Capítulo 2

881 Words
Selena Pov Sou acordada abruptamente com água gelada sendo jogada em mim, respiro fundo e tento mover meus braços e pernas, mas cada m****o do meu corpo dói. Agora sou apenas um peso morto e tudo que posso fazer é mexer meus dedos. "Levante-se, prostituta desgraçada!", ouço um dos guardas gritar para mim, mas mesmo que eu quisesse, não consigo me levantar. Um pé vem e me atinge no estômago, a dor tira meu fôlego e tenho que tentar respirar. "Só a pegue e leve para a sala!", ouço outra voz e meu palpite é que eles me levarão para uma sala de tortura. O guarda se abaixa e me pega, sou jogada sobre seu ombro e não tenho resistência alguma no corpo. Sinto meu sangue descendo para o rosto e o inchaço só aumenta a dor, que começa a pulsar nos meus ouvidos, vou desmaiar se eles não me soltarem logo. "Coloque-a na cadeira e certifique-se de prendê-la corretamente!", uma voz alta ecoa e sinto sua aura, sei que ele é um lobo de um posto mais alto, provavelmente o beta ou gamma do rei. Sou jogada em uma cadeira e o guarda pega minhas mãos e as prende na cadeira, meus braços são amarrados com cordas e agora só posso mexer minhas pernas. Sinto o guarda se agachar e começar a amarrar minhas pernas, logo ele termina com uma delas. "Você pode deixar a outra de lado! Essa v***a não vai resistir muito, ela está quase morta de qualquer maneira", a voz diz de novo. Não tento abrir os olhos e apenas deixo minha cabeça baixar. O guarda me solta e ouço ferramentas sendo colocadas em uma mesa, só posso imaginar o que vão usar em mim. "Traga o martelo! Vamos começar quebrando os dedos dela", ouço ele dizer e pés se movendo pelo chão antes de sentir sua presença perto de mim. Sua mão desce e agarra meu rosto forçando minha cabeça para trás, mantendo meus olhos fechados, apenas respiro e espero pelo que está por vir. "Me diga onde está o seu líder!", ele diz para mim e mesmo se eu soubesse a resposta, não poderia dizer com a minha língua inchada. A pressão aumenta em minha bochecha quando não respondo. "Você não vai me dizer? Deixe-me deixar uma coisa clara! Vou extrair isso de você de um jeito ou de outro!" Ele solta minha bochecha e segundos depois sinto o martelo em meu dedo mínimo, esmagando-o com seu golpe. Não consigo evitar um gemido e sinto as lágrimas se formando atrás das minhas pálpebras. Tento respirar através da dor, sinto meu estômago revirar e tenho que vomitar o que quer que esteja nele no chão. Meu vômito escorre pelas minhas pernas e sou atingida no rosto para o lado. "Sua v***a! Seu vômito sujou meu sapato!" Quase desmaio com o golpe e não sei quanto mais aguento sem minha loba. Ouço mais homens se aproximando e assim que sinto seu cheiro, sei que meu tempo acabou se ele descobrir que sou eu. Eles se aproximam e os ouço entrando na sala, parando um pouco distantes. Minha cabeça está baixa e espero que, com o quanto fui espancada, ele não me reconheça, talvez nem se lembre de mim depois de todos esses anos desde que me expulsou de seu reino. "Tirou alguma coisa dela?" sua voz chega aos meus ouvidos e um calafrio percorre minha espinha. Seu olfato está oculto de mim com a ajuda de uma poção, mas, a essa altura, com todas essas pancadas, não sei quanto tempo mais aguentará. "Não, essa v***a m*l está viva! Acho que não temos muito uso para ela! Posso acabar com ela?" a voz diz e eu apenas fico aqui e ouço. "Deixe-me dar uma olhada nela!", ouço meu companheiro dizer e o medo sobe pela minha espinha, não posso deixá-lo me tocar e descobrir. Prefiro ser morta a deixá-lo saber que sou eu! Forçando meus olhos a se abrirem um pouco, vejo o homem na minha frente com as pernas de cada lado das minhas, dando-me a oportunidade perfeita de chutá-lo no saco com meu pé livre. Sei que provavelmente vai doer dez vezes pior com a raiva dele e talvez não sobreviva a isso, mas é uma chance e preciso tentar. Reunindo todas as forças que me restam, dou um chute com meu pé livre no saco dele. Ganho um rosnado furioso antes de sua mão vir ao meu rosto e ele me acerta tão forte que caio no chão ainda amarrada na cadeira. Minha cabeça ganha um novo corte novamente e dessa vez nem consigo gemer. Sentindo minha vida deixando meu corpo, a escuridão começa a me sugar lentamente. Os pés do meu companheiro param na minha frente e o ouço se agachar para mim. Ele fica ali e o ouço cheirar o ar por um momento. "Kian, o que há de errado?" um dos homens dele diz e já não me importo mais. Acabou! Não vou sair daqui viva. "Não sei! Tem algo de errado com ela! Leve-a para a cela e veja se ela passa dessa noite", ele diz e se levanta do chão. Os ouço começarem a sair da sala e tento ouvir para onde estão indo antes que a escuridão me consuma.
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