CAPÍTULO 7

3335 Words
Maria Eduarda Corro para fechar a porta enquanto a minha mãe caminha rápido em direção ao meu pai para ajudá-lo a levantar do chão, mas meu pai não aceita — Fabrício, deixa eu te ajudar? — minha mãe pede. Ele acena com a cabeça negativamente. — Não preciso da ajuda de vocês! — ele exclama furioso. Eu olho desacreditada para o meu pai. — Não? Se não fosse por nós o senhor estaria morto pai! — digo chocada. — Quer que eu bata palmas para você por isso? — ele pergunta com ironia. — Vocês não têm ideia de quem são aqueles homens. Aceno com a cabeça negativamente. — Não pai quem são eles, mas o que sabemos é que o senhor se meteu em problemas e nós como a sua família não queríamos ver o senhor ser morto. Ele abre um sorriso e dar de ombros. — Ok, eu estou vivo, parabéns para vocês! Olho para minha mãe e aceno com a cabeça negativamente. — Eu vou ir cuidar dos meus filhos. — falo sabendo que não vai adiantar falar mais nada, meu pai pouco se importa para o que a gente fez. Nem espero a resposta da minha mãe porque saio rápido da sala em direção ao meu quarto. — Mamãe! — meus filhos gritam o meu nome assim que a porta é aberta, eles saem da cama rapidamente e vem em minha direção. — Oi meus amores. — digo a eles os abraçando e vendo cada canto do seu corpinho para ter certeza que não estão machucados. —Vocês estão bem? — pergunto agora olhando para eles após ver que eles estão bem fisicamente. — Mamãe tinha um homem alto e forte lá fora, ele entrou na nossa casa e falou algo com a vovó, depois ela nos trouxe para cá e não nos deixou sair. — Dominic fala cruzando o braço irritado. — Isso mesmo mamãe, ele disse pessoas boas vivem mais se forem obedientes, porém eu vi que ele é mau só pela forma que ele deixou a vovó com medo. — Theo diz com seus olhos arregalados. — A senhora estava chorando? — Vincent pergunta preocupado enquanto me olha fixo nos olhos, logo ele é seguido pelos irmãos que também começam a me analisar. Vincent é o mais observador dos três. Abro um sorriso para acalmar os meus meninos. — Mamãe está bem meus amores e já conversou com aqueles homens, eles já foram embora. — digo acalmando eles. — Ainda bem! Estamos salvos! — Dominic fala olhando para os irmãos. — A mamãe colocou o homem mau para correr. — Theo diz pulando de alegria e seus irmãos acenam com a cabeça positivamente, concordando com ele. — A mamãe é um super herói! — Vincent diz. — Oh, a mamãe é a mulher maravilha? — Dominic pergunta com sua boquinha entre aberta. Sorrio vendo a inocência dos meus filhos. — A mamãe sempre vai ser o que vocês quiserem. — digo a eles. — Aee — eles falam ao mesmo tempo alegremente. — Agora vocês três vão tomar banho meus amores. — digo. — Ah que chato isso. — eles reclamam falando ao mesmo tempo. — Sempre banho. — Vincent revira os olhos. — Eu não quero tomar. — Dominic fala contorcendo os lábios. — Eu também não. — Theo entra na onda dos irmãos. Sorrio para os meus meninos. — Mas, vocês vão até porque já está tarde e tenho certeza que a vovó esta preparando um jantar maravilhoso para vocês. — digo. — Mas... — os três começam a querer me questionar ao mesmo tempo. — Não tem mais meninos, mamãe disse que vocês vão tomar banho e o assunto está resolvido. — declaro dando o assunto por encerrado. Eles soltam uma lufada de ar. — Vamos negociar? — Vincent diz abrindo um sorriso enorme. — Isso. — Dominic balança a cabeça concordando com o irmão enquanto sorri. — Boa Vincent! — Theo diz sorridente. — Não, não! Vocês sempre dão um jeito de me enrolar, mas dessa vez não vai funcionar meninos, podem ir agora para o banho. — digo apontando para a porta do quarto onde da acesso ao banheiro que fica no final do corredor. — Aff que coisa chata. — Dominic resmunga baixinho. — O que você disse Dominic? — pergunto. — Ele disse que... — Vincent começa a querer me responder, mas Theo da uma cotovelada no irmão. — Nós nos protegemos esqueceu? — Theo pergunta baixinho como se eu não tivesse aqui. Vincent bate na testa como se tivesse feito uma grande besteira. — Mamãe, eu vou pegar meu boneco para tomar banho. — Vincent sai em disparada para sua gaveta para não ser questionado mais. — Eu também! — Dominic e Theo falam ao mesmo tempo se saindo da situação. Aceno com a cabeça negativamente e rio dos meus meninos. Ser mãe de trigêmeos sem dúvida é uma aventura enorme, sem contar que eles em alguns momentos são tão iguais, mas ao mesmo tempo tão diferentes. Quando termino de dar banho nos meus meninos, eu levo eles para a sala, avistamos a minha mãe em frente ao fogão e meu pai não está no sofá assistindo um jogo de basquete enquanto espera a sua comida no prato como costuma fazer provavelmente deve estar trancado no quarto ou ter saído depois de toda essa situação já que ele deixou claro que pouco se importa com a gente. — Olha meus netinhos chegaram na hora certa. — minha mãe diz abrindo um sorriso para os meninos. — Hummm... é macarrão! — Vincent exclama ao inspirar o cheiro que está em todo o ambiente. — Com queijo! — Theo diz lambendo os lábios. — Aeee macarrão com queijo. — Dominic diz batendo na mesa fazendo a maior festa e é seguido dos irmãos. — Sim e como vocês dizem o melhor macarrão com queijo do mundo, agora abram espaço para vovó colocar na mesa. — minha mãe diz e eles rapidamente se sentam em seus lugares. — Mas antes de nós começarmos a comer, o que temos que fazer? — ela pergunta olhando para eles. — Vamos agradecer a Deus! — Vincent é o primeiro a responder. — Isso mesmo. Vincent você faz a oração. — minha mãe diz. — Ahhh... mais eu fiz ontem! — ele fala contorcendo os lábios. — Ah, então hoje será o Theo. Desculpe a vovó, meu amor, mas os cabelinhos de vocês dois são iguais que confundem a vovó. — minha mãe diz. Eu rio, pois ela sempre se confundia com os meninos quando eles eram bebê. Já eu sempre soube quem era quem porque sempre notei que eles têm uma diferença de tamanho. — Tudo bem vovó, eu te amo mesmo assim. — Vincent fala todo carinhoso passando as mãos pelo cabelo da minha mãe. — Faz logo a oração Theo porque eu estou com fome. — Dominic fala sem paciência, aí está o mais impaciente dos três aquele mais impossível. — Okay, eu vou fazer. — Theo diz. Todos nós fechamos os olhos. — Papai do céu obrigado pelo alimento que é servido hoje na nossa mesa, que a comida nunca venha faltar e que a nossa família possa estar sempre unida, por favor, abençoa aquele que não tem alimento para comer hoje porque todos nós merecemos comer diariamente. E quero um pedido especial, por favor, faça nossa vizinha chata se mudar porque ela vive brigando com a gente e nós não aguentamos mais, amém. Minha mãe e eu abrimos nossos olhos desacreditando que Theo usou a oração pela refeição para fazer isso. — Theo... — Ah mamãe, Theo está certo a dona Matilde veio brigar com a gente de novo. — Dominic entra em defesa do irmão. — Ela é uma bruxa! — Theo fala brabo. — O que vocês fizeram para ela vir brigar com vocês? — pergunto com minha sobrancelha arqueada. Os três se entreolham e eu já imagino o problema. — Bom... — Vincent começa a responder, mas é interrompido pelo Dominic. — Mãe, ela é chata e não gostamos dela. — ele cruza os braços mostrando toda a sua frustração mesmo sem me dizer o motivo que acredito logo ficar sabendo. Aceno com a cabeça negativamente, mas antes que possa questioná-los minha mãe intervém querendo apaziguar a situação. — Depois nós conversamos sobre isso Madu, vamos alimentar as crianças. — ela segura na minha mão dando um sorriso de lado querendo encobrir os netos. — Isso mamãe, oh na hora de comer nós precisamos ficar quietinhos. — Vincent fala o que eu sempre digo, mas eles nunca escutam. — Isso mesmo. — Dominic e Theo falam juntos querendo desviar o foco. Aceno com a cabeça negativamente sabendo que não vai adiantar continuar esse assunto. Coloco comida para os meus meninos e comemos entre várias risadas, meus filhos fazem minha vida complicada se tornar tão leve em alguns momentos, nem parece que tive uma arma a pontada para mim há poucas horas atrás. Quando terminamos de jantar e vou levar eles para fazer a limpeza bocal no banheiro, eu vejo o panfleto da boate Ricci ainda jogado no chão da sala, pego para guardar em meu bolso, depois de ajudar meus filhos, vou colocá-los para dormir, mas não antes de contar uma história em quadrinho para eles. — Eu gosto muito de super-herói. — Vincent diz segurando seu boneco quando termino de contar. — Eu também gosto. — Dominic concorda tentando manter os olhos abertos, mas é visível que ele está caindo de sono. — Eles sempre salvam todos no final. — Theo complementa fechando os seus olhinhos. Sorrio. — Sim, eles são bons iguais vocês. — digo dando um beijo na cabecinha de cada um deles, fazendo Dominic e Theo pegaram no sono rapidamente, menos Vincent que fica me olhando mesmo que vejo seus olhos querendo fechar. — Você não vai dormir meu amor? — pergunto a ele. Vincent abre um sorriso enorme e diz: — Sabia que a senhora é a melhor mãe do mundo? — ele pergunta me admirando. Meus olhos se enchem de lágrimas, dos três Vincent é sempre o mais carinhoso e arruma todos os tipos de palavras lindas para me elogiar mesmo quando está bagunçando. — Você que é um filho lindo meu amor. — digo passando a mão na sua cabecinha e ele começa a fechar os olhinhos. — Mesmo quando eu faço bagunça? — ele pergunta. Rio. — Mesmo assim, você continua sendo lindo. — digo passando a mão no seu rostinho. — Mamãe eu te amo, sempre vou proteger você e os meus irmãos. — ele fala não resistindo mais e pega no sono. — Eu sei que vai meu amor, eu sei disso. — falo a ele mesmo sabendo que não está mais me ouvindo. Fico admirando os meus bebês, antes de sair do quarto. Quando volto para sala encontro a minha mãe sentada na mesa tomando um café. — A senhora não conseguiu dormir ainda? — pergunto. Ele respira fundo. — Seu pai saiu de novo. — ela fala com o olhar abatido. — Ah mãe. — passo as mãos nos seus cabelos e seus olhos estão cheio de lágrimas. — Filha, seu pai é difícil, mas eu amo muito ele e não quero vê-lo morto. — ela confessa. Suspiro. — Calma mãe, eu vou atrás de um novo emprego amanhã até porque pedir o meu hoje. — digo e ela me olha surpresa. — Como filha? — pergunta. Começo a contar a minha mãe tudo que aconteceu no trabalho, ela fica surpresa com tudo que falei, porque ela jamais achou que a família do Dennis ia vir para Nova Iorque, mas mesmo assim diz que vai pedir muito a sua santinha para me abençoar e eu conseguir um novo trabalho. Após alguns minutos entro no meu quarto para dormir ao lado dos meus meninos, nos três dormimos na mesma cama, uma grande cama de casal que toma o espaço do quarto todo. Tenho que confessar que m*l dormir a noite pensando em toda essa situação. Quando me levanto pela manhã percebo os meus olhos cheios de olheiras, mas dou um jeito passando uma maquiagem leve, quando saio em direção à sala e vejo a minha mãe já está preparando o nosso café da manhã. — Acordou bem cedo hoje mamãe. — digo dando um beijo na sua cabeça. Ela acena com a cabeça positivamente. — Eu nem consegui dormir querida. — ela diz com um olhar triste. Suspiro. — Eu também não. Inclusive agora preciso ir à Boate Ricci, deixarei o meu cartão que ainda tem um pouco de dinheiro nele para compra alguns biscoitos para as crianças, a senhora pode comprar para mim? — pergunto. Ela acena com a cabeça positivamente. — Daqui a pouco vou está indo no centro de Manhattan e não vou levar as crianças para escola hoje porque não terei horário para voltar. Olho surpresa. — Porque senhora vai ao centro mãe? — pergunto. — A agência que eu tenho conta no banco mudou para lá, irei tentar fazer um empréstimo com eles novamente. Me espera filha que assim podemos sair juntas. — ela pede. — Será que eles vão liberar um empréstimo agora? — pergunto, pois minha mãe já tentou isso antes e foi negado por nós termos uma renda baixa. Ela para de coar o café para me olhar. — Rezamos para que sim. — ela diz. — Amém. — digo e olho em volta. — Mas meu pai nem dormiu em casa? — pergunto. Ele acena com a cabeça negativamente. Fico ainda mais brava com tudo isso, mas não falo nada. — Então enquanto a senhora faz o café, eu vou acordar as crianças e saímos todos juntos. Nem espero a resposta dela saio rapidamente para acordar os meus filhos, claro que eles resmungaram porque não queriam levantar, mas após alguns minutos estávamos todos saindo alimentados a caminho do ponto de ônibus. Levamos algum tempo para chegar ao centro de Nova Iorque, quando chegamos eu me despedir dos meus filhos e os deixei irem com a minha mãe enquanto eu ia à Boate Ricci. Quando finalmente parei em frente à boate vejo o nome enorme Ricci na frente, meu coração bate acelerado somente por estar em frente a uma boate novamente, mas tento não focar no meu passado então caminho em direção à entrada do local, vejo um homem alto de barba grande e cara feia bem em frente. — Bom dia senhor, eu vim por causa do anúncio da vaga de emprego. — digo a ele mostrando o folheto. — A senhora chegou muito cedo e a boate vai levar um tempo até abrir, sugiro que volte depois. — ele diz querendo me dispensar. Aceno com a cabeça negativamente. — Eu preciso muito do emprego, se for preciso eu fico o dia inteiro aqui na porta. — falo decidida a não ir embora. Ele me olha com seu cenho franzido. — O sol está muito quente hoje senhorita. — ele diz com a voz mais maleável e eu aceno concordando. — Eu sei, mas realmente preciso trabalhar e não será um pouco de sol que vai me derrubar. — digo abrindo um sorriso de lado. Ele me olha como se eu fosse uma louca, mas somente acena com a cabeça positivamente e dar de ombros. — Tudo bem, a gerência vai demorar algumas horas, mas assim que chegar eu aviso que a senhora está aqui na frente. Meu sorriso se amplia para ele, e fico em pé na porta esperando a gerência da boate chegar, após passar mais ou menos três horas sinto meu estômago começar a roncar, mas não posso comer nada porque dei o cartão para minha mãe comprar as coisas das crianças e certamente vai voltar sem nenhum dinheiro já que é bem pouco. Procuro ao lado se tem algum lugar que possa beber água e nem isso tem, sinto uma leve tontura, mas me mantenho firme, até porque preciso desse emprego. — Senhorita? — escuto alguém chamar meu nome e quando viro vejo o segurança da boate. — A gerência chegou? — pergunto ansiosa. Ele acena com a cabeça positivamente. — Sim, mas eles informaram que já contrataram. — ele fala com pesar. Olho surpresa para ele. — Mas... eu posso conversar com eles, talvez tenha uma vaga para mim, e pode ser de qualquer coisa. — digo implorando a ele. Ele me olha parecendo que se compadeceu com a minha situação. — Vou tentar fazer alguém vim conversar com você. — ele diz. Abro um sorriso enorme. — Obrigado! Ele entra de novo no local e após quase meia hora uma mulher alta de cabelos loiros longos, pele clara e olhar arrogante aparece, ela me olha dos pés a cabeça me analisando, estou usando uma camiseta social branca e uma calça preta jeans, nos meus pés calço uma sapatilha, todas as peças de segunda linha. Imagino que deva estar vendo que não sou do perfil desse lugar, pelo olhar de desprezo que me dar. — Essa é a garota senhorita Fischer. — o segurança diz. — Bom dia senhorita... — começo a cumprimentar a mulher, mas ela me interrompe de forma brusca. — Não estamos contratando garota pode ir embora. — ela diz levantando o nariz e balançando os dedos em minha direção. Fico chocada pela arrogância dessa mulher. — Senhorita, eu preciso muito trabalhar e... — ela me interrompe rapidamente. — Não me interessa os seus problemas garota, já falei que não estamos contratando, saia agora da frente da boate. Fico ainda parada em frente ao local. — Senhorita, por favor... — Tire essa mulher da porta da boate Borges, ela está acabando com a nossa classe. — ela dar ordem ao segurança e eu arregalo os meus olhos. O homem engole em seco. — Senhorita Fischer, não é melhor chamar o Sr. Ricci, talvez ele consiga alguma vaga pra moça. — o segurança tenta interver por mim. Esse homem deve ser um dos donos! — penso ao lembrar do sobrenome Ricci. — A senhorita é a dona do local também? — pergunto olhando para ela. Ela fecha mais ainda sua expressão. — Por acaso isso é da sua conta? — pergunta com o nariz em pé. Olho para o segurança. — Eu queria muito falar com o dono moço, talvez ele consiga qualquer vaga para mim, eu aceito trabalhar até de faxineira na boate, qualquer coisa. — peço ao homem que esta me dando mais atenção. Ele inspira profundamente, mas antes de responder a mulher se altera. — Você não escutou o que eu falei? A boate não está mais contratando e mesmo se tivesse você jamais ia ser contratada para trabalhar em um local como esse, ainda mais alguém totalmente fora dos nossos padrões. — ela deixa claro que eu não faço parte do mundo dela. Eu me sinto mais uma vez humilhada, não entendo o porquê algumas pessoas tem mania de tratar os outros assim, somente porque não somos da mesma classe social. — penso olhando a mulher. Sinto minha cabeça começar a latejar devido a toda essa pressão e ainda estou em meio ao sol quente por horas, mas não posso cair agora, eu preciso me manter firme para tentar conseguir essa vaga de forma digna. — Senhorita, peço desculpas, mas eu quero falar com dono. — declaro decidida a não sair de frente do local. Ela fica ainda mais enfurecida. — Você vai sair da frente dessa boate agora mesmo! — ela fala irritada vindo segurar o meu braço. — O que está acontecendo aqui? — uma voz alta e forte é ouvida da entrada da boate e essa voz faz meu corpo inteiro tremer. Quando viro, me encontro com os olhos do homem que é o dono da voz, sinto as minhas pernas falharem, mas antes que eu possa dizer qualquer coisa, eu vejo tudo escuro. Continua...
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