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Após alguns minutos Giorgia voltou com o cappuccino em suas mãos trêmulas, isso acontece constantemente com ela pois o seu corpo sempre fica na expectativa de conseguir o mínimo toque de Nicolas que na maioria das vezes não aguarda ela colocar a bebida sobre a mesa e pega direto em sua mão enquanto mantém os olhos em seus afazeres. E hoje para delírio dela ele fez novamente isso assim que percebeu a aproximação dela, erguendo o braço pronto para pegar a bebida enquanto lia um e-mail importante. Giorgia sentiu o toque quente das pontas dos dedos dele passarem delicadamente na sua mão enquanto suspendia a respiração já imaginando ser envolvida por essas mãos enormes durante um beijo quente e intenso, seu rosto aqueceu com esse pensamento e isso a deixou com as bochechas rosadas. Nicolas por sua vez levou o copo à boca, saboreou a bebida que tanto aprecia ficando com a marca esbranquiçada do leite em cima do seu lábio superior fazendo Giorgia suspirar ainda mais enquanto sentia vontade de lamber a boca do seu chefe para limpá-la. Percebendo a demora dela ao se afastar, Nicolas olha para ela pela primeira vez no dia percebendo o seu rubor e pergunta: —Deseja falar mais alguma coisa Giorgia? Ela acorda do seu transe, respira fundo e responde ainda sem graça: —Não senhor, quer dizer, quero saber se precisa de mais alguma coisa. —Não preciso de nada por agora, pode sair. Experiente como é com as mulheres, Nicolas sabe do sentimento da sua secretária mas finge não perceber para não atrapalhar as coisas durante o trabalho, ele nunca gostou de misturar negócios com prazer, ao contrário do seu irmão Andrea que se aproveita com elas em todas as oportunidades que possui dentro e fora dos negócios da família. Giorgia se aproxima da porta ainda se sentindo nas nuvens quando esbarra com Andrea que passa pela porta de repente provocando um esbarrão entre eles, fazendo com que ele tenha que segurá-la para que ela não caia. —Oi Giorgia, não esperava esse tipo de recepção vindo de você ragazza. Ela fica sem graça enquanto sente a maldade por trás do belo sorriso dele que a aperta contra o seu corpo másculo. Assim que recupera a consciência e o controle do corpo ela se endireita e fala: —Scusa signore! Não te vi entrando. —Claro que não viu, estava sonhando acordada. Eu sei como você pode se desculpar, bella ragazza. Giorgia engole seco e fica sem saber o que responder, mas para a sua sorte o seu chefe vem em seu favor enquanto ouve a conversa fiada que seu irmão a impõe. —Deixa a ragazza em paz, ela tem muita coisa para fazer e você também. Entra logo porque eu preciso conversar algo seríssimo contigo agora, pode ir Giorgia. Andrea a libera ainda sorrindo enquanto reclama: —Você dá sorte que meu irmão está aqui! Ela respira aliviada e caminha ainda trêmula para a sua mesa que fica do outro lado da porta vendo Andrea fechar a porta ainda a olhando com um sorriso safado no rosto. Enquanto Andrea se aproxima do irmão ouve a sua repreenda e debate achando que ele está exagerando como sempre: —Pára de dar em cima de todas as ragazze que encontra pela frente, parece que não pode sentir o cheiro de uma figa que perde o juízo. — Larga de ser chato, você deveria aproveitar mais sabia? Daqui a pouco vai casar e não vai poder comer ninguém diferente, e eu aposto que ela tem uma bela figa entre as pernas. —É sério Andrea, acredito que estamos com sérios problemas aqui na empresa. Senta logo o culo aí e foca em entender o que eu vou falar contigo. Nicolas deixou claro ao seu irmão as suas suspeitas e os dois começaram a analisar a situação chegando a conclusão de que possivelmente teriam que fazer algumas modificações no grupo de CEOs da empresa. Eles passaram um tempo dentro da sala analisando todas as possibilidades até que a porta se abriu chamando a atenção dos dois e como sempre Francesco adentra o local sem ser anunciado deixando Nicolas irritado. Ele chega com a cara emburrada, fecha a porta com força e começa a reclamar com Nícolas como se eles já estivessem conversando sobre o assunto: —Está satisfeito com a sua decisão? Agora a sua madre me colocou para fora do nosso quarto. Os dois olharam para o pai ao mesmo tempo, cada um com uma expressão diferente no rosto. Andrea se diverte com a informação enquanto Nicolas permanece indiferente ao problema do pai sendo questionado pelo o irmão que logo quis entender o que havia acontecido. Andrea:—Começou bem novo Dom, me fala, o que está acontecendo? Francesco:—Pára de palhaçada Andrea, isso não é engraçado! Saí, porque eu quero conversar sozinho com o seu irmão. Nicolas detesta quando o seu pai tem esse tipo de comportamento e agora que pode intervir não pensou duas vezes antes de responder: —Andrea não vai sair, nós estamos trabalhando em algo sério agora padre. O que quer que o signore queira falar, pode dizer na frente dele. Francesco fica irritado com a reação do seu primogênito, ele imaginava que Nicolas fosse continuar agindo passivamente com ele como sempre ágil mas a cada novo momento ele percebe Nicolas mais seguro sobre os seus atos. Como ele está sem paciência logo começa a falar enquanto se senta diante do filho: —Eu ainda sou o padre de vocês e exijo respeito! Nicolas por outro lado, perde a paciência e responde o pai colocando um ponto final sobre o seu questionamento: —O senhor sempre será o padre, mas por agora eu sou o Dom! Já disse que estamos trabalhando e sabendo bem sobre o que o senhor quer falar sei perfeitamente que não poderei ajudá-lo a resolver, o que se torna uma conversa desnecessária no momento ao contrário do que estamos resolvendo aqui. Andrea observa tudo em silêncio e fica em choque por ouvir o seu irmão certinho falar assim com o padre deles, já Francesco respira fundo ao confirmar que seu filho será irredutível enquanto estiver no poder. Andrea: —Alguém pode me informar qual é o problema? Nicolas respira fundo sabendo que esse assunto é necessário, então resolve responder: —O que acontece é o seguinte: Riccardo Izidoro pediu a mão de Beatrice em matrimônio, nosso padre iniciou a negociação antes da minha posse e para impedir essa loucura eu decidi buscar a nossa meia irmã no orfanato onde ela vive para dá-la a ele no lugar de Beatrice. Mais uma vez Andrea fica em choque e pela primeira vez em tempos fica mudo olhando entre o irmão e o pai como se não acreditasse no que tinha ouvido, percebendo a reação do irmão Nicolas resolveu complementar: —Nossa padre teve uma ragazza fora do casamento com a nossa madre e agora ela vai se juntar a família temporariamente. Andrea: —O quê? Quando isso? Nicolas: —Há quase dezessete anos atrás. Francesco se sente desconfortável mas volta a sua reclamação: —Isso foi uma péssima ideia, Nicolas, trouxe um baita de um problema entre sua madre e eu. Nicolas: — Tenho certeza que o senhor irá resolver isso como conseguiu da primeira vez padre. Francesco: —Você não tem noção da dificuldade que foi naquela época, e pelo jeito dessa vez será muito pior porque você quer trazer a ragazza para a nossa casa. Acha que a sua madre irá lidar bem com isso? Isso vai dificultar muito a minha vida! Nicolas: —Isso não é problema meu! O meu dever é proteger a família e é isso que estou fazendo, sem falar que além de resolver isso possivelmente ainda estou lidando com um quadro de funcionários golpistas mantidos pelo senhor. Francesco fica atento à fala do filho pela primeira vez desde que chegou, enquanto Andrea permanece sem acreditar que possui outra irmã além Beatrice.
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