capítulo 1

1583 Words
São 11 horas da manhã , acabo de chegar do pasto com minhas irmãzinhas , mimosa nossa vaquinha tinha acabado de parir e tivemos de ajudar a tirar o bezerrinho . Moro no sitio dês de que nasci , meu pai abandonou minha mãe eu tinha 5 anos e foi embora com uma viúva rica , nunca mais eu o vi a tristeza que eu sentia virou raiva e depois a raiva virou pena e depois não sentia mais nada . Alguns anos depois minha mãe conheceu Emanuel que cuidou de mim como um pai e me deu duas irmãs hoje uma tem 12 anos e a outra 7anos e eu acabo de completar 23 anos , não teve festa e nada parecido não gosto muito porque me lembra que meu pai se foi 1 dia antes do meu aniversário de 5 anos . Acabo de me formar em veterinária , sempre fui boa aluna e ganhei uma bolsa de 100% que foi a maior alegria de minha mãe , eu tinha certeza que meu futuro era brilhante e um dia meu pai ouviria meu nome e teria orgulho da mulher que me tornei . Já passava do meio dia quando o telefone da minha mãe toca , ela escuta tudo em silêncio e percebo que tinha alguma coisa errada ela desliga devagar e vem em minha direção e em poucas palavras ela disse . _ Manuela , seu pai morreu . Não pude acreditar como assim meu pai morreu , eu tinha tantos planos em minha cabeça , mesmo que eu não o visse a tanto tempo eu queria um dia voltar a vê-lo . _ Manuela minha filha , preste atenção não é só isso querida ... _Como assim mãe . - limpo o rosto com a minha blusa . _ A esposa de seu pai faleceu a pouco mais de 6 meses e seu pai tem um filho seu irmão , ele tem só 3 anos e você é a única responsável legal por ele e pela fazenda de seu pai até seu irmão comentar 18 anos e aí sim dividirem o patrimônio que seu pai deixou para vocês dois . Não acreditei no que tinha acabado de escutar , o dinheiro que tinha tirado meu pai de mim agora selava meu destino , saio correndo para o pasto escuto minha mãe me chamar mas sua voz vai ficando cada vez mais longe até que chego na divisa do meu sitio e nem percebi que minha irmã do meio Marina corria atrás de mim . _ Manu , manu espere por favor não fique assim . _ Você não entende Marina , tá tudo tão bagunçado aqui dentro , mesmo meu pai me abandonando eu ainda queria um dia poder ver ele sabe mostra que apesar de tudo eu venci na vida . _ Eu sei mas não fique assim pense no seu irmão . _ Meu irmão . _ Sim , ele é mais novo que a Maila nem vai se lembra do pai ou da mãe não tem ninguém por ele sem ser você , Manu você é a única família dele agora entendeu . Abraço minha irmã forte , mesmo ela sendo novinha ela é muito sabia e parando para pensar sim meu irmão não tinha mais ninguém da família apenas eu , se eu teria de cuidar dele até ficar com seus 18 anos e assim poder dividir a herança era isso que eu faria , não pelo dinheiro mas porque eu era capaz disso . Volto para casa minha mãe liga para o advogado , faço minhas malas me despeço de todos com um nó enorme na garganta e sigo meu caminho de São Paulo interior de Atibaia para Mato grosso na cidade de Juara . Peguei o dinheiro que tinha e comprei a passagem de ônibus aproximadamente 1 dia e 5 horas de viagem , com toda certeza eu chegaria exausta mas o primeiro lugar que eu iria era no escritório do advogado, queria saber tudo certinho antes de chegar na fazenda . O ônibus parou algumas vezes para que pudéssemos descer comer algo ir no banheiro e tomar um banho , eu já tava com cheiro de cachorro molhado de tanto suar naquele ônibus . Desço na próxima parada o motorista avisa que só vai sair daqui 1 hora então pego minha bolsa e vou tomar um banho bem rápido , coloco minha bota de salto quadrado o vestido azul com flores amarelas que minha mãe me deu de aniversário faço uma trança de lado e vou até o restaurante peço o prato do dia tava com muita fome . Como ligeiro pra não perder o ônibus , percebo um homem me olhando de longe e não gosto disso eu era pequena mas sabia me defender muito bem agradeço a meu padrasto Emanuel que fez questão de ensinar eu e minhas irmãs . Vou em direção ao ônibus ainda não tem ninguém então aquele homem barbudo com a roupa toda suja de óleo se aproxima de mim . _ Não quer uma carona gracinha . _ Não obrigada , já estou no ônibus . _ Larga disso florzinha , o que você quer pra ir lá atrás comigo rapidinho . _ Toma vergonha na sua cara , seu filho de uma égua não sabe falar com uma mulher não . Já fico irritada odeio esse tipo de homem , vê viro para entrar no ônibus quando sinto sua mão passar debaixo do meu vestido isso faz meu sangue ferver , derrubo minha bolsa no chão e viro dando um soco no meio da sua cara , antes mesmo que ele possa me responder dou um chute no meio de suas pernas fazendo ele se ajoelhar . _ Aprenda a tratar as mulher com respeito seu nojento . Escuto palmas em minha volta e só então percebo o pessoal do ônibus e mais algumas pessoas em meu redor , fico com vergonha abaixo a cabeça e entro dentro do ônibus . Pouco mais de 3 horas cheguei na cidade de Juara ela era pequena mas muito charmosa , quando desço vejo um peão de meia idade com uma folha escrito meu nome , me aproximo dele . _ Oi eu me chamo Manuela . _ Oi senhora Manuela eu sou Luiz o capataz da fazenda nossa fico muito feliz que você veio , sem você aqui a fazenda ia fechar as porteiras nois ia fica tudo sem emprego . _ É sério . _ Sim a senhora não sabia . _ Não , eu vim pelo meu irmão . _ Haaaa você vai gosta muito dele é um menino lindo , pena que o destino não foi tão bom com ele . _ Eu sei compreendo . _ Mas vamos o pessoal da fazenda tá doido pra conhecer a senhora . _Vamos mas antes quero passar no advogado , quero que ele me explique as coisas direito . Entro na camionete era uma 4x4 tinha chovido a noite toda então tinha muita lama na estrada , passo primeiro no escritório do advogado mas ele não estava lá então resolvo ir pra fazenda estava doida para ver meu irmão . A estrada tava boa tinha pouco buraco e algumas poças de lama enorme que fazia o carro escorregar . _ Olha senhora Manuela pode se acostumar tá nois escorrega mais não caí . Começo a rir Luiz era muito engraçado até que paramos na estrada . _Poque parou Luiz ? _ A dona Manuela é que o senhor Rodrigues tá no meio da estrada . _ Oxi buzina pra ele sair daí . _ Não senhora , o senhor Rodrigues é nosso vizinho e é um homem muito m*l humorado da até medo as vezes . _ Para com isso homem com medo de outro macho . Abro a porta da camionete já piso em uma poça de lama que me deixa mais irritada ainda . _ Não senhora volta aqui . Luiz me chama mas nem dou atenção vou ao lado do carro bato na janela um homem moreno de cabelo mediano e lindo olhos verdes abaixa a janela . _ O que você quer gracinha . Puts que ódio quando me chama assim . _ Quero que me de licença para eu passar . _ Estou no telefone espere um pouco . _ Olha aqui a estrada é pública e eu tô pedindo com educação . _ Vai fazer o que então - ele fala sorrindo e isso me deixa nervosa já estava cansada da viagem e queria chegar logo . Vou em direção a camionete peço para Luiz sair e ir para o banco do carona , ele me olha espantado dou ré e olho para o barranco lá tinha um pequeno espaço mas tinha uma poça grande bem debaixo , acelero e vou contudo em cima do barranco levantando as duas rodas do meu lado e as outras passando na poça enchendo o carro do meu lindo vizinho de lama . Vejo pelo retrovisor ele bater no volante do carro com força e eu o deixo lá xingando o vento . _ Meu Deus do céu dona Manuela a senhora é doida , só pode foi atiça a fera de vara curta . _ Bom você ir se acostumando Luiz o que eu mais tenho raiva e quando esses homem quer se fazer de machão encima dos que pode menos .
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