Capitulo 3

1107 Words
Aviso... Víbora... Meu nome é Ana Julia Bezerra, tenho 23 anos, na família me chamam de Julinha na comunidade meu vulgo é víbora e no asfalto dr. Ana Bezerra. É isso mesmo doutora, sou advogada, mesmo nascida no crime sempre estudei e busquei ter uma boa educação e etiqueta, para não ser mais uma favelada leiga refém de uma sociedade preconceituosa e machista que acha que mulher só preta para colocar filho no mundo, trepa e cuidar da casa. Eu sou tudo que o sistema odeia, n***a, gorda, cabelos afros, fora do padrão da beleza e estética, moro em comunidade e o pior estudada, sei falar muito bem, sei ler escrever, tenho um ótimo senso critico e sou muito abusada, não levo desaforo para casa. E eu uso tudo isso ao meu favor, para alcançar meus objetivos. No momento estou trabalhando em provara para meu pai que meu irmão está armando alguma coisa contra dele, no baile de coroação da nova sub do morro e a futura sucesso do grande n***o. Sempre corri com meu pai para tudo desde que minha mãe morreu de câncer que eu venho cuidando do meu pai e limpando as merdas do meu irmão ele é dois anos a mais que eu, porem responsa nenhuma, vive vacilando na quebrada e os parceiros só não chamou ele pra ideia em consideração ao meu pai. E até a mim, pois tenho ganhado respeito na marra com esses homens que se acham os machões. Meu pai tem medo de morrer e me deixar sozinha, ele esta louco que eu case com o filho do meu padrinho o Marcelo, vulgo Tuca, eu não quero e nem consigo me imaginando casando com ele dermos uns beijos, mas não passou disso. Nem me imagino casada com ele. Um homem fútil, sem conteúdo não tenho muita paciência com isso. Eu mesmo com toda minha malandragem eu ainda sou virgem e penso em permanecer assim por bom tempo, eu não tenho preconceito em me envolver com alguém do morro ou até mesmo do trafico, afinal seria até hipocrisia da minha parte, mas eu quero alguém que quando eu olhe eu sinta algo especial igual minha mãe pelo meu pai. Mas enquanto isso não acontece foi seguindo da vida sem me envolver com alguém de verdade. Estava na quadra terminando de ajustar as coisa para o baile quando meu radio toca. Negão: Ju é o papai, vem aqui na boca. Víbora: ou pai. Aconteceu alguma coisa? Negão vem aqui quero b*******a ideia contigo. Víbora: marca 10 e eu encosto ai. Negão: fala direito menina, afinal voce é doutora. Víbora: sim senhor, me aguarde que eu já estou chegando. Desculpe a demora. Desligo o radio pego minha moto e parto a até a boca. Quando meu pai me chama assim é porque teremos alguma novidade, pesada no ar. Chego na boca e já vou entrando. Víbora: oi pai. O que está acontecendo? Negão: seu padrinho veio aqui b*******a ideia comigo, que me deixou bolado Víbora: o qual foi a fita? Negão: o choco veio aqui e disse que seu irmão estava passeando e trocando ideia com o povo do alemão. Víbora: como é? O Marcos no alemão será? Negão: então eu não sei, mas o choco disse que uns informantes dele ponta firme que passou a informação. E ele está desconfiando que o Marcos esteja armando alguma coisa, e que vai vir à tona no dia do baile. O que voce acha? Víbora: então tem fundamento porque ele nunca vai aceitar eu ser a sua sub, e futura dona do morro. Outra coisa todo mundo sabe que o alemão quer ver a gente pelas costas e o jacaré não gosta do senhor, e está louco para tomar o morro. E se o Marcus esta transitando por lá, aí tem armação é bom a gente fica de olho aberto. E dar uma reforçada na segurança Negão: mas será que ele teria essa coragem de colocar nossa vida em perigo? Será que ele iria me trair desta forma? Víbora: pai vou lhe falar uma coisa, o Marcos esta se sentindo traído, pelo fato dele ser o filho mais velho, pelo fato dele ser o homem, pelo fato dele estar no crime a mais tempo, tudo isso é motivo e situações para ele não aceitar sua decisão. Eu sou mulher, nova, como ele diz que ando com deus e com d***o, pelo fato de eu ser advogada, enfim olha para mim pai, uma mulher de 1,50 de altura, toda redondinha como eu sou, pode ser toda de alguma coisa? Negão: filha eu nunca lhe olhei desta forma, e penso que voce é mais homem que muito homem. Víbora: eu sei disso, voce sabe disso, e ele também sabe disso, mas de saber a aceitar tem muita diferença. Mas eu vou ficar de olho e fortalecer o movimento para não dar problema. Negão: beleza filha vamos ficar de olho, e eu vou mandar um pessoal ficar de olho no Marcos. Vai dar tudo certo. Víbora: ta bom pai, vou agilizar isso o mais rápido possível. Mas quero deixar uma coisa clara, se essa história for verdade, desta vez o Marcos senta no colo do tio Lu. Negão: filha ele é seu irmão. Víbora: f**a-se se ele estiver bancando o traíra, vou subi o gás dele, mesmo porque se a nossa família nós trai imagina os demais. já era o senhor vai ficar sem filho e já era. Vou nessa tenho umas coisas para fazer aqui antes de descer para o asfalto. Saio da boca já com ódio nos olhos se eu pegar meu irmão, e ele vacilar nas ideia, ele vai ter uma conversa com o tio lu rapidinho. Ele pensa que eu sou i****a trouxa, meu pai ele pode enganar, mas eu não. Eu sei que o Marcos é invejoso, sem vergonha, eu disse para meu pai que eu iria ver as coisas do baile, mas na verdade eu fui na goma do meu padrinho, ele sempre correu com meu pai, e nunca se deixou levar pela safadeza do meu irmão. Eu sei que o Marcos não tem caráter, que por causa de um papelote ele vende até a mãe. Por isso fui até lá vou bater essa ideia com o meu padrinho, certinho, para saber o que pega e quem são esses olheiros que ele tem no alemão e porque ele esta com informante no alemão para qual fim é esse contato? Eu amo meu padrinho como se fosse meu pai, mas se eu descolar que ele esta de caô e com ideia errada a gente também vai para as ideias.
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