Capítulo 8

2001 Words
      Emma estava sentada em frente à mesa de seu escritório com um copo de Whisky em uma mão e foto de Ruby na mesa a sua frente. Ela não entendia porque tinha beijado Regina, o fato que mais a incomodava era que ela estava louca para beijá-la novamente. Fechou os olhos e sorveu um pouco do líquido que tantas vezes foi sua companhia nas noites de solidão após a morte de sua esposa. - Eu não posso fazer isso, não é certo. – falou ela ainda de olhos fechados.     Após proferir essas palavras a loira levou os dedos da mão esquerda aos lábios, ainda sentindo o gosto e a suavidade da boca carnuda de Regina, ela sentiu o corpo arrepiar quando lembrou das línguas se acariciando naquele beijo e abriu um pequeno sorriso por lembrar que foi correspondida, Regina também a beijou, o que isso queria dizer? Swan estava em conflito. Como era possível ela ceder assim? Nunca sentiu nada por mulher nenhuma desde que sua Ruby se foi, porque logo com uma desconhecida seu corpo estava reagindo daquela forma.     Emma abriu os olhos e passou alguns segundos olhando a foto da esposa, em seguida pegou o porta retrato e levou o objeto aos lábios dando um beijo no vidro frio. - O que está acontecendo comigo? – perguntou a imagem a sua frente como se assim fosse receber uma resposta. – Eu te amo lobinha, e nenhuma mulher irá ocupar seu lugar eu juro que não sei por que a beijei. – disse bebendo mais um gole de sua bebida e repousando o copo na mesa.     Ela ouviu batidas na porta e pôs a fotografia de Ruby na mesa, em seguida tomou uma postura séria já imaginando quem seria a pessoa que estava batendo na madeira. - Entre. – falou firme.     Ao ouvir a permissão, Lily entrou toda desconfiada, afinal, ela não sabia se Lexie ou Regina haviam contado a sua patroa o que realmente tinha acontecido na varanda. - Mandou me chamar patroa? – perguntou a morena desconfiada. - Eu quero que me conte o que realmente aconteceu na varanda. – disse Swan séria. - Eu já falei patroa, fui ajudar a forasteira a levantar e ela escorregou e ... – ia dizendo Lily, mas foi interrompida pela voz alterada de Emma. - Você acha que acreditei em suas desculpas? – Gritou Emma e bateu forte com a mão na mesa ao ficar de pé assustando a garota a sua frente. - Mas eu estou falando a verdade patroa, a senhora acredita se quiser. – disse Lily e encarou Emma pela primeira vez desde que entrou no escritório. - Não me desafie garota ou será pior para você. – disse Swan indo em direção a Lily que deu alguns passos para trás.     Antes de mais alguma palavra ser dita foram ouvidas mais batidas na porta e em seguida Paloma entra no cômodo avisando que David havia chegado. - Só não mando você sumir daqui agora porque a Ruby sempre gostou muito de você, mas saiba que vou conversar com a Lexie e minha filha não mente para mim. Espero que para seu bem ela confirme suas palavras, do contrário você vai preferir nunca ter vindo para essa fazenda. – disse Swan e seguiu Paloma, deixando uma Lily muito assustada para trás.   [...]       “ Era noite e Zelena estava rodeada de árvores por todos os lados, ela não sabia como havia chegado ali. Estava apavorada, ela não conseguia ver nada e o barulho dos animais a estava assustando cada vez mais. Em determinado momento ela ouve algo se mover atrás de uns arbustos, seu coração acelerou fazendo assim ela acordar do torpor do momento. - Quem está ai? – perguntou ela olhando por todos os lados, mas não obteve resposta.     Fez a pergunta mais algumas vezes e ainda ficou sem resposta, chegando a conclusão de que se tratava de alguma animal ela começou a andar na direção contrária.     Já fazia algumas horas que ela estava andando e a floresta parecia ser igual em todos os lugares, a ruiva já tinha os braços arranhados por conta dos galhos das árvores que tirava do caminho. Quando a exaustão a alcançou a ruiva parou de andar e nesse momento ouviu alguém a chamar. - Quem está ai? – perguntou assustada. - Zel... Zel... – ela ouvia chama-la novamente e sentiu seu corpo tremer, o coração acelerar e um sorriso se formar em seus lábios. - Regina! – falou. - Zel... - Regina, onde você está? – perguntou e ficou atenta para identificar de onde vinha o som. - Zel... – a voz parecia vir de todos os lados e a ruiva não conseguia identificar uma direção para ir de encontro a sua irmã. - Regina onde você está? – perguntou com os olhos marejados sem saber para onde ir.”     Zelena acorda assustada, seu corpo estava banhado de suor e possuía lágrimas em seus olhos, ela tinha tido um pesadelo. A ruiva estava na sala que pertence a Regina no haras da família, desde o desaparecimento da irmã esse era seu lugar favorito, assim a ruiva ficava mais próximo da morena. Ela levantou atordoada com as imagens do sonho na cabeça, parou em frente a mesa de Regina e pegou uma fotografia onde estavam Regina e Zelena mostrando o último troféu que Regina ganhou em um campeonato de hipismo realizado no haras Mills. - Eu vou te encontrar minha irmã. Eu prometo. – disse pegando a fotografia da mesa.   [...]       Ingrid estava em seu escritório acessando suas contas bancárias da suíça e abriu um enorme sorriso ao ver seu saldo atual. - É Regininha, se você achou que ia me deixar na pior estava muito enganada. – falou encostando a cabeça na cadeira lembrando-se da ultima conversa que teve com a morena.     “ Ingrid estava em sua mesa quando ouve a porta ser aberta bruscamente e Regina entrar na sala feito um furacão. - O que aconteceu amor? – perguntou Ingrid assustada. - O que aconteceu? Poupe-me de sua falsidade. – disse a morena jogando uma pasta em cima da mesa na frente de Ingrid. A mulher pegou a pasta calmamente e após verificar seu conteúdo lançou um sorriso sínico. - Ah isso? – disse olhando para Regina. - Me diz que isso é um engano. – Pôs as mãos tremulas na testa. – Por favor Ingrid  me diz que esses documentos estão errados. - Bem, não era para você descobrir sobre isso. Mas já que você sabe a verdade não tenho como negar.     A morena não estava acreditando nas palavras de sua namorada, depois de tudo o que elas viveram, depois de tudo o que Regina fez por ela. A morena estava sem chão. Regina amava Ingrid de verdade, mas depois do que descobriu não tinha como continuar com seu relacionamento. Regina voltou a olhar para Ingrid que não parecia se abalar. - Como você teve coragem de me roubar Ingrid? Depois de tudo o que vivemos, depois de tudo o que conquistamos. – a morena tinha os olhos marejados. – Eu quero você fora do meu haras, fora da minha vida. – falou dominada pelo ódio. - Você não pode me tirar daqui Regina. Eu dei minha vida por esse lugar. – disse Ingrid aumentando a voz. - Ah! eu posso sim. Você é apenas uma funcionária e eu posso demiti-la a qualquer momento.  – a morena estava magoada e por isso resolveu ser dura com Ingrid, apesar de amá-la. - Eu não vou a lugar algum Regina, eu já falei. – insistiu Ingrid. - Estou indo para MINHA casa. E se amanhã você ainda estiver aqui eu vou pôr você atrás das grades e lhe tirar todo o dinheiro que você roubou desse haras, você como advogada sabe que tenho material suficiente para isso. – Disse Regina e saiu batendo a porta.     Ingrid havia dado o sangue pelo haras e não iria perder isso de jeito nenhum, nem que para isso desse um fim em Regina Mills.     Ingrid volta a realidade com o toque de seu celular. Era Duncan. - Espero que tenha boas notícias Duncan. – disse Ingrid assim que atendeu a ligação. - Ainda não senhora. Nenhuma notícia sobre o corpo da Mills. - Duncan, eu quero que você vá ao local onde deixou o corpo de Regina e se certifique que alguém o tenha achado. Se vira, tenho que ter um corpo para essa investigação acabar. Zelena já mobilizou até a guarda nacional para achar a irmãzinha dela que está morta segundo você me garantiu. – disse ela sem paciência. - Claro que ela está morta patroa eu mesmo fiz o serviço. – garantiu ele. - Então traga o corpo dela seu incompetente. – Falou Ingrid encerrando a ligação.   [...]       Emma estava ao lado da cama de Regina vendo David examiná-la. A morena ainda tinha no rosto uma expressão de dor. David aplicou um medicamento para passar a dor e recomendou que ela ficasse em repouso por uns dias para que sua recuperação fosse mais rápida e que não movesse o braço do lado afetado evitando assim que ela sentisse dor.     Emma acompanhou o amigo até o carro e voltou para o quarto da morena. Regina estava quase adormecendo quando escutou a porta abrir. - Como se sente? – perguntou a loira sentando na cama. - A dor está passando. – falou desviando os olhos de  Emma.     Regina estava um pouco constrangida pelo beijo que elas deram horas antes. Foi Emma que a beijou, mas ela retribui e gostou de sentir os lábios de Swan sobre os seus. Regina queria muito beijá-la novamente, mas não estava certa se era o certo fazê-lo, afinal, ela não lembrava quem era, não sabia se tinha alguém em sua vida ou na vida da loira, sabia que Emma era casada apesar de nunca ter visto sua esposa ou ter escutada sobre ela. Talvez estivesse viajando, ela não sabia o que pensar estava muito confusa. Foi tirada de suas divagações pela voz da loira. - Regina... precisamos conversar sobre... o beijo. – disse a loira com receio. - Eu sei desculpe por isso. – pediu envergonhada. - Não precisa se desculpar, afinal, foi eu quem te beijei. Mas acho que não deve se repetir. - Ok! Não irá se repetir. – disse Regina e sem perceber a tristeza tomou conta de seu rosto. - Ei, tem certeza que está bem? – perguntou Emma acariciando o rosto de Regina. - Sim. - Vou deixar você descansar. – Disse Emma depositando um beijo na testa da morena.     Regina fechou os olhos aproveitando aquele contato, sentiu os lábios de Emma tocar a lateral do rosto, depois o outro lado em seguida sentiu Emma roçar o nariz no dela, as bocas estavam muito próximas, as duas mulheres já tinham as respirações alteradas. - Emma... – sussurrou a morena. - Eu... – sussurrou Swan que tinha os olhos fechados. - O que você está fazendo? - Eu não sei. – disse Emma roçando os lábios nos de Regina.     O toque era lento, calmo, delicado, cheio de vontade. Regina totalmente entregue ao momento entreabriu os lábios incentivando Emma a beijá-la e acabar com aquela tortura, e assim Swan o fez, deu inicio a um beijo lento e delicado, ambas tinham as respirações descompassadas, seus corpos estavam arrepiados e os batimentos acelerados Regina tocou a língua nos lábios de Swan que deu início a um beijo urgente, as línguas duelavam por dominância e se não fosse preciso respirar elas continuariam com aquilo a noite toda, mas ar se fez necessário e elas tiveram que cessar o beijo. Ficaram com as testas coladas e de olhos fechados até as respirações normalizarem. - Eu não sei o que está acontecendo comigo... mais não consigo evitar a vontade de te beijar. – disse Swan deslizando os lábios pelo rosto da morena. - Então me beija Emma. – sussurrou Regina que no mesmo instante teve os lábios tomados pela boca sedenta de Swan.
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