Larissa Narrando.
Vergonha? Acho que eu tava sentindo ali era mais que só vergonha, o Jorge não tem essa moral pra fala assim comigo, ele não é meus pais, eu tava chateada e ao mesmo tempo com raiva, a raiva era porque pela primeira vez eu encontrei alguém que gostou de mim, de verdade, e não só por saber que eu era filha de um dono de morro. O Marcos foi legal comigo, e eu não queria que tivesse terminado assim, ele nunca mais vai querer olhar na minha cara.
Agente entrou no carro, e o caminho todo foi em silêncio, mas deu pra vê o Jorge recusando as chamadas da nossa mãe, ela vai pirar, e a Isis me olhava como se falasse "Desculpa Lari, foi tudo culpa minha" mas eu sei que não fui, eu queria ir, e não me arrependo de ter ido, segurei na mão dela e sorri sem graça, ela entendeu e me abraçou.
[...]
Agente chegou no morro, o Jorge parou pra eles e só o Luís deu boa noite, e quando ele para já na garagem da nossa casa eu só desço e saio vendo ele finalmente atender a nossa mãe.
Subo as escadas correndo mas antes de acabar ele me chama.
Jorge: Acha que tá indo pra onde? — Pergunta me vendo de baixo.
— Você não é cego.
Jorge: Não me faz perder a paciência Larissa, então volta aqui — bufo de tédio e desço, não vou me esconder, não tenho medo desse banana.
— Pode falar senhor certinho. — falo sarcástica de frente pra ele.
Jorge: Tu acha bonito o que tu fez?
— "Tu" já fez pior — eu rir.
Jorge: Eu vou contar tudo pra nossa mãe Larissa.
— Aposto que ela já sabe de tudo. — Ele segura forte no meu braço e eu sinto dor.
Jorge: Olha aqui c*****o, eu sou teu irmão mais velho porr444, eu quero que tu suba e pense muito bem no que tu fez — ele toma meu celular e eu não consigo pegar de volta. — Tu não precisa disso aqui.
— Você tá sendo um i****a sabia? qual é Jorge? virou vovô agora?
Jorge: Só tô cuidando de tu Larissa.
— Você não é meu pai — começo a chorar. — Fica com a porcaria desse celular, e até melhor assim, pelo menos vocês não vão conseguir me rastrear mais. — Saio dali chorando subindo as escadas pro meu quarto.
[...]
— Lari — Ouço a voz da minha vó e limpo as lágrimas — Posso entrar meu amor? — levanto e abro a porta.
— Oi vó — falo chorosa é ela me abraça.
— A sua mãe tá quase doida te ligando meu amor, atende ela. — ela me entrega o celular dela e sai do quarto, respiro fundo e atendo.
— Oi mãe.
Lunna: Larissa, como é bom ouvir a sua voz — Fala chorosa do outro lado também.
— Desculpa mãe, eu só queria ser normal.
Lunna: Você já é normal lari que ideia é essa, você quase matou agente de susto.
— São amigos da Isis — Ouço o th do outro lado dizer " Eu vou matar a Isis " — E ela não teve culpa nenhuma, eu fui porque eu quis.
Lunna: Não fica brava com o seu irmão, ele só estava te protegendo.
— O Jorge é um i****a mãe — ela suspira, eu sei que ela odeia que agente briga. — Mãe.
Lunna: Tem mais alguma coisa?
— Eu conheçi uma pessoa, Marcos, o nome dele.
Lunna: Você ficou com um menino?
— Sim, e ele disse que eu sou linda — Nem acabo de dizer e já ouço o meu pai surtando no fundo " Que merda a Larissa tá falando aí lunna, vou mandar o Jorge prender ela" e a minha mãe dizer " Cala a p***a da boca Gabriel".
Lunna: Meu amor você não pode ficar com desconheçidos
— ele é amigo da Isis — Ouço meu pai denovo " Tá vendo th? eu vou matar tua filha junto com a minha, me deixa falar com essa menina aí " Eu gelei.
Lunna: Lari o seu pai quer falar com você.
— Pode ser. — Suspiro já imaginando o pior, o meu pai é igual o Jorge, possessivo, os dois gostam de controlar a minha vida enquanto a minha mãe e amorosa.
Lobão: Larissa, escuta o que eu vou dizer porque eu não vou falar duas vezes tá ligado — diz bravo e ouço minha mãe dizer " Fala com a tua filha direito palhaço "
— Estou ouvindo pai.
Lobão: Apartir de hoje tu só vai andar com segurança pelo morro tá ouvindo? não quero nem que tu pise na calçada se não for fazer uma cosia importante.
— Você tá falando sério? o que eu fiz foi tão errado assim? — começo a chorar e só ouço o meu pai levando um tapa da minha mãe.
Lobão: Tá decidido, vou falar com teu irmão e aí de tu se não me obedecer, eu não te criei pra ser marmita de playboy Larissa, guarda a tua vergonha.
— Paii o Jorge te envenenou só pode.
Lobão: Fica com Deus depois eu te ligo...
Lobão Narrando
Tô sendo duro com a Lari? tô. Mais só quero que ela seja uma menina responsa que não vai abrir as pernas pro primeiro que apareçer.
Terminei de falar com ela e já mandei até um áudio pro Jorge explicando tudo, enquanto a lunna tá aqui de cara fechada pra mim depois que o th e a Camila saíram pro quarto deles.
— tá com fome?
Lunna: Fica na tua — disse brava.
— Mó cara feia aí pow
Lunna: Tu tratou a Larissa igual um bebê grabriel.
— a nem vem, tu trata o Jorge assim também
Lunna: Não é a mesma coisa, a Larissa é nossa princesa e você foi grosso com ela, não é pra tanto, ela só queria se divertir.
— Porque ela não se diverte com a tia joana em casa?
Lunna: Você não mudou nada Gabriel.
— E nem você, eu hein, Ave Maria
Lunna: Você vai ver quando a lari parar de te amar por você ser um idiota
— E isso pode aconteçer? — falei preocupado.
Lunna: Pode.
— Deus e mais fia, e só por uns dias.
Isis Narrando
Chego em casa e me jogo no sofá, o mundo tava meio rodando pra mim, o Luís fica em pé me encarando.
— Solta a fita.
Luis: Achei que agente era amigo
— que papo de emocionado é esse pow ?
Luis: Qual é Isis? virou bandido também? — Engulo em seco, ele sabe que eu não falo assim.
– Não me enche Luis
Luis: Que ideia foi essa? e ainda levar a lari pros braços daqueles otários ?
— Talvez assim você toma coragem pra chegar nela.
Luis: Tá lombranda mina
— Eu não sou i****a, acha que eu não vejo como você olha pra ela?
Luis: Esse não é o assunto de hoje Isis, tu passou pelo perigo pow
— sabe o que é um dois e um zero? — ele confirma com a cabeça. — Pois é meu filho, e a minha idade agora busca pra mim um copo de água.
Luis: Abusada do c*****o. — Ele volta com o copo de água reclamando mas já vai pro quarto, eu e o Luís somos de boa, ninguém se mete na vida do outro, bom até essa viagem do nossos pais, daí pra cá ele enche o meu juízo, mas também não fala muito já que eu tenho vinte anos na cabeça.
Fechos os olhos mas acordo com uma ligação da senhora Camila.
— Alô mãe? — falo abrindo a boca de sono.
– Isis aonde você se meteu.
— Mãe, tô com muito sono, depois agente se fala.
— Desliga esse celular pra vê se eu não arranco esse teu aplique — fala brava e eu me levanto.
— Calma dona Camila, eu nem uso aplique a senhora sabe disso.
– O cabelo também serve Isis, agora que merda foi essa de carregar a lari com você? ela é de menor Isis
— Ela tava triste, eu só queria ajudar.
Camila: A lunna ficou quase doida pela filha
— a senhora sabe que eu sempre fui nessas festas até me acobertava com o pai
Camila: Fala baixo Isis, tá bom, quero que você tome um banho e amanhã agente conversa melhor, o seu pai tá muito chateado com você — ela diz e eu fico triste, o meu pai é o primeiro amor da minha vida, sem ele eu não sou nada.
— Desculpa.
Camila: Toma jeito Isis.