A Mentira

Prólogo.

Jordan Cullen:

Antes de começar minha corrida da manhã, eu mando mais uma mensagem para o celular do meu irmão Nathan, que já tem uma semana que tomou chá de sumiço e nem atende a porcaria do seu celular.

*Natan pela milésima vez, liga pra mim, ou irei bloquear seus cartões de crédito, nem enviarei mais nenhum dinheiro pra você.

Me liga assim que receber essa mensagem.

J/C.

Acabo de enviar a mensagem, e coloco meus fones de ouvidos, a música alta me dar mais impulso para correr, mas meus pensamentos não sai do meu irmão caçula.

Eu sempre brigava com meus pais por eles mimar Nathan demais, mas quando eles morreram, eu acabei o mimando também, talvez por ele ser muito novo na época, só que agora suas atitudes estão me fazendo repensar essa vida de playboy que ele vive graças ao dinheiro que nunca deixei faltar para as suas farras, e ele acabou virando um rapaz sem responsabilidade alguma, e eu fiquei como o irmão chato que foi obrigado a assumir todas os negócios da nossa família.

Meu nome é Jordan Cullen, tenho 27 anos de idade, e meu irmão caçula Natan agora tem 20 anos, mas quando nossos pais se foram ele tinha apenas 13 anos, por isso às vezes me sinto mais pai dele, do que seu irmão mais velho.

Foi um período muito difícil, principalmente porque eu tinha apenas 20 anos, ainda estava na faculdade, e quando recebi a notícia do falecimentos deles, eu surtei.

Depois de uma viagem de negócios que eles tinham feito, na volta o avião se chocou contra uma floresta, e ninguém sobreviveu.

Infelizmente nem tive tempo para me lamentar, já que tinha um negócio para administrar e um irmão de apenas 13 anos que ficou inteiramente sobre minha responsabilidade.

Logo a mansão Cullen ficou grande demais para nós dois, então resolvi que nós iríamos morar na minha cobertura que foi um presente dos meus pais quando eu fui para a faculdade de Harvard, estava cursando o terceiro ano de administração de empresa, e estava prestes a me formar quando eles morreram.

Pensei até em desistir de tudo na época, mas eu nunca iria jogar fora o dinheiro que meus pais investiram nos meus estudos, sempre quis dar orgulho pra eles, e não seria depois da morte deles que eu viraria um rebelde e acabaria com tudo, pelo contrário eu teria que ser exemplo para o meu irmão que era apenas um garoto.

Os anos se passaram, e com muito sacrifício em consegui levar a Cullen 'S House há um patamar muito acima, e me tornei o mais jovem bilionário em Manhattan, e o segundo maior dos Estados Unidos com apenas 27 anos, e mundial eu ocupo o quinto lugar, mas alguém ainda duvida que eu chegarei ainda mais alto? Espero que não, porque eu sempre ganho o que eu desejo.

Achei que Nathan agora que já mais velho iria criar juízo, e trabalharia junto comigo na empresa, mas não foi o que aconteceu, ele só quer saber de festas e mulheres.

Eu até controlo um pouco seus gastos, mas ele acaba sempre me pedindo mais e eu nunca consigo negar, mas agora realmente estou preocupado com ele, já tens uns dias que ele não retorna minhas ligações, nem responde minhas mensagens, desde que ele foi morar em Nova Iorque, que eu quase não tenho notícias suas, da última vez ele até me disse que tinha encontrado a mulher da sua vida, mas não dei muita importância, afinal já tinha ouvido isso da boca dele várias vezes, e ele sempre estava com uma mulher diferente a cada hora, por isso não dei crédito algum ao que ele disse, além do mais ele tem apenas 20 anos, e nem deve saber o que é amor de verdade, mas se ele não me der nenhum retorno eu o farei voltar para Manhattan a força ou cortarei suas mordomias até ele criar juízo.

Termino minha corrida, mas dessa vez corri tanto que precisei sentar um pouco nas escadas do prédio onde eu moro para recuperar o fôlego, antes de subir para a minha cobertura.

Sem Nathan aqui eu acabo me sentindo muito sozinho, depois que nossos pais se foram eu não tive mais tempo para namorar, apenas ficava com algumas mulheres, mas era apenas sexo, afinal minha vida se resumiu quase que exclusivamente aos cuidados do meu irmão e da empresa, mas agora eu sinto falta de ter minha própria família, eu ainda não achei uma mulher certa pra mim, e pra falar a verdade eu nem sei onde encontrar já que a empresa ocupa quase todo o meu tempo, sem contar as preocupações com aquele desmiolado do meu irmão.

Volto para minha cobertura, a fim de tomar um banho, pois tenho uma reunião agora de manhã no horário do café e não posso me atrasar.

Arranco minhas roupas de corrida quando chego meu quarto, e já entro no chuveiro, deixando a água quente me relaxar um pouco.

Após um banho demorado, eu desligo o chuveiro, e aproveito para fazer a minha barba que já está um pouco crescida, eu só não me barbeio no fim de semana, mas pra ir pra empresa eu gosto de esta totalmente sem ela.

Escovo meus dentes, antes de seguir para o meu closet, seco bem meu corpo antes de escolher o terno que usarei hoje.

Fico ali sem saber qual escolher para vestir, afinal sou bastante vaidoso, e gosto de ir trabalhar sempre bem alinhado.

Finalmente decido por um terno cinza, com uma gravata cinza escuro para combinar bem com o conjunto que eu escolhi.

Começo a me vestir antes que eu perca o horário, sempre fui pontual, e não gostaria de me atrasar por conta de uma indecisão sobre um terno.

Quando estou completamente vestido, eu pego minhas chaves, celular e carteira, e por último minha pasta, saio do meu quarto, desço as escadas, e encontro Donna preparando algo na cozinha, e imagino que seja meu café da manhã.

-Bom dia senhor Cullen, posso servir seu café da manhã? Ela pergunta assim que me ver.

-Bom dia Donna, não precisa, tenho uma reunião daqui pouco, então tomarei café na empresa mesmo, mas obrigada por perguntar.

-Ramon já desceu para preparar o carro.

-Então já vou indo, tenha um bom dia, Donna, só volto para o jantar.

-Senhor Cullen, desculpa por perguntar, mas o senhor tem notícias no menino Nathan? hoje acordei com um m*l pressentimento, e além do mais, eu estou com saudades dele, vocês dois são como filhos pra mim. Ela diz ficando emocionada.

-Ainda não, você sabe que aquele lá só quer saber de farras, mas assim que eu consegui falar com ele eu te aviso, não se preocupe Donna. Despeço dela outra vez, enquanto entro no elevador.

Donna sempre foi como uma segunda mãe para mim, e o Natan, ela trabalha para nossa família antes mesmo do meu nascimento, e ainda continua cuidando de nós, mais de mim já que moro praticamente sozinho agora sem meu irmão aqui na cobertura.

Desço para a garagem, onde Ramon já me aguardava para me levar me levar para a empresa

-Bom dia senhor Cullen. Ele me cumprimenta enquanto abre a porta do carro pra mim entrar.

-Bom dia, Ramon, preciso que faça uma coisa pra mim hoje. Falo enquanto entro dentro do carro

-É só dizer do que o senhor precisa, que eu farei como sempre.

-Nathan não atende minhas ligações, e estou muito preocupado com seu sumiço repentino, ele sempre fez isso, mas dessa vez estou mesmo muito preocupado.

-Eu vou tentar localizá-lo assim que eu deixar o senhor na empresa.

-Obrigado, Ramon.

Entro na empresa, assim que meu motorista me deixa no estacionamento, eu entro no elevador, até chegar no 20° andar onde fica o meu escritório.

-Bom dia senhor Cullen, já estão todos na sala de reunião, só falta o senhor e a senhora Bailey entrar para a reunião começar.

-Bom dia Sarah, avise a Michelle que já cheguei, e eu tomarei meu café na sala de reunião.

-O seu café já está lá, senhor Cullen, vou avisar a senhora Bailey da sua chegada, e depois da reunião eu passo os outros compromissos que o senhor terá hoje na empresa.

-Tudo bem Sarah, obrigada.

Deixo minhas coisas no meu escritório, e coloco meu celular para carregar, depois vou direto para a reunião.

Michelle deu início a reunião, que durou mais de duas horas, mas finalmente consegui fechar mais um negócio que trará mais alguns milhões para a minha empresa.

Após as assinaturas dos novos contratos, eu me despedi de todos, indo depois direto para o meu escritório, onde ligo meu notebook, mas antes de começar a trabalhar, mas uma vez olho para meu celular e nem uma ligação perdida do meu irmão.

Onde foi que você se meteu, Nathan? Pergunto ficando preocupado.

Começo a trabalhar antes que eu enlouqueça por conta daquele sem juízo, mas logo sou interrompido por uma batida na porta.

-Pode entrar. Digo para quem quer que seja.

-Com licença senhor Cullen, mas eu precisava falar com urgência sobre seu irmão, eu pedir ajuda para o Lopes que finalmente o encontrou.

-Graças a Deus, mas porque que aquele moleque não me ligou? Pergunto sem entender porque Natan está tendo esse tipo de comportamento.

-Senhor Cullen, infelizmente as notícias não são boas. Assim que Ramon diz essas palavras, eu fico apreensivo.

-Como assim não são boas, deixa eu adivinhar, Nathan fez alguma bobagem, e gastou o dinheiro todo que eu lhe, dei e agora o cara de p*u não teve coragem de me ligar, mas quer mais dinheiro? Tendo não pensar no pior.

-É pior que isso senhor Cullen. O que isso significa?

-O que pode ser pior, não vai me dizer que aquele i****a dormiu com mulher casada, e agora está se escondendo de um marido violento? Tendo brincar com a situação, porque não quero dar vazão ao meus maus pensamentos.

-Senhor Cullen, eu sinto muito, mas seu irmão está morto, seu corpo foi encontrado ontem dentro do seu carro.

-Moo..morto? Só pode ser uma brincadeira de m*l gosto.

Continua............