Manu Narrando
Acordei com um frio na barriga estranho, como se o meu corpo já soubesse que alguma coisa tava pra acontecer. Meu coração batia descompassado, e eu não sabia se era por causa do pesadelo que tive ou da sensação que ainda tava grudada na minha pele por causa do beijo que dei nele. Dormir no peito do Dom foi uma mistura de conforto e agonia. Ele não falou nada, mas eu sentia o corpo dele rígido, tenso. Cada vez que eu respirava fundo, dava pra sentir o cheiro dele. Não sei como explicar, mas era um cheiro forte, que me deixava perdida.
Rolei na cama sem vontade de levantar, mas a fome apertou. Quando fui até a cozinha, dei de cara com a mesa cheia de coisa: pão, bolo, café, suco. “Que p***a é essa?” murmurei baixinho. Olhei ao redor, mas só tinha a moça que arrumava a casa,
