SANGUE DOURADO E AZUL TURQUESA

SANGUE DOURADO E AZUL TURQUESA

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Depois de tanto tempo, Mamon finalmente conseguiu trazer o filho para o seu reino infernal, mas depois de todos descobrirem que Benjamin na verdade não é um simples humano, e sim um príncipe, herdeiro de Leviatã, as coisas começam à sair dos trilhos, o que claramente deixa Mamon irritado, embora não possa controlar os desejos do filho em relação à Benjamin, que resolveu viajar para o domínio do seu pai para conhecê-lo melhor, levando consigo Amon. Sozinho e desolado, Mamon não sabe o que fazer para resolver toda a situação, mas após der invocado por engano por um humano, as coisas começam à ficar definitivamente interessantes e... Quentes. E apesar da relação entre eles ser intensa, Landon não abaixa a cabeça para Mamon, que agora como novo objetivo domar seu curioso humano.

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01
Mamon, o milenar demônio da riqueza e dono de um dos mais importantes territórios de todo a dimensão infernal, soltou um grunhido de pura irritação, sem sequer se preocupar em esconder isso. Para os humanos, que tinham uma visão muito vaga, porém não completamente errada, Mamon era o demônio ligado ao acúmulo de bens materiais, à quem deveriam chamar e implorar por um pacto caso fossem tolos o suficiente para se atrevem à fazer um acordo com um ser da terceira dimensão. Mas o grande corvo branco (como era chamado por boa parte dos indivíduos da sua própria espécie) ficou conhecido como "demônio da riqueza" justamente por ter o reino infernal mais rico, com mais ouro, diamantes, minas de tudo quanto fosse material e diversas outras outras. O fato de ter tudo o que queria por milhares de anos deixou Mamon incrivelmente egoísta, e se tinha uma coisa que ele definitivamente odiava, era não estar no controle das situações. Mamon odiava ser pego de surpresa. Para um ser que já havia vivido milhares de anos, um dia se passava em um piscar de olhos, e eram justamente simples acontecimentos em um dia comum que poderiam abalar a estrutura de mundos inteiros, e isso deixava o demônio incrivelmente irritado. Ele não gostava da imprevisibilidade do dia a dia e nem de ser bruscamente tirado da sua fática rotina. O demônio soltou um suspiro longo novamente e voltou à encarar os diversos papéis na sua mesa. O escritório de Mamon ficava no subsolo da sua enorme mansão e tinha curiosamente um formato circular, com uma mesa de madeira de cerejeira no centro dele. O chão era revestido de um carpete branco, havia estantes cobrindo boa parte das paredes circulares da esquerda, enquanto documentos ficam nas prateleiras e gavetas da direita, deixando um espaço de cerca de três metros entre os dois agrupamentos distintos de estantes. Esse espaço era preenchido por um gigantesco mapa retangular, que era uma réplica exata do mundo de Mamon, com todos os reinos e cidades infernais cuidadosamente demarcadas em alto-relevo, e além disso, o mapa era enfeitiçado para mudar instantaneamente caso alguma coisa mudasse na vida real. Apesar do cômodo estar pouco iluminado, Mamon enxergava perfeitamente os documentos que estavam sobre a sua mesa. A visão sobrehumana era apenas mais uma das suas inúmeras habilidades. Ele estava passando os olhos sobre as letras de forma rápida, apesar de não estar lendo (e entendendo) de verdade o que estava escrito ali, pois sua mente estava em um lugar completamente diferente. Mamon não se importou à ter que esperar mais de vinte anos para finalmente conseguir levar Amon para o seu reino. Para um ser que viveu por milênios, aqueles vinte anos iriam se passar num piscar de olhos. Mas o que definitivamente estava irritando Manon era o fato de que quando finalmente havia conseguido trazer o filho para casa, um erro de cálculo mudou rapidamente as posições das peças de xadrez que eram aquilo tudo. Mamon se amaldiçoou internamente por ter trazido consigo também o principezinho que estava com as tripas praticamente saltando para fora da sua barriga naquele dia na neve. No calor do momento, o demônio só pensou em agradar o filho, trazendo seu amante também para que ele não se sentisse tão solitário nos primeiros dias. Um humano à mais não iria fazer diferença alguma para Mamon, mas ele grunhiu baixinho ao perceber que deveria ter sido bem mais cuidadoso. Benjamin em si não possuía um cheiro de magia, como qualquer outro bruxo teria, e isso deixou Mamon bastante confuso, pois Leviatã também era um dos príncipes infernais mais poderosos (O corvo branco jamais admitiria, mas sabia que a influência de Leviatã era maior que a sua naqueles tempos). O problema era que mesmo não possuindo o cheiro característico da magia, aquele rapaz definitivamente possuía um cheiro... Não humano, que no calor do momento foi completamente ignorado por Mamon, pois na segunda dimensão, de onde os dois rapazes eram (a "terra", como muitos gostam de chamar) também contava com seus próprios seres mágicos, apesar de serem poucos. Mamon pressupôs que o cheiro curioso poderia ser por Benjamin ter sangue de algum lobisomem, fada, ou qualquer coisa do tipo, dissolvido através das gerações, e não que o rapaz fosse simplesmente A p***a DE UM DESCENDENTE DIRETO DE LEVIATÃ. não um demôniozinho simples que você encontra por aí, MAS SIM LEVIATÃ. Mamon voltou à se concentrar nos papéis e tentou tirar toda essa história da mente, embora fosse praticamente impossível. Já passava algumas semanas desde a fática visita do lobo n***o ao seu território, trazendo consigo aquela infame verdade e convidando o filho à ir conhecer seu próprio reino infernal, onde teria um lar e viveria como príncipe se quisesse. À princípio Benjamin claramente negou, já que não conhecia o homem à sua frente, e querendo ou não, o rapaz moreno confiava bem mais em Mamon (com quem teve três dias de contato) do que em Leviatã, mas a curiosidade para conhecer um pouco mais sobre seu pai rapidamente falou mais alto, não que isso fosse o problema da questão. O problema definitivamente foi arrastar junto Amon, SEU FILHO, para o Reino de Leviatã. Eles iriam passar apenas alguns dias lá, e Mamon sabia que ninguém jamais tentaria machucar seu herdeiro, mas mesmo assim não deixou de se preocupar, e agora os dias que passavam em um piscar de olhos simplesmente pareceram travar no tempo. — Senhor? — A voz calma e melodiosa de Basilton, o secretário de Mamon, ecoou vindo da porta. — Pode entrar, Basilton. — Respondeu Mamon, também de forma tranquila, sequer ligando em estar completamente nu, esparramado na cadeira. Demônios não se importavam com nudez, e agora que estava sozinho alí, sem um filho com vergonhas humanas para serem respeitadas, então Mamon não viu porque ficar vestindo um dos seus milhares de conjuntos brancos e Dourados (Ele possuía diversas e diversas outras roupas, mas era narcisista e exibido o suficiente para vestir apenas aquelas que representavam o seu domínio infernal. O branco das penas do circo e o dourado dos seus olhos e garras). — Acordado uma hora dessas, senhor? — perguntou Basilton, enquanto entrava no cômodo, olhando cuidadosamente para o rosto de Mamon, sem percorrer seu corpo com o olhar, apesar de já o ter visto nu milhares de vezes. O seu secretário era um demônio de baixo escalão (termo que Mamon jamais usava para se referir à qualquer outro ser da sua dimensão em voz alta, pois era pejorativo e bastante irritante sequer ouvir alguém falando aquilo). Demônios menos poderosos geralmente possuíam características físicas um tanto peculiares. Basilton por exemplo, que apesar de não se parecer em nada com os monstros vermelhos, nojentos e escamosos que os humanos idealizavam, possuía dentes levemente maiores e mais pontudos, uma pele azul marinho e olhos completamente negros, assim como os cachos escuros. Ele era tão alto quanto Mamon, apesar de ter menos músculos e parecer ser uns anos mais jovem (a aparência de Mamon estava estagnada em algo próximo de vinte e cinco anos, então Basilton deveria ter a aparência de alguém com vinte e três, mais ou menos). — Estou ocupado revisando alguns papéis sobre os nossos compradores de ferro e carvão. — mentiu ele casualmente, recebendo um olhar de descrença e reprovação do outro, que claramente não acreditava nisso e sequer se dava ao trabalho de esconder. Basilton era praticamente a única pessoa alí que falava com Mamon sem medo algum de dizer alguma coisa errada ou ser grosso, talvez pela quantidade de décadas que já trabalhou para o demônio da riqueza, que apreciava bastante o secretário, que também era concelheiro e amigo íntimo. — Está preocupado com seu filho, certo? Ele volta em poucos dias, se não me engano. — Basilton deu de ombros, bocejando profundamente e encarando os papéis espalhados sobre a mesa. Demônios precisavam dormir e comer como qualquer outro ser, apesar de serem imensamente mais poderosos. — Sei disso, Baz. — Mamon soltou um suspiro e voltou à pensar em Amon. O bruxo era definitivamente uma cópia idêntica do demônio, apesar de ter uma personalidade mais amena e calma. Ele chegou tão rápido alí quanto teve de ir embora (Mamon sabia que o filho não tinha ido embora de vez, mas mesmo assim não deixou de pensar de forma exagerada). — Você precisa de ajuda com os papéis? — Basilton perguntou, bocejando novamente. As presas brancas e afiadas chamavam a atenção mesmo na pouca luz do escritório. — Não. Já estava me retirando também. — Mamon dispensou o secretário com um simples aceno de mão, como se dissesse "xô capeta". O gesto faz Baz revirar os olhos e abrir uma expressão zombeteira, antes de começar a andar para fora do escritório em passos silenciosos e tranquilos, enquanto resmungava alguma coisa baixinho. Basilton era uma das poucas pessoas que Amon permitia ser condescendente e debochado com ele, talvez pela longa convivência. Não demorou mais do que alguns minutos para que Mamon finalmente levantasse da poltrona e se espreguiçasse, pretendendo dar um cochilo, mesmo que não estivesse com sono ainda. Mas dormir era definitivamente melhor do que ficar acordado pensando bobeiras, então ele saiu do escritório (ainda completamente pelado) e começou a andar em direção às escadas que levavam para cima. O seu quarto ficava no último andar, e apesar dele conseguir se teletransportar para lá com um simples pensamento, Amon foi andando mesmo, sem ver motivos para desperdiçar seu poder. E além disso, o demônio da preguiça era Belfegor, e não ele. Assim que subiu os primeiros degraus da escada, Mamon sentiu uma leve vibração nos ossos, como se fosse um pequeno formigamento que apesar de ser quase indetectável, era bastante insistente. Ele já havia sentido exatamente a mesma coisa centenas de outras vezes antes, então sabia justamente do que se tratava: alguém estava tentando invoca-lo da terra. Mas quem deveria ser? A única pessoa que entrava em contato com ele era Amon, seu filho, que agora estava na mesma dimensão em que o demônio se encontrava. Então quem raios poderia ser? Mamon abriu um pequeno sorriso ao imaginar que provavelmente seria algum humano t**o tentando fazer um pacto para conseguir riquezas e fama. E após considerar por alguns instantes se deveria ou não atender àquela invocação, o demônio percebeu que estava precisando mesmo de um pouquinho de diversão, e ver algum humano i****a implorando por coisas banais e dando em troca a sua alma era definitivamente divertido. Mamon fez a magia fluir pelas suas pernas, fazendo aquela típica e simples calça preta que sempre usava quando ia até a outra dimensão surgir e se ajustar à sua pele como uma segunda camada, escondendo a sua nudez, mas mostrando bem mais do que deveria (Mamon definitivamente gostava de ver o olhar desconcertado que recebia quando aparecia vestindo aquela calça). Mamon contou mentalmente até quinze sem pressa alguma, como se estivesse se preparando para a viagem que o levaria para o mundo humano (apesar de durar apenas um milissegundo), mas na verdade ele só esperava aquele curto período de tempo para que não passasse um ar de desocupado. Como se caso atendesse à invocação logo de cara, fosse como se estivesse tão desesperado por um pouco de atenção que se rebaixaria à correr para falar com um simples humano. Quando finalmente terminou a contagem, Mamon fechou os olhos e se deixou levar pela invocação, como se desprendesse a sua alma daquela dimensão e deixasse ela fluir como um rio selvagem até a outra. Ele sentiu aquela névoa escura, espessa e estranhamente quente começar a envolver seu corpo quase em câmera lenta, levando-o dali para... Onde quer que estivesse sendo chamado. Mamon só desejava internamente para que isso fosse pelo menos um pouco divertido, e não simplesmente uma boba e irritante perda de tempo.

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