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A Dona do Morro, Leis e Crime.

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Blurb

Anna sempre foi uma filha muito dedicada, desde sempre ela ajuda seus pais em casa trabalhando fora, a moça mora em um dos morros mais perigosos do RJ e mesmo tendo muitos problemas decidiu não viver uma vida de crimes, o seu melhor amigo é ex namorando é chefe do morro, ele a ama mas faz de tudo para não a corromper e interromper a vida de Anna, seu irmão se vê em beco sem saída quando se assume homossexual, pois todos da comunidade o julgam e um grupo de homens preconceituosos o condenam a morte! Depois disso Anna se torna uma mulher implacável, ela exclui toda compaixão de sua vida e vai atrás dos homens que tiraram a vida de seu irmão, ela se une ao chefe e aprende tudo que precisa para ter sua vingança.

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começo.
Anna , esse foi o nome dado a mim quando eu nasci talvez eu nunca fosse gostar desse nome sei lá, eu nasci em um favela do Rio de Janeiro e sempre fui a princesinha do morro e todos os caras que moravam lá tentavam me conquistar de qualquer jeito eu sempre era surpreendida com presentes inusitado os às vezes uns chegavam em casa e outros até no meu trabalho, eles tentavam ser os mais cordiais possíveis e me enviavam desde alguns chocolates a fofos ursinhos de pelúcia, flores e outros mimos, nos finais de semana minha casa costumavam chegar comidas, vinhos e outras coisas que eles insistiam em me mandar, eu sempre aceitei todos os presentes pois eu não pedia nada a ninguém e eu amava ser mimada daquele jeito, eu era um pouco tímida e quando via os caras que me enviavam aqueles presentes andando na rua perto da minha casa m*l conseguia abrir a boca para dizer um oi, nenhum deles me interessava e eu acho que aquilo os fazia sentir mais vontade ainda de tentar me ter. Bom, eu era uma menina trabalhadora, tinha vários sonhos a serem conquistados e um deles era sair daquele lugar e dar uma vida melhor aos meus pais que já eram velhos e sofriam por morar em um lugar tão perigoso. Eu era considerada bonita mas eu nunca me achava lá essas coisas, tinha 22 anos alta cerca de 1 m e 74 cm cabelos longos e cacheados eu nunca os tinha cortado e por isso eles estavam quase batendo no meio das minhas costas, eram os cachos longos e brilhantes e eu gastava quase todo o salário do meu trabalho para deixá-los cada dia mais belos, meus cabelos eram negros e me deixavam orgulhosa, minha pele era a parda e eu sempre era chamada de morena, eu não me considerava branca pois tinha os lábios carnudos e meu nariz não era arrebitado, tinha a cinturinha fina e os quadris largos parecia um violão minha b***a era grande e minhas coxas grossas e sempre que usava shorts curtos minhas pernas era o centro das atenções, eu costumava sair só de calça pois tinha vergonha de ser tão observada, eu trabalhava em uma farmácia em um bairro nobre e era um pouco estressante mas eu já estava acostumada com as piadinhas vindas de alguns dos clientes, meu sonho era fazer faculdade e eu queria ser médica não sabia se era possível porque eu quase não tinha tempo para estudar aí com certeza para ter uma profissão daquela eu deveria passar em uma universidade pública, eu saia da farmácia as vezes muito tarde à noite e tinha medo de acontecer algo comigo até chegar em casa mas sempre foi temente a Deus e sabia que ele estava cuidando de mim em todos os momentos da minha vida. Infelizmente quase nenhum dos meus amigos tinham coragem de subir no morro a maioria deles moravam em bairros distantes e que não eram tão perigosos quanto ao que eu morava mas mesmo assim eu não achava problema nenhum em morar naquele lugar até o momento eu sempre fui bem recepcionada e bem cuidada pelas pessoas dali e era conhecida por todos então a maioria deles me respeitavam, a trajetória dos meus pais foi triste e sofrida, eles sempre deram sangue e suor para que eu e meus irmãos podermos ter a melhor vida possível e mesmo com as dificuldades nunca precisamos passar fome ou não ter algo que se fosse necessário, eu estudei desde pequena em escolas públicas da comunidade e em orgulhava em ser sempre ser uma das primeiras alunas a receber nota alta da turma. Eu tinha Dois Irmãos um mais velho que eu e o mais novo, os dois eram os amores da minha vida e eu não imaginava sem nenhum deles, em casa eu sempre fui mimada por eles e os 2 morriam de ciúmes de mim, um se chamava Renan e o outro Roger, Minha mãe fez questão de colocar o nome os filhos dela combinado então foi assim nós três filhos tinha a letra R como inicial do mesma do meu pai ele se chamava Renato e a minha mãe se chamava Maria, minha mãe era funcionária de uma escolinha para crianças moradoras do morro ela amava o trabalho e sempre teve orgulho dele, meu pai era marceneiro e tinha um chevette que era o segundo amor da vida dele e como todos os filhos tinha a letra R como inicial o nome da belezinha dele era Rita. Nossa família era unida e sempre fomos muito abertos uns com os outros sempre percebíamos quando um estava triste e tentávamos de todas as formas animá-lo. Acontece que meu irmão mais novo Renan era uma peste ele sempre estava aprontando com as meninas do bairro por ter uma genética boa e ser um garoto bonito ele se aproveitava daquilo para conquistar as meninas ir as deixarem apaixonadas, ele tinha apenas 18 anos e era um menino inconsequente não media seus atos e sempre estava metido em confusão nova, ele ainda estava no ensino médio e meus pais tentavam de todas as formas o colocar em um ritmo onde ele aprendesse o que realmente a vida era, mas ele não queria saber daquilo a única coisa que ele gostava era de ir com os amigos curtir nos bailes funk do morro, ele cresceu com valores e mesmo tão jovem já trabalhava em uma loja no shopping e tinha o próprio dinheiro para gastar a suas farras, talvez por isso ele pensasse que fosse dono do seu nariz e totalmente independente mesmo que estivesse enganado sobre isso já que ainda moravam com meus pais e a minha mãe fazia tudo por ele como se ele fosse um a criança de 10 anos, meus pais deixaram bem claro que não queria muitas mulheres na nossa casa mas Renan era teimoso e toda a semana tinha uma mulher diferente na cama dele, meus pais morriam de medo dele engravidar alguma daquelas meninas e arruinar a juventude dele já que com certeza se acontecesse isso seria muito complicado depois jamais a minha mãe permitiria que ele abandonasse um filho. Mas a desculpa dele sempre era que ele tinha juízo suficiente para conseguir discernir as coisas boas das coisas ruins e jamais ele ia perder a sua doce liberdade engravidando alguma mulher daquela ele sempre se preveniu e sabia o quanto aquilo era importante. Eu sempre tentei dar conselhos a Renan e as meninas que ele ficava, sempre fui realista e tentava abrir os olhos delas avisando que ele era apenas um moleque s*******o que estava querendo viver a vida como se fosse o último dia dela, mas infelizmente elas ainda assim conseguiam ser burras ao ponto de cair no papinho dele e se apaixonar, então eu mandava se f***r já que não ouvem conselho, vão ouvir coitadas. Como eu já era acostumada ver o jeito que a maioria dos homens agiam com as mulheres nunca fui de me apegar totalmente a nenhum deles e sempre que estava me sentindo muito dependente me afastava na hora e sabia que ali era minha deixa para terminar aquilo então eu sempre fui bem clara quando conhecia alguém. Eu sempre tive um carinho especial por Roger ele me viu nascer e sempre estive ao meu lado em todas as situações, não que eu tenha um irmão predileto mas Roger sempre me deu toda atenção do mundo e sempre me aconselhou na hora que precisei, ele tem 29 anos e é formado em Biologia, bem ele ensina em uma das escolas da comunidade e sempre foi querido por todos ali. Aos 17 anos Roger se assumiu gay para nossa família ele nunca demonstrou nada sobre sua sexualidade apenas não era como o Renan, já tinha ficado até com umas meninas mas nada sério, então quando ele nos contou não fizemos alarde sempre respeitávamos as decisões dos outros em casa e o melhor a fazer foi apoiá-lo, de certa forma minha mãe já sabia daquilo então para ela não foi novidade, eu deveria saber tudo sobre o meu irmão já que desde pequena ele me tratava como uma bonequinha e sempre quando eu saia ele que me arrumava escolhia minhas roupas, fazia penteados em meu cabelo e na adolescência foi ele sempre que se preocupou com maquiagem, batons e brinco eu amava,porém era tão boba que não percebi nada, “kkkkkk” até hoje eu penso o quanto fui cega, mas sempre que ele me ajuda ele fazia tudo para me sentir maravilhosa, eu não era nada santa e não só me relacionava com homens tinha uma atração deliciosa por mulheres e sempre que estava afim me relacionava com elas, porém nunca escondi minha bissexualidade e todos sabiam daquilo, mesmo assim ninguém se importava e nunca me rotularam por isso pelo contrário além de ser paquerada pelos homens sempre tinha umas mulheres incríveis que se interessavam por mim, e como elas eram escassas eu nunca perdi a oportunidade de me aproveitar do que elas tinham a me oferecer. Foi assim que eu conheci Lorena, uma deliciosa mulher que entrou na minha vida como um furacão e eu me apeguei a ela ao contrário dos homens que me relacionei Lorena era magnífica, tudo nela era na medida certa e mesmo depois de termos ficado juntas por um tempo jamais me cobrou nada, ela me deu total liberdade para decidir minha vida e escolhas, bom vou lhes contar oque me deixou atraída por Lorena, morena de cabelos cortados top knot eram tão negros que a luz refletia e dava brilho único e incrível, ela era tão alta quanto eu, seus olhos eram da cor de mel, tinha um sorriso largo e os dentes alinhados que dava um contraste perfeito, ela não tinha um corpo tão feminino quanto o meu mas tudo era desenhado para ser um conjunto perfeito, porém eu não podia extrapolar ela nem imaginava que eu estava “caidinha” pelos encantos dela, e fantasiava várias cenas “kkkkk”, bom que nos duas tivemos foi prazeroso e não me arrependo de nada. Mas vamos voltar à história não tão feliz, o que me deixava triste era que eu podia sair de casa e ficar com qualquer mulher ou homem e ninguém me sacaneava mas meu irmão não, ele não podia se assumir na comunidade pois com certeza ele seria mais uma vítima de preconceito. Era difícil ver ele naquela situação em uma bolha e camuflado em uma vida que não era dele por hipocrisia dos outros, todos os dias eu o aconselhava a ser mais aberto e não se importar com as opiniões dos demais mais infelizmente ele ainda estava preso naquelas pessoas que o julgavam sem dó nem piedade, seus próprios colegas eram dos primeiros a rotular os homem que escolhiam ter uma sexualidade diferente as deles e o maior medo do meu irmão era ser tratado daquele jeito, ser excluídos ou rotulado, ele sempre saia com outros caras mas nunca teve coragem de levar nenhum em casa ou nos apresentar, parecia que ele mesmo tinha vergonha do seu eu e tentava de todo jeito viver uma vida completamente diferente, meus pais sempre o aconselhava e o deixava a vontade para desabafar sobre seus medos, mas nada era suficiente e ele nunca estava 100% bem, ele sempre me chama de beca e sempre que eu percebia que algo estava errado corria para o quarto dele e tentava conversar, eu não sou lá essas mulheres boas de aconselhamento mas para meu irmão eu ia além de tudo só para vê-lo feliz e que se encontrasse naquele caminho turbulento que ele estava imerso. Da última vez que nós dois estivemos juntos ele me contou o quanto tinha medo de alguém do morro vê-lo com outro homem e o que uma cena daquela poderia lhe custar, ele também estava insatisfeito com o trabalho e temia por não poder tirar nossos pais daquele lugar, as vezes ele saia para baladas gays em outro bairro e quando voltava estava completamente diferente nós sempre notávamos a alegria dele e o entusiasmo, mas tudo aquilo era passageiro e quando ele caia em si e percebia que tinha voltado para sua masmorra naquele morro o seu brilho ia sumindo até que desaparecia por completo. Por mais que o mundo esteja diferente algumas pessoas ainda são arcaicas e com mentalidade tão pequena que parecem homens das cavernas, ok, que nem todos tem que ser a favor de todas as questões mas o que eles devem ter um pelo outro não é nada além de respeito e deixar que vivam da forma que quiseram, as pessoas têm livre arbítrio e cada um tem uma maneira só dela de viver cada momento, estarei sempre do lado de Roger e qualquer pessoa que tente feri-lo ou machucá-lo terá que passar por cima de mim primeiro. Bom eu não sabia muito como funcionava a vida além daquele lugar o meu acesso era mínimo e os únicos lugares que eu ia além dali era o trabalho e às vezes um shopping ou show mas também não era fácil, nós moradores do morro sempre sabíamos onde pisar e com quem deveríamos andar já que tudo lá era vigiado pelos traficantes e qualquer passo dado fora da jurisdição da favela poderia resultar em morte. O policiamento no morro era praticamente inexistente e por mais que tivesse necessidade de proteger a população os policiais eram corruptos e m*l se importavam com o povo pobre, as leis do morro eram feitas pelos próprios bandidos e nada que fosse além do que eles falavam eram tolerados, lá tinha um tribunal e se por acaso alguma pessoa caminhasse fora da linha era julgado e condenado friamente, eu sabia disso tudo mais sempre me mantive calma, as vezes quando tentava subir para casa via e ouvia muitas coisas que me deixavam perplexa mas como não podia fazer nada, seguia minha vida, quando a polícia subia no morro as coisas pioravam e até as nossas bolsas que usávamos para transportar comida para o trabalho eram reviradas a procura de drogas, tinha troca de tiros e muitas vezes morte de inocentes, outras vezes os policiais buscavam propinas dos traficantes e comerciantes de lá. A vida na comunidade não era nada fácil e os policiais sabiam que lá também tinha gente de bem que só estava ali por não ter opção fora do morro, porém eles não se importavam com isso e qualquer fatalidade que acontecesse no lugar era danos colaterais. Fernando ou “Fé” era o chefe do morro ele era responsável pelo tráfico e por tudo ligado à vida da população do lugar ele era terrivelmente respeitado e ninguém nunca o desafiou, nós dois nos conhecíamos desde pequenos é tínhamos um vínculo forte de amizade, foi com ele meu primeiro beijo e lembro do nervosismo de ambos e o quanto era nojento e molhando os lábios dele tremeram ao entrar os meus eu acho que nem de olhos fechados ele estava e a lingua dele fez pirutas na minha boca isso foi com quando tínhamos uns 12 a 13 anos e na época eu estava apaixonada e achava que ele seria o homem da minha vida, fomos criados juntos pois a mãe dele nunca estava presente pois trabalhava muito e ele sempre tinha minha família como a dele, ele foi meu primeiro amor, as lembranças são maravilhosas, eu e ele ficávamos juntos o tempo inteiro, morávamos colados e estudávamos na mesma sala a mãe dele Vivian era uma confeiteira de mão cheia e fazia todos nossos bolos de aniversário, tudo que ele ganhava dividia comigo e nos planejávamos nosso casamento “kkkk” , ele era uma ótima companhia e nos meus piores momentos ele estava comigo, relembro do meu primeiro animal de estimação ele se chamava donny e era uma cachorro vira lata que adotei de rua, ele era bem pequeno quando nos o achamos e eu e o Fernando o escondemos no meu quarto pois tivemos medo dos meus pais não autorizar a permanência dele na minha casa, bom como tínhamos apenas 8 anos a ideia não deu muito certo e logo meus pais encontraram o donny, eles foram bem receptivos e me deixaram ficar com o cãozinho, eu amava ele e cuidava como se fosse um bebê e mesmo sendo criança sabia das minhas responsabilidades com o animal, até que um dia ele ficou muito doente e como não tinha como pagar médico veterinário ele morreu, acho que foi o pior dia da minha vida eu chorei muito com a partida dele e jamais irei me esquecer de como ele foi importante para meu crescimento e aprendi o que realmente como era amar. Eu e Fé seguimos nossas vidinhas até na adolescência foi, quando algo trágico aconteceu com a mãe dele, infelizmente ela foi vítima de um câncer de mama e veio a óbito antes dos 50 anos, Fernando ficou desolado e acabou se afastando de todos, eu ainda tentava falar com ele, mas em um certo momento perdi o contato com ele e nesse meio tempo ele começou a se envolver com o crime, não sei como ele conseguiu ser tão sangue frio e o menino doce e simples que eu conheci desapareceu em meio aquele turbilhão de problemas, primeiro ele teve que fazer por merecer e dominar todos os soldados do crime para mudarem de lado, depois disso ele armou para o antigo chefe ser executado e tomou o lugar do cara na facção, depois disso ele se transformou em um monstro e parecia não ter alma e mais nenhum sentimento pela vida humana, como éramos amigos de infância o respeito pela minha família sempre foi de excelência e qualquer cara que tentasse alguma coisa era levado ao tribunal, eu ainda era vista como o amor da vida dele e mesmo não demonstrado eu sabia que se desse algum mole ele cairia aos meus pés, mas sempre tive em mente que merecia coisas melhores da vida enquanto muitas da minhas vizinhas amavam a vida do crime eu repudiava e queria manter distância. Mas a vida é traiçoeira e sempre que estamos bem vem alguma coisa que nos desestabiliza completamente e foi isso que aconteceu comigo, primeiro eu fui demitida, como eu era a deslocada no trabalho algum dos meus ex colegas teve o prazer de dizer em alto e bom tom em uma das confraternizações da empresa que eu não pertencia aquele meio, que uma menina moradora de uma favela tão perigosa não devia trabalhar naquele ambiente onde os ricos dominavam, ele expôs minha vida e ainda disse que eu podia estar tramando com algum dos meus amigos marginais para roubar as drogas da farmácia e também o dinheiro. Eu nunca me senti tão humilhada e não soube responder absolutamente nada na hora, naquele exato momento parecia que algo tinha atravessado a minha garganta e m*l conseguia respirar, meu rosto queimava como brasas e era de ódio, eu não consegui ter outra reação além de chorar, mas eu não me segurei esperei a festa acabar e fui atrás daquela pessoa. - Achei que você fosse uma pessoa boa, mas não é um grande merda repulsivo e asqueroso, isso tudo é o que mesmo? Você queria chamar atenção ou seria inveja em ver uma moradora do morro crescendo novidade sem precisar de ser criminosa? Eu não preciso de ser marginal e muito menos roubar alguém para ser bem sucedida! Estou trabalhando nessa drogaria há mais de 2 anos e nunca me acusaram de absolutamente nada e você vem destilando o seu veneno tentando puxar meu tapete? Devia ter vergonha em ser tão de baixo nível e precisar subir na vida com a queda de uma colega. - Sinto muito queridinha, mas as pessoas tinham que saber a verdade sobre você, jamais eu iria deixar alguém do seu nível atender a clientela dessa farmácia, precisamos de colaboradores do nosso nível social e não favelados de lá do morro, aconselho que volte para aquele subúrbio e trabalhe em algo lá que seja da sua cara, "kkkkkk", não somos obrigados que aturar esse tipo de gente aqui, só te fiz um favor deveria agradecer - Eu devia te matar isso sim, você é uma pessoa desprestigiado e para subir na vida tenta diminuir os outros, vou sair daqui com a cabeça erguida pois não fiz nada de r**m, já você que pensa em ter algo no futuro tenha em mente que ninguém gosta de pessoas preconceituosas e que tiram conclusões antes mesmo de conhecer a pessoa. Anna estava arrasada, ela subiu para o morro com sua mente distante e seu coração em pedaços, não iria ser fácil conseguir um emprego decente e mesmo que ela tivesse tantas qualidades, pessoas que moravam no morro sofriam estou tipo de preconceito, também era. Subjugados e acabava sendo usados como mão de obra em casas de família, oficinas e supermercados, nenhum desses trabalhos era o que ela queria, Anna tinha planejado todos os seis passos e agora sem emprego como que tudo aquilo iria se realizar? Seu objetivo principal era conseguir conciliar o trabalho aos estudos, ela queria mostrar ao mundo que não era limitada por morar naquele lugar, queria expandir os horizontes e me livrar daquele carma de "favelada". Eu sabia que agora tinha que refazer meus planos e deixar meu orgulho de lado, além do Fé eu tinha uma melhor amiga, ela morava no mesmo beco onde ficava minha casa?, se chamava Beatriz e ao contrário do que eu imaginava para o meu futuro, ela já tinha decidido o que queria da vida, aos 17 anos Bea se envolveu com um braço direto do comando do tráfico na favela, Raul era um dos cara mais barra pesada que eu já conheci, ele era responsável pelos trabalhos mais sujos do lugar, um cara de 24 anos, criado dentro dos problemas dali, o pai dele foi um marginal e a sua mãe também o ajudava nos crimes, Raul cresceu vendo tudo aquilo de perto, a família desestruturada nunca tentaram mostrar o outro lado da vida para ele. Beatriz uma menina bonita e ambiciosa ela amava se mostrar e fazer com que as outras garotas sentissem inveja dela, assim que Raul a conheceram começaram a sair escondido, a mãe de Beatriz até que tentou levá-la para um caminho diferente mas ela escolheu seu lado. Ela ainda continua sendo uma mulher encantadora, seu hobbe é subir para os bailes funks e se bronzear na laje, infelizmente já foi presa algumas vezes por ajudar Raul nos crimes. A vida na favela nunca foi fácil, a maioria das meninas crescem em situação de risco, as famílias não têm estrutura para uma boa educação e as adolescentes acabam grávidas de traficantes daqui, nós temos nossa política e ninguém pode desobedecer as regras. Os bailes funks acontecem todos os finais de semana, normalmente durante as sextas, sábados e domingos, lá é a perdição da juventude, drogas, sexo e álcool, mulheres rebolando e mostrando seus corpos como uma exposição de carne fresca. Meu irmão Renan vai quase sempre para esse lugar e mesmo sendo criticado pelos nossos pais ele sempre desobedece e dá um jeito de ir. Eu fui algumas vezes mais percebi que ali não era meu lugar, eu nuca me interessei em nenhum desses caras que andam armados como se morasse em uma guerra! Bom eu fiz aquele trajeto do trabalho para casa pensando em todas as oportunidades que podia ter, mas ao mesmo tempo com medo de não conseguir realizá-las. Ao chegar a frente de uma das vielas que da no beco onde sua casa está, Anna não consegue controlar as lagrimas, sua mente estava acelerada e ela não conseguia assimilar as coisas com clareza, Anna era uma menina forte e não era qualquer coisa que a deixava m*l, mas as palavras daquela pessoas foram como uma fecha direto em seu coração porque desde pequena ela sofra com o assedio e os preconceito do seu próprio povo que jamais acreditou nos ideais dela, ela segui mais um pouco e parou para respirar, se assuntou quando viu alguém próximo dela, ela limpou seus olhos para tentar ver quem era. Um rapaz alto com cerca de 1m e 75 cm, de mais ou menos 20 anos, cabelos pintados de loiros quase alaranjados, pele parda, estava de shorts tactel com a slogan da Nick, blusa bretã com o coringa sorrindo, em sua mão tinha um arma grande, poderia muito bem ser uma submetralhadora, ela odiava morar em um lugar que as armas fossem tão veneradas e que ela tivesse de se apresentar para entrar em sua casa, no morro não era permitida a entrada de estranhos, a não ser que fossem previamente autorizados pelo chefe, os carros que entravam na favela eram controlados, entregas de comidas ou uber tinham que passar por uma vistoria na entrada, era terminantemente proibido a entrada de pessoas no lugar e ainda mais se elas viessem de outra favela onde os donos fossem inimigos, Anna não queria que a vida dela acabasse como as das outras garotas dali. - Qual foi princesa? Porque você esta bolada assim? Coé - Nada demais não precisa se preocupar, Marquinhos,eu vou resolver tudo.,. - Vamo trocar idéia, quem te deixou, da uma moral pra o noia aqui e namoral e me diz quem te deixou bolada assim... - Mermão, eu fui mandada embora do trabalho, um bosta lá abriu a maldita boca e disse que eu era daqui e que estava tramando um assalto na loja. - Caô princesa, mas não fica chorando não, você quer que eu e os parças demos um jeito nesse intrometido? Só é dizer quem é que vamos la rapidinho e fazemos esse serviço ai.. - já é mas não se preocupem porque ele vai pagar de alguma forma e eu não quero manchar minha imagem e nem a da comunidade por ele,deixe baixo!! - Fé não vai gostar de saber que a princesinha dela esta sendo “rebaixada” pelos playsboys do centro, ele pediu para ficar de olho e não deixar nada de r**m acontecer com você e com sua família, namoral certeza que elevai surtar quando souber que eu te vi aqui assim. - Nossa, ele ainda pergunta por mim? Achei que ele tinha se esquecido de mim porque não me procurou mais para conversar,as vezes sinto falta dele, inclusive hoje, a gente sempre conversava sobre essas coisas, saudades de quando ele era um simples garoto - Ele nunca te deixou, você é a pessoa mais especial da vida dele e nenhuma dessas mulheres do morro tem a capacidade de tomar seu lugar, ele se afastou para não atrapalhar seus planos já que você nunca se interessou em fazer parte da nossa facção, Fé fica ligado em tudo que acontece na favela e jamais iria te deixar de lado, por isso que eu tenho certeza que ele vai ficar boladaço quando eu contar tudo que aconteceu contigo princesa; A fraqueza dele sempre foi e sempre será você então ele não pode demonstrar isso ou você e sua família se tornaram um alvo para outros chefes de favelas rivais. - Não, marquinhos ele ja tem muitos problemas para resolver, essa favela pode ser perigosa, mas ele sempre da um jeito para que os moradores vivam bem, eu sei que tudo tem um custo e eu não quero me sentir pior por algo que venha a acontecer com aquele nojento do Henrique. Anna sai de perto de marquinhos e sobe para casa, cabeça baixa e celular na mão ela ate esperava que alguém a ligasse dizendo que lá não existia preconceito com pessoas que viviam nas comunidades periféricas da cidade, como em pleno século 21 e com a burocracia que existia no pais ainda tivessem pessoas que diferenciassem outras apenas pelo fato delas morarem em lugares mais desprovidos de riquezas, aquilo doía em seu peito mais o preconceito ainda era uma questão emergente e não seria resolvida assim tão rápido. Na parte de baixa da favela, na vigília Marquinhos estava cuidado da entrada da favela e assim que percebeu que Anna estava longe pegou seu radinho e ligou para Fé. - Coé mermão, tenho um bagulho sinistro para te contar, cabuloso sei que você vai ficar boladaço. - Coe marquinhos, ta com problemas ai embaixo? Está precisando de ajuda, posso mandão o Jão pra te ajudar na vigília. - Não se preocupe parca, ta tudo em ordem, o problema é com sua mina, ela passou aqui chorando estava muito m*l. Fé imediatamente se levanta da cadeira, sua raiva transparece pelo telefone e ele não imagina o motivo de Anna está daquele jeito, seu coração dispara e ele fala com seu amigo em seguida. - O que aconteceu com ela cara? Ela esta bem alguém fez alguma coisa com ela, me diga logo. - Ela foi demitida do trabalho, pelo que eu entendi um tão de Henrique fez a caveira dela la mermão, contou as paradas da comunidade e disse que ela estava envolvida nos bagulhos aqui, ela foi massacrada na frente dos outros. - Eu quero esse homem morto entendeu, mas antes traga ele aqui, preciso mostrar que não é assim que se trata uma mulher e que ele é apenas um peão naquele lugar, eu tenho meus contatos e vou fazer de tudo para Anna voltar a trabalhar lá e dessa vez no melhor cargo! Ela vai mandar naquelaporra toda, nem que eu tenha que acabr com muita gente pra isso, esse tal de henrique vai ser o primeiro, o procure em todos os lugares e nem que seja na casa dele e suba ate aqui, estou esperando vocês. o pensamento de fernando fez com que ele voltasse no tempo e lembrar de quando eles eram pequenos, ambos estudavam em uma escola na comunidade, ela era seu suporte e sempre que ele estava em apuras nas materias ela oajudava nos estudos.

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