Capitulo 4

1738 Words
"E amor quando a ansia de estar perto de alguem e tão forte que a garganta se envolve num grito silencioso de socorro" Bruno anda rápido pelos corredores do centro de convenções. Ver Augusto virou uma necessidade.Era mais que ele mesmo, aqueles sentimentos por Augusto o havia devorado ate a alma so restando uma casca seca, uma folha morta jogada ao vento  Na verdade, o alfa estava curioso pra saber em que jogo doentio havia se metido. Alguma coisa dentro de si lhe dizia que Augusto sabia quem era seu sócio, e que fez o showzinho da noite anterior com um único propósito lhe enlouquecer. - Vamos pro aeroporto, Richard - Pedro disse pro chofer. - Não, vamos pro local de ontem à noite - Bruno disse em poucas palavras. - Mas senhor, temos uma reunião importante na sede da empresa. - Desmarque, agora vamos! Ao chegar na entrada da mansão, não houve necessidade de apresentações. Na entrada, Bruno era esperado. Entrou sem grandes problemas. Matheus o esperava na sala de estar. - Onde ele está? - Bruno pergunta, tirando o paletó e entregando a Pedro - Bem aqui - Augusto estava de pé no alto da escada, de robe vermelho e cabelos molhados, olhando seriamente para Bruno - Veio buscar seus ômegas no cio, senhor Bruno? Bruno sobe as escadas olhando diretamente nos olhos do ômega. - Acho que precisamos conversar, não acha? Augusto olha pro teto em forma de deboche, colocando a mão na cintura. - Não devolvemos dinheiro aqui, senhor Bruno. Ao chegar no topo da escada, o alfa segura Augusto pela cintura. - Eu não vim aqui pelos ômegas ou pelo dinheiro, vim por você... Augusto ri, tirando as mãos de Bruno de sua cintura. - Sinto muito, mas não sou segunda opção de ninguém. Nem sua, nem de qualquer outro alfa. O ômega sai andando pelo corredor. Bruno vai atrás dele, o pegando com força e o jogando na parede. - Qual é o seu preço, eu p**o 100 vezes mais o valor que ELE pagou ontem pra ter você! Augusto ri. - Aaaaaaa Bruno, não se trata de dinheiro. Isso eu tenho - o ômega ri, debochado. - Então, o quê? - O alfa aperta a cintura de Augusto, o jogando na parede, tomando sua boca logo em seguida. -Me prove, prove que realmente me quer. Eu sou único Bruno, não sou mais um. Bruno ri. -Aquilo foi....? - Um teste! - Augusto o empurra com a pontinha do dedo mordendo o lábio inferior - Mas o senhor parece se saciar com qualquer coisa. Bruno se afasta, abrindo alguns botões da camisa. - Você está brincando com fogo, ômega - Bruno puxa os cabelos loiros do ômega pela nuca, o beijando ardentemente - Tem noção de como eu fiquei ontem com seu videozinho, hum? - o alfa segura as mãos do ômega acima da cabeça, o beijando novamente - Eu vou te mostrar como se trata um Bratezinho com o você. Augusto ri. - Como você vai fazer isso Bruno? HUM? Me tomando à força como um troglodita? Dessa forma, você será somente mais um alfa Nojento que toma um omega à força por que acha que pode. Agora me solta!! Bruno sente seu orgulho ser ferido. - Você é qualquer um. Eu não sou! Não vou mendigar ou correr atrás de ômega nenhum. Muito menos de uma p**a como você. Augusto ri com lágrimas nos olhos. - Se não veio buscar seu dinheiro ou ômegas, acho que não temos mais o que falar. Augusto dá as costas, abrindo o roupão, ficando completamente nu, exibindo seu corpo marcado pelos pecados cometidos na noite anterior, deixando um alfa extremamente irritado. Ao descer as escadas espraguejando, o alfa passa por Matheus O menor diz: - Volte sempre, senhor. - Não volto nunca mais aqui. Matheus ri. - Se o senhor tem certeza disso, quem sou eu pra dizer o contrário, né! Bruno ainda sai resmungando. Matheus sobe as escadas correndo. Augusto estava nu na banheira, tomando pequeno goles de champanhe, limpando as lágrimas. - Eu fico impressionado, você é tão sujo, Augusto. Como você sabia que ele viria? - Sabendo - o ômega ri triste. - E aí? - E eu não quero mais vê-lo. - Como assim? - A culpa foi toda dele.... Eu cansei de brincar ☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆ Ômegas... Criaturas dóceis, frágeis, obedientes.... Feitos somente para fazer um alfa extremamente feliz. Não era assim que deveria ser? Era assim que Bruno pensava até o dia 12 de julho. Um dos alfas mais poderosos da Ásia sendo tratado como um.... como um qualquer! Bruno sai da mansão rápido, pisando firme. Tanto que errou o local onde tinham estacionado o carro. Pedro olhava o chefe se distanciar sem ouvir seus avisos de que havia pego o caminho errado. Ao se dar conta volta de onde o secretário estava, continua xingando baixinho. Ao entrar no carro diz alto: Eu nunca mais volto aqui.....NUNCA. MAS..... "nunca diga nunca". Era o que minha mãe sempre dizia. Mas ela diz outros ditados como "quem cospe pra cima, cai na cara" ou "quem brinca com fogo, amanhece mijado". Mas como Bruno nunca escutou a sabedoria da minha velha mãe, ele entrou e foi embora sem olhar pra trás. Já na Coréia, o alfa tentava preencher seus dias com trabalho. Mas seu pensamento magicamente viajava pelas lembranças das curvas sinuosas de Augusto. Por vezes, ele podia acreditar que viu o pequeno ômega na rua. Em seus sonhos O cheiro de Augusto estava presente. Ao acordar, suas mãos percorriam o próprio corpo buscando alívio. Por vezes seus dedos percorreram o telefone. Mas não daria o braço a torcer. Era só um ômega. Era só um capricho. Era só mais um na vasta e extensa coleção (* ps: Augusto não foi da sua coleção quiridu). Dois meses se passaram num piscar de olhos, Bruno se encheu de trabalho e a presença de Augusto na sua vida era quase inexistente (Mentira). O alfa já havia superado em boates e clubes de BSDM e a cada noite dormia com um ômega diferente. A vida era uma maravilha (Mentira, feito louco procurava o gosto do ômega em outras bocas ). Naquela noite, o novo modelo de carro que iria revolucionar o mercado asiático seria lançado. Bruno estava ansioso, era sua noite, resultado de meses de trabalho. Haveria pessoas do mundo e todos estariam ali para saldar sua nova criação. Ao chegar acompanhado por Ji Hye Park, modelo mais bem paga de toda Ásia, Bruno foi alvejado com flashes das câmeras, assim que saiu do carro. Os repórteres se acotovelavam por espaço.O alfa bem vestido sorria e acenava para todos. Ele se sentia no topo do mundo, o homem mais importante da noite desfilando, pelo tapete vermelho com uma a mulher mais cobiçada. Certamente seria o homem mais invejado dali. Antes de terminar seu percurso, uma outra limusine gigante para na frente do grande salão de eventos, e os jornalistas correm pra ver quem é. No início, não dá pra ver muito bem quem era, mas quando o casal começa a andar, Bruno estremece dos pés à cabeça. Augusto estava de braços dados com Felipe. Desfilando calmamente no tapete. O alfa sorria exibindo o ômega, que sorria olhando nos olhos do maior e, às vezes, encostava a cabeça em seu ombro buscando proteção. Bruno ficou paralisado por alguns segundos, seus lábios começaram a tremer, sua cabeça começou a girar Sua acompanhante teve que puxar forte seu braço. - Está tudo bem? - Não, estou doente..... E a causa da doença acaba de chegar. Finalmente, os olhos de Augusto e Bruno se encontram, e o ômega segura o braço de seu acompanhante com mais força. Bruno sai do seu transe e finalmente toma seu lugar no salão principal como grande anfitrião. Todos ali queriam sua atenção, e ele olhava unicamente para a mesa onde Augusto estava. As apresentações iniciais foram feitas e Bruno foi chamado ao palco. Ao subir no púlpito, ele olha para o ômega que lhe dá um olhar de total desprezo. A todo momento durante a fala de Bruno, Augusto tinha um ar enfadonho e entediado, por fim suas palmas foram de total deboche se levantando logo após e indo em direção ao banheiro. Bruno desce do palco, sendo recebido por seus sócios que queriam lhe apertar a mão. Mas o alfa seguiu Augusto como um furacão sem olhar para os lados. Ao entrar no banheiro, o ômega lavava as mãos olhando o alfa pelo espelho. - Que diabos você está fazendo aqui? - Eu vim acompanhar o Felipe não viu? Agora me dê licença, ele me espera - O menor tenta passar e Bruno o segura pelo braço. - Por que você tinha que parecer pra estragar minha noite? Augusto ri - Quem sou eu para estragar sua noite, Bruno? Sou um mero ômega, uma p**a, lembra? Bruno morde o lábio inferior. - Aquele dia eu.... eu.... Dois homens abrem a porta do banheiro, e Bruno dá um grito que os faz fechar a porta automaticamente. O alfa abraça Augusto com força, sentindo seu cheiro. O ômega se deixa abraçar por alguns segundos, e sai dos braços do maior. Bruno o joga na parede, o beijando em desespero. - Me perdoa pelo que eu fiz, pelo que eu disse. O Menor ri. - Você jogou seu feitiço em mim, não houve um só dia em que você não estivesse em meus pensamentos. Dessa vez, Augusto o beija de volta com paixão. Bruno saboreia os lábios do menor. Como quem come a melhor das iguarias. A porta se abre mais uma vez.E Bruno berra mais alto, assustando Pedro. - Desculpa eu lhe interromper, senhor, porém seus sócios estão... - f**a-se. Bruno volta a colar seus lábios na boca de Augusto. - Senhor! Bruno suspira - Vai! - Augusto fala rindo - Eu não quero - O alfa beija o pescoço do menor. - Você tem que ir, eles estão aqui por sua causa, hoje você é a estrela. - Me espera, vai pra casa comigo? - Pedro o puxa pelo braço. O ômega ri da cena. Bruno conversa com os acionistas, com a imprensa, quando se vê livre, corre os olhos na festa procurando o ômega. - Onde ele está? - Bruno pergunta para Pedro. - Saiu há uns 20 minutos com o senhor Felipe. - Está demitido, Pedro O alfa sai ligando para Augusto.
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