Capítulo 1 - Início de Vida

1067 Words
Vanessa sempre foi independente. Apesar de ser a única filha de um dos casais mais ricos de Espanha, seu sonho era se formar em artes plásticas e abrir uma galeria em França. Tinha 18 anos de idade, havia conseguido uma vaga na escola de Artes de París e estava prestes a ter uma vida independente. Apesar de amar os pais, Vanessa precisava de se sentir livre da influência deles em sua vida. As festas e outras ocasiões sociais a deixavam sufocada algumas vezes, e era desta vida que Vanessa queria se livrar pelo menos por algum tempo. Carolina é a sua melhor amiga e confidente. Ela é também a única que sabe sobre os sentimentos de Vanessa por André Collins. As duas estavam sentadas numa lanchonete discreta e conversando. - Tens a certeza que vais mesmo mais cedo amiga? - Tenho sim. Os meus pais tentaram me obrigar a desistir nas últimas semanas, mas não conseguiram. Eu preciso ir embora para que não tenham a oportunidade de tentar novamente. - Eu te entendo amiga. Sentirei a tua falta. Não sei se vou conseguir ficar tanto tempo longe de você Vanessa. - Eu também não vou aguentar. E por isso tenho uma proposta para te fazer. - Proposta? Como assim? - Eu quero que você venha comigo Carolina. Por favor. - O quê!? Estás a falar sério Vanessa? - Claro que estou. Sabes que não brincaria com um assunto tão sério. - Não sei amiga. Eu não quero te dar trabalho. - O quê? Carolina nós somos amigas desde os 6 anos de idade. Eu não confio em mais ninguém para ir comigo. Pelo menos pensa no assunto? Por favor. - Está bem. Eu nem preciso de pensar muito. Eu aceito. Jamais te deixaria sozinha agora. - Sério!? De verdade? - Claro que sim. Depois que perdi os meus pais, eu ganhei você como irmã. - Obrigada querida. Tu és minha irmã também. Podemos ir falar com a tua Avó? - Claro. Sabes que ela te adora. E quando será a viagem? - Daqui a duas semanas. Assim vamos ter tempo de escolher uma Universidade para ti. - Vanessa eu. - Nada de mas. Qual é mesmo o teu curso? - Medicina. Sabes que desejo ser Deontologista. - Então assim será. Vamos logo. Quero muito que a Vovó Ana aprove e quem sabe aceite vir com a gente. - A sério? - Claro. Assim teríamos alguém de confiança para cuidar de nós. - Concordo. Chegaram em casa de Carolina e sua Avó terminava de fazer um bolo de laranja. - Vovó! Eu trouxe alguém para ver a senhora. - Eu estou na cozinha filha. Foram até lá e quando ela viu Vanessa ficou muito feliz. - Vanessa! Bem - Vinda querida. - Obrigada Vovó Ana. Que cheiro maravilhoso. - Sabia que notarias. Querem um pedaço? - Sim Vovó. Mas antes, eu e a Vanessa temos que conversar com a senhora. Podemos sentar? Dona Ana sentou-se para ouvir as duas e o fez com muita atenção. No final respirou fundo e então disse: - Eu jamais negaria uma oportunidade destas para a minha neta. Carolina! Se é o que queres filha, tens o meu apoio total. - A sério Vovó? - Claro que sim. Eu confio muito em vocês e sei que vão ser bastante responsáveis mesmo estando sozinhas. - Tem outra coisa Vovó Ana.. - Vanessa falou. - Fale filha! O que é? - A senhora aceita ir com a gente? - Como!? Para França com vocês? - Sim. Nós não vamos ficar em uma república. Tenho uma casa próximo da Universidade. Ela é enorme e foi presente do meu Avô. - Vovó! O que a senhora diz?.... - Carolina olhava para ela com os olhos implorando. - Está bem. Eu vou com vocês. Mas, e como fica a minha casa aqui? - A gente pode arrendar Vovó. A senhora terá o seu dinheiro seguro em uma conta e vai poder usar quando e como quiser. - Está bem. Quanto tempo a gente tem Vanessa? - Duas semanas. Eu vou cuidar de tudo. Apenas preciso dos vossos passaportes e nada mais. Façam as vossas malas. París espera por nós. ******Duas Semanas Depois****** Vanessa, Carolina e Dona Ana chegaram ao aeroporto de París. Após seguirem os protocolos legais e pegarem suas bagagens, foram até à saída onde Zila as esperava com o motorista. Ela cuidava de Vanessa quando a família estava de férias em París, e as duas tinham uma relação forte e especial. - Zila! Senti tantas saudades. - Minha menina. Eu também senti saudades. Como estás? - Estou óptima. Melhor agora....- Vanessa fez as apresentações e foram para casa. Quando o motorista parou o carro, Carolina não conseguia acreditar no tamanho e beleza da casa de sua amiga. - Estamos na casa certa Vanessa?.. - Carolina perguntou. - Estamos sim Carol. Como disse foi um presente do meu Avô. Foi uma das coisas que ele não considerou deixar para o meu pai. E tem uma maior na Itália. A gente vai lá nas nossas férias. - A sério? - Claro que sim. Agora vamos entrar. Quero que conheçam todos e farei uma visita guiada pela casa. As malas foram carregadas e Vanessa estava diferente. Agia como uma senhora e parecia mesmo uma herdeira de milhões. Todos os funcionários a tratavam com muito carinho e respeito, e ela correspondia. Pareciam uma família. Dona Ana adaptou-se e fez amizades. Falava o Francês fluentemente e soube que poderia fazer os seus bolos e os fornecer a uma Pastelaria que pertencia à Vanessa e que ajudava a várias famílias. - Agora que já conhecem a casa, que tal um banho e a comida deliciosa da Zila? - Óptima ideia amiga. Estou morrendo de fome. Foram aos quartos e mais uma vez, Carolina foi surpreendida quando viu seu quarto. - Vanessa! Não tenho palavras para te agradecer. - Basta que sejas minha amiga. Isso me basta também. Bem! Vou tomar banho e nos vemos lá em baixo está bem? - Claro. Liga para eles amiga. Os teus pais te amam e tu és a única filha deles. Liga. - Eu ligo. Até já. Vanessa estava feliz. Agora longe de seus pais estava segura de estar pronta para o início da sua vida. Mas ela não contava com a forte tempestade que se estava a formar e que ia rapidamente na sua direcção.
Free reading for new users
Scan code to download app
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Writer
  • chap_listContents
  • likeADD