PSICOLOGA

2067 Words
A Psicóloga  Nelma estava no seu setor de trabalho e relaxava a mente com uma básica meditação que aprendera com a amiga da sua mãe e este ritual lhe trazia resultados satisfatórias, hoje estava prestes a conversar com a Vânia que tinha um problema que o pai tentou resolver de uma forma tradicional que nada trouxe como resultado alem de frustração e piorar o que a adolescente já apresentava. Ela estava perto da porta por onde entrava um ar fresco, a razão dela estar ali era por conta da avaria do ar condicionado que por meses teve a sua manutenção adiada por razoes não claras. Vânia não gostava de atrasar em compromissos, no entanto em dias importantes e que lhe trouxessem algum tipo de medo era muito normal atrasar ou desistir de o fazer. Ela acreditava algum tipo de transtorno como de ansiedade, porem não era nada provado, ela apenas achava isso. Tendo saído da sua casa depois de muitos pensamentos que rolaram na sua mente ela começou a caminhar mais devagar quando mais perto chegava. As lembranças da obrigação do seu pai lhe assolava a mente acerca de participar nos rituais da senhora Jenny para poder superar a sua fobia que muitos achavam não ter nenhum sentido e isso fazendo a portadora sofrer a cada dia que passava sem alguém que pudesse lhe ajudar de uma forma clara e sem zoações sem cabimento. Quando sentia que estava perto de atravessar a porta da especialista profissional e ser atendida o seu estomago não parava de ferver, ela sentia um calor tao exagerado que provocava um enjoo que as vezes lhe fazia parar de andar para respira fundo e se acalmar, no entanto isso não parecia ter algum efeito e assim ficava frustrada trazendo ainda mais ansiedade e estresse.  – Calma Vania você consegue fazer isso, esta aqui a sua chance de superar isso de uma vez por todas. – a adolescente disse para si mesma como se aquilo fosse resultar e preparava-se para saltar e cantar a pequena vitoria. – Esta tudo bem consigo? – uma voz atras dela disse e a mesma tomou um susto quando ouviu as palavras do proprietário da voz. Quando ela virou viu que era um colega seu da escola que sempre fazia de tudo para com ela conversar, mas na verdade o que mais queria nela era uma chance para a possibilidade de um caso amoroso, mas não estava sendo fácil para isso acontecer. O garoto nunca desistia do seu intento que acabou chamando de missão e outros tendo chamado de missão impossível. – Oi, Guilherme. – ela disse rapidamente sem grande interesse. – Você parece bem tensa, aconteceu alguma coisa? – o garoto perguntou num tom de atuação que chegou de parecer obvio ate para a própria Vânia que estava sendo conquistada. – E apenas impressão sua. Eu estou bem e você como esta? – Estou bem e estou a um bom tempo te chamando mas você não olha para trás, queria te convidar para o meu show que vai se realizar no próximo sábado na VIP Shows. Aqui tens o bilhete, fiz a gentileza de comprar para ti para não ter a desculpa de não aparecer, estou a brincar, mas eu queria muito que você estivesse la, vai ser brutal. Vânia recebeu o bilhete e respondeu em seguida: – Obrigada, pode contar comigo que vou participar sim do seu show e espero que me surpreenda com algo bem interessante, sou bem exigente hein. – Pode deixar que farei isso. Depois disso nem levaram muito tempo e se despediram e finalmente Vânia chegou ao seu destino. O seu estomago voltou a aquecer como se no seu interior dele tivesse um fogão aceso. O suor começou a  descer-lhe pela testa e ela usou a mão para limpar e os seus pensamentos estavam a mil. Aquele m*l lhe fazia as vezes ter uma respiração irregular o que acabava preocupando a maioria que estivesse perto dela no momento das suas crises, por isso ela não gostava de passar m*l em frente de amigos e ate familiares e so da ideia de imaginar tendo uma crise fazia com que ela tivesse a maldita crise que não lhe deixava ser uma adolescente normal. Ela se achava esquisita por conta de ter que lidar com uma situação tao difícil que ate lhe roubava momentos únicos e memoráveis pelo medo repentinamente passar m*l e também trazia para ela uma vergonha que nem ela conseguia explicar, mesmo sabendo que não se tratava de sua culpa. No interior da sala a profissional havia saído da porta e agora estava onde atendia os seus clientes. – Licença ! – disse Vânia antes de ser autorizada a entrar ali para a sua conversa com a Nelma para acabar com o seu problema que lhe castigava todo santo dia. – Pode entrar. – disse Nelma permitindo a entrada da outra apara a consulta que tanto planejava e sempre quando chegava o momento para ser feito simplesmente desistia, assim tornando o seu esforço nulo. – Pode sentar ai mesmo, nessa cadeira mesmo. Vânia entrou e sentou na cadeira que lhe foi indicada voltada para a outra para assim começar com a conversa que lhe traria resultados que mudariam tudo na sua vida que já estava ficando complicada. – Obrigada. – Vânia disse ao ir de encontro com o olhar da outra que ainda assinava algum documento e em seguida virou sem colocar os seus pés no chão, assim girando com a cadeira. – Você fez uma boa escolha por ter vindo aqui e tenho a certeza que não vai se arrepender do que vai aprender para superar o seu problema que de certeza que esta atrapalhando a sua vida, assim lhe tornando numa pessoa limitada. – Obrigada, ate parece que viu cada dia meu sofrido quando o meu medo de repente me aparece e fico bloqueada o que me faz fazer coisas de qualquer maneira assim acabando por arruinar tudo o que merecia ser consertado ou mantido. – Seja bem vinda e sinta-se a vontade. Meu nome e Nelma North e sou psicóloga, estou aqui para te ajudar a superar o problema que apresenta. – Que bom! Eu preciso mesmo dessa ajuda, pois estou cansada de sentir tudo o que sinto. – O seu problema tem a ver com a sua ansiedade gerada na sua tentativa de prever o futuro e por isso acaba sentindo um pânico que você nem consegue explicar. O nosso cérebro não consegue distinguir a realidade da imaginação e por isso o nosso corpo responde para tudo o que esta na mente e isso e o que esta acontecendo consigo. Vou te dar alguns comprimidos para te auxiliarem para poder controlar-se minimamente. Primeiro será difícil, mas depois de um tempo vai conseguir superar isso, pode confiar em mim, você não e a primeira pessoa com um caso desses. Ouvindo aquelas palavras Vânia sentiu um minguado de esperança no seu interior e se pudesse festejaria exatamente ali mesmo sem nenhuma vergonha, no entanto não era possível isso acontecer ou ela fazer. Em silencio ela olhava para a profissional que falava trazendo detalhes que eram necessários para pelo menos fazer ela perceber mais ou menos com um pouco de profundidade sobre o que ela estava enfrentando e não se tratava de nada sobrenatural da forma como o seu pai achava que chegou ao ponto de lhe levar para uma curandeira para fazer o ritual que detetou a existência de um demónio que fazia a adolescente sentir tudo o que sentia quando uma trovoada soava. – E o meu problema de ter uma crise quando ouço o som da trovoada como posso superar para nunca mais voltar a sentir? – Vânia colocou a questão logo de imediato quando a Nelma parou de falar e respirou para recuperar o folego. – Esse problema, não e o mesmo que a explicação de segundos atras. Ai trata-se de uma fobia que também e possível de ser superada. – O que posso fazer para conseguir superar isso? Quando a medica estava prestes a falar de repente ouve um corte de eletricidade por um tempo e tudo ali ficou escuro, mesmo que sendo numa tarde tudo estava estranhamente escuro e quando a corrente foi reestabelecida a aquela profissional já não estava ali e na porta la estava o senhor Ezildo olhando para Vânia que chocada ficou parada. – Não coloque perguntas, apenas me siga. – disse o homem ordenando a adolescente, Ela obedeceu e seguiu o sei pai ate em casa com as questões rolando na sua mente numa mistura que ela não conseguia compreender. Chegaram em casa e a mãe estava na mesa. Ela também foi deixada na mesa e o ex militar começou a falar com o tom nada agradável: – Eu disse que vamos ter com a Jenny para poder resolver o seu problema e você decidiu ir marcar uma consulta a psicóloga Nelma. Mas você acha que o que eu falo não tem importância? – ele falava olhando para Vânia e de tempos em tempos apontava para ela. – Mas Ezildo o que esta acontecendo consigo? Nos havíamos combinado lembra? – Havíamos combinado, mas a sua filha não quis me escutar, eu queria a melhor coisa para ela e ela decidiu me trair e ir ter exatamente com a Nelma, uma psicóloga. O que a Vânia tem, tem uma solução e não precisamos de irmos para longe, pois as respostas estão aqui perto. Eu havia levado a sua filha para Jenny, mas quando estava prestes a terminar o processo ela simplesmente fugiu e isso me mostra que ela não quer ficar curada e bem. – Pai eu fugi porque não queria fazer aquilo e se quiser que eu vá a forca, eu não irei, por favor pai respeite isso! – Vânia exclamou. O homem ficou em silencio e olhou para a sua filha com uma imensa vontade de lhe dar uma bofetada por estar lhe encarando daquela forma, uma das coisas que ele odiava que alguém fizesse, não só por ter sido um militar muito importante para Moamba, no entanto também por ser alguém autoritário de natureza e agressivo. Os seus olhos ficaram vermelhos traduzindo o que ele sentia no seu mais interior. – Filha o que você disse? – muito serio e com uma cara que convidava terror ele disse para a sua filha que se mantinha firme nas suas palavras. – E exatamente isso que estou dizendo. Ezildo bateu a mesa com as duas mais mãos com uma irritação que transbordava das suas veias. Ele não acreditava que estava ouvindo aquilo vindo da boca da sua própria filha. – Querido, acalme-se podemos resolver isso de uma outra forma sem ser necessário nos exaltarmos. – disse a sua esposa, Belfácia tentando mudar o clima que já havia sido instalado numa conversa nada saudável que na verdade não era uma conversa, mas uma outra coisa muto diferente de um dialogo. – Eu não quero ouvir a sua opinião, o que quero e que façam o que eu digo, pois passa muito tempo que eu falo sobre isso e nada vocês faziam enquanto eu ainda andava ocupado com o trabalho la no terreno que finalmente não voltarei para la mais. Todos na casa ouviram a voz de exaltação do senhor Ezildo que parecia fora de si e queria de uma forma obrigatórias que fosse ouvido e que fizessem o que ele ordenasse para todos ficarem entendidos. Com a face para superfície e por um momento sem nenhuma palavra para pronunciar Belfácia olhou para a sua filha que não se mostrava nem um pouco intimidada com as palavras do seu pai que haviam atingido a sua mãe. – Esta certo nos faremos o que esta dizendo. – disse Belfácia como forma de evitar a exaltação que havia se instalado ali assim tendo causado um clima nada agradável. – Mãe o que esta fazendo? – dececionada com as palavras da mãe Vânia diz e se preparando para levantar da mesa. – Filha e para o seu bem e o nosso bem, o bem da família. – disse Belfácia achando que estava melhorando a situação, mas sua filha não gostou nem tao pouco da ideia. – Eu odeio esta família, aqui só uma pessoa me entende. – de imediato ela levantou apos ter dito aquelas palavras e assim ela abandonou os dois na mesa saindo de casa.
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