Não sei a que horas peguei no sono, depois de entrar na banheira e ficar mergulhada até o nariz por horas, fui para a cama e me joguei nela. Eu queria acabar com aquele pesadelo, não podia pensar pois não queria procurar soluções ou motivos que justificassem Marcos ter sido um cretino comigo. Se o fizesse poderia acabar entendendo e o perdoando. Era isso o que meses de terapia tinham me feito enxergar, aparentemente eu não queria quebrar o elo com Marcos, eu precisava odiá-lo, ou do contrário nada me ligaria a ele. — Já chega! — gritei comigo. — Não preciso de elo nenhum, meu ódio por ele não é infundado. — repeti, encarando o teto. Joguei as cobertas para o lado decidida a mostrar para meu pai que não desistiria dele. Já tinha perdido minha mãe, não o perderia também. Enquanto descia