A corona

1120 Words
Ralf Campbell Na empresa o Jimmy deixou-me a par de tudo, os planos as viagens os inimigos, os aliados, avalio tudo e mudo algumas coisas, porque na minha visão poderiam dar errado mais tarde, o meu pai pensava totalmente diferente de mim, Jimmy ouve as minhas novas propostas com atenção para depois passar as minhas ordens aos demais. Após resolver tudo vou para a minha casa, o céu estava a desabar em chuva, é quase impossível enxergar o caminho a minha frente, por conta disso eu estava com a velocidade reduzida, passo por uma determinada rua e vejo uma moça sozinha, no meio daquela chuvarada, não sou o tipo de cara que sente pena de quem não conheço, apesar de ter a fama de bonzinho, mas percebi que a moça é cega, ela estava a segurando um guarda chuva, mas estava toda molhada, na outra mão segurava a bengala bastão, passo por ela decidido a não parar, mas lá na frente sou tomado por um sentimento que não sei explicar, algo me pede para parar e ajudar aquela pobre moça, decido parar o carro e esperar por ela. Tessa Bennett Hoje cheguei atrasada no ponto de ônibus devido a forte chuva, acabei perdendo o meu ônibus, a chuva estava muito forte, eu sentia a água que escorria pela rua sobre os meus tornozelos, sem pensar direito decido ir a pé para casa, a minha casa não ficava tão longe, vou andando a passos lentos com o meu guarda-chuva que é uma verdadeira m***a, já deviam ter criado algo melhor que isso para se usar na chuva. Enquanto eu ando ouço os carros passando do meu lado, alguns me jogam água, outros buzinam, e em outros ouço os gritos dos seus habitantes, que fazem isso só para me assustar. Já com bastante medo, me assusto quando um carro passa por mim e para um pouco a minha frente, continuo a andar, e ao passar pelo carro ouço uma voz grossa. — Oi moça! Entra no carro? — Não obrigado, já estou próxima da minha casa. — Falo com as minhas pernas trémulas. Ralf Campbell Coloco a minha cabeça para fora do carro e noto que ela está assustada. — Moça, não precisa ter medo, se fosse te fazer mau já tinha parado esse carro e lhe colocado pra dentro a força, vamos, entra? Ela aproxima-se do meu carro. — Consegue entrar? — Pergunto enquanto ela tenta entrar no carro. — Sim, — Ela demora um tempão para entrar, então resolvo descer e ajudá-la, vou a auxiliando ela a entrar no banco do passageiro, seguro na sua cintura fina, ela apoia as suas mãos nos meus braços, por um momento encaro os seus lindos olhos, que parecem tão vivos apesar de viverem na escuridão. — Obrigado. — Disse com a voz trémula. Pego o seu guarda-chuvas abro a porta de trás e coloco no banco, entro no carro e dou partida. — Onde você mora? — Encaro ela rapidamente e volto a minha atenção para a rua. — Rua Maximiano número 067. — Disse com a voz trêmula novamente. Encaro ela, e vejo que está a tremer de frio, ligo o aquecedor do carro, viro levemente o meu corpo de lado e pego a minha jaqueta que está no banco de trás e coloco sobre o colo dela, ela se assusta assim que a jaqueta cai sobre o seu colo. Tessa Bennett Sinto algo ser jogado sobre as minhas pernas e automaticamente dou um sobressalto. — Calma, é só uma jaqueta moça. — Ele disse tranquilo com a sua voz grossa. Visto a mesma, e fico com uma sensação de que já conheço esse homem de algum lugar, mas fiquei com vergonha de puxar assunto. Durante todo o caminho permanecemos calados, ao chegar na minha rua ele para o carro. — É aqui que mora? — Aqui mesmo. Ralf Campbell — Como sabe que essa é a sua rua? — Está ouvindo esse barulho de televisão? — Falo apontando para a direção de onde vinha o barulho da televisão. — Sim, parece que tem alguém com um problema sério de audição. — Falo e sorriu em seguida. — Essa é a tevê da dona Greta, ela mora três casas depois da minha, ela tem sim problema na audição. — Engolo a seco. — Desculpa, o meu comentário foi muito de m*l gosto. — Falo sério. — Tudo bem, você não sabia. Obrigado pela carona, você é uma boa pessoa. — Não se basei na minha primeira atitude, eu não sou uma boa pessoa. — Falo com a expressão séria. — Comigo você se mostrou ser bom, no meio de tantos que passaram por mim, você foi a única pessoa que parou para me ajudar. — Ela sorri, e nossa que sorriso lindo. — Tenha uma boa noite moça. — Falo destravando as portas. — Boa noite, e muito obrigado. — Fala ao sair do carro, ela bate a porta e segue o seu caminho, fico no carro até ela entrar na sua residência, e só depois disso vou para a minha casa. Paro o meu carro em frente a minha casa, já não estava chovendo mais, entro e subo para o meu quarto, tomo um banho quente e começo a me arrumar para ir numa balada que o Jimmy havia me chamado para irmos comemorar. Chego na balada e logo avisto cinco dos homens que estavam na sala de reuniões hoje mais cedo, nesse meio apenas um é da minha confiança, o Jimmy, o resto fico com um olho no peixe e o outro no gato. — Chegou quem faltava. — Um deles fala assim que ver eu aproximando. — Agora sim o time tá completo. — Jimmy fala animado vindo me abraçar. Cumprimento a todos com um aperto de mão, Jimmy entrega-me um copo com uísque, agradeço-lhe. Dou um longo gole enquanto passo as vistas a nossa volta. — Hora da diversão. — Falo olhando para pista de dança, onde tem duas garotas me encarando enquanto dançam bem sensual. — A noite é toda sua, aproveita. — Jimmy fala me dando um leve empurrão para frente. Aproximo-me das garotas e começo a dançar, uma delas fica atrás de mim esfregando-se e passando a suas mãos pelo meu corpo, enquanto a outra fica na minha frente se esfregando também. — Vem comigo? — Falo no ouvido de uma delas. — Não posso abandonar a minha amiga. — Falou a fazer bico. — Ela pode se juntar a nós, se não se incomodar? — Falo malicioso. As duas safadas encararam-se e logo assentem com a cabeça. — Ela não se incomoda em dividir, e nem eu. — Fala com um sorriso de lado.
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