Inácio levantou mais cedo do que o habitual, pois era o dia do seu aniversário de 10 anos e teria uma festa enorme.
Seus pais Linda e Bruno tinham organizado tudo e ele estava ansioso pela hora da sua festa.
Filho único e criado numa casa enorme, Inácio quase obrigou o pai a criar uma biblioteca só para ele. Desde que tinha apredido a ler, os livros tornaram-se uma paixão na sua vida.
A sua madrinha Noémia vivia com eles, e era para Inácio uma segunda mãe, visto que os seus pais estavam sempre a viajar.
- Bom dia Dinda. Posso ver o meu bolo agora?
- Bom dia Inácio. E não. O bolo será uma surpresa.
- Por favor Dinda. Eu não digo para a mamãe.
- O que não vais me dizer filho?
- Bom dia mamã. Não é nada.
- Inácio Bruno de Alencar... O que você aprontou agora?
- Calma Linda. Ele só está ansioso com a festa.
- Você o defende demais Noémia.
- Não é isso. Sabes que eu adoro esse menino.
- Eu sei. Por isso também sei que só a ti o posso confiar na nossa ausência.
- Mamãe! Posso ver o meu bolo?
A madrinha não deixa.
- Verás na hora certa meu amor.
Agora vai se arrumar que o teu pai já vem tomar o café da manhã com a gente.
- Sim Mamãe.
Inácio saiu da cozinha obedecendo a mãe. No caminho cruzou-se com Mário, filho de Noémia e seu melhor amigo.
- Bom dia Inácio. Tenho um presente para ti.
- Bom dia. A sério!? Obrigado amigo. O que é?
- Te dou depois do café da manhã.
- Está bem. Vou me arrumar e desço em 10 minutos.
Pontual como sempre Inácio desceu para tomar o café da manhã com os pais.
Mesmo sendo muito reservado, Bruno Alencar era um pai atencioso, e dava apenas o necessário para a educação do seu menino.
- Papai! Posso ir pegar o meu presente com o Mário?
- E posso saber onde vocês vão?
- A loja de brinquedos. O meu presente ainda está lá.
- Está bem. O Paulo e o José vão com vocês.
- Sim Senhor. Obrigado pai.
- De nada filho. Tenham cuidado.
Inácio saiu com Mário. A sua amizade era muito forte e quem os via achava que eram gêmeos.
No outro lado da cidade, Alissa estava muito feliz por ter recebido a sua coleção de livros.
Ela só os tinha que ir buscar à loja de brinquedos de sua Tia.
- Mamãe! Posso ir agora à loja?
A Tia Paula ligou e disse que a minha encomenda já chegou.
- Tem que ser agora?
- Sim Mamãe. Por favor. Eu não vou demorar.
- Está bem. Mas a Larissa vai com você.
- Eu já pedi mamãe. Ela não quer.
- Certo. Eu vou com você.
- Obrigada Mamãe.
Alissa foi ansiosa trocar de roupa e sair para pegar a sua encomenda.
A loja de Paula era o seu lugar favorito... Mas sendo apenas uma criança...... Ela nunca sequer imaginou que a sua loja de brinquedos favorita e amor pelos livros no futuro a levariam a um caminho especial de amor e felicidade.