Amigas?

790 Words
Juno acordou no fim da tarde sem saber o que fazer, a casa parecia pequena para a sensação que tinha. Assim, pegou um táxi e foi caminhar no shopping. Algumas amigas da faculdade queriam se despedir dela, não estava com vontade de ver ninguém, mas precisava se distrair. Ao sair de casa, notou o carro preto a seguir, era um dos capangas de Saiko. Sempre tinha alguém que a seguia. Quando desceu do táxi no estacionamento do shopping, Juno sentiu vontade de ir até o carro e poder quebrar todos os vidros do automóvel, mas não era possível, nem tinha força para isso, mas realmente estava a beira de um ataque de nervos. Entrou no estabelecimento enorme, o shopping era do tamanho do seu sofrimento. Caminhou pelo shopping olhando peças de roupas que achava bonitas, mas não comprou nada. O dinheiro em sua conta, não era dela, mas sim de Saiko. E queria manter um pouco de sua dignidade, mas achava que a sua dignidade já havia ido embora quando namorou com Jackson. Encontrou-se com quatro amigas na praça de alimentação,. Vivi, Mônica, Lari e Teca. Não eram suas melhores amigas, a sua melhor amiga era Rayra, mas ela estava fazendo uma viagem com a família. Rayra era a melhor amiga que alguém poderia ter, inclusive tinha a protegido de Jackson diversas vezes. Graças a Rayra , Jackson estava morto. Se sentou na frente de suas amigas. __ Temos uma surpresa para você. – Tenho medo de suas surpresas, Lari. – Juno afirmou — É para nos despedir, Juno. Vai mesmo se casar, não vai? __ Vou sim, e me mudo para o Havaí. – Então, venha até a casa da Teca. Ou não gosta de se juntar a quem não tem tanto dinheiro como Rayra? __ Sabe que isso, não é verdade Lari. __ Estou brincando Juno, mas venha, vamos sentir sua falta quando for embora. Juno cedeu, saíram pelo uma saída lateral. O carro preto ficou para trás. Saiko nem saberia que ela havia saído do shopping. A noite caia. Teca morava em um trailer na parte mais afastada da cidade. E Juno se arrependeu de ter acompanhado as amigas até ali, não pela simplicidade, porque a casa de Juno também era simples, mas não ficava quase no meio do nada. Com um monte de árvores frondosas ao redor. Agora, precisava de Mônica para voltar para casa. Mônica era a única que tinha carro. — A surpresa, Lari? Não estão aprontando, estão? Juno havia esperado um bolo ou comemoração de despedida. — A surpresa está chegando. Sente-se na cadeira. Juno se sentou, mas se levantou quando Mônica tentou vendar os olhos dela. As amigas não eram perigosas, isso não, mas pareciam viver em um mundo de liberdade paralela. Juno se levantou e perguntou: – Pelo amor de Deus, o que estão aprontando? – É uma despedida de solteiro. __ Mônica respondeu. Sentiu o sangue gelar. Saiko quebraria o seu pescoço, se sonhasse com isso. Ela perdeu o ar com a constatação. Juno observou a abismada dois gogoboys entrarem no trailer. — Não. não. Aquilo ia acabar m@l. Mas uma música foi ligada, Ela sentiu tonta, o estômago embrulhou. Não podia ficar ali, ainda tentou negociar com as amigas, mas não foi ouvida, pulou para fora do trailer, enquanto as amigas riam e passavam a mão nos homens. Não tinha para quem ligar, a sua melhor amiga que a socorreria, não estava, e já tinha abusado muito da boa vontade de Rayra. Escutou o assobio de um dos homens. A chamando de noivinha. — Não quero que se aproxime. Não concordei com essa despedida. __ E quem vai me impedir? moça bonita, quem está na chuva é para se molhar. Juno correu para a estrada, o gogoboy vestia uma sunga estranha, não a perseguiria vestido assim. Juno ficou desnorteada, se sentiu uma idiot@ por ter acompanhado as amigas, mas não imaginou que era uma despedida de solteiro. Ligou para Saiko, porque queria sair dali. E não teve outra opção. Talvez, ele a machucasse por isso, mas se ficasse na estrada com a noite contando cantigas de t£rror em seus ouvidos, seria pio.r. Mas ele não atendeu. E Juno continuou caminhando para a estrada, se voltasse ao trailer estaria dizendo que queria participar da festa, que parecia mais uma orgi@. Começava a chover, mas Juno não parou. Notou um carro estacionando perto, e sentiu medo, se apressou , quando escutou os passos as suas costas , ela correu, mas foi puxada, ia gritar, mas a boca dela foi t@pada. — Pensei ter dito para você ficar em casa noiva. Saiko, a voz e os olhos denunciavam a raiva masculina. Ele tinha rastreado o celular dela. Juno teria que se explicar.
Free reading for new users
Scan code to download app
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Writer
  • chap_listContents
  • likeADD