***Rodrigues***
Subo as escadas correndo até meu quarto , meu coração tá pulando pela garganta vou direto ao meu banheiro jogo água no meu pescoço e fico segurando na pia não consigo evitar os pensamentos maliciosos que invadem minha cabeça .
Ainda sinto a quentura do seu corpo e a sensação da sua pela em meus braços , olho para baixo meu paü tá duro e pulsando doido pra sair pra fora da calça , olho para o espelho " calma menino ainda não tá na hora " .
Jogo mais um pouco de água no pescoço então meu irmão aparece na porta .
_ Tô enganado ou a senhora onça tá de sutiã na varanda .
_ Tá não muleque é ela mesmo .
_ Eita que a danada parece até uma diabinha naquele sutiã vermelho .
_ Tira o zóio Juliano a mulher não é pra você .
_ Nem pra você .
Pego a pasta de dente e jogo em sua direção mas acabo errando e acerta a parede .
_ r**m de mira .
O abençoado ainda sai rindo da minha cara , mas foi bom a conversa fez com que eu esquecer e o pobrezinho do menino voltou a dormir igual gato encima de saco de arroz .
Escolho uma camiseta regata branca e claro já tava pensando que iria conseguir ver pela a******a do braço " esses pensamentos fazem o bichinho acorda de novo " .
Balanço a cabeça e volto ao banheiro jogo mais água pra abaixa o fogo , desço as escadas ela tá lá linda igual Juliano falo parecendo uma diabinha minha perdição .
_ Mas já tá tomando café com minha mãe Manuela .
_ Achei que tava fabricando a camisa , demora da pega .
_ É que foi difícil escolhe .
Mentira demorei nada .
Ela coloca a camiseta mas fico desanimado quando ela da um nó escondendo o que eu queria ver .
_ Vamos se embora Rodrigues , tenho muito a fazer ainda hoje .
Ela se despede de minha mãe que sorri e da uma picadinha de olho em minha direção , m*l sabe ela aonde tô tentando me meter .
Pego a chave do carro , abro a porta e ligo o motor Manuela entra logo em seguida senta no banco e abaixa o vidro , " Eita mulher bonita " , tento controlar meus pensamentos mais fica cada vez mais difícil , troco a marcha e passo a mão na sua perna mas antes dela já vir toda brava peço desculpas .
_ Desculpa foi sem querer .
Ela me olha de cima em baixo sem falar nada , seu cheiro invade meu carro e seu cabelo comprido e ondulado parece dançar no vento .
Meu paü pulsava mais que meu peito , tava doido pra para o carro e pega ela de jeito ali mesmo , mas a merda da estrada acaba e já tô na porteira da sua fazenda .
_ Obrigada pela carona .
_ Que isso eu que agradeço .
Ela apenas acena com a cabeça abre a porta do carro e sai logo Luiz chega ela monta em seu cavalo e vai embora me deixando lá igual um idiotä .
Volto pelo mesmo caminho brigando comigo mesmo , qualquer outra mulher eu tinha jogado no banco de traz e comido ali mesmo mas porque com ela eu não conseguia .
Chego em casa e vou direto pro banheiro tranco a porta e vou tomar banho de água gelada pra tentar controla esse fogo que arde dentro de mim .
Minha mãe bate na porta eu levo um susto saindo dos meus pensamentos .
_ O meu filho não vai almoçar não ou já comeu .
_ Comeu não mãe , bem que queria mais não deu .
Juliano grita do corredor .
_ Seu filha de uma égua tá falando isso porque tô no banheiro .
_ Olha a boca menino .
_ Desculpa mãe já tô descendo .
Na verdade nem com fome eu tava mas dona Rosana é muito insistente ela não ia me deixar sair de casa sem comer alguma coisa .
Após o almoço vou na cidade preciso compra uns remédio pro gado então encontro Xico um dos peão da fazenda da Manuela com um monte de coisa na mão .
_ Boa tarde seu Xico o que que é isso tudo aí que tá levando .
_ É umas coisa que dona Manuela pediu senhor - o homem fala quase tremendo .
Não sei porque o povo dessa cidade tem medo de mim , gosto das coisas certas se errar comigo é uma vez só , nunca matei ninguém já dei umas surras em uns peão aí a fora , de deixa no hospital uns dia mais foi só .
Um dos meus defeitos é que sou muito curioso , então me ofereço para acompanhar Xico até a fazenda que não fala nada contra só sinaliza com a cabeça .
***Manuela***
Chego na fazenda quase duas da tarde Sônia estava a minha espera com o almoço em cima do fogão de lenha , aquele cheiro de comida fresquinha na lenha me lembrava minha mãe já tava com saudade .
Após comer um bocado chamo Luiz e peço para alguém ir na cidade comprar algumas coisas que eu ia precisar para cuidar do meia noite .
Não demora muito Luiz me fala que Xico um dos peões que ajuda na lida com o gado tinha ido buscar , peço para preparar o barracão deixar tudo limpo e esterelizado .
Escuto o barulho do carro e por incrível que parece reconhece o bater do motor .
_ Tá perdido por essas bandas Isaque .
_ To não , só tô curioso mesmo pra saber o que é tudo isso que você mandou comprar .
_ Já que veio aqui ,vai me ajudar aí vai descobrir .
Sigo para o barracão meia noite já está lá , começo me preparar prendo o cabelo em um coque alto coloco os instrumentos na mesa , faço carinho naquele cavalo lindo pego a agulha e coloco o sedativo , escolhi dar anestesia geral assim ele ficaria dormindo bem calminho .
_ Vem aqui Isaque preciso que me ajude . - o homem tava quase branco olhando pra agulha - ei Isaque vai me falar que tem medo de agulha .
_ Olha medo não tenho não mas desce tamanho , e se você erra e acerta em mim
_ Larga de ser b***a homem , eu sei o que tô fazendo .
Começamos logo que o meia noite adormece , escolhi o procedimento para extração intraoral por ser mais seguro , coloco as alavancas periapicais e logo em seguida uso o fórceps com todo cuidado .
Após conseguir retirar o dente que tava todo trincado , deixo o meia noite dormindo tranquilo no barracão e vou para sede tomar um banho .
Coloco um vestido lilás e deixo os cabelos soltos para secar já estava de noite então fico descalça gosto muito de sentir a terra em meus pés , desço as escadas Rodrigues ainda está na sala .
_ Não foi embora ainda ? .
_ Fiquei te esperando para me despedir , e ainda bem que fiquei senão ia perde essa imagem linda que tô vendo agora .