Capítulo 4

1424 Words
* Chloe Narrando Eu não acredito que meu pais fizeram isso comigo, eles diziam que me amavam, mas será que amavam? Pois que ama não faz isso que eles fizeram, de minha vida antes já estava uma merda, imagine agora. Como eu vou aturar o Brian durante um ano, vivendo sobre o mesmo teto, dormindo em uma mesma cama. Porque minha vida tinha que ser uma bagunça total? - Eu não quero me casar com o Brian, eu não quero ter que viver em uma mesma casa que ele, eu não quero ter que acordar e a primeira pessoa que vou vê seja ele. – Falo com ódio. - E você acha que eu quero isso, acha que eu quero me casar, ainda mais com você? Não, eu não quero. - Eu te odeio, Brian, eu não vou suportar ter que me casar com você, vou ter que perder um ano da minha vida. Maldita Herança. – Digo andando lentamente até ele. - Você acha que eu gosto de você, Chloe, não, eu não gosto. Vai ser o pior ano da minha vida, vou ter que conviver com uma pessoa que nem os pais amaram, eles preferiram morrer, do que conviver com você. - Brian! – Sua mãe o repreende. Sinto minha ansiedade me consumir, meus olhos lacrimejar, meu corpo tremer. Acerto um tapa bem cheio na cara dele e corro, não com medo da reação dele, estou pouco me fodendo para isso, eu só não me permito chorar na frente dele. Corro o mais rápido que posso, ouço Alana me gritar, mas eu quero ficar sozinha, eu preciso ficar sozinha, preciso respirar. Pego um táxi e peço para me levar para o mais longe possível daqui, e sem questionar, ele faz. Ele me deixa em frente as pedras da praia, eu que pedi para ele parar, eu já estava chorando descontroladamente. Sento na grande pedra da praia e deixo a dor em meu peito se extravasar, olho para o mar e minha vontade é de pular daqui e acabar com meus problemas. Fico de pé e ando até a ponta da pedra, olho para baixo e vejo as ondas do mar bater, fecho os olhos e a única vontade que eu tenho é de pular, meu choro é constante e minha vontade de morrer também. Pego meu celular e ligo para minha terapeuta. * Ligação on - Bom dia, Chloe, aconteceu alguma coisa? – Fala assim que atende. - Sim, doutora Marta, você é a única pessoa que pode me ajudar agora. – Digo em pleno choro constante. - Você está pensando no suicídio novamente? – Questiona. - Sim, doutora, mas não estou só pensando, eu estou prestes a fazer, mas eu sou fraca e desgraçada, que invés de eu pular eu te liguei. - Não Chloe, você fez bem em me ligar. Me diz, o que aconteceu? Conto tudo que aconteceu hoje, ela como sempre conseguiu me acalmar, doutora Nária sempre conseguiu acalmar minha ansiedade, eu trato com ela desde quando fui morar com meus avós, meu irmão também fez, meus avós nos levou assim que tudo aconteceu. - Obrigada doutora. - Não precisa agradecer, Chloe, mas você vai precisar voltar com as seções semanais. Você acabou de voltar para o lugar que você só te faz lembra o sofrimento. - Tudo bem, pode ser no mesmo dia e horário de hoje? – Questiono. - Sim, já está marcado, fique bem Chloe, e quando se sentir assim novamente pode me ligar, a qualquer horário. – Disse - Obrigada, doutora. – Agradeço. * Ligação off Sento na pedra novamente, estou mais calma? Sim, mas ainda estou com raiva. Levanto e procuro pelo primeiro Bar que esteja aberto agora. Entro e peço uma dose da bebida mais forte que eles tenham. Não sei quantas doses eu bebi, só sei que estou completamente bêbada. Meu celular tocou várias vezes, perdi as contas de quantas ligações de Alana, e de um número que eu não conheço. No momento eu não quero falar com ninguém. - Quero.. Mas.. Uma. – Peço falando enrolado. - Não acha que já bebeu de menina? – Questiona. - Não. – Falo. Meu celular toca novamente e o abusado pega meu celular e atende, diz onde eu estou e fala que estou completamente bêbada. - i****a. – Falo para o atendente. * Brian Narrando Eu falei de mais, não era para eu ter falado aquilo, mas eu com ódio falo sem pensar. Minha mãe está com tanta raiva de mim, e a advogada dela nem se fala, já me xingou de tantos nomes. Ela me deu um tapa, e foi bem forte, mas eu mereço. Quando ela saiu correndo tentamos ir atrás, mas ela entrou em um táxi, que saiu rápido demais, não deu para ver para qual lado foram. - Se alguma coisa acontecer com minha amiga, a culpa será toda sua. Eu juro Brian Mitchel, se a Chloe fizer, eu vou tornar a sua vida um inferno. - Ela não é louca de fazer um loucura, ela só está nervosa com isso tudo que está acontecendo. - Não, Brian, ela não está só nervosa, Chloe sofre de depressão desde a morte dos pais, e você acabou de jogar isso na cara dela, seu i****a. – A amiga dela grita. Não acredito que fiz isso com ela, mesmo não sabendo que ela sofria de depressão eu peguei pesado. Eu tenho que aprender a controlar minha raiva. A amiga dela ligou várias vezes e ela não atendia, peguei o número dela e liguei também, mas enquanto ela ligava da mansão com minha mãe, eu ligava para ela rodando pela cidade, depois de horas ligando, um homem atendeu, falou que ela está completamente bêbada, e me passou o endereço, mas antes de encerrar eu dei a ordem de não liberar mais nenhuma bebida para ela. Assim que eu cheguei ela estava gritando com o atendente para dar outra dose para ela. - Eu disse.. que quero.. mais uma. – Falava toda enrolada. - Chega Chloe, você está completamente bêbada. – Falo. - Você.. saí.. eu te.. odeio.. – Fala me empurrando. Pago a conta e pego ela no colo, ela está tão bêbada que em andar consegue. - Me larga... Eu sei.. andar.. imbecil.. – Disse. Coloco ela em pé no chão. - Vai? Anda Chloe? – Falo. Ela tenda andar e tropeça nos próprios pés, a seguro para não deixar cair no chão. - Me... Solta.. seu gostoso i*****l. – Sorrio ao escutar ela me chamar de gostoso. - Se eu te soltar, você vai, Chloe. Para de drama e vamos. - Eu não.. – Ela nem conseguiu concluir a frase, ela vomitou, e vomitou em cima de mim. Deus me ajuda, ou eu vou esganar essa garota. Ela começa a rir, eu tiro minha blusa e jogo na lixeira, ela fica me olhando de boca aberta. - Você está gostosão mesmo.. Que corpo.. Deus, eu preciso de sexo. – Fala. Eu acabo rindo. Pego ela no colo, e levo ela para meu carro. Mando mensagem para minha mãe, falo que encontrei ela, e que não precisam se preocupar. Ela estava muito bêbada, e como eu tenho um apartamento no centro de New York l, levo ela para lá. Assim que entro com ela em meu apartamento, levo ela direto para o banheiro para tomar um banho gelado. Quando coloco ela em baixo do chuveiro ela resmunga. - p***a, tá gelado. – Fala. - Para você aprender não encher a cara desse jeito. – Digo. - Eu vomitei em você, precisa de banho também. – Diz e me puxa para de baixo do chuveiro. - Droga, Chloe. – Falo. Ela abraça minha cintura e começa a chorar. - Porquê você me odeia, eu nunca te fiz nada. – Fala entre o choro. - Desculpa Chloe. – É a única coisa que falo. Ajudo ela tomar banho, pois nem em pé ela conseguia ficar, lavo os cabelos dela, e isso que deu trabalho, Chloe tem muito cabelo, ela começa a arrancar a roupa comigo ainda no box. - Chloe, eu ainda estou aqui. – Falo. - Até parece que nunca viu uma mulher pelada. – Diz ainda tirando a roupa toda. Pego um dos meus roupões e coloco nela, seco os cabelos dela rápido. Ajudo ela vestir uma blusa minha mesmo e faço ela deitar na minha cama, não demora muito ela dorme resmungando, e eu não entendia nada. Olho para ela dormindo e penso. - Como pode se tão linda, que corpo.
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