Jordan Cullen:
-Está tudo certo para a decolagem senhor Cullen, voaremos daqui a 10 minutos.
-Perfeito Ramon, quando chegarmos em Nova Iorque alugue um carro pra mim, não quero ficar usando táxi sempre que eu precisar sair.
-Já resolvi isso senhor Cullen, assim que chegarmos no aeroporto de Nova Iorque um carro já estará disponível para o senhor.
-Obrigado Ramon, você é o homem mais eficiente que eu conheço, nunca me decepciona.
-Só faço meu trabalho senhor Cullen.
-Você faz mais do que isso Ramon, e está sempre ao meu lado, você se tornou mais que um funcionário, você é um grande amigo.
-O senhor sempre poderá contar com minha lealdade e minha amizade.
Duas horas depois aterrissei no aeroporto, e Ramon colocou as bagagens no porta-mala do carro que ele alugou, e depois ele me levou diretamente para a casa de Nathan, mas eu não achei que fosse tão difícil estar diante da casa que ele passou seus últimos momentos de vida.
Peço que Ramon pare em frente ao portão, pois não consigo entrar lá dentro da casa ainda.
Fico olhando do lado de fora, e começo a lembrar de como ele havia me convencido a comprá-la.
* Flashback on:
-Fala mano, de boa aí? Ele tinha um jeito peculiar de falar, que muitas vezes me irritava profundamente.
-Nathan que linguajar é esse, dar pra falar direito comigo? Brigo com ele como se ele fosse meu filho, sempre foi assim.
-Desculpa papai Jordan, mas te liguei pra te pedir uma coisa. Isso nem me surpreendeu já que ele só sabia ligar para pedir dinheiro.
-Pra variar né Nathan, aliás você já devia ter vindo pra Manhattan, então trate de entrar em um avião ou eu vou até aí, e te arrasto pelas orelhas.
-Jordan eu não vou voltar, eu quero ficar aqui em Nova Iorque, eu não sou mais criança, mas te liguei porque preciso de
uma lugar para morar, e encontrei uma casa maravilhosa e quero que você compre ela pra mim, já que ainda controla meus gastos.
-Nathan você não precisa morar aí sozinho, porque não vem trabalhar aqui na empresa comigo, tá na hora de você virar um homem e crescer.
-Jordan eu não quero ficar igual a você, eu quero curtir a vida enquanto sou jovem, mas chega de bla...bla...bla, vai comprar a casa pra mim ou terei que implorar?
-Uma hora ou outra você vai ter que amadurecer Nathan e você sabe disso, mas me passa todas as informações sobre essa tal casa que você quer, e vou checar com o nosso corretor, e se estiver certo eu faço a compra.
-Valeu maninho, te adoro, agora tenho uma festa pra ir, te ligo depois.
-Juízo Nathan, eu não quero perder você também, então tenha cuidado.
-Relaxa cara, ou você terá cabelos brancos antes dos 40, tchau pra você.
*Flashback off:
Limpo meu rosto que estava banhado de
lágrimas que eu nem tinha reparado que haviam caído dos meus olhos.
Respiro fundo e entro no jardim da casa, Ramon já está entrando com a minha bagagem, enquanto fico olhando pra tudo com uma tristeza absurda.
Finalmente depois de um bom tempo, eu entro em dentro da casa.
Fotos dele estão espalhados pela casa, ele sempre adorou fotografia, e adorava quando nossa mãe nos chamava para tirar mil fotografias na sua câmera.
-Senhor Cullen, suas malas já estão no quarto, precisa de mais alguma coisa?
- Você pode pedir comida pra nós dois, por favor, enquanto isso eu vou tomar um banho?
-Claro que peço senhor Cullen, algum pedido especial?
-Peça pra mim um macarrão a carbonara.
Tomo um banho demorado, depois de enxugar meu corpo, visto apenas uma calça de moletom, já que está de noite, depois desço para jantar com Ramon.
A comida estava uma delícia, tomei um vinho branco que combinou perfeitamente com a massa que eu escolhi.
-Ramon, eu quero que você arrume todas as coisas que pertenciam ao meu irmão e doe para uma instituição de caridade.
Amanhã mesmo eu resolvo tudo isso senhor, e que o senhor quer que eu faço com o carro dele?
-Pode vender e doar o dinheiro também, não conseguiria ficar olhando para as coisas dele, e ficar guardando isso só iria me fazer m*l.
-Eu te entendo senhor Cullen.
-Ramon, eu vou deitar, e você devia fazer o mesmo.
-Eu vou, boa noite senhor Cullen.
-Boa noite Ramon.
Subo para o quarto, mas como eu ainda estou sem sono, aproveito para checar alguns emails da empresa.
Vou dormir depois da 00:00 hr, e assim que durmo, acabo sonhando com Ashley outra vez, o que estava virando uma
rotina.
Na manhã seguinte eu saio bem cedo para fazer uma corrida matinal, Ramon me acompanhou, e na volta ele foi levar os pertences de Nathan para a instituição de caridade que eu havia pedido ontem.
E eu fui participar de uma reunião com alguns investidores que pediram para minha secretária Sarah agendar, já que eu estaria na cidade.
Depois fui encontrar com Lopez e Ramon para saber se eles já encontraram algum fato novo.
-Senhor Cullen, acho que realmente a mulher que foi descrita na carta do seu irmão, é mesmo a irmã loira, afinal o segurança que está seguindo ela tem notado umas atitudes estranhas dela, ela vive na cola desse tal de Thomas Castro, fora que onde ela frequenta são lugares estranhos e barra bem pesadas.
-Se eu tinha alguma dúvida sobre essa v***a, agora não tenho mais, mas eu quero ir a fundo nessa história, algo me diz que se procurarmos um pouco mais, vamos descobrir muito mais sobre essa mulher, tenho que dar um jeito de entrar na casa dos Foster, assim poderei ver essa mulher de perto.
-Enquanto isso vocês dois continue procurando mais provas, essa mulher não vai ficar impune.
Deixo os dois ali, e volto pra casa, mas quando estou quase entrando no carro, escuto uma voz de mulher.
-CUIDADO......
Viro a tempo de ver uma mulher de bicicleta que parece ter desviado de um cachorro, mas acabou vindo pra cima de mim, e acaba caindo em cima de mim.
Ajudo ela a se levantar, a sorte é que meu corpo amorteceu a sua queda, mas seu joelho está ralado, e seu cotovelo também.
Mas minha surpresa maior, foi quando olhei para o rosto da mulher que caiu em cima de mim.
-É ela, Ashley Foster.
Continua.............