Capítulo 6

1573 Words
  - Regina –       Acordei sentindo dores por todo meu corpo. Até respirar era uma tarefa difícil, não sei bem onde estou e o que está acontecendo comigo, em minha mente existe apenas uma névoa escura não consigo lembrar nada, nem sei como cheguei aqui.     Confesso que estou com medo, não sei de que exatamente, mas sim, sinto medo e tentando me situar começo a analisar o lugar onde estou agora. Me parece um quarto amplo, com alguns móveis espalhados pelo recinto, na tentativa de observar mais detalhes me movo na cama e deixo um gemido de dor escapar, segundos depois aparece em minha linha de visão uma mulher loira. Se já estava assustada agora meu temor aumentou mais um bocado por saber que não estou sozinha. Em seguida a moça pôs a mão em minha testa suavemente e finalmente consegui falar algo. - Quem é você? – perguntei tentando me afastar e mais uma vez senti dores, droga! - Ei, calma. Você está segura aqui, tá tudo bem. - Ela disse de forma mansa e sentou-se a meu lado. - Quem é você? Onde estou? – voltei a questioná-la com certa dificuldade, mas precisava saber, afinal, ela não me respondeu anteriormente. - Meu nome é Emma, Emma Swan. Você está na minha casa. - respondeu com um pequeno sorriso. - O que aconteceu? – perguntei na tentativa de entender alguma coisa. - Você não lembra? – lógico que não lembro senão não teria perguntado não é? Mas para não ser rude apenas balancei a cabeça negando. – Encontramos você desacordada e muito ferida. Você lembra seu nome? – fechei os olhos forçando minha mente, mas não deu certo. Céus! O que está acontecendo comigo? - Não. – respondi sentindo um aperto no peito. - Você levou uma pancada forte na cabeça, talvez por isso essa confusão. Descanse e verá que suas memorias irão voltar. – Disse a loira tão carinhosamente que fiquei até arrependida de sentir medo dela no começo. - Água, você poderia me dar água. – minha garganta estava seca, acho que por conta das palavras que proferi. A verdade é que precisava muito de água, meu corpo clamava pelo líquido. A mulher loira foi em direção a uma mesinha próxima a cama e em seguida voltou com um copo em mãos. Ela me estendeu o objeto e ao tentar pegá-lo gemi mais uma vez. - Eu lhe ajudo. – sentou-se na cama para me ajudar ao perceber que não conseguiria sozinha.     A loira pôs uma das mãos em minhas costas, seu toque era tão suave que até gostei de senti-lo, mesmo que o movimento tenha me feito sentir um pequeno incomodo. Ela levou o copo a meus lábios me fazendo beber aquele líquido delicioso que tanto queria. Enquanto bebia a água, percebi que ela não tirava os olhos de meus lábios e segundos depois seu olhar capturou o meu. Me senti tão segura mergulhada naquela imensidão verde que seria capaz de ficar assim a noite inteira, porem meu corpo começou a me incomodar, praguejei mentalmente por sentir dores, afinal, estava me sentindo totalmente protegida nos braços dessa mulher. - Obrigada. – disse quando a dor estava se tornando insuportável. - Oh! Desculpe. – ela disse um tanto encabulada. Suavemente repousou meu corpo no colchão. Fechei meus olhos respirando fundo tentando controlar a dor e só voltei a abri-lo quando ela falou. - Regina. – ao ouvir esse nome senti uma sensação boa. - O que você disse. – perguntei curiosa. - Está em seu colar. – disse olhando para meu pescoço. - Regina é seu nome? – ela olhava o tal colar. - Eu não sei, mas me é familiar. – disse e fechei os olhos tentando entender porque esse nome me fez sentir bem. - Por enquanto será seu nome então, o que acha? – falou sorrindo e achei lindo, como reflexo esbocei um sorriso também. - Eu gostei. –falei me sentindo bem por ser chamada assim. - Bem você precisa descansar, amanhã voltarei aqui para ver como se sente. Boa noite. – disse e foi se retirando. Respondi também com “um boa noite” e ela saiu fechando a porta.     Após a saída de Emma, fiquei olhando a porta por mais algum tempo. O medo que estava sentindo assim que despertei diminuiu, pois, estava em um lugar onde estavam cuidando bem de mim e me sentia segura na presença da loira. Fechei os olhos forçando um pouco minha mente, precisava saber quem eu era, e o que aconteceu para eu estar nessa situação. Minha cabeça começou a doer um pouco e lentamente fui vencida pelo sono. [...]     Pelo que me falaram já faz mais de uma semana que estou aqui, na casa de Emma Swan. Tento a todo o momento lembrar-me de alguma coisa. Mas por mais que me concentro, por mais que forço minha mente, nada me faz lembrar o que aconteceu, isso me deixa totalmente frustrada, talvez eu tenha família e eles devem estar loucos por conta do meu desaparecimento, ou talvez não tenha ninguém, afinal, estou aqui a mais de uma semana e segundo Emma ninguém veio me procurar.     Emma, ela vem me ver todos os dias desde que acordei e me ajuda de várias formas. Quando preciso ir ao banheiro, com minha alimentação, conversando comigo quando não consigo dormir por causa da dor que ainda sinto em algumas partes do meu corpo.     Ela me contou que quando me acharam, todos pensaram que não sobreviveria. Segundo Emma eu estava muito machucada e acredito nisso porque ainda é difícil me mover.     Emma disse que não comunicou ao xerife sobre mim, pois, ela tem medo de que a pessoa que fez isso comigo esteja por perto e ao ficar sabendo que sobrevivi venha atrás de mim e eu concordo com ela, não me lembro de nada, mas sinto na pele o quanto essa pessoa foi c***l.     Sou muito grata às pessoas que me salvaram, são pessoas muito boas e atenciosas. Não sei exatamente quantos são nessa casa, mas as que conheci me tratam super bem. Granny é uma senhora muito simpática e cuidadosa, sempre perguntando se estou bem, se preciso de algo, pelo que entendi Granny é avó da esposa de Emma, mas eles não falam muito sobre ela. Tem também uma moça muito meiga que trabalha para a família de Emma, Belle é seu nome, ela é a que passa mais tempo em meu quarto e é ela também que me ajuda com o banho, não é bem um banho mesmo por que não consigo ficar muito tempo em pé, mas enfim, gosto muito da sua companhia. Sou tirada de meus pensamentos com a porta se abrindo. - Bom dia senhora. – me cumprimenta Belle. - Bom dia Belle. Me chame só de Regina por favor. – respondo a ela. - Desculpe Regina. – sorri. – Granny está preparando seu almoço, prefere tomar seu banho agora? – me pergunta próximo à cama. - Por favor, Belle, estou morrendo de calor. – falei sem graça, mesmo ela sendo ótima, não me sinto bem por ela me ver sem roupa.     Belle foi ao banheiro preparar meu banho, após alguns minutos voltou e me ajudou a levantar e fomos ao banheiro. O banho foi rápido, como sempre era. A menina me ajudou a vestir a roupa com todo o cuidado do mundo. Quando me acomodei na cama a porta mais uma vez se abre e Emma entra com uma bandeja na mão acompanhada por uma garotinha linda que era sua cópia, provavelmente sua filha. - Bom dia Regina, como se sente hoje? – perguntou com seu sorriso de sempre e pôs a bandeja em uma mesinha que havia no quarto. - Bem. – sorri para ela e em seguida para a garotinha. - Trouxe alguém que estava louca para te conhecer. – sorriu e trouxe a garotinha pela mão. – Essa é Lexie Swan, minha linda filha. – falou toda orgulhosa. - Oi princesa. Sabia que você é linda? – falei sorrindo e o rosto de Lexie ficou um pouco vermelho. - Oi. – disse a garotinha envergonhada. - Trouxemos seu almoço. – disse Emma pegando a bandeja e pondo em meu colo.     Com um pouco de dificuldade comecei a levar a colher a minha boca. Há alguns dias comecei a me alimentar sozinha foram recomendações médicas que eu começasse a me movimentar. Conversamos sobre alguns assuntos sobre a Lexie que no começo estava envergonhada, respondendo apenas quando eu ou Emma perguntava, mas após alguns minutos a garotinha se soltou mais e chegou ao ponto de quase não parar de falar.     Fiquei sabendo sobre seus coleguinhas da escola, sobre o cavalo Sansão que ela parece amar muito ela prometeu me levar para conhecê-lo assim que possível, me falou sobre sua tia Paloma, que ainda não conheci, sobre Emma por quem percebi que Lexie tem admiração, só não comentaram nada sobre outra mãe da garota, fiquei tentada a perguntar, mas não quis ser curiosa, pelo menos não agora.     E assim passou o dia, em um determinado momento Emma precisou se ausentar e inconscientemente fiquei triste. Ficamos no quarto Lexie, Belle e eu, a garotinha é um amor de pessoa, muito esperta e carinhosa, sua presença estava me fazendo muito bem.     Na hora do jantar Granny veio buscar a loirinha e me informou que logo trariam minha refeição. E mentalmente pedi que fossem Emma e Lexie que o trouxesse. 
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