A Dominadora

A minha vida foi traçada desde o momento que Caim matou Abel. O primeiro homicídio na história da raça humana escreveu o destino de milhares de pessoas. O sangue de Abel gritou ao Pai por justiça e ele fez escorrer esse sangue para uma f***a de barro, o mesmo que Deus usou para criar o primeiro casal, Abel não desistiu de clamar até que Deus fez justiça contra Caim; lhe lançando uma maldição que fez com que ele virasse o primeiro sobrenatural dá terra, um vampiro, enquanto Abel se tornou um arcanjo símbolo dá bondade de Deus. Caim se revoltou contra o seu criador começou a proliferar sua própria espécie, sendo condenado a viver eternamente sobre a terra ele quis ter a sua própria criação, porém as metamorfoses aconteceram de acordo com a personalidade de cada pessoa causando a criação de vários seres metamórficos. Algumas pessoas começaram a procurar na escuridão das trevas magia para se proteger do grande exército de Caim, e passaram de pai para filho, criando assim as primeiras famílias sagradas de bruxos e feiticeiros. Abel vendo o que o irmão estava a fazer pediu permissão ao Pai para intervir, do seu sangue que jorrou sobre uma f***a ele criou um homem, metade anjo metade humano capaz de derrotar facilmente o sobrenatural. Assim foram criados os Vânători Umbre, caçadores de sombras, demônios e seres sobrenaturais. Assim foi criado o primeiro dominador, o tipo de caçador que consegui controlar qualquer coisa apenas com um olhar, eram considerados os melhores e mais eficientes até a catástrofe de 1750 quando um grupo de vampiros devastou uma vila totalmente habitada por eles. *** Imagine você descobrir ser algo que a muito tempo tinha sido extinto. Agora imagine descobrir dá forma mais dolorosa possível. Eu tinha dezesseis anos de idade quando tudo começou. Estava deitada em meu quarto reparando as estrelas pela janela, anciosa para que o dia chegasse e eu pudesse voltar a treinar e ser a melhor líder já vista em Paris, meus olhos começaram a pesar e o sono já batia a porta a escuridão me abraçava lentamente e docemente acalmava meu corpo, o último freixo de luz já estava para sumir quando sinto uma dor intensa nas costas; estava queimando meu corpo parecia estar em chamas caí sobre o carpete azul aveludado e gemi de dor, meu corpo se encolhia a cada minuto e eu sentia como se estivesse sendo devorada por aquela dor, e a escuridão me tomou bruscamente. Pela manhã acordei ainda no chão a janela estava aberta mostrando todo o esplendor do sol na linda e imensa Paris os raios dourados invadiam meu quarto e davam um ar mais sofisticado ao tom marfim das paredes a brisa era calma e suave sem pressa pronta para alegrar o dia de qualquer "zangado". Me levantei do chão ainda desajeitada e senti minhas costas pinicarem parei onde estava e fechei os olhos esperando aquela dor agonizante mais uma vez porém ela não veio por um breve instante me senti aliviada mas esse sentimento logo foi mudado quando cheguei a frente do espelho meu corpo não estava como o de uma líder, robusto, forte, firme composto por pernas e braços prontos para qualquer batalha, mas sim uma garota magra com um corpo delineado, curvas acentuadas, rosto delicado, olhar penetrante, tirei minha blusa rapidamente e me virei de costas para o espelho esperei ver a marca de um líder três espirais interligados como um símbolo celta mas não foi bem isso que ocorreu havia três triângulos entrelaçados de uma forma estranha e tenho certeza que essa marca não é de nenhum líder fiquei ali parada na frente do espelho por minutos incontáveis adimirando aquela marca e meu corpo mudado quando ouvi uma batida na porta, era firme e convicta, Mamãe, não demorei para vestir a blusa não posso deixar que ela veja ou eu serei morta por possuir um Filigran diferente dos demais. Depois de longos dias de batalhas pesadas sem comer ou ter regalias; fui para o meu quarto sem se quer jantar, estava preocupada com o meu corpo, usei roupas largas e grossas para ninguém perceber que eu estava mudando, mas não podia correr mais riscos então tomei a decisão de pedir ajuda a alguém, coloquei algumas peças de roupa em uma mochila, amarrei meus longos cabelos alaranjados em um r**o de cavalo, vesti roupas pretas, olhei uma última vez para meu quarto e senti um aperto no coração. - Eu voltarei... Um dia... Sussurrei para o nada. Sem mais pensamentos pulei a janela e fugi, para o mais longe que consegui.