Capítulo 15

2160 Words
Já fazia alguns minutos que Regina estava desacordada e nada de David chegar, essa demora estava acabando com Emma. A loira não admitia que algo acontecesse com sua morena principalmente depois de toda a entrega de ambas. Emma tinha medo que Regina tivesse algum problema sério e o pior, ela tinha medo que essa dor de cabeça a fizesse esquecer tudo sobre elas. Tentando deixar esses pensamentos de lado Emma voltou a fitar sua morena e a acariciar o rosto delicado de Regina. Talvez fosse muito cedo para tal sentimento, a loira que estava tentando entender o que sentia pela morena já a um tempo agora tinha certeza que estava apaixonada por Regina, o medo de perde-la ao vê-la ali desacordada fez com que essa certeza invadisse seu coração com todas as forças e faria de tudo para amar sua rainha como ela merece. Mesmo se ela vier a recuperar suas memórias, mesmo se ela tiver alguém em sua vida, mesmo assim Swan não iria desistir de sua rainha. - Minha morena, o que aconteceu com você? Porque não acorda? – perguntou a loira se inclinando para frente e tocando levemente os lábios de Regina com os seus. “- Você é muito ingênua se achou que eu iria perder tudo o que lutei para conquistar. – Dizia a voz de uma mulher que Regina não conseguia ver o rosto. - O que você quer? – gritou a morena que estava amarrada em uma cadeira. – Não basta estar nos roubando, vai me deixar presa? – perguntou brava. - Presa?! – gargalhou. – eu vou acabar com você sua i****a. Eu realmente gostava de você, mas depois que descobriu tudo percebi que ter você aqui não é mais seguro. Você só me traria problemas. – se aproximou de Regina. – prefiro o seu dinheiro. – disse e desferiu um tapa no rosto da morena. – Adeus! Pode fazer. – disse ao homem que havia sequestrado a morena e saiu do quarto sorrindo. Ao ver a mulher sair Regina se desesperou. - o que ela quis dizer com acabar com você? - Se perguntava a morena. A resposta veio em seguida com um soco em seu rosto seguido de vários outros. Regina chorava a cada golpe e suplicava para que o homem parasse, até que não aguentou mais e perdeu os sentidos. Emma que estava com a cabeça encostada ao peito de Regina afastou-se para olhá-la quando a morena começou a gemer ainda de olhos fechados. A loira sentiu seu coração apertar quando percebeu que sua morena chorava enquanto proferia tais gemidos. - Regina. – chamou pondo uma mão na lateral do rosto da morena fazendo carinho com o polegar. - NÃO! ME LARGA! – gritou Regina se debatendo na cama assustando a loira a seu lado. - Regina, calma sou eu. – dizia a loira tentando abraça-la. - Me larga. Para! – continuava a morena tentando se soltar de Emma. - Meu amor... sou eu. – a loira também tinha lágrimas nos olhos, estava tão aflita com o estado da morena que não percebeu como a havia chamado. - Emma! – disse Regina ao reconhecer a voz da loira, em seguida se jogou nos braços de Emma que a abraçou forte. - Tá tudo bem. – disse a loira acariciando os cabelos de Regina que ainda chorava. – Eu estou aqui, vai ficar tudo bem. Nesse momento a porta do quarto é aberta e David entra com Paloma e a pequena Lexie que corre para a cama. - O que foi Gina, porque estava chorando? – perguntou a garotinha passando as mãozinhas no rosto molhado pelas lágrimas. - Deixa o tio David cuidar dela meu amor. – pediu Emma pegando a filha no colo. David fez os procedimentos para verificar o estado da morena, quis saber o que realmente aconteceu com Regina. Depois de escutar todo o relato o médico fez algumas anotações e sugeriu que Emma a levasse ao hospital da cidade vizinha para fazer alguns exames. - É possível que as memorias estejam voltando, por isso a dor de cabeça. – Olhou pra Emma. – Por isso é melhor ela fazer esses exames. – Entregou o papel a Swan. [...] Após a saída de Ingrid, Killian ficou sentado no chão ao lado do sofá onde Zelena estava. O moreno não queria acreditar que sua irmã havia morrido, Regina não fazia m*l a ninguém, pelo contrário, todos que a conheciam gostavam dela, mesmo ela sendo bastante exigente no haras, todos sabiam que era só no ambiente de trabalho que ela era assim. Não era justo isso ter acontecido com ela. O rapaz é tirado de seus devaneios com murmúrios de Zelena. - Kill, o que aconteceu? – perguntou ela sentando no sofá. - Como você está? – perguntou ele preocupado. Zelena não respondeu, pôs as mãos no rosto lembrando tudo o que foi dito naquela sala antes dela perder os sentidos voltando a chorar, ficou assim por algum tempo, em seguida enxugou as lágrimas e levantou de repente assustando o irmão que também levantou. A ruiva começou a vasculhar uma de suas gavetas tirando tudo o que tinha dentro e jogando em cima da mesa. Xingou quando não achou o que buscava e começou a vasculhar a outra gaveta. - O que você está fazendo? – perguntou Killian sem entender. - Estava aqui Kill. – disse ela sem olhá-lo. - O que você está procurando? - O cartão do Ethan. – disse ela como se fosse óbvio. – Ele vai encontra-la eu sei que vai. – continuou se desesperando por não encontrar o tal cartão. Killian vendo estado atordoado da irmã foi até ela e segurou suas mãos fazendo a ruiva parar e fita-lo. - Zel. – falou baixo. – o detetive não vai resolver dessa vez, nossa irmã se foi. - completou ele. - NÃO! – gritou ela soltando as mãos das de Killian. – Regina está viva. Eu sei que está. Eu sinto isso Killian. – disse com lágrimas descendo de seus olhos. - Mas a Ingrid... - Ela está errada! – afirmou a ruiva impedindo que Killian completasse sua fala voltando a procurar o cartão do tal detetive. Killian vendo que não faria a irmã mudar de ideia saiu da sala de Zelena e foi fazer o que sempre fazia quando estava triste, encher a cara até esquecer o nome. [...] David terminou de examinar Regina e Emma o acompanhou até o carro fazendo mais algumas perguntas sobre o desmaio da morena. A fazendeira estava feliz por Regina ter acordado bem e principalmente por não ter afetado sua memória atual, só ela sabe o alívio que sentiu quando Regina chamou seu nome ao acordar. - Obrigada Dave por ter vindo tão rápido. – falou a loira sorrindo. - Não precisa agradecer Emma. – retribuiu o sorriso. - E leve a Regina para fazer aqueles exames, será importante para a avaliarmos melhor. Eles se despediram e quando o carro do médico passou pelo portão da fazenda Emma voltou para a casa grande, porém, ao chegar a varanda teve seu braço seguro o que a fez virar. - O que está fazendo? Enlouqueceu garota? – falou Emma ao se deparar com Lily. - Já encontrou outra para comer e me largou de lado? – Perguntou com raiva. - Isso lá são modos de falar comigo sua insolente? – bradou Swan puxando o braço do agarre de Lily. - Eu sempre estive aqui para satisfazer suas vontades. – disse a garota se aproximando de Emma. – Mas depois que aquela v***a chegou você me deixou de lado, por que?. - Veja bem como você se refere a Regina. – disse Emma entre dentes. – e eu nunca prometi nada a você e se eu te comia como você diz, era porque você se jogava para cima de mim. – continuou a loira. - Eu posso continuar te satisfazendo patroa.... - Lily Não! – interrompeu Emma. – Não voltará a acontecer mais nada entre nós. - Mas patroa, eu te amo sempre te amei. – implorou a garota. - Lily. – Emma respirou fundo, ela se sentia responsável por esse sentimento que cresceu na garota, mesmo ela sendo sempre tão rude e não demonstrar nenhum tipo de carinho, mas agora ela estava apaixonada por Regina e não a trocaria por ninguém. – Eu sei que não deveria ter começado com isso, sinto muito por você ter se apaixonado por mim. – Pôs as mãos na cintura. – Mas, não irá mais acontecer. – disse e se virou para entrar, mas, voltou quando ouviu a frase de Lily. - Se você acha que aquela v***a desgraçada vai te fazer feliz está muito enganada. – disse a garota. - Eu já falei para você medir as palavras para falar da Regina. – Disse Emma segurando um braço da garota com força. - Está me machucando. – disse Lily sentindo o aperto em seu braço. - Eu não vou tolerar que você falte com respeito a Regina, está ouvindo? Se não se sentir bem com isso pode ir embora. – disse Emma empurrando o braço de Lily e entrando apressada. - Você vai se arrepender por isso, sua i****a. – sussurrou Lily passando a mão no braço no local que Emma apertou. Emma chegou à frente da porta do quarto, parou ali por um tempo respirando fundo antes de entrar ela precisava se acalmar, não queria que Regina a visse assim. Ao adentrar o quarto toda a sua raiva se dissipou ao ver a linda cena a sua frente. Regina estava deitada na cama e Lexie a seu lado acariciando o rosto da morena que sorria com algo que a garotinha contava a ela. Ah! Esse sorriso deixava Emma mais apaixonada ainda, quando Regina sorria era como se tudo de r**m se esvaísse, dando lugar as coisas mais belas do mundo. Emma passou por muitos dias tristes em sua vida, mas desde que Regina chegou em sua casa esses dias não mais existiam, pelo contrário a loira estava se sentindo a mulher mais feliz do mundo, tendo duas mulheres maravilhosas, sua filha que tanto ama e a sua rainha que descobriu amar profundamente. Com um lindo sorriso a loira foi para a cama se juntar as duas. - O que essas duas lindas mulheres estão aprontando? – Perguntou sorrindo lindamente, recebendo um olhar apaixonado de Regina. - Mamãe, estava contando para a Gina a história que eu li hoje. – sorriu orgulhosa. – Quer ouvir também? - Claro meu amor. – disse Emma sorrindo e se acomodando ao lado de Regina. Emma ficou ali ao lado de sua amada ouvindo sua pequena contar a história com toda a animação do mundo. Vez ou outra a loira se pegava admirando Regina que dava atenção a história de Lexie. Ficaram assim por quase duas horas conversando até que Granny veio chamar Lexie para o banho e depois fazer um lanche. Assim que a garotinha saiu do quarto, Emma puxou Regina para seus braços e a abraçou forte. - Como está se sentindo minha rainha? – perguntou Emma beijando os cabelos da morena. - Estou bem. – respondeu se aconchegando nos braços de Swan. - Eu senti tanto medo quando você desmaiou. Pensei que tinha te perdido. – confessou Emma beijando o rosto da morena. - Não precisa ter medo. – sorriu e levou a mão ao rosto da loira. – Eu estou bem. – falou e capturou os lábios de Emma. Elas se beijavam carinhosamente, sentindo cada roçar de lábios, cada toque de língua, cada gemido que era proferido. Naquele momento a loira decidiu que não perderia mais tempo, criou coragem e deixou vir a tona todo o seu sentimento. - Talvez seja muito cedo para o que eu vou dizer. – A loira encarou os olhos da morena ao fim do beijo. - Eu amo você, Regina eu te amo de uma forma que não sei explicar. – sussurrou Emma e sentiu a morena estremecer em seus braços. - Emma... - Ei, não precisa dizer nada. – falou cortando a fala da morena e voltando a beijá-la, para a loira não importava se a morena sentia o mesmo, ela só queria demonstrar seus sentimentos. A morena correspondeu ao beijo sentindo seu corpo todo arrepiar e uma energia percorrer por todos os seus músculos e ao se dar conta das palavras ditas por Swan ela sorriu de encontro aos lábios da loira. Regina sabia que também a amava e por vezes ficava se perguntando se algum dia teria esse sentimento correspondido, mas agora, após ouvir as palavras de Emma, ela estava se sentindo muito feliz. - O que foi minha rainha? – perguntou Emma. - Você.... – continuou sorrindo. - Eu, o quê? – A loira não estava entendendo nada. Regina deslizou seus lábios lentamente nos da loira e sussurrou. – Não sei como nem quando isso aconteceu, mas eu também amo você Emma Swan.
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