Episódio 2

1160 Words
Eu cheguei à antiga mansão, e o mordomo ao me ver abriu um sorriso e foi dizendo enquanto abria passagem para que eu entrasse. — Senhorita Sofia, que bom que a Senhora veio, o Sr. Isaac está no jardim. — Obrigada, eu conheço o caminho. Eu disse com um sorriso. Os funcionários da família Amorós sempre gostaram de Sofia pela simplicidade e tratamento amigável. Ao chegar no jardim, eu encontrei o vovô Isaac sentado numa cadeira com uma xícara de café ao lado. Ao me ver aproximando dele, ele sorriu. — Sofia você está aqui. Venha aqui, Rafa não veio com você? — Não, vovô, o Rafael teve muito trabalho hoje na empresa, eu vim sozinha. — Aquele menino está sempre ocupado trabalhando. — Ele é o presidente, tem que trabalhar mais que os outros. — Você sempre encontra uma maneira de defendê-lo. Fique para jantar com o seu avô esta noite. — Claro, vovô. Eu respondi com um sorriso. Logo após o jantar, eu recebi um telefonema de Simon, um amigo de infância do Rafael. — Cunhada, estamos no Night Bar, Rafael bebeu demais, você poderia vir buscá-lo? — Sim. Estou indo. Eu me despedi do vovô e sai em busca de Rafael. No Nigth Bar, numa área VIP, estavam cinco homens sentados, todos bonitos, mas o que estava meio reclinado no centro, era o mais atraente. Os cinco cresceram juntos no mesmo bairro, o mais velho era Rafael, seguido por David, Oscar , Sergio e o mais novo Simon. Naquela noite, Rafael realmente havia bebido demais e não estava se sentindo bem. Ele ergueu a mão para massagear as têmporas. — O que há de errado com Rafael hoje? Ele bebeu muito! Simon, perguntou dando de ombros. — Pilar Oliveras volta amanhã. Rafael respondeu. — Droga, por que ela vai voltar? Simon amaldiçoou. — Quem sabe. — David, como você sabe que ela vai voltar? — Rafael me contou. — Rafael te conta tudo, não sou mais o melhor amigo dele. — Quando você foi? Oscar falou. Todos caíram na gargalhada — Espero que o Rafael não esteja pensando em voltar para ela, e a nossa cunhada? — Não vamos nos envolver, vamos confiar que o Rafael saberá lidar com isso. — Estou indo embora. Disse Sergio, que no dia seguinte tinha viagem de negócios cedo, a pedido de Rafael. — Nós também vamos embora, Simon, vamos confiar Rafael a você, leve-o para casa em segurança. David e Oscar falaram em uníssono. — Como vocês podem ser assim? Vocês vão deixar o Rafael aqui desse jeito? — Você é quem tem tempo livre, naturalmente, você é o responsável por levar o Rafael para casa. Os três homens não deixaram escolha a Simon e foram embora. Olhando para Rafael, que estava caído no sofá, Simon pegou o seu telefone e ligou para Sofia para vir buscar Rafael. Quando Sofia chegou ao Night Bar, encontrou Simon sentado cuidando de Rafael. — Desculpe pela demora. — Cunhada, você chegou. Não, você não demorou, os outros tinham coisas para fazer e eu fiquei. Tenho um jogo esta noite, é por isso que liguei para você. — Como ele pôde beber tanto? Nestes dois dias ele teve problemas de estômago, ele m*al se recuperou. — Eh… talvez por estarmos todos juntos, o Rafael sentiu-se mais feliz e bebeu um pouco mais, da próxima vez vou cuidar para que ele não beba tanto. Simon encontrou uma desculpa. Eu conhecia muito bem os amigos de infância do Rafael. Juntos fundaram o Grupo JK, cujo tamanho vinha aumentando, ocupando quase metade de San Bemat e expandindo-se para o mercado Internacional. Às vezes eles se reuniam num bar para beber. — Cunhada, você não veio de carro, não é? Aqui estão as chaves do carro do carro do seu marido, você pode pegar. Simon disse passando as chaves para Sofia. — Obrigado. — Bem, cunhada, vou ajudá-la a colocar o seu marido no carro. — Tudo bem. Com Rafael naquele estado, sem Simon, eu realmente não teria conseguido colocá-lo no carro sozinha. Ele me ajudou a colocar o Rafael a entrar no banco de trás do carro e eu me sentei no banco do motorista. — Cunhada, você sabe dirigir? Você não quer que eu chame um motorista? — Não se preocupe, irei devagar. — Ok, então tenha cuidado. Quando chegar me mande uma mensagem informando que está tudo bem. — Pode deixar. Dizendo isso, o carro lentamente se mistura ao trânsito. Sofia dirigia com cautela, olhando nervosamente para frente, em velocidade muito lenta, o que fazia com que os carros atrás dela buzinassem para ela. Ela não percebeu que o homem que dormia profundamente no banco de trás abriu os olhos. Na verdade, Rafael começou a acordar quando Sofia chegou ao bar e estava conversando com Simon, mas ele permaneceu calado e de olhos fechados. Naquele momento, ao observar a pequena figura sentada no banco do motorista, segurando nervosamente o volante e andando devagar, ele se sentiu estranhamente calmo. Naquela noite, ele recebeu um telefonema inesperado de Pilar avisando que ela havia retornado e pedindo que fosse buscá-la no aeroporto, o que ele recusou. — Rafael, você pode vir ao aeroporto me buscar amanhã? — Desculpe, provavelmente não é conveniente, já sou casado. Depois de desligar, tirou um anel de noivado da gaveta do escritório ficou olhando para ele durante alguns minutos e depois guardou de volta. A ligação o pegou de surpresa, agitado, foi ao bar do Oscar com Simon e os demais, onde bebeu demais. Há três anos ele havia preparado um ótimo pedido de casamento, mas a Pilar, não apareceu, avisando que iria para Paris seguir o seu sonho de ser uma bailarina. Ele ficou sozinho, segurando o anel de noivado entre um mar de flores, tornando-se objeto de zombaria de todos. ... A viagem de meia hora de carro até em casa, eu fiz em quase uma hora, felizmente, Rafael parecia ter acordado pouco antes de sair do carro. — Você está acordado, consegue andar? Rafael não respondeu. Eu me abaixei para ajudá-lo, e ele se apoiou em mim, assim caminhamos juntos. Eu acomodei Rafael no sofá e depois fui até a cozinha preparar um chá para ressaca. Rafael já estava praticamente acordado, levantou e sentou no sofá. Quando eu voltei com o chá, encontrei Rafael carrancudo, perdido em pensamentos. — Já que você acordou, tome isso. — Deixe aí. Já é tarde, vá dormir, eu cuido de tudo. Eu fiquei parada olhando para ele. — Você precisa de algo de mim? Rafael, vendo que ela não iria para o quarto, perguntou. — Eh, não. É que hoje fui ver o vovô, ele disse que quando puder você jante com ele. E ele também disse para você não trabalhar demais. — OK eu sei. Amanhã irei com você para jantar com ele. — ótimo. Eu não mencionei a minha para ele. Faltavam três meses para o término dos três anos do acordo…
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