto o meu andar e logo após 2 minutos consigo chegar nele, eu passo pelo corredor e todas as minhas funcionárias sorrir, a minha secretária vem empolgada e diz
...: Senhor Logan, o seu tio lhe espera na sua sala
_ Que diabos ele quer?
...: Não sei senhor, ele não me disse
_ Seu papel como secretária é anotar os recados, dessa vez passa, mas da próxima vez que você permitir que alguém me espere na minha sala eu vou te demitir... Digo irritado... Vou caminhando até a minha sala e lá já encontrei meu tio sentado na minha cadeira..._ Tio? Que honra receber o senhor na minha sala.
Otávio: Logan! Você está atrasado... Ele diz sendo o rabugento de sempre, eu tento controlar as minhas expressões de raiva... _ Mas isso não vem ao caso, na verdade... Diz se levantando... _ Hoje é a inauguração da minha nova boate, tenho carne fresca no pedaço e gostaria que você fosse conferir de perto.
_ Tio! O senhor sabe muito bem que eu não gosto desse trabalho sujo, aquelas garotas não estão ali por querer.
Otavio: Esteja lá na inauguração, você é o nosso líder... Ele diz saindo sem nem me dá espaço de fala, eu sento na minha cadeira e fico ali analisando o meu escritório, ele era bem espaçoso, tinha uma mesa de vidro de aproximadamente 2,5 metros de largura, minha cadeira era preta e acolchoada, nele tinha uns armários e prateleiras preta, as paredes eram brancas.
Permaneço ali a tarde toda analisando algumas coisas, tentando organizar uns contratos e logo depois fui para minha casa, eu não sabia o que iria fazer essa noite, talvez eu iria em uma boate, mas de certa forma não tinha aquela certeza, pois o meu tio sempre fez tráfico internacional de mulheres, ele sempre teve boates clandestinas e eu nunca nem vi como são essas, mas hoje algo me impulsiona a ir até lá, não sei o que, mas é um desejo forte. Me sento no meu sofá de couro marrom e tomo um copo de uísque com gelo, logo em seguida me levanto indo até meu banheiro, tomei um banho gelado e fui até o closet, vesti uma calça jeans preta, uma camiseta branca, minha jaqueta de couro preta e uma bota preta também, passei a mão sobre o crucifixo que estava sobre o meu peito e desci as escadas pegando as chaves do carro que estava hoje mais cedo, sem muita demora vou até ele e dou a partida, sigo correndo pelas ruas da Itália até chegar na casa de show clandestina do meu tio. Eu entro sem cerimônias e ele vem na minha direção com o seu sócio.
Otávio: Você veio meu sobrinho, que honra te ter aqui.
Oliver: Ele veio no dia certo, hoje teremos estreia aqui, talvez você seja o primeiro na fila
_ Eu não costumo pagar para trepar
Otávio: E quem disse que você pagaria?... Diz cheio de risos
Oliver: Trás a borboleta Oliver... Ele diz e o Oliver saiu nos deixando ali sozinho.
_ Eu não vou demorar muito, saindo daqui vou para uma boate tomar umas
Otavio: menino, você é o nosso líder, você sabe que precisa se casar
_ Sei disso, estou analisando as possibilidades... Digo e logo o Oliver volta trazendo com ele uma linda mulher.
Oliver: Aqui está a nossa borboleta... Ele diz puxando ela para ficar na minha frente, ali eu comecei a analisar ela, seus cabelos eram cumpridos e negros, seus olhos verdes e tristes, neles estavam estampado o medo, seus labios eram pequenos e bem desenhados, seu nariz tambem, o seu corpo era muito bem escupido, cheio de curvas, ela estava vestindo um maior preto transparente, ele cobria apenas a região dos s***s e sua i********e, nas suas pernas tinham correntes de couro, na sua sintura tambem e elas estavam ligadas, no seu braço tinham pulseiras de couro e todas no tom preto... _ Olha como ela é linda Logan, todos aqui querem ela, vai nos dar muito lucro... Diz e ela abaixa a cabeça e chora baixinho, meu tio levanta o rosto dela e dar um tapa
Otavio: A vagabunda é gostosa pra c*****o, ainda essa noite você será minha... Ele diz virando ela de costas para mim e começa a dar tapas na sua bunda... _ Olha isso Logan, ela é uma delícia... Ele diz e ela chora ali, ele vira ela para mim novamente, olho nos seus olhos e vejo um pedido de socorro, talvez o mesmo pedido que eu fiz a anos atrás e ninguém escutou.
_ Parem, tudo bem! Vocês conseguiram me convencer, eu quero ela, quero passar a noite com ela... Digo vendo ela estremecer ali, eu não vou negar que ela é linda, eu realmente fiquei interessado nela, mas só a terei se ela permitir isso.
Oliver: Ótima escolha meu sobrinho... Ele diz e eu me aproximo dela
_ Você consegue se manter de pé?
...: Acho que sim... Sua voz sai em um sussurro que quase não escuto, eu coloco meus braços sobre sua cintura e vou caminhando com ela para fora da boate.
Otavio: Ei, o que você pensa que está fazendo?
_ Estou saindo daqui
Otavio: Ela não pode sair
_ Tio, eu ainda sou o chefe da máfia, eu não vou me deitar nas camas sujas daqui, vou para um lugar melhor, pela manhã eu a trago... Digo e saiu dali com ela, assim que entramos no meu carro eu percebo que ela está muito incomodada com tudo que está acontecendo, eu dou partida para sairmos logo daquele ambiente e 10 km longe dali eu paro o carro, eu tiro a minha jaqueta e ela recua como um bichinho vulnerável... _ Calma, eu não vou fazer nada.... Digo dando a minha jaqueta a ela... _ Vesti.... Ordeno e ela logo obedece... _ Eu não vou te fazer nada, a não ser que você queira.
...: Obrigada pela jaqueta... Diz sussurrando
_ Como é o seu nome?
...: Lunna
_ Lunna é um nome bonito, você deve está com fome
Lunna: Muita fome... Ela diz abaixando a cabeça e enxugando as lágrimas com os dedos.
_ Eu vou te levar para comer.
Lunna: Eu estou com vergonha senhor... Ela diz ainda de cabeça baixa... _ O que vão pensar de mim com essa roupa?
_ Você tem razão, então vamos até a minha casa, lá você come algo e me conta tudo o que está acontecendo, em seguida arranjo um lugar para você passar a noite, pela manhã te levo de volta.
Lunna: Então por hoje eu tenho paz, mas amanhã o sofrimento volta?
_ Infelizmente eu não sou um homem com coração, não tenho sentimentos Lunna
Lunna: Ninguém nunca vai ter sentimentos comigo, eu agora sou apenas uma prostituta... Diz chorando.... Eu dou a partida no carro e dirijo em alta velocidade até a minha casa. Assim que eu estaciono o carro descemos e eu a conduzo até a minha casa, a gente vai caminhando até a cozinha.
_ tem bolo de chocolate na geladeira... Digo pegando um prato para ela... _ Pode se servir... Digo e ela faz isso, a menina fica saboreando o bolo ali e eu observando, assim que ela termina de se alimentar, vai até a pia e lava o prato.
Lunna: Muito obrigada Senhor... Ela diz e ao se movimentar a jaqueta abre me mostrando seu lindo corpo, eu fecho os olhos tentando controlar o meu instinto de homem, dou uma respirada fundo e digo
_ Vamos para a sala, eu quero que me conte como você veio parar aqui.
Lunna: tudo bem, eu acho que posso confiar no senhor, foi tão bom comigo, até agora foi o único que me tratou bem.
_ Eu não sou bom garota, pode acreditar nisso
Lunna: Agora está sendo, eu sou grata, eu nunca vou esquecer... Diz chorando.
_ Me diz como você veio parar aqui.
Lunna: Eu conheci o Oliver no brasil, ele me disse que era agenciador de modelos e que eu era muito bonita, eu acreditei na sua palavra, pois sempre foi meu sonho ser modelo, na verdade eu fui muito ingênua.
_ Você foi ingênua demais.
Lunna: Quando cheguei aqui me assustei, descobri que fui traficada e que agora serei obrigada a ser prostituta. Mas eu nem sei como vou conseguir fazer isso, eu não tenho experiência, senhor, eu nunca estive com um homem em toda a minha vida.
_ Você está me dizendo que é pura?... Pergunto e suas bochechas ficam coradas... _ Se for, isso muda tudo.
Lunna: Senhor, eu nunca estive na presença de um homem, eu nunca tive tempo para arranjar um namorado, pois eu precisava me sustentar, eu perdi a minha avó cedo, eu me vi sozinha e tive que correr atrás.
_ Quantos anos você tem?
Lunna: 22 anos
_ Nossa! Esses casos são raros.
Lunna: Senhor, eu posso te pedir um favor?
_ Se eu puder te ajudar.
Lunna: Seja o meu primeiro, por favor! Eu não sei o que vai acontecer comigo, não sei como os homens vão me tratar, talvez não tenham paciência comigo, eu não tenho experiência
_ Você quer se deitar comigo?
Lunna: Não senhor... Diz abaixando a cabeça
_ Então você não vai.
Lunna: Eu não tenho escolha senhor, terei que me deitar com todos que aparecer, eu estou com medo... Diz em um sussurro e na minha mente surge flash do passado
_ AH!... Grito colocando a mão na cabeça e ela vem na minha direção
Lunna: Senhor, está sentindo algo?
_ Não, eu estou bem! Já está tarde Lunna, eu vou pegar uma camisa minha para você vestir, também te levarei até o quarto de hóspedes. Lá você pode descansar, amanhã pela manhã eu te levo de volta.
Lunna: tudo bem senhor... Ela diz e eu a conduzo até o quarto de hóspede, saiu dali indo até meu quarto e pego uma camisa minha afogada, vou entrando e encontro ela sentada na cama, nossos olhos se cruzam e como um feitiço eu fico paralisado ali, não tem como não notar a beleza dela.
_ Aqui está a camisa, dorme bem.
Lunna: Obrigada Senhor... Ela diz e quando estou prestes a sair do quarto ela grita... _ Senhor!... Eu paro e ela anda na minha direção, me dá um beijo no rosto e em seguida um abraço... _ Muito obrigada, eu nunca vou te esquecer... Ela diz e eu saio dali indo direto para meu quarto.
Vou tirando minha roupa e fico apenas de cueca e com o crucifixo que não tiro do peito, me deito na cama e a imagem da Lunna vem na minha cabeça, eu não entendo por qual motivo, eu tenho um coração de pedra, não posso me deixar levar por uma menina inocente, mas o seu jeito doce, seu olhar meigo, sua inocência me intriga muito, eu não sei o que é, mas eu não vou permitir que ela fique nas mãos do meu tio... Penso ali deitado na cama enquanto espero o sono chegar.
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