Vitória ☘️
- Ah, não.
Reclamo com a Beth.
- Betinha, por favor, me deixa ficar aqui em casa.
Digo praticamente implorando.
- Não, chega de papo.
- Estou morrendo, Beth, olha, minha mão está doendo.
Digo com voz chorosa, para convencer a Beth.
- Larga de drama, Vitória!
Exclama ela.
- E anda logo.
- Por que eu tenho que ir com você?
Pergunto enquanto saímos do apartamento.
- Porque você precisa pegar sol, além do mais, você precisa sair mais de casa.
- Não sei para quê, quando eu começar a trabalhar vou aproveitar bastante as minhas saídas de casa, aí eu quero ver você reclamar comigo quando eu estiver saindo muito.
Resmungo.
- Ora, pra quê! Conhecer gente nova, quem sabe até arranja um namorado. Pode ficar tranquila, não vou reclamar das suas saídas.
Diz ela.
- Não mesmo, não quero namorar ninguém. Esqueceu que eu tenho que focar em arranjar um emprego em algum lugar dessa cidade.
Digo assim que saímos do prédio e caminhamos pela calçada até o supermercado que fica a poucos minutos de casa.
- Sei sim, quem sabe não consegue o mais breve possível.
Diz.
- Tomara que sim, já até enviei algumas pelo site que andei pesquisando.
Digo.
Não demorou muito e chegamos no supermercado.
E assim começamos a fazer nossas compras, eu estava tão distraída olhando alguns tipos de sorvetes que não percebi a presença de alguém ao meu lado.
- Dificuldade em escolher?
Pergunta uma voz bem perto de mim.
- Ai, meu Deus.
Grito de susto.
- Que susto.
Digo, com a mão no coração, e olho para o lado e dou de cara com o médico.
- Oi, doutor.
Digo meio tímida, ele é bem mais bonito olhando de perto.
- Oi, Vitória. Você pode me chamar de Igor.
Eu fiquei chocada, ele sabe o meu nome.
mais e claro que ele deve saber o meu nome,estive no hospital então com certeza ele viu o meu nome na minha ficha.
- Tudo bem, Igor.
- Então, Vitória, eu sou tão feio assim que assustei você?
Pergunta ele com uma voz triste.
- NÃO.
Eu praticamente grito.
- Desculpa, você não é feio. Você só me assustou.
Digo toda enrolada.
- Então, isso significa que sou bonito?
Pergunta ele me olhando.
- Sim, você é muito bonito.
Digo nervosa, eu nunca elogiei nenhum homem além do meu pai.
- Você também é muito bonita.
Diz, me olhando.
- Obrigado.
Digo com um sorriso no rosto.
- Como está sua mão?
- Está bem, mas ainda dói.
Digo.
- Logo, logo, estará boa de novo.
Diz ele, pegando na minha mão machucada e a levando até os lábios, beijando-a em seguida. A ação me deixa nervosa e surpresa também, isso foi tão lindo.
- Você veio fazer compras?
Me pergunta, logo em seguida soltando minha mão.
- Sim, eu vim ajudar a Beth.
- Eu também vim.
Diz ele.
- Você quer ajuda?
Pergunto sem pensar.
Quero ficar mais tempo com ele, não sei por que.
- Se não for te atrapalhar, eu quero sim.
- Então vamos.
Digo contente em poder ajudar ele.
- Vamos sim, meu anjo.
Assim, começamos a procurar as coisas que tinham na lista dele.
(...)
- E aí, já tem tudo o que você precisa?
Pergunto para ele.
- Já tenho quase tudo o que preciso.
Diz ele.
Fico confusa, se ele tem quase tudo, ainda está faltando alguma coisa, certo?
- O que ainda você precisa?
- O que eu preciso, só o tempo dirá se ela vai ser minha ou não.
Diz, e eu fico ainda mais confusa.
- Como assim? Eu não estou entendendo nada.
Quando ele ia responder, a Beth para bem perto de nós.
- Então é aqui que você está me mocinha.
Diz ela.
Por que só agora me lembrei dela?
- Estou ferrada, Beth.
- Não, só porque você está em boa companhia.
Diz ela.
Só que agora olhando para o doutor de cima a baixo.
- Oi, doutor.
Diz ela.
- Bom dia, Senhora Beth.
Diz ele.
- Nada de senhora, só Beth.
Diz ela, então volta a olhar para mim.
- Já deu a nossa hora, mocinha, vamos.
Aí! A Beth só pode estar querendo me fazer passar vergonha, toda hora fica me chamando de mocinha. ainda por cima fica me tratando como se eu fosse uma criança.
- Vamos sim, Beth.
digo tímida, porque o Igor está olhando para mim.
- Tchau, doutor.
Diz ela e começa a caminhar na minha frente.
- Tchau, Igor.
Então me aproximo dele e fico nas pontas dos pés, beijo o seu rosto.
Então o vejo sorrir.
- Tchau, anjo.
Então devolvi o beijo.
Olho para ele, acabo colocando a mão no meu rosto onde ele beijou.
- Você me beijou?
Pergunto meio boba.
- Beijei e vou beijar muito mais.
Quando eu ia perguntar o que ele quis dizer com aquilo, a Beth me chamou.
Então eu saio correndo atrás dela.
Depois de pagar as compras, saímos do supermercado e vamos em direção a um ponto de táxi que tem aqui perto.
- E aí, como foi?
Pergunta ela assim que entramos no táxi, já que eram muitas compras para nós duas carregarmos.
- Como foi o quê?
Pergunto sem entender.
Ela me olha e depois ri.
- Nada, Vitória.
Eu não entendi nada.
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continua.....