31 Implicando

1036 Words
Igor Acho que estou ficando louco, mais um louco apaixonado. Nunca na minha vida eu pensei que ia me apaixonar por uma mulher e que ela ia ser tudo para mim, a razão do meu viver. Depois de ter ido à lanchonete com a Vitória e de a ter convidado para sair novamente, fiquei a semana inteira ansioso para o fim de semana chegar logo. Para minha alegria, os dias resolveram passar rápido, mesmo que eu estivesse no modo automático e nem percebesse a semana passar, e quando dei por mim, já era sábado. Apesar de estar super ansioso para o meu encontro com a Vitória, tenho notado algo estranho, como o sumiço repentino do André, que nem me ligou ou mandou mensagem como costumava fazer. Mas algo me diz que ele está aprontando alguma coisa, tenho certeza disso, mas decido deixar o André de lado e volto a me arrumar para o meu encontro. Se tudo der certo, a Vitória será minha namorada ainda esta semana. Mas antes disso, tenho que enfrentar o pai dela, já que conquistei a mãe e a irmã. Espero que elas me ajudem a conquistar o pai também, penso em tudo isso enquanto me arrumo para ir encontrar o meu anjo. Fiquei ansioso a semana toda para o fim de semana chegar logo. E quando chegou, já estava me arrumando duas horas antes do encontro. Caraca, eu nunca fui uma pessoa tão ansiosa na minha vida. Quando termino de me arrumar, saio do meu apartamento e vou direto para a garagem pegar o meu carro e sair o mais rápido possível. Parece que esse foi o caminho mais rápido que já fiz em toda a minha vida. Saio do carro e caminho até onde o meu anjo mora, bato na porta e espero alguém atender. Não me surpreendo quando a porta se abre e o pai dela aparece na minha frente. - Doutor, que bom ver você por aqui. Estávamos mesmo esperando a sua visita - diz. Com certeza, esse vai ser mais difícil de conquistar. - Boa noite, Senhor Marcos - digo. - Pode entrar - ele diz, e assim eu faço. Quando paro na sala, me deparo com a família toda lá, inclusive o André, que me olha com uma cara estranha. - Boa noite a todos - digo, praticamente todos respondem juntos. - Sente aqui, enquanto a Vitória termina de se arrumar - diz a mãe dela, apontando para o sofá onde o André estava sentado. - Obrigado - digo, me sentando. Não falo mais nada, mas sinto o Senhor Marcos me olhando toda hora. - Então, Senhor Duram, quando vai pedir a mão da minha filha? - pergunta o meu futuro sogro, e eu me engasgo mesmo não tendo bebido nada. - Marcos... - repreende sua mulher. - O que foi? Só estou querendo saber, já que ele anda se encontrando com a minha filha sem eu saber - diz, continuando a me olhar. Acho que ele está esperando uma resposta minha. - O quanto antes, Senhor Marcos, e não ando encontrando ela escondido - digo. Olho para o lado e o André está me olhando, junto com a sua noiva. - O quanto antes? Isso quer dizer o quê? - pergunta. - Amor - diz sua mulher. - Só quero a resposta - diz. - Ainda esta semana, mas antes eu ia pedir a sua permissão antes de falar com a Vitória - digo, já nervoso. Por que estou nervoso? Essa sensação não me agrada nem um pouco. - Isso é bom. Venha conversar comigo ainda esta semana - diz. - Eu venho sim - respondo. - Agora vem o nosso anjo - diz a Bia. Então me levanto, assim como todos, e ficamos olhando enquanto ela vem até nós. Ela está tão linda com um vestido rosa. É simples, mas cai muito bem nela. - Então, como estou? - pergunta assim que chega à sala. - Está simplesmente linda - digo, me aproximando dela, mas seu pai entra no meu caminho. - Nada disso, doutor. Eu sou o pai, então eu elogio primeiro - diz, me olhando e depois voltando sua atenção para a Vitória. - Amor, eu já te falei - diz sua esposa. - Tudo bem, já parei - joga as mãos para cima. - Você está linda, filha - diz. - Obrigado, pai - diz, tímida pela maneira que todos estão olhando para ela. - Isso é verdade, filha - sua mãe vai até ela e a abraça. Eu quero saber quando será a minha vez. - Está linda, Vick. E seu namorado concordará comigo - diz a Bia. - Namorando? - diz, confusa. - Boca fechada, Bia - seu pai diz. Agora é a minha vez. - Está linda, anjo - digo, me aproximando dela na intenção de abraçá-la. - Pode parar aí, doutor - diz, já devem saber quem é. Ele escolheu justo hoje para implicar comigo. - Obrigado. Então, vamos? - diz - Vamos. Quanto antes, melhor - digo. - Olha aqui, doutor, tome cuidado com a minha filha. E nada de ficar agarrando ela, o que é essa história de "quanto antes melhor" - diz. - Eu vou tomar cuidado, não se preocupe. É só um modo de falar - digo. - Tchau, filha - diz sua mãe. - Tchau, mãe, pai, irmãs e Senhor Morales - diz ela. Eu já tinha me esquecido dele, pelo menos não falou nada, coisa boa. - Tchau - digo. - Olha aqui, doutor, estou de olho em você - faz um sinal com dois dedos e os leva até os olhos, depois aponta para mim. - Amor, pode parar com isso - sua mulher me ajuda novamente. - Não falo mais nada, mas não se esqueça, doutor, que ainda vamos ter uma conversa em particular - diz. - Não vou me esquecer - digo. - Acho bom. Agora podem ir - diz. Graças a Deus. - Vamos, anjo - pego em sua mão novamente e saímos pela porta, deixando os curiosos lá, principalmente o André. - Aonde vai me levar? - pergunta assim que entramos no carro. - Surpresa, anjo - digo. Só espero que essa noite seja perfeita. Continua...

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