25 Primeiro encontro

1086 Words
Igor Depois de um dia cansativo, estou indo para casa. Quando chegar, a primeira coisa que farei é ligar para a Vitória. Foi o que fiz, mentindo ao dizer que estava indo para casa. Mas é claro que eu não iria deixar aquele cara dar carona para ela. Além disso, ela foi muito esperta ao recusar a carona dele. _ ainda bem que escutei eles conversando. Falo pra mim mesmo. Fui o mais rápido possível para lá, eu já sabia onde ela trabalhava. A irmã dele fez questão de me dizer quando a encontrei um dia desses com os amigos. Adivinha quem estava com ela? Isso mesmo, aquele i****a que estava dando em cima do meu anjo no dia do cinema. Tive uma vontade tão grande de socar a cara dele, mas me contive. Agora estou aqui sentado no meu sofá, depois de tê-la deixado em casa. Fico me perguntando se devo convidá-la para sair comigo no sábado. Não é a primeira vez que saio com uma mulher, mas é a primeira vez que saio com alguém que envolve sentimentos e que logo será minha e de mais ninguém. A resposta vem logo em seguida, com toda a certeza, sim. Nunca fugi de uma mulher e não será agora que farei isso. (....) Ainda bem que hoje é sábado. Convidei meu anjo para sair e ela aceitou, mas disse que tinha pedido permissão aos pais dela e eles queriam conversar comigo antes. Agora estou aqui parado na frente dos seus pais, com o coração na mão de tão nervoso que estou. É a primeira vez que converso com os pais de uma garota que me interessa. - Então, senhor Duram, quais são suas intenções com minha filha? - é a típica pergunta que todo pai faz. - As melhores possíveis - respondo. - Se fizer minha filha chorar, acabo com sua cara - ele diz num tom ameaçador. - Amor, para, é só um passeio - diz a dona Ana. - Tudo bem, querida - ele responde, dando um beijo nela. Depois volta a me olhar. - Estou de olho em você, doutor - diz. Prefiro não dizer nada, vai que ele não me deixa mais sair com meu anjo. - Querida, você está muito bonita - diz a dona Ana. Só agora percebo que meu anjo está aqui, parada bem na minha frente. - Está mesmo, querida - agora é a vez do pai falar. - Obrigado, pai e mãe - diz ela com sua voz doce. Me levanto, sob o olhar do pai dela, e vou até ela. - Você está muito bonita, anjo - digo, pegando em sua mão e levando-a aos lábios, deixando um beijo ali. - Olha a i********e - diz o pai. - Pai! - exclama meu anjo, envergonhada pelo comportamento dele. - Desculpa, querida - ele se aproxima dela, me empurra para o lado e beija sua testa. - Querida, tome cuidado com esse doutor - diz, lançando-me um olhar ameaçador. - Eu vou tomar, pai - ela o beija de novo no rosto. É tão lindo ver como ela trata as pessoas com tanto carinho e amor. - Tudo bem, querida, hora de você ir - diz sua mãe. Ela pega na mão da minha anjo e caminha até onde estou, entregando-a para mim. - Tome conta do meu tesouro - diz para mim. - Eu vou tomar, não se preocupe - respondo. - É bom mesmo, senão você vai se ver comigo - diz o pai, me ameaçando novamente. - Querido... - chama a esposa. - Vamos, anjo - diz minha anjo. Caminhamos em direção à porta. - Tchau, pai e mãe - ela diz para os dois, que estão sentados no sofá. - Tchau, filha. Saímos de lá e caminhamos até onde está meu carro. Abro a porta para ela. - Obrigado - ela diz. - De nada, meu anjo - respondo. Dou a volta no carro e me sento no banco do motorista. - Para onde vamos? - ela pergunta. Ótimo, Igor. Como você vai convidar uma garota para sair se não sabe para onde levá-la. - Onde você gostaria de ir? - pergunto de volta. - Eu gostaria de ir ao parque de diversões - ela responde, com os olhos brilhando. - Então vamos para lá - digo. Fomos o caminho todo conversando. Descubro que ela tem 25 anos, sua cor preferida é azul e que adora ler livros de romance. - Chegamos, anjo - estaciono o carro no estacionamento. - Tudo bem, vamos comprar os ingressos - ela diz assim que a ajudo a sair do carro. - Então vamos - pego em sua mão e caminhamos até a bilheteria. Depois de comprar os ingressos, andamos pelo parque olhando os brinquedos. - Onde você quer ir primeiro? - pergunto. - Eu não gosto de altura, então vamos só nos brinquedos mais baixos - ela diz. - Vamos no carrinho de bate-bate - ela diz toda empolgada. Mas que droga, não queria ir em nenhum brinquedo. - Eu não vou, anjo - respondo. - Não? - ela diz com voz triste. - Tudo bem então - ela fala. - Vou ficar te olhando daqui - digo. - Ok. A vejo ir até onde fica o brinquedo e entrar no carro. A vejo se divertir bastante e toda vez que bate em alguém, pede desculpas. - Então, gostou? - pergunto. - Sim, foi muito legal - ela diz sorrindo. - Para onde você quer ir agora? - pergunto. - Eu queria ir na casa assombrada - ela diz, me olhando. - Então vamos - pego em sua mão e vamos em direção ao brinquedo. - Espera, eu não quero ir sozinha - ela me para. - Você não quer ir comigo? - ela pergunta. - Eu não sei - respondo, não estou afim de ir. - Tudo bem, eu acho alguém para ir comigo - ela fala, olhando para os lados como se estivesse procurando alguém. Nem pensar que vou deixá-la ir com um daqueles babacas. Mas antes que eu fale algo, vejo-a caminhar na direção de alguns jovens. O que ela está fazendo? Me aproximo o mais rápido possível e fico bem na sua frente. - Vamos, anjo, eu vou com você - digo, pegando em sua mão. - Você tem certeza? - pergunta com a voz baixa. - Nunca tive tanta certeza na minha vida - digo. Não deixaria mesmo ela ir com algum daqueles babacas. - Então vamos. E lá vamos nós...
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