Limpei as lágrimas do meu rosto com as costas das mãos trêmulas e me forcei a levantar da cama. O gesso em meu pé dificultava os movimentos, mas eu não podia me permitir ficar ali. Se eu permanecesse no apartamento que dividia com minha melhor amiga Julia, estaria colocando-a em perigo. Othon, aquele homem perigoso e implacável, havia mandado seus capangas atrás de mim, e eu sabia que não podia olhar para trás.
Com determinação, busquei minhas roupas pelo quarto. Cada peça que eu pegava era um lembrete de como minha vida havia se transformado em um pesadelo. Mas agora era hora de fugir, de deixar tudo para trás. Em uma bolsa, coloquei o pouco que tinha, as lembranças e os sonhos que ainda me restavam.
Vesti uma roupa prática, pensando em como aqueles dias em Londres haviam sido intensos
