Prólogo
Rebeca
Sabe aquele dia em que você acorda com o pé errado? Quando sabe que tudo vai dar errado? Nesses dias se bobear, você vai tentar levantar, mas vai acabar caindo e quebrando o pescoço. Pois bem, hoje é um desses dias. Acordei atrasada pra aula, e se não correr vou estar ainda mais atrasada. Estou morrendo de sono por ter dormido apenas duas horas e derrubei meu celular quando levantei!
"Antes um copo do que um espelho, já tenho azar demais"- penso tentando me animar.
Mas espere, eu nem me apresentei, meu nome é Rebeca Bonnet, tenho 22 anos, curso Administração na faculdade Sant John, divido apartamento com a minha amiga Bárbara, foço estágio em um escritório de advocacia e não tenho namorado.
Então, ter que sair de casa em plena segunda feira as 07:30 da manhã, depois de passar a noite na fara com minhas amigas malucas, ter bebido todas e dormido algumas horinhas me deixou com um humor do cão!
Depois de derrubar no chão meu celular que fez o favor de não despertar pulo da cama assustada e corro para o banheiro, tomo meu banho em um tempo recorde, visto um jeans, regata branca e um casaco, calço uma sapatilha, deixo o cabelo solto mesmo, passo um batom e rímel, pego as minhas coisas e saio praticamente voando.
Moro em um prédio perto da universidade e do escritório, aperto o botão do elevador umas 10 vezes, meu apartamento é na cobertura, que é enorme, essa parte do prédio é só nossa.
O elevador chega, abre a porta, entro correndo e tropeço nos meus próprios pés. Já disse que sou um pouco atrapalhada? Então vamos deixar isso registrado logo, sou um desastre ambulante! Deixando de lado meu problema de equilíbrio, voltemos ao problema atual, aperto o botão mais umas 15 vezes na esperança de fazer com que essa gerigonça desça mais rápido. Só para pôr a cerejinha no meu bolo de "Feliz Dia do Azar" alguém resolve descer também e chama o elevador no 16º andar.
"Porque ninguém mais usa as escadas?"- penso irritada demais.
Quando o elevador para no 16º um homem entra, não dou muita importância, não reparo muito nos homens que moram aqui, na verdade não reparo em ninguém desse prédio.
Oliver: - Bom Dia. – sua voz é rouca e faz um calafrio percorrer minha espinha.
Rebeca: - Bom dia. – sinto uma vontade descomunal de ver melhor o dono dessa voz marcante, não consigo me segurar e desvio os olhos do celular para o cara.
“Ominhadeusa que homem lindo, maravilhoso e gostoso!”
Sou sincera o suficiente para assumir que meio que engasguei olhando para aqueles maravilhosos olhos azuis.
"Isso Rebeca, seja uma i****a!"
Oliver: - Está tudo bem com você? - pergunta arqueando uma sobrancelha, que o deixa ainda mais lindo.
Rebeca: - Er... Eu... Sim.., ótima... apenas com pressa. E mesmo você sendo lindo e gostoso não estou com humor suficiente - penso.
Oliver: - Obrigado, eu acho e sinto muito por seu m*l humor. - diz sorrindo.
Rebeca: - Que d***a!!! Eu realmente não disse isso em voz alta! – e o dia só piora.
O elevador para e a porta abre, tento sair com toda a classe do mundo, mas é claro que mais uma vez quase caio de cara no chão, o cara estende o braço e me segura.
“Certo, agora já pode abrir um buraco no chão e me engolir!”
Oliver: - A propósito, sou Oliver, seu novo vizinho. - diz ainda me segurando.
Rebeca: - Prazer em conhece-lo Oliver. - digo me livrando de seu braço e saindo quase correndo. Entro no carro e percebo que nem disse meu nome, mas não faz diferença, ele é apenas mais um homem bonito e aquele sorriso cafajeste eu bem conheço, esse não deve prestar.
Oliver
Olá pessoal, sou Oliver tenho 25 anos e acabei de me mudar. Não por vontade própria e sim porque meu pai me obrigou a mudar para outra cidade, segundo ele já está na hora de eu virar homem! Então aqui estou eu, guardando minhas coisas em um apartamento novo, em uma cidade desconhecida e rodeado de pessoas estranhas. O apartamento fica mais ou menos a uns 15 minutos da faculdade e de uma das filiais da empresa da nossa família, aos olhos dele isso é ótimo, perfeito e maravilhoso.
Estou aqui há algumas horas, cheguei de madrugada e praticamente já arrumei todas as minhas coisas, parando com o drama, o prédio é situado em um ótimo lugar, meu apartamento não é como o que eu morava, mas é bem agradável.
Vou aproveitar e ir conhecer a faculdade, isso na parte da manhã, pois à tarde tenho que começar a trabalhar na empresa, afinal de contas, como diz meu pai "SOU O FUTURO HERDEIRO DAS EMPRESAS LEUKEN".
Tomo um café reforçado, isso as 06:30 da manhã, como tenho o costume de acordar cedo, esse é um ótimo horário para começar o dia, coloco uma camisa branca, calça jeans escura e um tênis, pego o óculos de sol, a mochila e lá vamos nós. Meu pai comprou o um apartamento no 16º andar, chamo o elevador que já estava descendo, alguns segundos depois ele, quando a porta abre não hesito em entrar, lá dentro está uma mulher linda e gostosa pra caramba! Dou o meu melhor sorriso e ela nem sequer me dirige um olhar.
"Se ela não estivesse olhando para o celular pensaria que é cega" - penso indignado com sua indiferença, geralmente as mulheres caem aos meus pés.
Oliver: - Bom Dia. - digo para puxar assunto com a gostosa.
Rebeca: - Bom dia. - diz levantando o rosto e quando ela realmente olha para mim engasga!
É assim que tem que ser! - penso com meu melhor sorriso.
Oliver: - Está tudo bem com você? - pergunto prendendo o riso.
Rebeca: - Er... Eu... Sim... ótima... apenas com pressa. E mesmo você sendo lindo e gostoso não estou com humor suficiente - diz séria.
Oliver: - Obrigado, eu acho e sinto muito por seu m*l humor. - digo sem conseguir parar de sorrir.
Rebeca: - Que d***a!!! Eu realmente não disse isso em voz alta! - diz olhando para qualquer lugar menos para mim.
O elevador para e a porta abre ela tenta sair, mas não sei o que acontece que ela quase cai, mas impeço segurando ela pela cintura.
Oliver: - A propósito, sou Oliver, seu novo vizinho. - digo ainda segurando ela.
Rebeca: - Prazer em conhece-lo Oliver. - diz se afastando e praticamente sai correndo sem olhar pra trás.
Só consigo pensar em uma coisa - "Eu quero essa mulher!".
