No final, permaneceram naquele espaço ouvindo o advogado indicar que o registo da dissolução no registo civil seria efetuado naquela mesma semana e poderia ser efetivo num prazo de 30 a 45 dias, uma vez que aquela assinatura era a única coisa faltando na documentação necessária para concluir o processo.
Depois disso, Willian se levantou e, junto com sua família, procuraram a saída, mas Grace pegou a sua mão, colando-a no seu peito. Ele teve que afastar os braços do corpo, cerrar os maxilares até ranger os dentes e esvaziar a mente, fazendo com que o apelo dela parecesse distante, como um lamento que ele m*al conseguia entender.
A escuridão no olhar esverdeado de Willian foi o que fez a sua mãe afastar a jovem, que implorava para ele não fazer isso, para não deixá-la, para por favor perdoá-la, mas Willian não ouviu. A sua figura elegante saiu da sala e depois do escritório de advocacia onde estavam. Com ele foram Adam e a sua mãe, que apenas apressou os passos para pegar a mão do filho, virá-lo e abraçá-lo no seu pequeno corpo.
Willian fechou os olhos, suspirando pesadamente, finalmente cedendo àquele toque que ele sabia que nasceu de um amor genuíno.
— Vá para casa, descanse, e eu chego à noite.
— Para onde você irá?
— Tenho que organizar algumas coisas antes da minha viagem.
— Você ainda vai fazer isso, filho?
— É isso que me move agora, mãe. Talvez seja minha dor, minha raiva, a fúria que carrego, mas sinto que algo grandioso, que me dará um novo sentido na vida, me espera na Grécia, e sempre confiei na minha intuição. Desta vez não será exceção. Ele deixou um beijo na testa dela. — Leve a minha mãe para casa, por favor. Ele pediu a Adam.
E, sem lhe dar tempo de responder, virou-se e procurou a saída. Quando ele estava do lado de fora, ele fechou os olhos, controlando as suas emoções, mas seu olhar encontrou o de Jade, que simplesmente jogou o cigarro aos seus pés e pisou nele com a bota.
— Por que você não entrou? Perguntou ele à cunhada, que se aproximou dele.
— Porque o meu pai sabia que eu não viria por eles e as suas exigências. Ela respondeu, olhando-o nos olhos e encolhendo os ombros. — Acontece que não aplaudir o drama da minha irmã faz de mim uma irmã e filha ru*im.
Willian apenas deu um sorriso fraco e desceu as escadas até onde ela estava.
— Ela assinou?
— Após desmaios, ameaças de gravidez e súplicas, ela fez isso. Ele respondeu, sentindo aquilo como se estivesse bebendo água sanitária.
— E como você se sente?
— Estou ferrado, mas já faz dias que me sinto assim. Ele disse honestamente.
Jade era uma bela jovem, embora entre os seus conhecidos ela não fosse considerada tão bonita quanto a própria Grace. Ele era quinze anos mais velho que ela e, por isso, franziu a testa quando ela deu um passo na sua direção.
— Foi você quem enviou o bilhete?
Jade suspirou suavemente, olhando-o diretamente nos olhos, e lambeu os lábios.
— Eu estava fumando um cigarro quando vi o grupo ir embora. Achei estranho que a minha irmã estivesse entre quatro homens, mas então as amigas dela apareceram. Aproximei-me dela, perguntei para onde ela estava indo, e ela me disse que ia se trocar e que as suas amigas a ajudariam. Ela deu de ombros. — Nada de estranho para mim. Ela sempre me deixou de lado. Acontece que fiquei mais tempo no saguão e, embora todos tenham subido, duas amigas dela e dois dos seus padrinhos ficaram como se estivessem vigiando.
Willian engoliu em seco e cerrou os dentes. O passo que ele deu na sua direção foi violento. Jade ficou parada, mas logo um gemido escapou da sua boca quando Willian a agarrou pelo pescoço.
— Eu não sabia o que você iria encontrar. Ela disse, olhando diretamente para ele. — E é por isso que eu não te contei. Eu te enviei o bilhete. Ele apertou um pouco mais. — Eu nem pensei que ela poderia ter sido tão estúp*ida a ponto de ser infiel a um homem tão bonito que daria a vida por ela, um homem que todos nós, inclusive eu, queríamos tanto.
Willian apertou um pouco mais forte.
— Você fez isso por ciúmes?
— Talvez. Ela respondeu m*al, já não sentindo o ar passar para os pulmões. — Ou para te libertar de algo que eu sabia que em poucos anos poderia lhe causar tanto m*al que acabaria com a sua vida.
— A minha vida acabou agora. Willian disse entre dentes.
Sem dizer mais nada, ele a soltou e procurou o carro, mas a alguns passos dele, ele parou. Ele fechou os olhos, organizando os seus pensamentos, mas finalmente avançou e abriu a porta do passageiro. Ele se virou para Jade, que o olhou com certa surpresa e confusão com os seus movimentos.
— Entre. O homem ordenou em voz profunda, e foi tudo o que ela precisou para obedecer.
Jade Langley nunca invejou a sua irmã mais velha, apesar do quanto ela a maltratava. Ela não estava interessada em ter a popularidade de Grace, nem a sua beleza, nem o número de amigos que beijavam o chão por onde ela andava, nem aquele magnetismo que fazia os homens babarem por ela onde quer que ela fosse. Mas ela invejou uma coisa desde o momento em que o viu chegar de mãos dadas: o homem bonito que ela apresentou como seu namorado, o requintado Willian Voss.
O renomado agente, com os seus quase dois metros de altura, cabelos castanhos e olhos verdes, era o gato desejado por muitos na cidade de Los Angeles desde que começou a se tornar mais público devido à sua dedicação ao FBI. Ele ainda tinha uma base de fãs que o seguia em todas as reportagens feitas sobre ele e, ao longo dos anos, ele parecia se tornar mais atraente.
O seu corpo permaneceu escultural. Os novos cabelos grisalhos deram-lhe um símbolo de distinção, e a curiosidade feminina em descobrir o que havia por trás do seu semblante sério cresceu nos fóruns que falavam sobre ele. Mais de um, incluindo Jade, considerou a sua então namorada, Grace Langley, sortuda, que agora havia sido declarada persona non grata pelo que fez ao antigo gato, como às vezes o chamavam.
Embora Jade nunca tenha imaginado que teria uma chance com o seu ex-cunhado, naquele momento ela já se sentia molhada e pronta para o que Willian quisesse fazer com ela. O código familiar havia sido completamente apagado da sua mente. Afinal, ela sabia que Grace nunca o valorizou como deveria, e a suas ações baixas demonstravam isso claramente. Ela tinha certeza de que Willian Voss não a desejaria pelo resto da vida, mas se ela pudesse passar pelo menos um dia na cama dele, ela poderia continuar com a sua vida cotidiana se sentindo abençoada.
Lambendo os lábios, ela o seguiu até pararem em frente a um pequeno hotel. Ela desceu junto com ele e, ao lado dele, entrou no local. Eles não disseram nada um ao outro. Não havia necessidade. Willian pagou por um quarto por algumas horas e entrou, m*al esperando por ela, que logo tomou o seu lugar ao lado dele. Enquanto ambos pegavam o elevador, Willian engoliu em seco, olhou para ela pelo canto do olho e, ao encontrar os seus olhos azuis, ele se deixou levar e a beijou.
Jade gemeu de prazer com a posse do homem. Willian levantou os dois braços dela para prendê-la contra o canto do elevador. Com uma das suas mãos fortes ele segurou os seus pulsos, imobilizando-a, e com a outra ele a pegou pelo pescoço, aprofundando o beijo. Ele mordeu o lábio, arrancando um gemido de Jade, que só conseguiu fechar os olhos enquanto ele roçava a sua orelha com o seu hálito quente.
— Eu não serei legal.
— Eu não me importo. Ela sussurrou sem fôlego. — Eu só quero saber como o incrível Willian Voss fo*de.
A apenas um andar do seu destino, Willian parou o elevador, virando-a e prendendo-a contra a parede espelhada, e Jade apenas gritou quando ele arrancou a sua calcinha. Os dedos dele a fizeram gemer. O vestido certamente era adequado, porque ele a tomou ali mesmo. Os seus olhos reviraram-se de tanta confusão. Ela tinha certeza de que o mem*bro dele tinha muito mais de vinte centímetros de comprimento, mas as investidas firmes a fizeram esquecer qualquer preocupação, deixando-a apenas com a satisfação de saber que estava possuída por ele.
Ele agarrou-a pelo pescoço, estocando dentro dela repetidamente, envolvido no momento e envolvido na raiva que a realidade que havia destruído a sua vida estava apresentando a ele. Ele segurou Jade com força, continuando as suas estocadas. Naquele momento, ela não era sua cunhada. Era uma peça para aliviar a sua mente, para esquecer o corpo da sua esposa, a mulher que ele amava. Não era nada que importasse para ele sentimentalmente. Ela era apenas uma das muitas mulheres com quem ele tentava esquecer a sua realidade.